segunda-feira, 3 de março de 2014

Crónica de Fim-de-semana No Feminino – 17 – 2013 / 2014

Crónica exclusivamente dedicada ao Feminino. 
 
PO09 – Campeonato Nacional da 1.ª Divisão Seniores Femininos.
 
1.ª Fase
12.ª Jornada
Colégio Gaia 22 - 22 Alavarium
13.ª Jornada
Alavarium 31 - 19 CA Leça
19.ª Jornada
João Barros 30 - 18 Maiastars
20.ª Jornada
CS Madeira 26 - 16 Juventude Mar (Antecipado)
Madeira SAD 37 - 22 CA Leça (Antecipado)
JAC-Alcanena 25 - 31 João Barros
Colégio Gaia 28 - 15 Vela Tavira
Maiastars 19 - 19 Juventude Lis
Alavarium 31 - 22 Assomada
21.ª Jornada
CA Leça 27 - 22 Vela Tavira
 
Comecemos pelo jogo mais equilibrado do fim-de-semana.
 
Mais e Juve Lis tinham um importante jogo em que o 6º lugar estava em jogo e o empate acaba por servir mais às maiatas que mantêm a vantagem sobre as leirienses e lhes podem permitir segurar essa classificação, num jogo muito emotivo mas também muito mal jogado. A primeira parte foi dominada pela Juve Lis que defendeu a um grande nível, muito bem comandada pela sua guarda-redes. Na segunda parte, a equipa parou de atacar, começou a cometer muitos erros e deixou-se empatar, embora o excelente jogo da jovem Ana Carolina Silva que continua a mostrar que é um dos talentos do andebol português. O Maia esteve irreconhecível na primeira parte mas uma excelente prestação defensiva na segunda parte, valeu um empate muito importante numa equipa que esteve mal ofensivamente com exceção da habitual Diana Oliveira que vai rubricou mais uma excelente exibição. Salvo uma grande surpresa (uma vitória, por exemplo, da Juve Lis diante do Madeira Sad) o Maiastars assegurou uma classificação nesta fase entre os 6 primeiros, confirmando o tranquilo campeonato que vem fazendo.
 
O JAC / Colégio João de Barros era um jogo aguardado com grande expectativa mas a partida acabou por ser pouco emotiva, dada a superioridade das vice-campeãs nacionais. Com uma primeira parte verdadeiramente sensacional, o Colégio João de Barros chegou ao intervalo a vencer por 11! Maria Pereira e Dulce Pina estavam endiabradas e conseguiam sempre encontrar o caminho da baliza adversária e a eficácia de remate do CJB foi, durante a primeira parte, notável. Na segunda parte, a equipa de Alcanena aproximou-se mas o Colégio João de Barros teve o jogo sempre controlado e continua a mostrar que está em grande forma e a postos para o grande duelo com o Madeira Sad para ver quem assegurará o primeiro lugar nesta fase que garante o fator casa nos playoffs. O Jac esteve muito abaixo do que sabe fazer e mesmo Patrícia Rodrigues, apesar dos seus 11 golos, não esteve tão bem como habitualmente. Dizer que uma jogadora que marca 11 golos não esteve tão bem como o costume até soa mal, mas o nível que esta fantástica jogadora nos habituou faz-nos ser exigente com aquela que é consensualmente apontada como a melhor jogadora do campeonato desta época. A Pivot Adriana Silva esteve em excelente nível, mas faltou uma Neuza Valente ao seu melhor nível para que a equipa pudesse equilibrar o jogo. Nesta altura, ainda falta algumas coisas para que este Jac possa ser candidato ao título. 
 
O Colégio de Gaia venceu o Vela de Tavira num jogo sem história, em que as algarvias se revelaram um desastre em termos ofensivos e onde deixam cada vez mais a ideia de que não vão escapar à despromoção. Mariana Faleiro teve bons pormenores mas é muito pouco para uma equipa primodivisionária que não conseguiu marcar mais do que 15 golos. Muito fraco. O Colégio de Gaia cumpriu, mantendo sempre o controlo do jogo e conseguindo sempre uma rotação equilibrada de jogadoras para poupar o plantel para o encontro do dia seguinte diante do Alavarium. Sandra Santiago e Sara Andrade foram as jogadoras em destaque. 
 
No Domingo, as algarvias deslocaram-se a Leça da Palmeira e perdendo com o Cale, num jogo bem mais equilibrado. Marta Faleiro, Mariana Faleiro e Joana Reis foram, como habitualmente, as melhores jogadoras de uma equipa que começa a parecer cada vez mais frágil e que precisa de um pequeno milagre para conseguir manter-se na primeira divisão. Quanto ao Cale, vitória importantíssima. Daniela Mendes vem confirmando ser a jogadora da equipa em melhor forma e, desta vez, teve a companhia de Andreia Cibrão e Cristiana Morgado que parece estar a subir de forma. O Cale terá um jogo decisivo na última jornada, em Lisboa, diante do Assomada e se vencer será muito provavelmente o último dos apurados para os playoffs. A menos que o Sports Madeira consiga a proeza de vencer no reduto da Juve Lis ou do Colégio João de Barros. Pouco provável mas não impossível. 
 
O Alavarium venceu tranquilamente o Assomada num jogo sem história. As lisboetas deixam sempre a ideia que têm talento para muito mais, mas o seu jogo é caótico, notando-se falta de trabalho de uma equipa com jogadoras com muito potencial. O Alavarium conseguiu rodar as suas jogadoras para se pouparem para o jogo do dia seguinte diante do Colégio de Gaia e teve em Ana Neves e Mónica Soares as suas melhores jogadoras. 
 
Finalmente, no jogo mais interessante do fim-de-semana, o Colégio de Gaia conseguiu um empate diante das campeãs nacionais. O Alavarium dominou toda a primeira parte, através da sua defesa individual que neutralizou os pontos fortes do Colégio com excelentes intervenções da Guarda-redes Diana Roque mas, na segunda parte, depois da lesão de Ana Neves, a equipa perdeu o norte no ataque. Ana Marques e Mónica Soares estiveram em bom plano entre as aveirenses e também Mariana Lopes, apesar de ter desperdiçado um livre de 7 metros a 20 segundos do final e de ter falhado um contra-ataque em cima da hora. O empate acabou por servir os interesses do Alavarium que garantiu já o 3º lugar nesta fase regular. O Colégio de Gaia teve o mérito de nunca desistir e de, na segunda parte, ter elevado muito a eficácia da sua defensiva, conseguindo parar as rematadoras do Alavarium. Além disso, contou com uma Vanessa Silva que fez uma grande exibição e vem mostrando que está num grande momento de forma. Quem também esteve em bom plano foi a esquerdina Nair Pinho a confirmar a sua subida de forma. E, na ponta final, a Guarda-redes Irina Vieira foi decisiva roubando a vitória ao Alavarium e colocando o empate no marcador, justo para um jogo em que cada parte foi dominada por uma diferente equipa. O Colégio de Gaia continua assim a sua luta com o JAC pelo 4º lugar que garante o fator casa no duelo entre essas duas equipas na primeira ronda do playoff. 
 
Tudo em aberto ainda na luta pelos melhores lugares dos playoffs. Que belo campeonato temos tido! 
 
Críticos Femininos

11 comentários:

  1. Finalmente a Prof começa a abrir os olhos e a não meter a Maria Coelho e a deixar a Santiago bastante tempo no banco. Se a Santi passasse menos tempo amuada nos treinos e jogasse mais ajudava mais a equipa. E já vimos que com ela no banco ou na ponta até rendemos mais. Armadas em estrelas... Agora é ir a Alcanena ganhar e assegurar o quarto lugar!

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  2. Quando a prof não inventa e põe a jogar Vanessa, Fernanda e Mota o resultado são jogos desta qualidade...

    Carrega Colégio!

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  3. Têm que comer muita massa para irem ganhar a Alcanena.

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  4. Grande espectáculo em Gaia. O Colégio de gaia voltou a trazer gente ao seu pavilhão e isso é muito importante para o andebol feminino. E o Alavarium, num jogo que para eles pouco interessava, ter conseguido encher quase meio pavilhão em Gaia mostra bem o apoio de público que esta equipa tem.

    O Andebol feminino só tem a ganhar com ambientes destes.

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  5. 4 de Março de 2014 às 14:20

    Para quem acabou de enfardar por 6 do João de barros uma equipa que luta pelo titulo supostamente como voces ( já estavam armadas em campeãs e a dizer que este ano iam lutar pelo titulo ) tens muito paleio... falem menos e treinem e joguem mais, pode ser que um dia possam tentar lutar pelo titulo

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  6. Colégio Allez!!!

    E escusam de falar mais da Maria, ela já saiu. Das fracas não reza a História.

    Colégio rumo ao título!

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  7. 5 de Março de 2014 às 01:08

    Nunca vi o JAC assumir-se como candidato como vejo os do Colégio aqui fazer hoje. Não podem empatar com o Campeão que ficam logo excitados de todo. Sim o JAC levou 6 do CJB. E daí? Devem chorar e amuar? Isso é pra vocês do Colégio que desatam logo a queixar-se da professora porque mete a jogar esta e não põe aquela. Ah, agora já presta?
    Mas esta equipa do JAC, aquela que não treina e não joga e fala muito já garantiu uma final 4 e olha tu se quiseres taça... Só pró ano.

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  8. Continuamos a discutir mais o sexo dos anjos do que andebol. É como dentro de campo, joga-se tudo menos andebol. É incrível que, num jogo entre duas das principais equipas nacionais (o campeão nacional e uma equipa com história e que, supostamente, quer ser outra vez o que um dia já foi) se veja tão mau andebol. Não é mau senhores e senhoras, é mau, mau, mau. Há pequenos momentos de excepção, naturalmente, mas, no compto geral, é mau demais. Duas equipas que jogaram internacionalmente e recheadas de jogadoras internacionais portuguesas e não sabem nada? Como é que as pontas, invariavelmente, atacam a baliza mesmo sem ângulo nenhum? Como é possível que as jogadoras, dos dois lados, não saibam defender?! Nunca! Nem de uma forma nem de outra. As jogadoras adversárias penetram a linha defensiva como manteiga...é inacreditável. No ataque o mesmo. Raras, raras, são as jogadas de entendimento. Parece e sei que não é verdade que estas equipas nem treinam. Surreal.
    No que diz respeito às crónicas aqui colocadas, espero que sejam feitas por alguém que não vê os jogos. Continuamos a avaliar as exibições pelo número de golos e não pelo que se joga. Não defender não interessa minimamente e, posto isto, se marcarmos muitos golos estamos em grande forma. Por isso é que Portugal cheia de jogadoras em grande forma vai jogar contra uma selecção do nosso nível com jogadoras sem estarem em grande forma e mesmo assim perdemos. É que elas percebem o jogo, atacam e defendem.

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  9. Ao comentario de 6 de Março 13:04

    O que analisa em geral decorre da realidade do Pais, da cultura desportiva e o que o Andebol masculino e feminino representam no universo das "outras modalidades" e comparativamente ao Andebol internacional.

    Muitas questões já estão identificadas, desde longa data, e até por comentários construtivos e oportunos.

    Faz-se trabalho.

    Falta muito: mais formação ? proximidade às escolas ? captação sistemática ao nível regional ? Mais rigor e disciplina nos escalões superiores e selecções? etc E fundamental, sempre responsabilização.

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  10. O quê ? A Maria no CALE ?
    Coitada.. Vá ao menos já vai poder fazer o que sempre quis, que é jogar o jogo todo.

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