PLANEAMENTO E ORÇAMENTO
2017 – I
Hoje iniciaremos a publicação de
alguns textos acerca do Planeamento e Orçamento que foi a provado para o Ano de
2017, e
publicado nos termos da Lei e dos Estatutos no Portal da FAP, e é
com base nesta publicação que escreveremos, pois se esta incompleto, ou faltam
outras explicações as mesmas são totalmente desconhecidas.
Apesar de leitura que fizemos,
ser uma leitura de não especialistas, no entanto esperamos a colaboração de
alguns experts nesta matéria, existindo no entanto algumas questões que não
poderão ser deixadas passar sem o devido comentário.
Começamos pela Página 16 (Amortizações / Provisões / Redução do
Passivo), com a publicação da imagem referente a este texto:
O texto em si pouco explicativo e até confuso levanta-nos as seguintes
questões:
Como se chegou aquele valor?
Estão ou não incluídos os processos fiscais em
Curso e amplamente divulgados?
Qual é o verdadeiro passivo da FAP? Pois nem
uma única vez é referido o seu valor.
Como é possível dizer que esta provisão engloba
os riscos de não recebimento de clubes e outros agentes? E Porquê?
·
Sobre este tema acrescentaremos o seguinte, que existem
clubes que devem, nem deviam ter iniciado a época, conforme ponto 3.6.2 do CO
N.º1 da época 2016 / 2017.
·
Depois durante a época se não cumprem com os pagamentos deveriam
ser (estar) suspensos, nos termos do Regulamento Geral da Federação.
·
Se não existe nenhum CO a suspender clubes por falta de
pagamento, não se entende este texto, ou por outra, será que a FAP está a ser
permissiva, criando situações de falta de equidade entre os clubes?
Depois pergunta-se e quem são os outros
agentes.
Por fim apenas mais uma questão, e quais os
valores previstos para cada item, pois o que é apresentado e um valor global?
Por agora, terminamos este primeiro texto, outros
se lhe seguirão.
O Banhadas Andebol
texto oportuno, mas vai ter poucos comentários porque o pessoal o que quer é dizer mal uns dos outros, e isto não lhes interessa infelizmente, e isto é que é perigoso, para a continuidade da modalidade.
ResponderEliminar1º) O que esta passagem quer dizer, sem estar a concordar ou a discordar do valor em causa, é que a FAP prevê que, entre
ResponderEliminar- o desgaste dos bens que estão em sua posse,
- a provisão para risco de incumprimento dos clubes, e
- a diminuição do passivo,
tudo isto somado, ao longo de 2017, vai gerar um efeito que se pode valorizar em 278.913 €.
Este texto é vago. Deveria estar a decompor esta verba dos 278.913 € por cada um dos 3 itens acima citados, ou seja, deveria estar a dizer quanto é que a FAP avalia em 2017 para:
- o desgaste dos bens que estão em sua posse,
- a provisão para risco de incumprimento dos clubes, e
- a diminuição do passivo,
2º) "Qual é o verdadeiro passivo da FAP? Pois nem uma única vez é referido o seu valor."
Banhadas, não costuma ser em Planeamento e Orçamento para o ano seguinte que se divulga esse valor, mas sim nas Demonstrações Financeiras (DF), especialmente o Balanço e o Anexo. Neste caso, há que ver nas DF de 2015, as que devem ser as mais recentes.
Na análise dos Orçamentos, retira-se muita coisa da comparação entre o actual orçamento e os orçamentos de anos anteriores, especialmente na análise da variação das rubricas dum ano para o outro. Para não falar em questionar o porque de cada verba em si mesma em cada ano.
Querem um bom exercício que se pode fazer com o orçamento (para além do acima citado de comparar as verbas de orçamento para orçamento)?
Verificar em cada orçamento quais as previsões, no início do ano X, de "gastos" a efectuar durante ano X, e comparar com a respectiva rubrica nas DF no final desse ano X.
Ou seja, é pegar no orçamento para 2015, ver as previsões aí feitas, e comparar com as respectivas verbas nas respectivas rubricas das DF de 2015, aprovadas já em 2016. E fazer o mesmo para os documentos relativos a 2014.
3º) Realmente, já é tempo para que alguém olhe "com olhos de ver" para aqueles orçamentos e para as DF da FAP.
Eu é que não tenho tempo para isso.
Disponibilizo-me para ajudar no que souber.
1º) Já agora, fui dar uma espreitadela ao portal da FAP.
ResponderEliminarPara se ver o passivo, nomeadamente a 31-12-2015 (as DF aprovadas mais recentes), há que abrir o Relatório e Contas de 2015 (http://portal.fpa.pt/publishing/img/home_275/fotos/97718088441201590415.pdf) na página 41
Segundo o Balanço a 31-12-2015, o passivo era de 2.668.475 €, sendo que, em 2014, o passivo era de 3.063.704 €.
Para se ter uma noção da dimensão (e da importância) do passivo da FAP, em 2015 representava 65% das receitas, sendo que, em 2014, representava 107% das receitas desse ano. Ou seja, as receitas de 2014 não chegavam para pagar todo o passivo, as receitas de 2015 davam para pagar o passivo e ainda ficar com 1/3 dessas mesmas receitas.
Mais uma vez, realço: não estou a dar a minha opinião sobre os números das contas, só estou a relatar o que vi.
2º) Acabei de reparar que não havia divida de associados nem de membros em 31-12-2015. Assim sendo, para quê a provisão para riscos de não recebimento de clubes em 2017?
3º) Fui dar uma vista de olhos na CLC sobre as contas de 2015 (Página 75 do Relatório e Contas), e fiquei muito preocupado. Senão vejamos:
- No ponto 7, o Dr. Vítor Manuel Mendes Santos (ROC nº 939) em representação da "DFK & Associados, SROC, Lda", refere que os processos de dívidas fiscais, que estão referenciados no ponto 30 do Anexo, página 69, de cerca de 170.000 €, com os juros e custas já estão nos 205.000 €.
Mas o pior é que o ROC acima citado refere que "não nos é possível avaliar o grau de contingência subjacente aos processos referidos". Isto é um mau sinal; este tipo de expressões numa CLC querem, muitas vezes, dizer, que o advogado não esclareceu este ponto ao ROC, ou então não respondeu de todo. Em ambos os casos, péssimo sinal.
- No ponto 8, o ROC está a indicar que devemos retirar 102.000 € ao Resultado Líquido de 3.107 € em 2015, porque houve gastos de 102.000 € que são de 2015 que não estão contabilizados em 2015 (possivelmente, só terão sido contabilizados em 2016). Ou seja, passamos dum "lucro" de 3.107 € para um "prejuízo" de 98.893 €.
E isso afeta também os fundos patrimoniais, que passam de 220.506 € para 118.506 €
Passando às ênfases:
10.1 - Estão a ver aqueles 240.000 € que estão no Balanço (página 40). Ora conjugem o que está escrito na nota 7 do Anexo (página 59) com esta ênfase (página 76) ... Aqueles 240.000 € esfuram-se ... And Marketing, SA (da qual não me lembro de ouvir falar) com capitais próprios negativos, isso quer dizer que está em falência técnica.
10.2 - Activo corrente insuficiente para fazer face ao passivo corrente ...
Ou seja, caso a FAP fosse obrigada a pagar todas as dívidas contabilizadas que tem a menos de 1 ano (é isso que é o "passivo corrente"), teria de cobrar todos os créditos que têm a liquidar em menos de 1 ano, dar todo o dinheiro que têm no Banco, e ainda tinham de vender "Ativo não corrente". Ora, se com as contas assim já são o que são, agora vejam lá o quando os 240.000 € do ponto anterior são considerados como "Ativo não corrente" ...
10.3 - E ainda podem piorar, com a ameaça implícita nesta ênfase do IPDJ reduzir os subsídios por via da inspecção realizada pela Inspecção Geral de Finanças (IGF). Fui ao sítio da Internet da IGF, e não consegui apurar nada, deve ser por ainda não terem emitido o relatório final.
4º) 78.834 € gastos até 31-12-2015 no desenvolvimento dum novo portal da Internet? Não acreditam, Banhadas?!? Então vejam a rubrica de "Investimentos em Curso" no Balanço (página 40) e a nota 6 do Anexo (página 59).
A situação está negra, e ainda se põem a fazer "investimentos" destes!!!
5º) Já vai longo este texto, e só analisei pela rama.
gostava de saber se o Belenenses ja pagou a divida que tinha ou tem com a federaçao que sao mais de 100 000 euros
ResponderEliminarPara o anónimo das 14:21 fica a informação que o Belenenses devia ZERO à Federação no início da presente época desportiva. E certamente terminará esta época desportiva também no ZERO.
ResponderEliminarEspero que esta informação não o deixe com azia, pois nesta quadra festiva com os habituais excessos na alimentação não convém nada sofrer de azia.