Temos sido muito críticos em relação à forma como a FAP tem tratado o andebol feminino em Portugal. Não somos meigos nas críticas. Mas quando é para dizer bem também cá estamos para dizer presentes. Por isso, temos que aplaudir a decisão da FAP em ouvir os clubes da PO9 sobre o campeonato da próxima época, embora não compreendamos porque não se ouvem os clubes apurados para a fase final da PO10. Mas há muito tempo que não víamos a FAP ouvir clubes femininos, por isso, fica aqui o registo positivo.
Na reunião da próxima Segunda-feira em Leiria vai ser decidido o modelo competitivo da PO9 na próxima época. Segundo o que apurámos, a FAP vai tentar que os clubes obtenham o maior consenso possível no modelo a escolher, algo que nos parece muito positivo.
Segundo o que se ouve, há 3 modelos em cima da mesa: 1) Modelo como nas duas épocas anteriores com uma divisão única, Zona Norte e Zona Sul, apurando-se 8 equipas para a fase final. 2) Modelo semelhante ao deste ano, com 10 equipas na 1ª divisão e apuramento de 6 equipas para uma fase final. 3) 12 Equipas na 1ª divisão com o campeão a ser apurado através de um sistema de play-off (à melhor de 3 vitórias cada ronda).
Parece que cada clube, cada sentença, mas vamos aqui deixar a nossa opinião sobre essas 3 hipóteses de que se fala (não confirmadas):
- Modelo de divisão única, com duas zonas. Esta seria a pior hipótese. Seria um enorme retrocesso e o andebol feminino português precisa de duas divisões.
- Modelo semelhante ao actual com a 1ª Divisão com 10 equipas. Dizemos semelhante porque teria que haver uma fase final com 6 equipas. É uma solução de continuidade, não é aquela que achamos poder trazer mais espectáculo mas não é má de todo.
- Modelo com a 1ª Divisão com 12 equipas e play-off entre as 8 primeiras para se apurar o campeão com as eliminatórias a serem à melhor de 3. Este é claramente o modelo mais espectacular pois permite emoção até à última jornada, permite pavilhões cheios em 4/6 jogos das meias-finais e final e permite uma divulgação na Comunicação Social em torno desses grandes momentos da época que é o que faz falta ao andebol feminino.
Algumas notas finais:
- Apesar de entendermos que, de longe, a hipótese 3 é a melhor, achamos que a FAP nunca terá coragem de a propor e os clubes são demasiado conservadores para a proporem, invocando desculpas de quem é avesso às mudanças. Depois queixem-se que não se dá visibilidade ao andebol feminino?
- Achamos que os clubes devem aproveitar a reunião para pressionar a FAP a colocar jogos femininos na TV pois só assim se conseguem atrair patrocinadores.
- Os clubes devem questionar a FAP porque é que a PO9 é a 3ª ou 4ª prova em termos de prioridade de arbitragem.
- Os clubes grandes do andebol português (Madeira Sad e Gil Eanes) são os clubes que normalmente mais avessos a mudanças são. O que é pena pois são os que beneficiariam mais com um aumento da visibilidade. Mas, curiosamente, são os que falam mais nos custos quando são dos poucos clubes que pagam a sério a jogadoras e treinadores?
Veremos o que será decidido. Voltar às Zonas seria quase trágico. Manter o mesmo formato é continuar na mesma apatia e sem a divulgação que o campeonato tem que ter e escolher a opção das 12 equipas com play-off seria um passo muito interessante para dar mais visibilidade.
Caberá aos clubes decidir. E isso, por si só, já é uma grande mudança.
Críticos Femininos
alguma noticia sobre os campeonatos universitários de andebol?
ResponderEliminara 3.ª hipotese é a que convem ao Alavarium, ou então como é que se faz o recrutamento dos clubes em falta, não se cumpre o regulamento desta época.
ResponderEliminarEu duvido que o Alavarium desça e não sou do Alavarium nem de perto nem de longe. O Cale ou o Alcanena são muito mais candidatos a descer e mesmo o Maiastars e o Colégio estão só com 3 vitória!
ResponderEliminarEu acho que não faz sentido os masculinos andarem com 12 equipas e os pobres do feminino com 10.
Mas acho que o último da PO9 e o 2º e 3º da PO10 deviam disputar uma lugilha para decidir os outros 2 clubes que faltam. Assim não se desvirtua nem a PO9 nem a PO10.
Parabéns à Federação. Pela primeira vez nos últimos 10 anos serão os clubes a decidir.
ResponderEliminarFinalmente alguém ouve os clubes femininos. Acho que deviam ser 12 porque não tem lógica esta discriminação mas se os clubes acharem que devem ser 10 assim seja. Será que as coisas estão a mudar ao nível do autismo da federação?
Epá!!! anda aqui gente que sonha com o Alavarium, se quiserem o contato do Ulisses para ajudar, conhecendo-o como conheço, ele não tem problemas em aceitar... Todas as ajudas serão sempre bem aceites por ele...
ResponderEliminarO Andebol com actual gerencia de Ulissses Pereira está a voltar a caserna ou seja aos clubes e só pode ser positivo este retomar a originalidade do movimento associativo e não voltar acontecer que um pseudo esperto e sábio de nada mandar e fazer as leis de acordo com os seus nteresses e motivações que tem muito a ver como Carater que não tinha e a verdade que não praticava!. No dizer dele precisavamos de ter ou pertencer a um "Cartel".
ResponderEliminarDeixou dividas, contratos melionários e desorganização...
jorge Silva
Em teoria, isso tudo é muito bonito, mas quando temos os combustíveis aos preços que estão, com as portagens a subirem imenso, com a diminuição de patrocínios devido à crise económica, tem de se optar por modelo onde não se gaste muito em deslocações e estadias.
ResponderEliminarNão esquecer o facto da esmagadora maioria das jogadoras nem semi-profissionais são.
Que seja um modelo que também permita o máximo de jogos ao máximo de jogadoras, pois o que elas querem é jogar esta bela modalidade.
O que fazer com as equipas que não atingirem as fases finais? Organizam-se competições pela FAP, ou pelas associações?
Uma sugestão de ponto de discussão na mesa: O dinheiro a pagar pelas inscrições nas provas.
"Uma sugestão de ponto de discussão na mesa: O dinheiro a pagar pelas inscrições nas provas."
ResponderEliminarTenho que concordar. O que se passou este ano foi um absurdo. 3750,00€. E os que não ficaram na 1ª Divisão? Devolveram o dinheiro? Defendo que todos os clubes, seja no masculino ou feminino paguem de acordo com a divisão, escalão e fase que estão a disputar. Não é justo que clubes que nem sequer passem da 1ª Fase, paguem o mesmo que aqueles que vão até ás fases finais. Sim a FAP perderia muito dinheiro, mas os clubes pelo contrário ficavam com mais capacidade financeira. E além disso dava para os clubes "respirarem financeiramente" em vez de serem logo sufocados no início da época...
12 equipas com play offs dá sensivelmente o mesmo número de jogos do que 10 equipas e uma fase final.
ResponderEliminarEu acho que os clubes que dizem sempre que o andebol feminino tem pouca projecção como o Madeira, o Gil e o CJB deviam apoiar esta proposta com a condição da Fap garantir a transmissão televisiva dos 3 jogos das finais. Essa é outra das coisas que falta ao andebol feminino!
Plenamente de acordo quanto ao facto de se os clubes avançarem para as 12 equipas que o último classificado da PO9 não deve estar automaticamente salvo de descer e deve disputar uma poule com o 2º e 3º da PO10. Assim ficam todos os campeonatos com interesse competitivo até ao final.
E apesar de estar a chover no molhado, é bom ver que agora os clubes são ouvidos. Esperemos que seja para continuar e não seja só a excitação do início de mandato.