quinta-feira, 12 de março de 2009

Do Administrador – Femininos

Diz-se , e talvez com algum fundamento, que a FAP e as Associações, se preparam para levar à próxima Assembleia Geral da FAP , propostas de alteração do modelo competitivo da PO09 , Campeonato Nacional de Seniores Feminino da 1.ª Divisão. Consta-se ainda que a mesma proposta é gravemente lesiva do desenvolvimento do Andebol na vertente Feminina. Assim solicitamos aos nossos leitores , que eventualmente tenham conhecimento da mesma, nos informem, para pudermos fazer uma analise concreta do vai ser proposto e eventualmente das suas incidências.

O Administrador

11 comentários:

  1. Ai esta o que poderá se passar na proxima época.... isto foi publicado em Janeiro no site da AAB.
    Foram também propostas alterações ao figurino do Campeonato Nacional Feminino da 1ª Divisão, que tem como factor principal a vertente económica, nomeadamente as inúmeras e onerosas deslocações no Continente e Ilhas.

    Para a próxima época, poderemos ter um campeonato nacional com 18/20 equipas, divididas por duas zonas, com o consequente apuramento de dois grupos: um que disputará o título nacional e o outro que determinará a manutenção/despromoção das equipas para a época seguinte. Às equipas existentes na 1ª Divisão, juntar-se-ão outras, oriundas da 2ª Divisão, que terão como condicionante possuírem ou não escalões de formação, tal como já se verifica no momento presente.

    Melhores cumprimentos

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  2. Atenção quem esteve presente na reunião das associações com a federação sabe que as equipas femininas para participarem numa unica divisão terão de reunir determinados requesitos já á muito estipulados pela FAP. Neste momento existem 25 equipas espalhadas pela 1º e 2º divisões mas nem todas poderão participar no campeonato nacional de seniores 1º divisão. Caso isto acontece seria um retrocesso quer em termos de qualidade, quer nos custos que iria acarretar para a grande maioria das equipas. Não vamos colocar coisas que não foram se quer discutidas, pois existe sim a possibilidade de juntar as duas divisões, mas com equipas que reunem requesitos para tal e um desses requesitos tem muito a ver com os escalões de formação. Por isso vamos aguardar com serenidade o que vai acontecer pois quem esteve na reunião percebeu que a Federação não tem interesse em diminuir a qualidade da competição nacional feminina que já não é boa, quanto mais se se avançar para uma loucura destas.

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  3. O Problema da competição no andebol, organização boa mas um planeamento caótico, quer nos masculino, quer no feminino e alguém deve ser o responsavel e logicamente que não vamos atribuir aos dirigentes e muito menos aos treinadores e jogadores e árbitros.
    O Andebol feminino se fosse bem tratado teria uma expressão internacional neste momento superior ao masculino, mas quem manda não olha como deve milhares de estudantes que gostam de g«jogar andebol na escola e depois tudo se torna difícil na entrada para o federado.
    A solução proposta pela AAB de 1 divisão divididas em duas zonas é uma solução melhor que a actual, mas há milhares de jovens no andebol feminino a jogar andebol na Madeira a nível de clubes escola que deveria criar-se um zona das ilhas e logicamente que o futuro seria mais risonho para todas as praticantes.
    proposta:
    zona norte
    zona sul
    zona das ilhas(Madeira e Açores)
    As equipas Sad Madeira e Sports Madeira entravam uma na zona norte e outra na zona sul para manterem e justificarem o treino e o investimento feito pelos governos regionais.
    Fase final com 4 melhores equipas de cada zona em regime de concentração para evitar despesas de transporte ou pelo menos reduzir as deslocações. as equipas que não ficaram apuradas disputavam a Taça Federação em regime de concentração.
    Um abraço e o planeamento dos campeonatos desportivos é decisivo para se obter o interesse dos praticantes, comunicação social e politico.
    abraço e boa sorte.
    JMC

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  4. 2 zonas com 6 equipas cada (Norte e Sul), equipas da Madeira 1 em cada zona.
    Todos contra todos a 4 voltas entre as equipas de cada grupo.
    Jornadas cruzadas com as equipas da outra zona, 2 voltas.
    30 jogos nesta 1ª fase.
    2 primeiros de cada zona disputavam o título nacional.
    2ª divisão com 3 zonas, acabando com o campeonato nacional de juniores (fim do escalão de juniores). O escalão de juvenis passava a ter 3 anos.
    Carlos Pires

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  5. O que nos deixa a todos abismados, é a ser verdadeiro o conteúdo do comentário das 14:15 de 12 de Março, o porquê, quer nos Masculinos quer nos Femininos, da FAP ou das Associações continuarem a não divulgar aos Clubes e desde já, as linhas orientadores que vão nortear na próxima época os respectivos Campeonatos ?

    Ou será que só alguns é que tem direito a saberem atempadamente como vão ter de começar a arrumar a casa para o futuro ?

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  6. Caro JMC
    A sua visão do problema do andebol feminino esta correta e a proposta de planeamento é inovadora, se os responsaveis acreditassem, era muito bom para a proxima época.
    obrigado como treinador de andebol feminino.
    Tino

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  7. Resposta ao comentário das 19.06:
    As associações não comunicam, virgula! A AAB não só nos comunicou as decisões, como o fez publicamente no seu site. As orientações expressas pela AAB na reunião de Associações são as posições que nós defendemos em reunião. O seu a seu dono, porque na nossa Associação somos ouvidos!

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  8. A proposta do Carlos Pires é interessante. A proposta do jmc tem um problema enorme que é o reduzido número de jogos competitivos das melhores equipas. Seria muito pior do que agora. Mas a este respeito vou copiar uma opinião do Ulisses Pereira, treinador do Alavarium, que deixou num fórum de andebol e que subsscrevo por completo!

    "Está em cima da mesa de discussão uma proposta de algumas Associações que visa alargar I Divisão Nacional de Seniores Femininos a todos os clubes desde que cumpram os pressupostos regulamentares, acabando com a Segunda Divisão. A Primeira Divisão passaria a ser dividida em Zona Norte e Zona Sul.
    Se esta proposta vier a ser aprovada, na minha opinião, está a ser dado um enorme passo atrás no desenvolvimento do andebol feminino no nosso país. Os clubes e as associações que estão a fazer mais força para que isso aconteça são aqueles que estão em riscos de descer de Divisão. O grande argumento da defesa desta proposta são as questões financeiras já que, a divisão em duas zonas, pouparia algum dinheiro aos clubes.
    Compreendo o argumento e ele é válido, mas estaríamos a dar um passo atrás em termos de desenvolvimento da modalidade. Há duas razões pelas quais eu considero que seria um erro enorme aceitar-se esta proposta:
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    - Imagem e competitividade da modalidade. Todos reconhecem que o Campeonato da Primeira Divisão, nos moldes actuais, já é bastante desequilibrado com 4/5 equipas muito mais fortes do que as outras. Ninguém gosta de ir a um jogo sabendo que uma equipa vai ganhar por uns 10 golos de diferença, o que é a maioria dos jogos no nosso campeonato. Imaginem o que é saber-se que vamos para muitos jogos em que a diferença vai ser de 40 golos de diferença!
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    Para quem ache que eu estou a exagerar, vou dar exemplos da realidade da 2ª Divisão, pegando no exemplo das duas equipas que lideraram o campeonato nas duas Zonas, mostrando apenas os jogos da primeira volta para não ser demasiado exaustivo:
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    Juve Mar- São Bernardo 36-19
    Alavarium - Juve Mar 26-31
    Juve Mar – Sanjoanense 28-16
    Palmilheira – Juve Mar 24-37
    Juve Mar – Fafe 43-17
    Alpendorada – Juve Mar 20-27
    Juve Mar – Salgueiros 34-23
    Modicus – Juve Mar 24-34
    Passos Manuel – Pontinha 59-15
    Passos Manuel – BC C. Branco 38-21
    Sir 1º Maio - Passos Manuel 24-35
    Passos Manuel – ACM Lisboa 30-21
    Ac. Coimbra - Passos Manuel 8-42
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    Ou seja, estas duas equipas ganharam à maioria das equipas do seu campeonato por mais de 10 golos (Na Zona Sul, os 20 golos de diferença são ainda mais uma realidade). Imaginem essas equipas a jogar com os Colégios de Gaias, Madeira Sads, Gil Eanes e João de Barros…
    Basta recuarmos umas épocas atrás, quando houve uma experiência do género e ver-se os resultados: 50-9, 40-11, etc… Será que isto tem algum interesse para o andebol português? Se a Primeira Divisão é criticada pelo desequilíbrio, deveremos agravar ainda mais o problema?
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    - O outro aspecto tem a ver com o número de jogos competitivos das melhores jogadoras portuguesas. Depois do histórico apuramento da Selecção feminina para o Campeonato da Europa é essencial que as nossas melhores jogadoras tenham um maior número de jogos competitivos. Com esta proposta, aconteceria exactamente o oposto! Para que não pensem que estou a falar de cor, vou voltar a dar um exemplo…
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    O Colégio de Gaia, na primeira fase, tem actualmente 8 jogos competitivos (2 com cada equipa): Madeira SAD, Gil Eanes, João de Barros e Sports Madeira. Na próxima época, mesmo admitindo que uma das equipas da Madeira viesse para a Zona Norte, o Colégio de Gaia teria apenas esses 2 jogos competitivos! E pergunto eu… que consequências terá isso na preparação das selecções e no potenciar das capacidades das melhores jogadoras nacionais? As melhores terão todas menos jogos competitivos e a maior parte dos jogos serão meros passeios sem qualquer interesse para treinadores, jogadoras, público e Comunicação Social!
    Bem sei que todos gostam de estar na melhor Divisão, mas a melhor Divisão deve ser só para os melhores e para aqueles que, por mérito desportivo, ganharam esse direito. Se nós não subirmos de Divisão eu também adoraria lá estar e saber que, aconteça o que que acontecer nesta fase final, para o ano vamos estar entre as melhores. Mas acho que é tempo, de uma vez por todas, deixar os nossos interesses individuais (estou a falar de treinadores, clubes e Associações) e pensarmos no melhor para o andebol português. E esta não é certamente a melhor opção. Bem pelo contrário.

    Ulisses Pereira
    Treinador das Seniores
    Femininas do Alavarium"

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  9. Comentário das 21:32, de 12 de Março

    Bem hajam os Clubes que são ouvidos pelas Associações e bem hajam as Associações que são ouvidas pela FAP, porque infelizmente ambas as situações não são comuns em todo o País a todos os outros intervenientes, quer no que diz respeito aos Masculinos quer aos Femininos, o que é de lamentar.

    Mas talvez também haja uma explicação : Braga e o Norte estão mais perto da FAP .

    Comentário da 1:22, de 13 de Março

    Não estamos de acordo, porque nem sempre é assim .
    Ainda ontem, para a LPA, o resultado do ABC com o Belenenses foi de 36 X 24, não se podendo dizer que dentro do fraco nível de todo o nosso Andebol, que a Liga não é competitiva .

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  10. Todas as pessoas do andebol sabem que há muitas raparigas que jogaram andebol no Desporto escolar, actividade de facil e agradavel aprendizagem, gostavam depois de continuar a jogar, mas os Clubes poucos? tem os seus "lobbies" e não têm entrada, não por má vontade mas devido as despesas.
    Na Madeira e evidente esta realidade basta assitir as fases finasi do andebol escolar e se vê centenas de jovens que ficam por aí na sua carreira desportiva, por falta de alternativa a jogar na Escola.
    Temos obrigação de ajudar a criar mais clubes na Madeira, mas AAM deve estar pouco interessada porque dá muito trabalho!

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  11. Concordo em absoluto com o comentário do Bem Hajam do anónimo
    das 21.32 de 12 de Março.
    Sinto o mesmo.. realmente os clubes não conseguem sequer fazer sentir a quem tem o poder de decidir, as suas dificuldades. Como se pode planear sem conhecer a realidade ou fazê-lo em função de alguns interesses regionais.
    Como se pode planear sem conhecer a realidade escolar dos atletas que tb são alunos !!! Como se pode planear sem conhecer a geografia do País !!! Como se pode planear sem ver os custos implicados nesse planeamento... são os clubes que pagam.... mas o dinheiro é só um... é dinheiro do Andebol..Por favor, que venha um planeamento interessante e capaz de promover o desenvolvimento do Andebol sem hipotecar o futuro dos clubes.
    Sem clubes não há Andebol e nós precisamos de todos .. grandes e pequenos.Todos fazem falta.
    Bem hajam

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