domingo, 15 de fevereiro de 2015

Competições Europeias 2014 / 2015 – XXXV

Este fim-de-semana teve inicio o regresso das equipas portuguesas as competições Europeias no Masculino com a disputa da 1.ª jornada da Fase de Grupos da EHF CUP, onde participa o FC Porto, e com a disputa da 4.ªEliminatória da Challenge CUP, onde participam as equipas do ABC e do Benfica. 
 
Masculinos
 
EHF CUP
FC PORTO PERDE JOGO DA 1.ª JORNADA
 
O FC Porto, defrontou na 1.ª Jornada da Fase de Grupos (Grupo “C”) o fortíssimo conjunto do Füchse Berlin (Alemanha), no Dragão Caixa, onde se esperava uma melhor moldura humana. O FC Porto teve defrontar um conjunto “recheado” de estrelas, com um grande número de Mundialistas (Qatar 2015), e que contou com um guarda-redes, o checo Petr Stochi, que realizou exibição fabulosa, sendo um dos principais entraves a que os portistas produzissem melhor resultado. O FC porto que entro bem no jogo, esteve, dentro do encontro, praticamente todos os 30 minutos iniciais, chegando até a ter 3 golos de vantagem quando eram decorridos cerca de 10 minutos, obrigando a que o técnico da equipa alemã solicitasse o seu primeiro Time OUT, voltou a estar na frente por 3 golos cerca dos 12 minutos (7-4), mas deu-nos a nítida sensação do “canto do cisne””, pois cerca dos 21 minutos os alemães igualavam a 9 golos, logo de seguida ganhavam ascendente no marcador, situação que nunca mais largaram, para se atingir o intervalo com os alemães a vencerem por 14-12, depois de também terem chegado aos 3 golos de vantagem, precisamente quando iam decorridos cerca de 27 minutos de jogo. Foi um jogo onde em especial no primeiro tempo, se cometeram muitas faltas técnicas, em especial por parte dos portistas e que em jogos a este nível se pagam caro. Foi ainda um jogo onde a equipa portuguesa, esteve bem longe dos seus níveis de eficácia ofensiva, pois jogou contra um autêntico muro defensivo, tantos foram os blocos efetuados, e depois teve ainda pela frente uma equipa que em termos ofensivos, usava processos simples mas que criavam espaços que nos 6 metros e nas pontas, que Alfredo Quintana pese a sua positiva exibição não chegou para resolver todos os problemas. Depois a acrescentar a tudo isto a eficácia nos livres de 7 metros atingiram o nível de 0 de eficácia, 3 assinalados e 3 não convertidos. João Ferraz (4 golos) mas apenas 40% de eficácia, continua a demonstrar que se encontra longe da forma que o notabilizou, e Gilberto Duarte igualmente com 4 golos, produziu uma eficácia ainda inferior 33%, po aqui se pode verificar o nível de acerto que a equipa portista teve em especial no segundo período do jogo, e a partir dos 40 minutos quando a equipa alemã chegou aos 5 golos de diferença a seu favor através de um livre de 7 metros, quando o resultado se encontrava em 19-14 a favor dos alemães. O FC Porto, ainda reduziu a diferença para 3 golos, quando aos 17 minutos o marcado se encontrava em 20-17, a favor dos alemães, a partir deste momento total controlo do jogo e do marcador com a descrença a poderar-se da equipa portuguesa. Vitória indiscutível da equipa que melhor conjunto que se apresentou em campo, e com jogadores como o sérvio Nemadic (6 golos 60% de eficácia, melhor marcador da equipa e do jogo), o alemão Pevnov (5 golos, 100% de eficácia),e o sueco Peterssen (4 golos, 80% de eficácia). Dirigiu o jogo a dupla da Eslovénia constituída por Jure Cvetko e Brstin Kavatar, que num jogo sem grandes dificuldades poderiam e deveriam ter tido uma atuação mais consistente, em especial nos critérios disciplinares
 
Resultados
1.ª Jornada
F
C Porto 20 – 26 Füchse Berlin
Calendário
2.ª Jornada
Dia 22-02-15
Skjern Handball (Dinamarca) - FC Porto (14H00 – Portugal) Porto Canal

Apuram-se o 1.º e o 2.º Classificados de cada Grupo Para os 1/4 Final da Prova
CHALLENGE CUP
ABC VENCE JOGO DA 1.ª MÃO
 
No regresso dos jogos Europeus ao Flávio Sá Leite, com uma boa moldura humana, mas ainda distante dos tempos áureos, onde as lotações deste pavilhão esgotavam, o ABC, defrontou na 1.ª Mão da 4.ª Ronda Eliminatória (1/8 Final, 16 equipas) a equipa da Republica Checa o HC Dukla Praha. Neste encontro onde o equilíbrio apenas se verificou até cerca dos 20 minutos, onde a equipa checa teve no seu guarda-redes Petrzaca um dos esposáveis por este equilíbrio e no seu jogador Svitak (11 golos e melhor marcador da equipa), com bastante eficácia, os responsáveis principais de o resultado se situar numa igualdade a 10 golos, naquele momento. A defesa do ABC, que até então se tinha mostrado algo permeável, em especial o seu guarda-redes Humberto Gomes, e com Pedro Marques a ser perdulário no ataque, acerta agulhas e perante um adversário longe do que se esperava, começa por acertar a sua defesa tornando-a mais agressiva no bom sentido e com esta atitude a surgirem os contra-ataques, e com Humberto Gomes também ele próprio a melhor substancialmente a sua prestação, efetua um parcial de 9-1 em 10 minutos, ao passar de um parcial negativo 9-7, aos 16 minutos para um resultado favorável aos 26 minutos de 16-10, chegando ao intervalo a vencer por 18-12, sendo Nuno Grilo, João Paulo Pinto 8 golos) e os seus pontas Fábio Vidrago e Carlos Martins (ambos com 4 golos) os grandes responsáveis por esta atitude, sem esquecer a ação defensiva de Hugo Rocha e Ricardo Pesqueira. No segundo tempo uma entrada excelente da equipa portuguesa coloca rapidamente o resultado em 24-14, quando ainda estavam decorridos apenas cerca de 37 minutos. A partir dos 43 minutos com o resultado em 29-19 a favor do ABC, e apesar da marcação individual que Nuno Grilo (11 golos e melhor marcador da equipa) sofreu praticamente durante todo o segundo período de jogo, a equipa checa “acabou”, e aos 52 minutos perdi pela maior diferença que se registou em todo o encontro (17 golos) 38-21, que voltou a suceder aos 54 com o resultado em 39-22, a partir deste momento e com o resultado praticamente definido o ABC procurou gerir resultado e o jogo terminando com Bruno Dias na baliza. Uma referencia especial para eficácia de Tomas Albuquerque que foi 100% eficaz ma execução dos livre de 7 metros e para o jovem Nuno Rebelo som 4 golos marcados. Pensamos que com este resultado a eliminatória estará mais do que conquistada, mas será necessário sempre, ter cautelas. O Jogo foi dirigido e bem na nossa opinião pela dupla norueguesa constituída por Lars Jorum e Kim-Rune Stenhaugmo, embora se lhes possa apontar um ou outro pormenor na questão da lei da vantagem, os critérios disciplinares foram idênticos assim os livres de 7 metros. Com grande atenção às violações da área dos 6 metros quer pelos defesas quer pelos atacantes.
 
Resultados
1.ª Mão ABC 42 – 27 HC Dukla Praha
Calendário 2.ª Mão Dia 22-02-2015
HC Dukla Praha – ABC (16H30)
 
Horas Locais
 
BENFICA VENCE ELIMINATÓRIA
Benfica, defrontou em jogo da 1.ª Mão da 4.ªEliminatória (16 equipas, 1/8 Final), a equipa Luxemburguesado HB Dudelange, (ambos os encontros em Lisboa). O Benfica venceu um adversário teoricamente ais fraca e onde conforme na altura dissemos era francamente favorito, mas o resultado ao intervalo que já se situava num claro 22-16, incutiu na equipa um “espirito” de facilitismo não coaduna com a chamada competição, pois a equipa luxemburguesa fez da “tripas coração”, e produziu um bom jogo no segundo período do jogo, apesar de o técnico encarnado ter optado pela gestão do plantel, controlando o marcador, de forma que a equipa visitante neste caso não se aproxima-se demasiado no resultado. A equipa encarnada não pode num encontro deste tipo sofrer 8 exclusões, pode significar uma eliminação, são 16 minutos a jogar com menos 1 jogador. Este resultado pode significar a passagem para os 1/4 Final da prova, onde estamos convictos, que poderá estar. João Pais e Elledy Semedo com 7 golos, foram os marcadores de serviço na equipa encarnada logo seguidos de António Areias com 6 golos. Nos luxemburgueses o desqualificado (acumulação de exclusões) Malvin Patzack (alemão) foi juntamente com Martin Hummel (Eslováquia) os melhores marcadores da equipa com 8 golos. O jogo da 2.ª Mão foi novamente favorável á equipa do Benfica como era previsível, embora com maior dificuldade, num jogo que foi “rasgadinho” como se costuma dizer pois terminou com 14 exclusões no total o que diz acerca essencialmente do comportamento das defesas, pois só a equipa do Benfica teve oito (8) exclusões, e já vencia ao intervalo por uma diferença de 4 golos (13-9), precisamente a mesma diferença que se verificou no final do jogo. Neste encontro, tal como no jogo da 1.ª Mão o Benfica não contou com Cláudio Pedroso e Vicente Álamo, ambos lesionados, e o seu técnico, deu tempo de jogo aos menos utilizados, o que originou que 11 atletas, concretizassem golos, sendo o espanhol Javier Borragan o seu melhor marcador com 5 golos, enquanto na equipa do Dudelange o luxemburguês Tommy Wirtz  foi o mehor marcador da equipa com 6 golos. O técnico encarnado não usou todos os seus tempos de Time Out, tendo apenas feito um aos 50 minutos. Com esta vitória o Benfica “carimbou a sua passagem aos 1/4 Final da prova. 
 
Resultados
1.ª Mão
Benfica 36 – 30 HB Dudelange (Luxemburgo)
Celendário
2.ª Mão
Dia 15-02-2015
HB Dudelange 24 – 28 Benfica

O Sorteio dos 1/4 Final (5.ª Eliminatória) desta prova realiza-se no dia 24-02-15, onde esperamos ter mais uma vez duas equipas portuguesas.

O Noticias

8 comentários:

  1. Excelente jogo e arbitragem que é uma aula pratica de aplicar a regra e regulamengto e sem omunicadores!

    Parabens ABC

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  2. Comunicadores um invenção do Buda para gastar dinheiro ...

    Guarda Abel

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  3. Apesar do nível das equipas do Dukla de Praga e do Fuchse Berlin acho que estes dois jogos mostraram a diferença de qualidade e conhecimento táctico entre Resende e Obradovic.

    No jogo do ABC as coisas estavam a correr mal à equipa e em particular aquele que tem sido o seu melhor jogador (Pedro Seabra Marques).Resende mexeu na equipa sentando Seabra e David Tavares e a equipa mudou o estilo de jogo e o estilo de remate (a entrada de João Pinto foi decisiva nesse aspecto) e disparou no marcador tornando fácil um jogo que parecia que ia ser muito difícil especialmente dado o grande trabalho que estava a realizar o guarda-redes checo.

    No jogo do FCP aconteceu com Gilberto o que aconteceu com Seabra em Braga. Esteva totalmente desinspirado e sem capacidade de decidir (há dias assim). O problema foi Obradovic ter insistido sempre numa fórmula que não estava a resultar mantendo quase sempre a mesma equipa em campo e não criando alternativas que pudessem dar outro rumo ao jogo. Assim o resultado foi o esperado por parte de quem assistiu ao jogo..

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  4. Sendo apenas adepto de andebol e não especialista não deixo de reparar na diferença que existiu entre as arbitragens dos jogos de Braga (que assisti in loco) e do Porto (que vi na TV) e as que se praticam no nosso campeonato. Vi o ABC - Benfica e, particularmente na segunda parte, raramente as equipas jogaram 7 contra 7 tal foi o número de exclusões. Para não falar das constantes interrupções da partida por tudo e por nada. Nos jogos de ontem, jogados a um nível elevado e com muita velocidade (excepto o Berlin que optou por um jogo lento), poucas exclusões houve (pasme-se, na primeira parte do ABC-Dukla só houve uma exclusão) e os árbitros não pararam o jogo por dá cá aquela palha. Que se passa? É da qualidade dos árbitros? É algo cultural? Não sei. A verdade é que os jogos são muito mais interessantes e espectaculares quando se joga quase sem paragens, a um ritmo elevado e com agressividade q.b..

    Quanto ao jogos, tudo normal. Em Braga venceu a equipa mais madura e com mais soluções contra um adversário muito inexperiente. Ainda assim saliento o central checo que me pareceu bastante bom jogador. No Porto repetiu-se a receita, isto é, venceu a equipa mais experiente e mais bem apetrechada. O Porto fez um jogo interessante mas claudicou em momentos decisivos. Saliento o experiente Nenadic que fez um belo jogo tanto a fazer jogar como a marcar, assim como o "avô" Stochl que comeu de cebolada muitos dos rematadores portistas. No Porto só me faz confusão a existência de tantos estrangeiros, alguns de qualidade duvidosa. E, acrescento, a confusão entre as direcções das modalidades que originam que venham aterrar na equipa alguns jogadores que deviam ter sido contratados para o basket...

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  5. os meus parabens a todas as equipas portuguesas

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  6. Qualquer comparação entre os sistemas táticos de Braga e Porto (Obradovic/Resende) são pouco sérios e visam armar confusão! Comparar o que se podia fazer em Braga, perante uma equipa pior que o Xico (ultimo classificado)e o que se podia fazer no Porto perante a equipa Alemã (com sete atletas que estiveram no Mundial)de 1ª qualidade, é o mesmo que dizer que o treinador de futebol do Riacho foi melhor que o Jorge Jesus no Benfica, porque o Riacho ganhou por cinco.Ou então vamos compara a tatica do ABC no Passos Manuel, com a tatica do treinador do Porto quando este jogou com o Passos! O ABC, ou o Benfica, têm obrigação de ganhar esta competição europeia porque as equipas que lá andam são de nível igual aos nossos clubes do 6º para baixo! Se o ISMAI andasse nesta competição corria o risco se a ganhar, tal como aconteceu há uns anos atrás a um clube Português, penso que foi o Xico, que teve que perder intencionalmente no 1/4 de final porque já não tinha dinheiro para as viagens!
    A equipa que jogou contra o ABC parecia uma equipa de juniores e mesmo juniores são muito medianos!

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  7. Anónimo de 16 de fevereiro de 2015 às 18:38:
    Entendo a tua vontade de desvalorizar o ABC para defender o teu clube. Como português deverias ter outro discurso mas por outro lado só podes perceber mesmo muito pouco disto para dizer que a equipa checa é assim tão fraca. Quanto ao Xico, há uns anos, perdeu com a equipa que depois foi perder a final com o Sporting. Ah, espera, o Sporting também é fraco, ABC é fraco, tudo é fraco excepto o teu clube. Pena que tenhas perdido já no Dragão este ano, pena ainda porque não irá ficar por aí...
    O teu comentário foi ridículo, repensa bem os próximos...e lembra-te que és português!

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  8. Anónimo das de 16 de Fevereiro às 18:38

    Compreendo e já o disse que o nível das equipas do Fusche Berlin e do Dukla de Praga são totalmente diferentes.

    Discordo totalmente é que não se possa falar de tácticas e nesse aspecto Obradovic falhou (como falha regularmente) ao contrário de Resende, pois é um treinador que baseia o seu estilo de jogo apenas na capacidade individual dos seus melhores jogadores e numa defesa 6-0 alta e onde pontificam a capacidade individual dos seus guarda-redes (que juntamente com Vicente Álamo do SLB são os melhores a actuar em Portugal).

    A meu ver ofensivamente o Porto poucas jogadas trabalhadas tem e pouco varia o seu estilo de jogo.

    Tem tido e ainda tem grandes jogadores (como Tiago Rocha, Ricardo Moreira, Hugo Laurentino, Gilberto, Ferraz ou Wilson, entre outros) que por si só decidem jogos e campeonatos, e essa tem sido a sua mais valia.

    Para consumo interno tem chegado pois o nível do andebol nacional baixou muito desde a guerra Liga/Federação, mas para as competições europeias é manifestamente insuficiente e isso deve-se especialmente à falta de capacidade do seu treinador, pois com o que tem podia fazer muito mais..

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