Sendo este espaço por natureza de diversidade, e não um espaço de “unicidade” , existem diversas opiniões entre os seus colaboradores para um mesmo tema, assim hoje publicamos a opinião dos nossos colaboradores “críticos Femininos”, acerca do modelo da PO09.
Numa altura em que estamos a escassos dias de uma importante reunião entre a Federação e as Associações para definir os modelos competitivos da próxima época, penso que é chegada a altura de darmos a nossa opinião sobre este segundo ano deste modelo competitivo no andebol sénior feminino português.
É este um modelo perfeito? Não. Mostrou as fragilidades do andebol feminino português? Mostrou. Mas, na nossa opinião, é melhor modelo que o anterior e vamos tentar explicar porquê.
Nunca se falou tanto de andebol feminino em Portugal como nestas duas últimas épocas. Justo seja dizer-se que o acompanhamento semanal que os blogs deram ao campeonato muito ajudou para isso, mas a verdade é que com o aumento do número de jogos entre equipas geograficamente próximas, fez aumentar rivalidades e falar-se de andebol feminino. Há muito tempo que isto não se via e é um sinal de vitalidade.
E isto leva a uma das grandes vitórias deste modelo competitivo: O número de espectadores. Na Zona Sul, a maior parte dos jogos teve muito poucos espectadores (salvo honrosas excepções) mas já não tinha sido assim no passado em todos os jogos disputados abaixo do Porto? Ou seja, pouco mudou na Zona Sul em termos de espectadores. Mas no Norte, tudo se alterou. A maior parte dos jogos teve assistências fantásticas para a realidade do andebol feminino e muito boas falando de andebol em geral. Muitos jogos da Zona Norte tiveram mais assistência do que muitos jogos da P01! É verdade que houve muitos derbies portuenses, mas ter pavilhões com muita gente a assistir não foi sempre o que se sentiu falta no feminino? Na última década, esta época e meia foi a que teve maiores assistências e quase que bastava isto para ter valido a pena. Mas há mais…
O andebol feminino português tinha (e ainda tem) um grave problema a Sul com muito poucas equipas. Sem o actual modelo como se faria a Zona Sul da Segunda Divisão com 3 ou 4 equipas? Provavelmente, não se faria e teria que se juntar com equipas do Norte, o que seria incomportável para esses clubes que teriam que desistir. O actual modelo salva o andebol feminino português de ficar apenas com uma pequena elite e possibilita aos clubes mais pequenos aparecerem e começarem a criar as bases para crescerem no futuro.
E o que se passou dentro do campo? Na Zona Norte, é indiscutível que a competição é um verdadeiro sucesso. Grande equilíbrio entre a esmagadora maioria das equipas e muitas das equipas que o ano passado tinham muitas jogadoras jovens, aparecem em bom nível este ano, o que prova a evolução das jovens jogadoras. Infelizmente, não podemos dizer o mesmo da Zona Sul, porque tem as 3 grandes equipas do andebol português mas, sobretudo, porque há 3 ou 4 equipas cujo nível é demasiado mau. Jogos em que as diferenças são de 40 golos não são benéficos para ninguém. No entanto, dizer mal de equipas como o Porto Salvo ou o Passos Manuel é esquecer-se que estas equipas, por direito próprio, iriam competir na 1ª Divisão há duas épocas, mesmo que o modelo não fosse alterado. E até nesta Zona se espera emoção até ao final com a luta pelo apuramento para a fase final.
Os clubes que mais se podem queixar deste modelo são o Gil Eanes, Madeira SAD e Colégio João de Barros porque tiveram que jogar contra clubes verdadeiramente fracos em que os jogos nem jogos treinos chegavam a ser. O que queremos comparar é o número de jogos “reais” que fizeram há dois anos e vão fazer este ano. Há dois anos, com uma primeira fase com 10 clubes e uma segunda fase com 4, o que fez com que cada um desses clubes efectuasse 24 jogos “reais”. O que se passa este ano? Na primeira fase (por jogos “reais” entenda-se todos aqueles em que participavam equipas que tinham assegurado o direito desportivo a jogarem na 1ª Divisão) disputaram 10 jogos (contra Gil/Madeira/João de Barros, Juve Lis, Sports Madeira, Porto Salvo e Passos Manuel). Na fase final consideramos que todos são jogos “reais” pelo que farão mais 18 jogos. Isto dá que no total farão 28 jogos “reais”, mais do que no ano passado!
Sei que alguns dirão que os verdadeiros jogos são apenas entre os 4 primeiros e que, por isso, o ano passado faziam mais jogos desses. O ano passado fariam 12 jogos desses e este ano apenas 10 (porque o Colégio de Gaia está noutra Zona). Só neste aspecto, poderá haver um ligeiro prejuízo, mas é quase irrelevante e é o único factor que joga contra o actual modelo.
Por tudo isto defendemos que este modelo provou ser melhor que o seu antecessor. A fragilidade que se viu a Sul não é culpa do modelo mas sim do fraco desenvolvimento do andebol feminino nessa região. A competição com este novo modelo trouxe espectadores, deu a possibilidades a clubes com muita gente jovem de competir com as melhores e criarem alicerces para serem mais fortes no futuro. Só alargando a base, poderemos ter melhores jogadoras no futuro.
Justificar o fracasso da selecção com o modelo competitivo é tentar atirar areia para os olhos. Se calhar, devíamos pensar porque é que 4 das 5 melhores jogadoras nacionais (Alexandrina Barbosa, Ana Seabra, Renata Tavares e Virgínia Ganau) não vão à Selecção. Ou alguém acha que um país como Portugal consegue ser competitivo quando as melhores jogadoras se recusam a representar o país? Além disso, quando a maior parte das atletas portuguesas faz 2 a 3 treinos semanais, não se pode esperar milagres. Mas é sempre mais fácil culpar o modelo competitivo.
O verdadeiro campeonato começará em Fevereiro, quando se jogar a fase final com 8 equipas. Este modelo faz com que se joguem praticamente dois campeonatos, dado o número de participantes na fase final.
Por mais que pareça que este modelo serve os interesses dos clubes do Norte (e serve!), voltar ao passado, significaria o fim dos poucos clubes do Sul que não estão no topo. E isso seria fatal para o andebol feminino português que já tem poucas equipas e ficaria ainda mais pobre. E o público voltaria a desaparecer dos pavilhões.
Críticos Femininos
Uma análise muito bem feita.
ResponderEliminarParabéns.
Paulo Andrade
Boa análise! Realmente a Norte a prova é espectacular apesar de um pouco nivelada por baixo, a Sul há jogos que não interessam a ninguém. Só que o modelo anterior era ainda pior e o que eu via era aqui as equipas do Sul a acabarem.
ResponderEliminarO verdadeiro campeonato realmente começa na fase final mas é bom ver algumas equipas que melhoraram muito por este contacto com as melhores.
É um modelo com muitas falhas mas voltar ao passado era a maior asneira possível.
Concordo com a análise, mas considero que poderá haver melhores alternativas.
ResponderEliminarNa minnha opinião, o escalão de juniores deve acabar e o de juvenis deve aumentar 1 ano (passando a coincidir, num trajecto escolar normal, com o 12º ano).
Nas seniores devem ser formadas 2 divisões, a 1ª com 12 equipas (2 séries de 6) e a 2ª com o número de clubes restantes e com um número de séries necessários para salvaguardar as zonas geográficas. A inexistência do escalão de juniores poderia colmatar o insuficiente número de equipas seniores, na verdade não seria um campeonato com mais custos do que o de juniores actual.
A 1ª divisão seria disputada a 4 voltas entre as equipas da mesma série (20 jogos) e com jornadas cruzadas com a outra série a 2 voltas (+ 10 jogos). Numa segunda fase os 4 primeiros de cada série ficavam apurados para disputar o playoff (1ºA vs 4ªB; 2ºA vs 3ºB;...) a 2 mãos (+ 3 a 6 jogos), Os últimos 2 de cada série disputariam a permanência, primeiro com um playoff entre as duas equipas, em que o vencedor garantia a manutenção e iria discutir a classificação final com a equipa da outra série nas mesmas condições.
É verdade que actualmente muitas das equipas de juniores existentes são dos clubes com seniores, mas também há algumas que não o são e iriam fortalecer uma 2ª divisão. As 2 equipas apuradas nesta divisão iriam discutir o acesso à 1ª divisão com as equipas classificadas em último de cada série.
Provavelmente teriamos uma série com (Gil, SAD, Sports, Juve, João de Barros e outra) e outra série com (Gaia, Maia, Alavarium, Académico, Santa Isabel e talvez CALE).
Perguntem aos treinadores Fem. façam uma reunião técnica num fim de semana, convidem os treinadores do andebol feminino, grupos de trabalho e apresentação de um documento para ser aprovado pelas associações e não como sempre á revelia dos clubes e treinadores e depois nós achamos que este modelo é o melhor?
ResponderEliminarDeixem de mandar onde sabem pouco, mas podem mandar? mas mal.
um, apenas mais um, bom ponto de partida para um debate que se deseja sério, frontal, debatendo soluções para os problemas. abordar o andebol no seu todo e neste caso o feminino que faz parte desse todo.
ResponderEliminarColocar na 'mesa' num fórum de debate se quiserem, treinadores no activo ou não, técnicos com competências e experiência provada, dirigentes, atletas, ex atletas árbitros, comunicação social.
Poucos mas unidos, serão certamente muitos mais do que muitos mas divididos.
falta trocar o seleccionador.
ResponderEliminarAnónimo das 14h04, excelente ideia!
ResponderEliminarTambém eu concordo com este artigo do Banhadas mas esta ideia de se acabar com as juniores e propor aquele modelo criativo para as seniores seria muito interessante...
Para se pensar numa 1ª e 2ª Divisão só mesmo acabando com as juniores senão é impossível.
As 5 atletas que não foram para a selecção, por uma razão ou outra apenas tem um fim comum. O seleccionador quis manter o seu tacho a apenas abanou a cabeça....
ResponderEliminarantes o dinheiro no bolso que a dignidade e caracter para construir uma equipa.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarAntes de mais, parabéns pelo artigo. O Banhadas deixou para trás o terrorismo e passou a criar uma linha de discussão com inteligência. Não temos que ser a favor, nem obrigatoriamente pró FAP: o que está bem merece o aplauso, o que está mal merece critica. Muitas vezes me prenuncio aqui a favor da FAP, outras tantas contra. Sentia que da parte da Administração só valia o que fosse contra, agora sinto novas “aragens”, o que me agrada substancialmente.
ResponderEliminarSobre o tema em discussão: penso que a FAP foi feliz ao adoptar o modelo vigente, pois proporcionou que aparecessem mais equipas, com elas muitas jovens juniores a jogar na equipa sénior, logo maior número de praticantes. Nem tudo foi bom, porque a qualidade decresceu, mas em contra partida aumentou a base de sustentação, o que proporcionou a que hoje exista um pirâmide mais proporcional. Hoje temos condições para ter duas divisões com alguma qualidade, mas sem este modelo tenho sérias duvidas que isso fosse possível.
Como tudo, este modelo para mim atingiu o seu auge e urge reestruturar. A FAP quando lançou este formato definiu o ano 2012 como meta. Eu penso que a próxima época já deveria ter um novo formato, nomeadamente com 1ª e 2ª Divisão.
Claro que isso nos leva a outra discussão: terão algumas das equipas, nomeadamente a norte, capacidade financeira para suportar as despesas inerentes a um campeonato disputado em todo o território? Juve Mar, CALE, Maiastars, Santa Isabel, Santa Joana, etc, estão preparadas para isso? Tenho sérias dúvidas! Contudo, acho que mesmo correndo o risco de deixar alguém pelo caminho, está na hora de alterar. Seguindo o projecto da FAP, penso que o campeonato de 2010/2011 deve desde já definir equipas para duas divisões distintas: 1ª e 2ª.
Em relação à Selecção, não temos que ter pressa. Hoje a Selecção está povoada de jovens. Há outras jovens de qualidade a emergir, o que nos garante o futuro. Vamos deixar fermentar este trabalho. A FAP está a fazer o que lhe compete dando muitos jogos internacionais a esta nova geração. Não sei se este Seleccionador é o ideal, ou se deixa de ser. Não devemos envergar por essa discussão. Com este ficamos em 12º com outro poderemos ficar em 10º. Qual é a diferença? Vamos com calma, potenciar o que existe e no futuro, quando tivermos uma boa base, aí sim vamos discutir o Seleccionador, porque já poderemos estar a falar de ficar entre os seis primeiros ou os seis últimos. Nessa altura, fará toda a diferença ter ou não alguém de qualidade à frente da Selecção.
Termino deixando aqui uma pequena provocação: o Donner provou que um bom treinador faz toda a diferença. Será que os treinadores do feminino, para além de chorar permanentemente baba e ranho, estão preparados para trabalhar a um nível elevado? É que sem bom trabalho nos clubes, não há boa Selecção e a treinar duas ou três vezes por semana, nunca teremos bom trabalho!
Logicamente que o Feminino tem direito a reivindicar boas condições, mas tem também obrigações. A sensação que eu tenho é que no que concerne às obrigações toda a gente assobia para o lado. Uma equipa, um conjunto de música, um grupo de teatro, só atingem o estrelato quando alcançam o sucesso, mas para chegar ao sucesso trabalham arduamente. Não é possível a um conjunto de pessoas comprar uma série de instrumentos e sem mais nem porquê reivindicarem a edição de um disco com sucesso. É que não ensaiando todos os dias, não produzem musica (jogos) de qualidade e sem qualidade ninguém compra o produto. Nesta coisa que se chama andebol, se formos para a televisão com a qualidade que temos os senhores administradores da TV correm-nos à pedrada!
Oh pah o jornaleiro de serviço Herberto Duarte Pereira desta vez falou bem.
ResponderEliminarDeve estar para morrer um burro.
Anónimo das 14:04, acabar com as júniores? Se bem me lembro, apesar de já serem "crescidinhas", ainda é um escalão de formação! Acabaria por ter miúdas de 18 anos a jogarem contra mulheres bem formadas no andebol. O que deveria ser feito era o mesmo que no masculino: se eles são juvenis durante 3 anos, elas também o deveriam ser. Nunca se esqueçam que são escalões de formação!!! Precisam de tempo para 'amadurecer' antes de serem atiradas para os lobos.
ResponderEliminarVale apena inquirir as atletas com mais experiencia de jogo sobre este tema e na falta de ideias novas e aliciantes quanto ao futuro, falem com os selecionadores nacionais femininos nos ultimos 20 anos e eles ou elas por certo terão por certo boas ideias e propostas.
ResponderEliminarEspero que mais uma vez não se esquecam dos clubes e das Atletas.
A juventude feminina merece esse esforço de valorização qualitativa da competição feminina.
Helder
Ao Anónimo de 9 de Dezembro de 2010 14:04
ResponderEliminarPrimeiro ponto:
Alguém que pensa como você não deve esconder-se no anonimato, parabéns pelo comentário.
Segundo ponto:
Para situações especiais soluções especiais.
Por isso um campeonato dito normal não é a solução para o feminino em Portugal.
1- Precisamos de muitos jogos entre as melhores equipas.
2 - precisamos de Play-off para aumentar a incerteza do resultado final e trazer mais emoção.
3 - Precisamos de 2 divisões, nem que para isso se termine com o escalão de juniores e se aumente a idade das juvenis e os escalões anteriores, procurando que não exista um escalão com 3 anos. Uma atleta de 18 anos está apta a jogar nas seniores, é o que mais acontece JÁ HOJE.
Deste modo, julgo que a solução final deveria passar por algo muito próximo da proposta do Anónimo de 9 de Dezembro de 2010 14:04.
Duas séries, mais do que 2 voltas, cruzar série e Play-offs. Estes são excelentes pressupostos para iniciar um novo modelo de competição para a PO9.
O outro assunto que está em paralelo, "que seleccionador?", julgo que o devemos inicialmente separar deste. A escolha do seleccionador esta pendente de outras vontades... enquanto a FAP não assumir que pretende DE FACTO ter um projecto de selecção para o feminino nada feito, ( nem o Donner conseguia), pois será sempre o trabalho a prazo mas sem rumo, e como já alguém disse "Como não sei para onde vou, até parece que não estou perdido".
Termino com uma palavra de apreço para o grupo "críticos do feminino" pelo grande trabalho que tem feito na blogoesfera dando voz ao andebol feminino. Pois é graça a eles e outros como eles, que se fala mais do feminino e não pelo modelo que está em vigor.
Parabéns!
AdC
Sinceramente...assim como está, está muito bem mesmo!!!
ResponderEliminarJá não via tantas miúdas a jogarem Andebol como no ano passado e neste ano! Muito mais atletas e a velha rivalidade entre as nossas equipas! LINDO! ENTUSIASMANTE! VIBRANTE!
Isto sim É ANDEBOL! Não é só jogar bem ou formar as melhores jogadoras internacionais que nenhum dos nossos clubes consegue e a única que andou lá próxima já nem pela selecção joga!
É ter prazer em fazer o que faz e o que faz é praticar este desporto que acima de tudo É NOSSO. Isto sim É ANDEBOL! Se com esta base conseguirmos formar e garantir qualidade...OPTIMO! Se não, não tirem isto que é o que de melhor NÓS TEMOS para tentarmos atingir de que forma e feitio o que não temos nem conseguiremos atingir com essas ideias absurdas.
Este é o nosso caminho! Trilhe-mo-lo! Aprendamos a ser portugueses! Caramba, há quanto tempo já não vibrava assim com jogos de andebol femininos...muitas vezes nem tão bem jogados...mas que prometem muito mais dia após dia!
Parabéns meninas do Norte! Conseguimos mostrar do que somos feitas! Somos feitas de vontade, esforço, empenho e alegria! Somos feitas de velhas rivalidades, de nervos à flor da pele, de rixas, de um espírito de defesa de equipa incrível...não nos contentamos com qualquer coisa...não nos damos por vencidas nem batidas por uma derrota sequer. E tudo o que pudermos fazer para a vitória obter faremos! Parabéns!
Secalhar é por isso que voltou a haver uma SELECÇÃO (no verdadeiro sentido da palavra) de Juniores "B"...
ResponderEliminarDiscordo do comentário quando afirmam que as melhores épocas do Andebol Feminino foram as 2 últimas. Entre 1999 e 2002 assistiu-se a um investimento por parte dos clubes femininos como nunca tinha acontecido. Várias equipas com atletas estrangeiras (Juvlis; Maiastars; Santa Joana; Colégio de gaia; Madeira Sad e Gil Eanes, apenas, Santa Isabel; Porto Salvo; Vigorosa e Sports Madeira não tinham estrangeiras. Nenhuma equipa realizava menos de 5 treinos semanais, muitas atletas eram remuneradas. Madeira Sad e Gil Eanes com números mais elevados que os restantes mas muitos clubes conseguiam, alojamento, pagavam transportes, uma pequena mensalidade etc. Pavilhões com muitos espectadores e um nível de jogo muito mais elevado do que agora. Basta para isso relembrarmos as equipas do Madeira Sad como Barbara Brauer e Tanja Milanovic jogadoras de acto nível. O 7º ou 8º classificado na altura seria hoje campeão nacional. Com algumas atletas no estrangeiro e com a geração da “Costa do Marfim” a afirmar-se a nossa selecção nacional obtém os melhores resultados de sempre numa “poule” de apuramento com a Eslovénia e Macedónia. Vencemos em casa (pavilhão municipal de Gaia praticamente cheio e pavilhão do F.C.Gaia completamente esgotado) e perdemos os 2 jogos fora. Terminamos em igualdade pontual com as outras 2 equipas e não apuramos pela diferença de Golos. Curiosamente o Sr. Luís Santos “fecha” a selecção sénior alegando maus resultados desportivos!!!! Realizaram-se reuniões para a formação de uma liga feminina (Aveiro e Fundão) mas ficou tudo pelas intenções.
ResponderEliminarPor isso, não penso que seja o modelo da PO9 que vai melhorar e aumentar a qualidade do nosso andebol, mas sim a forma como o Feminino é tratado dentro da FAP e depois pelos próprios clubes. Zonas geográficas são necessárias e Play-offs também.
Há 10 anos as Câmaras Municipais e autarquias tinham uma capacidade económica que hoje não existe, Será mais difícil agora, mais uma razão para todos se unirem e reunirem para estabelecerem metas, modelos de jogos, traçar objectivos concretos para que todos sintam que fazem parte de algo. Mesmo os clubes mais modestos, desta forma, sentir-se-iam mais motivados. Revitalizar selecções regionais, dar mais autonomia pedagógica e formativa às Associações Regionais que foram durante muitos anos, o motor do desenvolvimento do Feminino.
Concluindo antes do modelo competitivo adequado existem outras passos a dar muito importantes, diria mesmo decisivos.
Concordo com grande parte do comentário anterior, o problema é que dinheiro não existe nesta altura! Às vezes nem dinheiro para ir para os jogos...
ResponderEliminarInfelizmente, as coisas pioraram muito mas não foi só no feminino. No masculino qualquer jogador da 2ª divisão ganhava 300/400 euros, agora quase ninguém ganha e fazem 2/3 treinos por semana. Assim não se vai lá não.
Acho que face ás condições actuais este modelo é o que melhor se adequa. Até que a situação económica melhore.
VEJAM A DIFERENÇA DE OBJECTIVOS DA FEDERAÇÃO DE VOLEIBOL PARA OS NÃO OBJECTIVOS DA FEDERAÇÃO DE ANDEBOL...
ResponderEliminarFederação Portuguesa de Voléibol aprova orçamento e plano de actividadespara 2011
O Orçamento e o Plano de Actividades Anuais da Federação Portuguesa de Voleibol (FPV) para 2011 foram hoje aprovados por unanimidade em Assembleia Geral Ordinária, no Porto, informou a FPV.
O Orçamento e o Plano de Actividades da FPV foi aprovado por unanimidade pelas Associações de Voleibol de Porto, Lisboa, Coimbra, Guarda, Viseu, São Miguel, Ilha Terceira, Braga, Ilha do Faial, Ilha de Santa Maria, Ilha do Pico, Associação Portuguesa de Árbitros de Voleibol e Associação de Árbitros de Voleibol.
Para além dos campeonatos e eventos de âmbito nacional, o ano de 2011 terá como pontos altos a nível de seleções as participações no Europeu de 2010/2011, a Pré-Qualificação Europeia para os Jogos Olímpicos de 2012 e a Liga Europeia 2011 (seniores masculinos).
A FPV terá ainda equipas empenhadas na qualificação para o Campeonato da Europa de 2011 (cadetes masculinos e femininos) e na fase europeia de qualificação para o Campeonato do Mundo de 2012 (juniores e cadetes).