Crónica de Fim de Semana – 33 – 2011 / 2012 - I

Esta crónica relativa á PO01.

PO01 – Campeonato Nacional da 1.ª Divisão Seniores Masculinos.

Fase Final

Grupo “A”

9.ª Jornada

Benfica 27 – 28 FC Porto

Sporting 29 – 24 ABC

Águas Santas 27 – 29 Madeira SAD

A penúltima jornada do Campeonato, com o interesse da prova, reduzido a saber-se quem é o 2.º e 3.º Classificado, para se definirem as participações Europeias, é muito pouco para uma prova que se quer e deseja de referência do Andebol Nacional. O Clássico Benfica / FC Porto, tinha como principal aliciante (na nossa opinião), verificar o comportamento competitivo do merecedor Campeão Nacional, neste encontro que apenas foi decisivo para o Benfica e que terminou com uma vitória do FC Porto. No Casal vistoso , o Sporting recebia o ABC, e se ainda tem esperanças em discutir o 2.º lugar da classificação tinha de vencer o jogo, conforme veio a acontecer, com um diferencial final, que poderá levar a pensar que a equipa de Lisboa venceu com alguma facilidade, enganam-se os que assim pensam, pois foi um encontro equilibrado, com o ABC a comandar o marcador até cerca dos 20 minutos de jogo, para de seguida se entrar numa toada de equilíbrio, com a equipa do Sporting, a assumir em definitivo o comando marcador aos 25 minutos, chegando ao intervalo a vencer por 13-11. Nos segundos 30 minutos de jogo, o Sporting apenas se conseguiu distanciar do marcador a partir dos 56 minutos quando o resultado se encontrava em 24-22. De referi que a 1.ª linha do ABC, mais uma vez se revelou inócua, apenas obtendo um (1) golo, aos 40 minutos por Luís Bogas. No Sporting mais uma vez Bruno Moreira (7 golos), demonstrou que se encontra a travessar excelente momento de forma, sendo muito bem acompanhado pelo jovem Pedro Portela (5 golos). No ABC, de referir que José Pedro Coelho apenas marcou de 7 metros (7), com este resultado o ABC está definitivamente afastado de qualquer participação em provas Europeias na próxima época. Disputando com o Águas Santas, na última jornada a fuga ao último lugar, deste grupo. Em Águas Santas, disputou-se outro encontro em que o 2.º lugar também estava em jogo, com a equipa Madeirense a dizer por que motivo nas últimas épocas se têm afirmado como vice campeã, pois foi ao recinto da equipa do Águas Santas, obter mais uma excelente vitória, num jogo quase equilibrado embora  a equipa Insular tenha comandado o marcador a partir dos 25 minutos de jogo, e tenha chegado a desfrutar de uma vantagem de 5 golos (18-13 e 19-14), permitindo sempre uma excelente reacção do adversário, que a 30 segundos do fim do encontro apenas perdia por um golo (28-27), sofrendo o 29 a cerca de 15 segundos do fim. De destacar neste encontro a actuação mais uma vez de Telmo Ferreira (44% de eficácia), que se segundo se consta está de abalada (não sendo o único), destacando-se mais uma vez a equipa no seu todo, pois formam na nossa opinião, uma das equipas com melhor orientação técnica no andebol Nacional. Deve-se ainda destacar a prestação de Gonçalo Viera (9 golos), e de Hugo Rosário (7 golos), na equipa Madeirense e de Pedro Cruz e Eduardo Salgado no Águas Santas, ambos com 6 golos, uma referência para o Águas Santas que apenas utilizou 10 jogadores dos 14 inscritos. Tal como o ABC, também a equipa do Águas Santas está definitivamente afastada de poder participar em provas Europeias na próxima época. Quanto aos Madeirenses, que com esta vitória, estão isolados no 2.º lugar, defrontando na última jornada o Benfica na Madeira, tem neste momento já assegurado um lugar nas provas Europeias, faltando apenas definir, se na Eurpean Cup, se na Challenge CUP, nós interrogámo-nos como irá ser efectuada essa participação se a existência da própria equipa está em causa, apenas esperamos que os responsáveis políticos da Madeira saibam resolver este problema a tempo e horas. A Classificação após esta jornada ficou assim ordenada, 1.º FC Porto (56 pontos), 2.º Madeira SAD (47 pontos), 3.º Sporting e Benfica (45 pontos), 5.º Águas Santas (41 pontos), 6.º ABC (40 pontos).

Benfica 27 – 28 FC Porto

Encontro disputado, sem o “paladar” de outros clássicos da modalidade, pois publico pouco e sem vibração, provando que em Portugal com este modelo competitivo (na nossa opinião), não vendemos o produto e iremos a continuar a ter os pavilhões com assistências razoáveis, apenas por milagre. O Benfica apresenta-se sem chama e sem força anímica, pensamos que talvez por força das inúmeras noticias vindas a público sobre reforços, e que levaram a que alguns elementos se apresentassem com mais baixo rendimento. O seu sistema defensivo não existiu praticamente, e no ataque raramente concretizou através de uma jogada planeada, com estes ingredientes o FC Porto utilizando as suas principais armas, velocidade capacidade de remate de 1.º linha e um sistema defensivo suficientemente agressivo, “obrigou” o técnico do Benfica a substituir os GR’s cerca dos 15 minutos, quando já perdia por 12-8, fazendo entrar Ricardo Candeias, mas o Benfica continuou lento e sem qualquer solução, apenas Nuno Roque, parecia estar em campo, e assim não se estranhou que o FC Porto chegasse ao intervalo a vencer por uns surpreendentes 20-13. Nos segundos 30 minutos, o FC Porto demasiado confiante, baixa a sua velocidade e tem uma autêntica quebra de ritmo, permitindo á equipa do Benfica efectuar uma excelente recuperação, provocada não só do abaixamento de ritmo por parte da equipa Portista, como pela nítida subida de rendimento nos 10 minutos finais de Carlos Carneiro, levando a uma igualdade no marcador aos 54 minutos (25 golos). Até final o equilíbrio foi uma constante, mas pensamos que o momento decisivo, foi a defesa de Quintana a um remate isolado de Nuno Roque, depois até final do encontro tempo ainda para Ricardo Candeias negar um diferencial de 3 golos ao FC Porto, com uma grande defesa aos 57 minutos, e David Tavares a falhar um livre de 7 metros que daria a igualdade a 3 segundos do fim do tempo regulamentar. No FC Porto Alfredo Quintana (43% de eficácia), Tiago Rocha (6 golos) e Gilberto Duarte (5 golos), foram os seus principais elementos, no Benfica, apenas Nuno Roque (5 golos) e Ricardo Candeias, estiveram acima da média. O encontro foi dirigido pela dupla Internacional Madeirense Duarte Santos / Ricardo Vieira, que tiveram um trabalho que na nossa opinião ficou manchado pela má aplicação da Lei da Vantagem nos últimos segundos do encontro, e pela grande passividade na aplicação da regra da Conduta para com o Adversário, pela positiva o critério dos 7 metros.

Grupo “B”

7.ª Jornada

Ismai 26 - 27 SC Horta

9.ª Jornada

AC Fafe 40 – 37 SC Horta

Belenenses 36 – 27 São Bernardo

Ismai 29 - 31 Xico Andebol

SÃO BERNARDO DESCE DE DIVISÃO

Os jogos de fim semana começaram, com a realização do encontro em atraso da 7.ª Jornada, que opôs o SC Horta ao Ismai na Maia, e que terminou com a difícil vitória da equipa Insular. Foi um encontro indisciplinado com cinco (5) Cartões Vermelhos, todos a sancionar desqualificações directas, e que já tiveram consequências disciplinares, que poderão influenciar a classificação final, deste grupo essencialmente no que diz respeito às descidas de divisão, e ainda 13 exclusões, isto diz tudo. O Ismai que chegou ao fim dos 30 minutos a vencer por 16-11, permitiu depois a recuperação do SC Horta, com diversas situações de igualdade por exemplo (19-19 aos 42 minutos), sendo que a cerca de 5 minutos do fim se registava uma igualdade a 26 golos, com o Horta marcar o 27.º golos a cerca de 20 segundos do fim, e o Ismai a falhar um livre de 7 metros a 2 segundos do fim. Consideramos que o mento crucial do encontro é a desqualificação do guarda redes (Rui Pereira) do Ismai, a 10 segundos do intervalo. Após este encontro e com o 1º lugar do Grupo “B” garantido o SC Horta, deslocou-se a Fafe onde se apresentou para defrontar a equipa local com apenas 8 jogadores (consideramos inadmissível, que na prova de topo do Calendário Nacional, e em jogos que são decisivos, se verifiquem situações destas), e perdeu, sendo notória a falta do seu Guarda Redes Nuno Silva (castigado), apesar das suas limitações o SC Horta foi uma equipa que nunca virou a “cara”, criando diversas situações de embaraço á equipa de Fafe, mais uma vez teve em Austris Tuminskis (10 golos), Nelson Pina (8 golos) e  Yuri Kostetsky (7 golos), os seus principais jogadores, de destacar no AC Fafe o Cláudio Mota (10 golos). A permanência na 1.ª Divisão fica dependente dos resultados da última jornada, pois em caso de igualdade com a equipa do Ismai, esta leva vantagem (1 vitória e 1 empate). No Restelo o Belenenses defrontou o São Bernardo, a quem venceu sem pelo nem agravo, comandando o marcador desde muito cedo, neste encontro que poderá ter marcado a despedida de Pedro Matias, deve-se referir que ele foi o melhor marcador da equipa com 7 golos (4 de 7 metros) e 4 assistências com golo, Pedro Delgado marcou igual número de golos, nos Aveirense os 10 golos de Tiago Sousa foram insuficientes. Com este resultado a equipa de Aveiro desce de divisão. Na Maia, onde o Ismai luta pela sobrevivência foi derrotado pelo Xico Andebol num jogo bastante equilibrado, mas onde a equipa do Ismai sentiu em demasia a ausência (por castigo) do seu guarda redes Rui Perira. Com este resultado a equipa Vimaranense garantiu a sua permanência da 1.ª Divisão. A uma jornada do fim a Classificação ficou assim ordenada: 1.º SC Horta (44 pontos), 2.º Belenenses (41 pontos), 3.º Xico Andebol (36 pontos), 4.º AC Fafe (32 pontos), 5.º Ismai (30 pontos), 6.º São Bernardo (27 pontos).

O Banhadas Andebol