segunda-feira, 28 de abril de 2014

Crónica de Fim de Semana no Feminino 21 – Play OFF – 2013-2014

Crónica exclusivamente dedicada ao Feminino. 
 
PO09 – Campeonato Nacional da 1.ª Divisão Seniores Femininos.

Fase Final
Grupo "A" 1/4 Final
1.º Jogo
CS Madeira 22 - 28 Madeira SAD
Juventude Lis 22 - 26 João Barros
Maiastars 21 - 39 Alavarium
JAC-Alcanena 26 - 29 Colégio Gaia

Grupo "B"
1.ª Jornada
Vela Tavira 26 – 24 Assomada
CA Leça 19 - 19 Juventude Mar
 
E começaram os playoffs! Apesar de não ter havido nenhuma surpresa, os jogos foram todos bastante equilibrados, com exceção do Maiastars? Alavarium. Na luta pela permanência, o Vela de Tavira venceu e abandonou o último lugar. Mas comecemos pelos playoffs e pelo jogo que se antevia o mais equilibrado e interessante do dia, o JAC / Colégio de Gaia.
 
O jogo em Alcanena foi extremamente interessante e equilibrado. A equipa da casa fez uma boa primeira parte, contando com a inspiração de Neuza Valente e Patrícia Rodrigues, autênticas quebra-cabeças para a defensiva contrária. Mas, na segunda parte, a equipa quebrou fisicamente. Se as soluções já não abundavam, com a ida de Adriana Lage para Erasmus e com a ausência de Vanessa Oliveira, por motivos profissionais, é cada vez mais curto o plantel de Marco Santos. E Rita Alves, depois de um começo de época promissor, voltou ao nível fraco das últimas 3 épocas. Por isso, na segunda parte, acabaram por perder para um Colégio de Gaia que mostrou porque acabou a fase regular à frente do seu oponente. Helena Soares esteve ao seu nível habitual (excelente) e o poder de fogo de Vanessa Silva veio ao de cima, num jogo em que Nair Pinho confirmou a subida de eficácia da segunda metade do campeonato e em que Sandra Santiago voltou a mostrar que continua pouco adaptada ao Colégio de Gaia, sem que a equipa encontre bolas soluções para a sua capacidade de remate. O Colégio de Gaia venceu com dificuldade mas com justiça e tem agora em casa a possibilidade de atingir as meias-finais, sendo que só uma catástrofe impedirá a equipa de Paula Castro de atingir essa fase da competição.
 
Na Maia, o Alavarium cilindrou o Maiastars, confirmando o resultado desnivelado que tinha ocorrido na última jornada da fase regular. A Guarda-redes Diana Roque esteve em grande plano quer a defender os remates adversários, quer a lançar os contra-ataques onde as campeãs nacionais são exímias, com destaque para Lisa Antunes que parece claramente a regressar à sua melhor forma e sob o comando de Ana Rita Neves, uma jovem jogadora que lidera o ataque aveirense. Mesmo sem poder contar mais esta época com Ana Marques e não beneficiando do fator casa, o Alavarium será sempre um osso duro de roer de uma equipa que impressiona pelo ritmo de jogo que impõe. O Maiastars equilibrou o jogo nos primeiros minutos, mas depois não aguentou o ritmo das campeãs nacionais e as suas jogadoras estiveram desastradas no capítulo da finalização. Ana Sousa ainda foi revelando algum inconformismo mas a equipa nunca pareceu acreditar verdadeiramente nas suas capacidades. O Maiastars, a par com o Colégio de Gaia, são as equipas com os ataques mais antiquados do campeonato e é importante introduzir alguma evolução no jogo ofensivo para poder conseguir subir mais alguns patamares. A equipa da Maia fez um campeonato muito regular mas só um milagre impedirá a sua natural eliminação nesta fase.
 
No Funchal, um jogo muito mais equilibrado do que um confronto entre o 1º e o 8º faria supor. O Sports Madeira fez uma grande primeira parte, sobretudo do ponto de vista defensivo, com a sua guarda-redes em grande plano e no ataque com a esquerdina Anaís Gouveia a fazer uma grande exibição, muito bem acompanhada por Mariana Sousa e Odete Freitas. Na segunda parte, a equipa já não conseguiu manter o mesmo nível, sobretudo na recuperação defensiva, permitindo os contra-ataques característicos do Madeira Sad. Apesar da derrota, mais uma boa exibição do Sports Madeira, mostrando que a equipa de Marco Freitas foi evoluindo ao longo da época e deve ser um projeto a continuar. O Madeira Sad teve mais dificuldades do que esperava. Péssima exibição na primeira parte, com mais falhas técnicas do que o habitual e uma baixa eficácia de remate mas, na segunda parte, a equipa veio com outra atitude. Foi quando Cláudia Aguiar acelerou na segunda parte que a Sad conseguiu alargar a vantagem num jogo em que Ana Andrade e Márcia Abreu estiveram consistentes a maior parte do jogo mas em que muitas jogadoras estiveram completamente apáticas e longe do que sabem fazer. Talvez algum deslumbramento pela vitória na Taça de Portugal, o que é certo é que se esta ronda está praticamente resolvida, nas meias-finais o adversário já vai ser bem mais complicado e é preciso que equipa de Duarte Freitas eleve o seu nível de jogo para não acontecer nenhuma surpresa. 
 
Em Leiria, o resultado não mostra o equilíbrio que ocorreu em toda a primeira parte. A Juve Lis apresentou-se em campo com uma boa atitude, defensivamente bastante consistente e, no ataque, Patrícia Mendes ia resolvendo, com Ana Gante muito lutadora mas menos esclarecida do que é habitual. Contudo, na segunda parte, as limitações da equipa de Rui Machado vieram ao de cima. Era importante conseguir dar alguma rotação à sua primeira linha, mas dado o plantel limitado apenas consegue fazer uma alteração pontual. Por isso, bem cedo na segunda parte o resultado abriu e a Juve Lis nunca conseguiu ameaçar a liderança das vice-campeãs nacionais. Tarefa agora muito difícil para a Juve Lis dar a volta à eliminatória. O Colégio João de Barros fez uma primeira parte sombria, com algum atabalhoamento ofensivo mas veio do intervalo com outra atitude e onde continua a ser incrível como Dulce Pina, praticamente sem treinar, consegue jogar ao nível a que joga, tendo sido a melhor jogadora em campo, bem acompanhada por Maria Pereira. É verdade que a equipa continua a parecer algo cansada, mas o regresso de Eduarda Pinheiro dá outras soluções à formação de Paulo Félix que tem já um pé nas meias-finais onde parece acontecer a reedição da final do ano passado, diante do Alavarium mas, desta vez, com a equipa das Meirinhas com o fator casa a seu favor. 
 
No grupo da manutenção, Cale e Juve Mar repartiram pontos. A Juve Mar esteve na frente perto do final, mas o resultado final foi um empate num jogo pessimamente jogado, com um andebol de fraca qualidade. A equipa de Leça esteve longe do seu nível exibicional habitual, tendo-se salvado Cristiana Morgado, autora de uma excelente exibição e Daniela Mendes. A equipa da Juve Mar esteve muito bem defensivamente, teve em teresa Santos a sua melhor marcadora e é de destacar a estreia de Maria Domingues que será um reforço importante para a tentativa de manutenção. Um empate em Leça é um bom começo para a equipa de Paulo Martins mas os jogos em casa com os seus adversários diretos (Assomada e Vela de Tavira) que determinarão o destino da Juve Mar. 
 
Em Tavira, o Vela sabia que uma derrota praticamente atirava a equipa para a 2ª Divisão e conseguiu uma vitória muito importante. As rematadoras Marta Faleiro e Joana Reis estiveram em excelente plano e carregaram a equipa para uma vitória muito importante, diante de um Assomada muito desorganizado, com Edna Oliveira, como habitualmente, em destaque bem acompanhada por Nádia Fernandes. Com esta derrota, a equipa lisboeta desce para o último lugar e está agora numa situação muito complicada para permanecer entre os grandes do andebol português. 
 
Na próxima semana, ficaremos a conhecer as 4 equipas que disputarão as meias-finais dos playoffs, mas só uma grande surpresa impedirá Madeira SAD, Alavarium, Colégio João de Barros e Colégio de Gaia de chegarem a essa fase da competição. 
 
Críticos Femininos

13 comentários:

  1. O site da federação continua a brindar quem o visita com pérolas de idiotice: O resultado do Cale Juvemar mostrava um empate, mas o "artigo" que falava da jornada dava como vencedora a Juvemar (17-19).
    Sei que é fim-de-semana e é preciso despachar "a coisa", mas será que não dava para esperar mais 5 minutos, até o jogo acabar?

    ResponderEliminar
  2. A pergunta é: pq n proibem as equipas com aspirações que as suas jogadores/as joguem nos Universitarios? Qual a mais valia para clube/atleta?

    Ia ser bonito pro ABC se o Humberto por ex se magoava nos Universitarios, alias coisa que ele nunca foi... Universitario... mas vale tudo para uma digressão de copos.

    QQ dia uma privada lembra-se e toca a inscrever 7 gajos pra limpar isto tudo... E ai o Minho ja foi...

    ResponderEliminar
  3. Quando não se paga a ninguém,como é o caso do feminino, quem é que pode proibir isso?

    ResponderEliminar
  4. Colégio de Gaia.
    Com trabalho e dedicação conseguimos atingir o nosso objectivo e quem sabe poderemos chegar a ser campeões.
    A prova está dada neste fim de semana ao ganhar no terreno do Alcanena, cilindrar o Cale em casa, ir ao Cale ganhar e por aí fora.
    FORÇA COLÉGIO, SOMOS GRANDE...

    ResponderEliminar
  5. Há equipas que começam mal o campeonato e vão melhorando.
    Outras há que estão sempre na mesma, não evoluem.
    Algumas equipas só pioram na qualidade do jogo que praticam e nos resultados que obtêm.
    Onde estão as seniores do Cale?
    As júniores é que têm de andar com a equipa ás costas?

    ResponderEliminar
  6. Colégio 28 - Cale 17
    opinião adepto de andebol o que viu ontem:
    alguém sabe quantos contra ataques e ataques rápidos o colégio teve a facilidade de fluir durante o jogo?
    muitos,quase tantos golos como o cale marcou no jogo todo.
    Alem do cale jogar mal o problema maior é que as jogadoras não têm recuperação defensiva ,ainda para mais as duas únicas jogadoras que o fazem estavam no banco.
    Assim deram a vitoria de mão beijada ao adversário,depois não venham chorar,lamentar a dizer que tiveram azar ,ou a culpa é dos árbitros ou outra coisa qualquer.
    Ainda existe tempo para aprender e emendar se quiserem..
    No jogo de sexta já jogaram deferente ,mais atitude,mais garra,
    mau foi o resultado final.

    ResponderEliminar
  7. A vitória do gaia em alcanena é incontestável, mas não é só graças ao cansaço das atletas da casa já que o gaia também jogou praticamente com o mesmo 7, salvo erro apenas utilizou 3 suplentes. Falta leitura de jogo à equipa de alcanena (a ganhar por 2 não vale a pena arriscar num passe em contra ataque) , falta uma Rita Alves ao melhor nível (falta confiança, forma física e jogadas para finalizar), falta agressividade na defesa (são muito macias) e falta calma no banco. Deixo só uma nota negativa para a atitude da atleta do colégio de Gaia, Sandra Santiago, que após o fim do jogo se despediu do público presente fazendo um "manguito". Por muitos motivos que tenha, de certeza que não foi essa a educação que lhe deram como atleta e como pessoa. Parabéns ao Gaia.

    ResponderEliminar
  8. Mais uma das melhores juniores do Cale a caminho do Gaia? será que não aprendem? é o que dá a seleção e as amizades...

    ResponderEliminar
  9. Anónimo disse...
    Mais uma das melhores juniores do Cale a caminho do Gaia? será que não aprendem? é o que dá a seleção e as amizades...

    30 de Abril de 2014 às 23:50


    Não é uma são duas....

    ResponderEliminar
  10. O problema não é a selecção e muito menos as amizades.
    O problema é o desnorte de quem orienta a equipa e a total falta de respeito de treinadores para atletas e vice-versa.
    Enfim, "opções técnicas"...

    ResponderEliminar
  11. Quem sao elas? podem ser mais específicos anonimo das 23:50 e das 9:14

    ResponderEliminar
  12. Basta estar atento! DESCOBRE.

    ResponderEliminar