Crónica de Fim de Semana – 09 – 2012 / 2013 – I

Esta é a crónica referente à PO01. Onde pára a Televisão Publica?

PO01 – Campeonato Nacional da 1.ª Divisão Seniores Masculinos.

7.ª Jornada – Resultados

Xico Andebol 23 - 29 Madeira SAD (Antecipado)
CDE Camões 15 – 17 Avanca FC Porto 34 – 27 Belenenses
AC Fafe 32 – 33 Águas Santas Benfica 39 – 25 SC Horta ABC 23 – 23 Sporting

A jornada iniciou-se com um confronto a meio da semana entre o Xico Andebol e o Madeira SAD, num jogo antecipado em virtude da participação da equipa Insular na EHF CUP. Uma critica tem de imediato de se fazer à equipa Madeirense (embora provavelmente não sejam os verdadeiros responsáveis), pois é incompreensível que uma equipa que discute a PO01, se apresente apenas com 11 jogadores (o mínimo sem multa são 12 nos termos do Regulamento da Prova), quando no encontro que tinha disputado no fim de semana tinha apresentado 12. O Madeira SAD venceu um jogo, onde a sua vitória nunca esteve em dúvida, pois comandou o marcador durante os 60 minutos, atingindo a maior diferença no marcador (7 golos) aos 57 minutos. Os Madeirenses souberam sempre aproveitar as situações de superioridade numérica e estiveram eficazes na conclusão de 2.ª linha, com o jovem Carlos Siqueira em grande forma (6 golos), apesar de João Paulo Pinto e Nelson Pina, ambos com 7 golos terem sido os melhores marcadores da equipa. No Xico Andebol, a melhoria de eficácia dos guarda redes do primeiro para o segundo período é um facto de assinalar, Daniel Santos e Luís Sarmento com 6 golos foram os elementos mais concretizadores da equipa. De salientar pela negativa a desqualificação directa de Jaime Barreiros cerca dos 10 minutos de jogo, o que em nossa opinião influenciou bastante o comportamento dos Vimaranenses. Por fim a lesão de Gonçalo Viera (nariz fracturado), é outro dos factores negativos. A norte jogava-se o encontro mais mediático da jornada, e um dos clássicos da modalidade o ABC / Sporting, disputado num pavilhão muito bem composto de publico, e que não desiludiu os amantes da modalidade, foi um encontro com um total equilíbrio não só no marcador, mas em todas as situações de jogo, até nas anormais percentagens de falha na execução dos livres de 7 metros (Foram assinalados 15 e apenas concretizados 6). Nunca nenhuma das equipas conseguiu uma vantagem maior do que 3 golos, por exemplo o Sporting vencia por 5-2 aos 11 minutos, e o ABC 15-12 e 16-13 aos 31 e aos 35 minutos respectivamente. De referir que o Sporting esteve cerca de 10 minutos sem concretizar (entre os 24 e os 34 minutos). A partir dos 42 minutos, momento em que se atingiu uma igualdade a 18 golos, o jogo entrou numa toada de total equilíbrio com as situações de igualdade a sucederem-se umas atrás das outras, com predomínio para os livres de 7 metros falhados de ambos os lados e das inúmeras falhas técnicas que ocorreram, e com Rui Silva a não concretizar no último segundo um contra ataque, com grande mérito para Humberto Gomes que esteve intratável na baliza do ABC, com 43% de eficácia, sendo bem acompanhado por Hugo Figueira do outro lado embora com uma eficácia inferior (33%) mas a dizer presente em momentos decisivos. Destaque ainda no ABC para o desempenho de Pedro Seabra (6 golos), e para o “regresso” de Luís Bogas (5 golos), na equipa do Sporting João Pinto (5 golos) foi o melhor marcador, seguido por Pedro Portela com 4 golos). Outro encontro que chamava a atenção disputava-se no Pav. Moniz Pereira e colocava frente a frente as duas equipas primo divisionárias o CDE Camões / A. Avanca, venceram os homens de Avanca que assim conquistaram a sua primeira vitória na prova, deixando os seus adversários como sendo a única equipa que contabiliza só derrotas, venceram após terem comandado sempre o marcador, embora nunca tenham conseguido estabelecer um diferencial que lhes permitisse grande descanso, pois os homens do Camões, reagiram sempre provocando situações de algum equilíbrio no marcador. A grande figura do encontro foi sem duvida nenhuma o guarda redes da equipa de Avanca, Luís Silva com 19 defesas e 56% de eficácia, sendo muito bem acompanhado por João Vilar que se cotou o melhor marcador do encontro com 9 golos. No Camões nada a destacar a não ser a melhoria verificada no aspecto defensivo, e a garra colocada em campo. Em Fafe disputou-se o AC Fafe / Águas Santas, que terminou com a vitória do Águas Santas pela diferença mínima, e foi obtida a 2 segundos do fim tempo regulamentar através de um livre de 7 metros concretizado por Pedro Cruz e que originou a desqualificação directa de Luís Nunes, estes factos são só por reveladores do equilíbrio verificado no encontro com ligeira supremacia dos Maiatos, mas sempre com uma forte reacção da equipa de Fafe, o que lhe permitiu estabelecer por diversas vezes a igualdade no marcador, em especial nos segundos 30 minutos, como por exemplo aos 37 minutos (20-20), e aos 40 minutos (21-21), chegando aos 56 minutos com nova igualdade a 29 golos, com os Maiatos a adquirirem nova vantagem, contrariada pelo Fafe, que volta a igualar a 32 golos, a 20 segundos dos 60 minutos. N AC Fafe Luís Nunes voltou a ser o seu melhor marcador com 9 golos, em secundado pelo bom jogo de Cláudio Mota (6 golos). NO Águas Santas Pedro Cruz (10 golos) voltou a ser o marcador de serviço, seguido de perto por Eduardo Salgado (7 golos). No Dragão Caixa, com menos público que o costume, disputou-se um antigo clássico da modalidade o FC Porto / Belenenses, que foi um jogo sem história, tal a superioridade evidenciada pela equipa nortenha, que ao intervalo já vencia por 9 golos de diferença (20-14). Foi um encontro que permitiu ao técnico do FC Porto, gerir o seu plantel, dando minutos a todos os inscritos no boletim de jogo, e onde apenas Elias António e Hugo Rosário não obtiveram qualquer golo. A equipa do Belenenses com um plantel muito mais limitado, deu a réplica possível, pois sentiu sempre grandes dificuldade em termos atacantes, permitindo que o FC Porto usasse uma das “armas” preferidas o conta ataque, teve no seu “veterano” guarda redes Vasco Ribeiro a sua principal figura, apesar de não apresentar em termos estatísticos uma percentagem elevado (32%), foi sem duvida nenhuma o principal obstáculo aos remates do FC Porto., na equipa do Restelo de destacar ainda a prestação de Tiago Miranda (4 golos), como central da equipa. No FC Porto de destacar a coesão da equipa e boa forma em que se encontra Pedro Spínola (6 golos). A Jornada terminou com uma fácil e esperada vitória do Benfica sobre o SC Horta. O Benfica comanda isolado (21 pontos), contabilizando vitórias em todos os jogos disputados, no final da tabela o CDE Camões, é agora a única equipa apenas com derrotas.

Benfica 39 – 25 SC Horta

Num pavilhão com pouca assistência, o Benfica / SC Horta, foi um jogo que apenas registou equilíbrio até aos 13 minutos, quando se registava um resultado de 9-8 a favor do Benfica, para seguidamente a equipa dos Açores sofrer um parcial de 8-0, e aos 23 minutos já se encontrava a perder por 17-9, e aqui se havia alguma réstia de esperança de que a equipa Insular poderia criara algumas dificuldades, as mesma ruíram totalmente, e até provocaram alguma desconcentração nos jogadores encarnados, obrigando o seu técnico a ter atitudes firmes para com os mesmos. Ao atingir o intervalo a vencer por 20-11, a equipa encarnada tinha o jogo totalmente controlado, e permitia ao seu técnico gerir de forma segura o plantel, tal como o fez, pois as aproximações no marcador que se registaram ao longo dos segundos 30 minutos, foram mais derivadas do excesso de confiança e de momentos de desconcentração da equipa lisboeta do que provocadas pelo jogo dos Açorianos. Na equipa do SC Horta, foi notória a falta do castigado Afonso Almeida, e má forma física em que se encontra o seu Pivot Filipe Martins, o seu “veterano” jogador Yuriy Kostetsky (5 golos) apesar das inúmeras falhas técnicas cometidas ainda foi o seu melhor marcador, e a equipa não tem soluções no ataque o que permitiu as continuas acções de contra ataque executadas pelos encarnadas onde Dario Andrade (9 golos), foi o seu expoente máximo, Carlos Carneiro (8 golos), esteve muito bem, assim Vicente Alamo, apesar de não ter rendido o costume. De referir que dos jogadores campo inscritos apenas Bonaparte e José Lopes não concretizaram. Num jogo sem complicações e fácil de dirigir esteve presente a dupla lisboeta António Trina / Tiago Monteiro, que resolveram complicar algumas situações, como o Critério Disciplinar que ninguém entendeu pela inconsequência do mesmo, o Jogo Passivo foi assinalado sem objectividade, e faltas de atacante com e sem bola não eram assinaladas.

O Banhadas Andebol