domingo, 7 de dezembro de 2008

Crónica do Europeu 2008 – Seniores Femininos - 4

Terminou de forma Inglória e Desastrosa a 1.ª participação de Portugal numa fase final de um Campeonato da Europa de Seniores Femininos.

Portugal 19 – 34 Noruega

Jogo em que Portugal entrou completamente desarticulado, mal a defender mal e com ataques de segundos, sem construção, de tal forma que aos 21 minutos de jogo perdia por 12-4 , e em que 2 dos golos tinham sido obtidos em Livres de 7 metros, diga-se que era um desnorteio completo, chegando o intervalo a perder 16-9. A jogar perante uma equipa com a qualidade da Noruega, é impensável jogar da forma que jogamos a maior parte do tempo, esquecendo completamente o jogo com os pivot’s . Portugal demonstrou ser uma equipa sem condição física e psicológica , para este tipo de participações, Portanto a derrota não é surpresa nenhuma , os números sim. O desnorteio foi de tal ordem que até nas substituições defesa ataque fomos penalizados com uma exclusão. Felizmente neste jogo nem tudo foi mau, salvou-se a coragem de colocar a jovem Daniela na baliza, e foi ela uma das melhores em campo, juntamente com a também jovem Ana Correia.

Para Portugal o Campeonato acabou, deverá ser feito um balanço do que se passou. Para quem disse que estes ano era do “ Andebol Feminino” , esta participação contradiz todas estas afirmações. Onde estava o apoio da Selecção, basta ler as declarações de Alexandrina Barbosa, ao Jornal “ a Bola” , e publicadas em 07-12-08, e que aqui transcrevemos, pois as mesmas dizem tudo “ ... Senti falta de apoio federativo. Gostava de sentir que as pessoas estão cá, e nem precisa de ser fisicamente. Viemos aqui dispostas a fazer o nosso melhor. Claro que aqui no Europeu temos a Leonor Mallozi ( Vice – Presidente da FAP ) e o Mats Olsson , mas não podemos ganhar um jogo preparado na véspera, com apenas um dia de trabalho. Esta ajuda tinha de ter chegado muito antes...” Apenas um esclarecimento é a Leonor não faz parte dos Órgãos Sociais da FAP , é uma funcionária, que cumpriu e muito bem segundo sabemos as suas funções. É lamentável. o que de verdade dizem estas afirmações.

Uma nota final, passaram à fase seguinte as equipas: Roménia, Dinamarca, Hungria, Noruega, Espanha, Ucrânia, Rússia, Suécia, Bielo-Rússia, Alemanha, Croácia e Macedónia. A Grande surpresa é a eliminação da Selecção Francesa, de salientar a predominância de equipas nórdicas e de Leste.

O Analista

8 comentários:

  1. Claro que nao esteve presente nenhum dirigente da FPA eleito, mas tenho a certeza que a Dr. Leonor, funcionaria da federação para as relações internacionais, desempenhou com grande eficácia as suas novas tarefas,mas não se deixa de lamentar a ausência do Presidente da Federação Henrique Torrinha.
    Se pensam que as atletas são burras!,insensiveis e sem caracter, muito se enganam!
    Uma representação nacional na melhor competição internacional de Andebol deve, tem ue ter um seu representante legitimamente eleito e o Engº Rui Coelho era a pessoa mais indicada para estas funções.

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  2. Nesta situação em que, pela primeira vez em Portugal uma equipa feminina de uma modalidade colectiva, está presente num europeu, cabendo esta proeza ao andebol, não é comprensivel que a comitiva não seja lideranda por alguém da direcção federativa e que o presidente da FAP não esteja presente até para colher os louros da proeza alcançada pelo andebol. Salvo, uma intensa actividade federativa que ocupou todos de forma premanente e numa actividade fundamental para a sobrevivencia do andebol no nosso pais, nada justifica a ausencia verificada, excepto o facto da FAP considerar o feminino como andebol de segunda, uma coutada que se mantem apenas para dizer que existe mas sempre sem grande aposta. E é também um sinal claro para os clubes, "não apostem no feminino que isto não é para ter grande futuro". Não é a primeira vez que a FAP dá estes sinais, basta ver as trapalhadas com o campeonato nacional da 1ª divisão, que devia ser a prova mais importante da FAP e que está em segundo plano, despois da 2ª divisão senior masculina e dos juniores masculinos. E para ser presidente da FAP não basta dizer que se conhece a realidade é preciso agir e trabalhar segundo uma estratégia coerente para no medio prazo mudar a realidade e alcansar os objectivos estratégicos que nos temos que propor.

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  3. ortugal despede-se do seu primeiro Europeu com derrota frente à campeã olímpica

    08.12.2008, Victor Ferreira

    Má primeira parte da selecção feminina deu início à goleada. Daniela Pereira eleita a melhor portuguesa

    Portugal averbou ontem a terceira derrota consecutiva no Campeonato da Europa de andebol feminino e disse adeus à Macedónia, anfitriã do torneio. Depois de perder no primeiro jogo com a Ucrânia, por 14 golos de diferença, e com a Espanha, na partida seguinte, por 15 golos, a selecção orientada por Paula Castro voltou a sofrer uma goleada, desta vez frente a uma potência mundial, a Noruega, campeã olímpica, bicampeã europeia e favorita à conquista do título.
    Foi a despedida possível para as portuguesas que, no encontro de ontem, entraram muito mal no jogo e quando tentaram reagir já era tarde para evitar grandes diferenças no marcador.
    Aos cinco minutos, o conjunto português perdia por três golos (4-1), mas aos dez, a diferença já tinha duplicado (8-2). O ataque português não funcionava diante da enorme barreira defensiva das norueguesas que, além de levarem vantagem com a diferença de estatura (em média, três centímentos mais altas), têm na baliza uma das melhores guarda-redes do mundo. E no ataque brilhava Linn Riegelhuth, ponta-direita das campeãs olímpicas que convertia cada remate em golo, chegando ao quarto de hora com uma eficácia de 100 por cento (5/5).
    Aos 13', Juliana Sousa foi excluída por dois minutos e curiosamente começou aí a reacção de Portugal, que nesse período não sofreu nenhum golo. Paula Castro pôs Daniela Pereira na baliza para o livre de sete metros e a jovem estreante, de 18 anos, opôs-
    -se ao primeiro de três livres de sete metros que defendeu durante a partida. No fim, e após uma boa exibição, a jovem guarda-redes teve o prémio que merecia, tendo sido eleita como a melhor portuguesa em campo.
    Após o desnorte inicial, o ataque português começou a funcionar, embora até aí a eficácia na concretização fosse pouco mais que miserável (23 por cento, contra 62 do adversário). De modo que, aos 27 minutos, Portugal perdia apenas por cinco golos (13-8), a diferença mais pequena em todo o encontro, após os minutos iniciais. Ao intervalo, o resultado era 16-7.
    No segundo tempo, manteve-se a tónica, com a Noruega a dominar por completo, marcando 18 golos neste período, contra apenas 10 de Portugal. Alexandrina Barbosa apontou seis e tornou-se na melhor marcadora da fase de grupos. Portugal terminou a sua participação no primeiro Europeu no último lugar do grupo B com três derrotas e zero pontos.
    No grupo A, a Hungria bateu a França (29-26) e reservou a última vaga para a fase seguinte.
    Noruega 34
    Portugal 19
    Jogo no Biljanini Izvori, em Ohrid (Macedónia). Assistência 1200 espectadores
    Noruega (34) Kari Grimsboe (g.r.), Linn Riegelhuth (9), Camilla Herrem (6), Heidi Loeke (7), Tonje Noestvold (2), Karoline Breivang (2) e Marit Frajford (1); Katrine Haraldsen (g.r.), Tonje Larsen (3), Ragnhild Aamodt (2), Kristine Lunde, Kari Johansen, Tine Kristiansen e Linn Sulland (2)
    Portugal (19) Virgínia Ganau (g.r.), Alexandrina Barbosa (6), Ana Miriam Sousa (3), Renata Tavares (3), Ana Seabra (3), Paula Ferreira (2) e Juliana Sousa; Daniela Pereira (g.r), Liliana Ferreira (1), Ana Correia (1), Eduarda Pinheiro, Fernanda Carvalho, Diana Fernandes e Vera Lopes
    Árbitro J. Leandersson e M. Lindroos (Finlândia)

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  4. Criticas a parte... Que tenha sido a 1ª de muitas participações.... Melhores classificações viram...

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  5. Algum clube preparou as suas atletas para esta competição? Houve coordenação de trabalho entre clubes e FAP? Aposto que nem o Madeira SAD se preocupou em ter as atletas minimamente preparadas para esta prova em pleno Dezembro...Que federação é a nossa que até marca jogos para dia 13 de Dezembro???
    Estas jogadoras merecm todo o nosso respeito pela coragem, sacrificio e entrega à modalidade! Sem profissionalismo (aposto que todas estarão de volta aos seus empregos dia 10) e sem trabalho de base e organizção, não podem fazer milagres, nem esperarem sempre um dia de inspiração destas jogadoras!

    Parem de atirar pedras, pensem bem e informem-se sobre a real situação de cada uma delas e reconheçam o valor e entrega que cada uma delas nos merecem.

    Parabéns e força para o futuro!

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  6. É efectivamente lamentável que a FAP não se tenha feito representar ao mais alto nível. Pode não ser desprezo e acredito nisso sem margem para qualquer dúvida. Mas é no mínimo excesso de amadorismo de uma Federação que tem uma estrutura profissional bem pesada. Rui Coelho, Ulisses, Miguel Fernandes, ou mesmo já numa 2ª escala hierárquica o Lúcio, Macau ou outro bem mais representativo que uma tal D. Leonor cuja função foi servir de interprete, ou dum Sr. José Carlos que tem a função nas Selecções de Roupeiro, isto sem qualquer desprezo pelo homem. Sr. Presidente da Federação o Sr. está no comando há pouco tempo mas já é tempo de perceber que isto não faz sentido nenhum. Reveja estes processos que bem precisa.

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  7. Éhh obvio que ninguém da Fap iria rrrepresentar uma equipa que à partida ja tinha o seue destino tratraçado, o ultimo lugar na competição já não chega dar má imagem da modalidade emnhe Portugale? Hããã ? Ou era nenecessário ir mais alguém para enfiar o bababarrete!!!??? Na minha opiniãoe perda de tiempo, perda de tiempo; e dinheiro por valores andebolísticos tão baixos... Deixem-se mas é de loucuras e mudem a menmentalidade. JÁ AGORA UMA DIETAZINHA TAMBÉM NÃO ERA MAU A ALGUMAS JOGADORAS.

    Cumprimentos desportivos

    Henrique Tótórinha

    p.s.- Força Federação agora eu é que MANDO!!!

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  8. SE quiserem mais do que isto, é favor:
    - publicidade nas camisolas da selecção (se não me engano, foi a única que não teve sponsor, o que diz muito sobre a falta de dinheiro para preparar isto);
    - coordenação entre clubes e federação a nível do treino das jogadoras seleccionáveis (não só na selecção A);
    - estratégia perceptível (e coerente) de modo a acabar com o problema que ainda é o lugar das mulheres na nossa sociedade (às tantas, isso será mais do governo do que da FAP, mas a FAP tem de mostrar que está a remar contra a maré!);
    - pagar aos treinadores das selecções nacionais femininas (não só, mas também, a quem ocupar o cargo de seleccionador(a) nacional A). Assim, pode ser que o cargo seja mais atractivo a gente mais capaz que a Paula Marisa (muito embora, a Paula Marisa é a menos culpada das 3 derrotas que a selecção teve).
    NO FUNDO, SE A FEDERAÇÃO QUISER QUE A SELECÇÃO NACIONAL A FEMINNA TENHA MELHORES PRESTAÇÕES DO QUE ESTA NO FUTURO, TEM DE DEIXAR DE CONSIDERAR O ANDEBOL FEMININO COMO O PARENTE POBRE DO ANDEBOL NACIONAL.
    Com isto cumprido, nem era preciso aparecer ninguém da FAP!
    Já agora, se se derem ao trabalho de comparar os dados biométricos e de idade média da nossa selecção com, por exemplo, a da Noruega, verão que os dados são muito aproximados. Sendo assim, as diferenças de desempenho só se justificam com a quantidade (e qualidade) de treinos que as norueguesas tiveram ao longo destes anos, e que as portuguesas não tiveram (especialmente desde que chegam ao escalão de sénior), o que deriva, à posteriori, em melhores preparações, melhores jogos, irem mais longe em competições europeias de clubes e de selecções, etc ... (se notarem bem nas norueguesas, é rara aquela que não esteja a jogar em nenhum clube de topo da Liga dos Campeões - e têm de fora a Hammerseng e a Nyberg -, enquanto que as nossas quase nem para a Challenge dão).

    Anonimato é cobardia!

    JORGE ALMEIDA

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