MUNDIAL MASCULINO QATAR 2015
Efeitos das desistências anunciadas
Num mundial, em que já nada corre normalmente,
já se encontra na nossa opinião “manchado” e marcado por decisões,
incompreensíveis, por mais comunicações justificativas que se façam. Teve hoje
(21-11-14) o seu epílogo (esperamos nós), com a decisão tomada em relação às
anunciadas desistências.
Conforme dissemos em tempo: “A especulação sobre este tema e a grande
confusão está instalada. Como ficará agora os pedidos e as pressões que já
existiam sobre os possíveis substitutos, como a possível entrada da Islândia,
Hungria e Coreia do Sul. Tudo isto depois de Órgão competente da IHF, ter
negado provimento ao pedido da Islândia sobre a entrada da Alemanha, será que
iremos ter uma demanda jurídica no TAS (Tribunal Arbitral Internacional de
Desporto).”
Hoje (21-11-14) o Mundo Andebolístico foi surpreendido, com as decisões tomadas, e
divulgadas através de uma comunicação “seca” e sem qualquer justificação
plausível acerca da tomada da mesma.
Factos que estavam em discussão:
- Desistências
do Bahrain e dos Emiratos
Árabes Unidos, com posterior pedido de reingresso.
- Entrada da Islândia em conflito com a
IHF, que considerou ter sido injustamente eliminada a favor da Alemanha.
- Coreia (melhor classificada no
Campeonato Asiático, não apurada).
- Hungria (melhor classificada no último
Mundial, e que não tinha sido apurada).
Decisão
da IHF:
“O Conselho IHF reunido em Herzogenaurach (Alemanha), em 21 de novembro,
para decidir sobre a retirada do Bahrein e dos Emirados Árabes Unidos do
Campeonato do mundo de 2015.
O Conselho IHF considerou que os pedidos de abandono das equipas foram
definitivas, e como consequência não considerou qualquer solicitação adicional
destas Federações nacionais.
O Conselho da IHF decidiu aplicar uma multa de CHF 100.000 a cada uma das Federações
nacionais pelo abandono do campeonato.
O Conselho da IHF, confrontados com a questão de determinar as Nações substitutas,
decidido que as posições seriam preenchidas pelos Continentes Asiático e
Europeu.
Com base nos resultados obtidos nas provas continentais, a Federação Asiática
de Andebol indicou a equipa da Arábia Saudita e a Federação Europeia de andebol
nomeou a Islândia, que assim são participantes no Campeonato do Mundo de 2015
masculina no Qatar.
As equipes da Islândia e da Arábia Saudita foram desenhadas pelo Presidente da COC
(Comissão de Competições da IHF) diante o Conselho da IHF, deste modo, para o Grupo
“C” vai a Islândia e para o Grupo “D” a Arabia Saudita.”
Poderemos
concluir que a IHF, poderá decidir como entender e lhe for mais conveniente em
cada momento, não existem normas que se sigam respeitosa e escrupulosamente,
ficaremos aguardando as repercussões desta decisão nos próximos dias, inclusive
por a Arabia Saudita na prova Asiática se classificou em 6.º Lugar, ou seja com
uma classificação pior do que a própria Coreia. Não seguindo o mesmo critério
que foi seguido a nível Europeu.
O Noticias
Banhadas, isto vem numa série de situações muito mal esclarecidas. E parece-me que a entrega do lugar à Islândia é para calar os islandeses, pois foram estes quem mais reclamaram contra a escolha da Alemanha para ir ao Mundial depois do afastamento inopinado da Austrália.
ResponderEliminarApetece-me dizer que, se os Húngaros tivessem também reclamado como reclamara os islandeses, também iriam ao Mundial.
Assim, como não reclamaram co tanta veemência, deram hipótese para que a IHF não desse tudo aos europeus.
Mas isto devia estar combinado há muito tempo com os islandeses, pois estes deixaram de reclamar depois de terem tido uma reunião com o egípcio em Basileia poucos dias depois da entrada da Alemanha para a fase final do Mundial. Curiosamente, quem veio a falar dessa reunião foi a IHF, a federação islandesa nunca falou acerca dessa reunião. Mais pormenores no seguinte link (em Inglês): http://www.ihf.info/MediaCenter/News/NewsDetails/tabid/130/Default.aspx?ID=2102
Lembro-me de ter divulgado este oomunicado da IHF na altura, mas ninguém ligou nenhuma na altura.
Não sei quais são os critérios que os regulamentos prevêm nestas situações. Acho que existem 2 soluções desportivamente mais justas que a promulgada: a realização dum torneio com as 4 seleções que se achavam com mais direito ao preenchimento das vagas (Islândia, Hungria, Coreia do Sul e Arábia Saudita), ao estilo dos torneios de apuramento para os Jogos Olímpicos, ou então dizer que as vagas terão de ser preenchidas por seleções da Confederação Asiática, dado que os desistentes vieram dessa Conferederação.
A estranha escolha da Arábia Saudita em deterimento da Coreia do Sul, pelo que depreendo da tradução apresentada, terá sido da responsabilidade da Confederação Asiática (ver o 5º parágrafo). Mais um prego no caixão do Andebol no Sudeste Asiático, simplesmente a região mais populosa do Mundo. Depois queixem-se que o Andebol não gera audiências suficientes para se manter como modalidade olímpica.