quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Jogadores Estrangeiros – I

JOGADORES ESTRANGEIROS
NO
ANDEBOL NACIONAL

Todos ou pelo menos a maioria dos adeptos da modalidade, face á “invasão” de estrangeiros no andebol nacional, têm falado em tom de protesto, e por vezes com uma exaltação em demasia, pois a Federação apesar de estarmos em desacordo com muitas situações, está a cumprir o que dizem as Leis em vigor, e segundo nos recordamos, teve obrigatoriamente alterar os seus Regulamentos, e deixar de ter escrito jogadores que não podem representar a Selecção, para passar a ter claramente escrito estrangeiros. Embora também possamos estar em acordo com alguns comentários sobre os “excessos” de atletas de outras nacionalidade, em termos da Lei, nada poderemos fazer, mas a Federação poderá e deverá, em contra ponto regulamentar de forma diferenciada, tal como outras modalidades já o fizerem.

Assim logo no Capitulo I, Secção I, Artigo 1.º (direito de inscrição) do Titulo 1 do Regulamento Geral da Federação, no seu ponto 1, está definida de forma clara quem são considerados os estrangeiros, e que aqui transcrevemos “ Podem inscrever-se na Federação de Andebol de Portugal os cidadãos nacionais, os cidadãos comunitários, bem como cidadão de países com os quais o Estado Português ou a União Europeia tenham acordos de reciprocidade

Ora todos sabemos que são raríssimas as excepções a este artigo e á Lei, tendo nós neste momento sérias duvidas, em relação a Cuba, face ao recente acordo celebrado com a União Europeia, e que deveria ser devidamente esclarecido por quem de direito.

Diz ainda o artigo 10.º do mesmo título, o seguinte: “ As inscrições de equipas de Clubes em provas Oficiais, só poderão ser admitidas se estas possuírem um mínimo de 10 jogadores na data de realização dos sorteios de cada prova, sem prejuízo do disposto nos regulamentos específicos da mesma.” Dizendo ainda a alínea a) do mesmo artigo:” Todos os atletas deverão ser do mesmo escalão etário

Ora deverá ser por este artigo que deverá começar a nova regulamentação sem ferir a legalidade, na nossa opinião, pois ao referir o mínimo de 10 atletas deveria incluir:

Um mínimo de atletas Nacionais
Em opção poderia ainda incluir um mínimo de atletas oriundos da formação, estabelecendo um número de épocas em que se consideraria formação.
Ter em consideração as provas a disputar, ajustando os regulamentos específicos conforme já é referido.
Podendo ainda obrigar X atletas portugueses sempre em campo durante o tempo regulamentar de jogo.

Na secção V (Da inscrição de jogadores Estrangeiros), Artigo 15.º (Regra Geral) do mesmo Titulo I, não existem limites face ao que se encontra regulamentado logo no artigo 1.º, sendo aqui no seu ponto 2 que é referido o número máximo de Estrageiros, e que transcrevemos:” Em cada época desportiva os clubes ou sociedades desportivas participantes nas competições Internacionais, nacionais, inter-regionais e regionais, organizadas pela Federação só podem inscrever 3 (três) atletas não originários de países da União Europeia, ou de países com os quais o Estado Português ou a União Europeia, tenham celebrado tratados Internacionais de Cooperação ou Reciprocidade.”

Aqui deveríamos alterar imediatamente para apenas 1, e achamos mais que suficiente, salvaguardando sempre aqueles que já estão em território Nacional, no mínimo á duas épocas desportivas (esta é a nossa opinião).

Ainda neste artigo deveria ser salvaguarda, uma obrigatoriedade de inscrição de um número mínimo de atletas portugueses por equipa, no total dos inscritos em cada escalão, este número teria de ter sempre por referência o número total de atletas permitido por cada equipa (tema a ser tratado em próximo artigo de opinião), devendo salvaguardar-se sempre os escalões de formação.

Esperamos ter contribuído para uma saudável discussão da defesa do praticante de andebol, português.

O Banhadas Andebol

18 comentários:

  1. eis um bom tema para escreverem e agora nada, como é

    ResponderEliminar
  2. gostaria de parabenizar o banhadas por publicado um artigo sobre este polémico tema e que esclarece muita gente que fala de cor, mas nada sabe.

    ResponderEliminar
  3. Pois é em todos os países a problemática existe e não é tão fácil de resolver como parece. Sou totalmente contra a contratação de mediocridades e jogadores em final de carreira. Mesmo os não comunitários caso de Brasilerios ou Angolanos o assunto é complexo. Por outro lado tomando como exemplo outros países mais desenvolvidos no andebol a qualidade da formação e dos atletas nacionais não foi prejudicada pelo número de estrangeiros. A Alemanha foi campeã da Europa com aquele número de estrangeiro por equipa que todos sabemos.Uma coisa eu tb sei. Estes anos de crise houve jovens portugueses de qualidade média que numa teriam chegado onde chegaram. Resta saber se eles melhoraram ou não.

    ResponderEliminar
  4. Lol, isto dos estrangeiros é uma treta. Também o CJB o ano passado recusou participar nas competições europeias e este ano permitiram a inscrição de duas atletas cubanas, ah se calhar não devem ser estrangeiras, quando o regulamento proibe inscrições após não participação nas competições europeias.
    Ups, a mesma coisa aconteceu com o Madeira SAD no ano anterior e curiosamente também inscreveram as mesmas atletas após não participação nas competições europeias.
    E assim vai o Andebol Feminino em portugal...

    ResponderEliminar
  5. REFLEXÃO:
    Depois de vários títulos Nacionais ganhos com elevado numero de cubanos trancas à porta!
    Um bom trabalho apresentado e Portugal só tem a ganhar se tiver nas suas equipas atletas oriundos do espaço da Lusofonia e da Comunidade Europeia de forma transparente.
    Mas existem problemas mais graves nas equipas A,B,C,D,E,F do FCP onde todos os cubanos tem contrato com o Empresário ou Director e depois podem transitar de Clube para Clube, considero Atletas/SEM CLUBE, jogam onde o capataz ou seu representante disserem!Alguns desses atletas adquirem a dupla nacionalidade em Cabo Verde!
    Enfim vamos ver onde param as "modas" do nosso Andebol que merecia outra organização com sentido responsável dos Regulamentos!
    Tratem bem o Andebol!

    ResponderEliminar
  6. Vamos continuar a nada fazer. cada um rodeia ou torneia a lei como melhor puder. Uma coisa é certa convinha haver qualidade e empenho, porque assim se faria evoluir a competitividade. Os clubes e associações ou no caso do Andebol 1, os clubes todos deveriam reunir e tomar medidas dado ser o campeonato mais profissional, ou se calhar o único com intenção de profissionalização. Temos cada vez mais jogadores a emigrar. Será que acrescentam qualidade para onde vão? Creio que sim! Só não emigram mais, porque estamos demasiado escondidos no fundo da Europa. A n selecção não deve andar em grandes montras nos próximos anos. Os n clubes igualmente pois, o ano passado houve uma final ABC-Benfica na Challenge que, pouco conta...

    ResponderEliminar
  7. depois de tanta conversa ainda não vi um único comentário com soluções para o problema, parece-me que o que gostam é de dizer mal uns dos outros, mas nao querem contribuir para o esclarecimento de muitos e da própria modalidade

    ResponderEliminar
  8. 5 de janeiro de 2017 às 12:08

    Só um cego e ignorante não lei o Tema e alguns vias de solução dos administradores e de outros participantes!
    As soluções até são fáceis basta todos quererem e a FPA publicar!

    ResponderEliminar
  9. Todos criticam mas soluções nem pensar. Por mim aceito estrangeiros que, sejam "assimilados" isto é, há aqueles com ligação e há os que apenas aproveitam o momento. Todos sabemos dos casos do Kostov ou do famoso Liedson que, já nem vem a Portugal á muito. Fez contas e viu que ganhava mais de um milhão. Simples! No andebol houve o maior escândalo de sempre, penso eu, com a história dos Qataris. Atletas de nome feito na modalidade foram arrebanhados e conseguiram, chegar a uma final. Na mesma sentiu-se haver batota á grande e não fosse o gabarito e diversidade duma França madura e, quem teria ganho? O que pergunto é como isto acontece ás claras e já, se vão vendo casos de estrangeiros nos juniores! Seguro é que nada vai acontecer...

    ResponderEliminar
  10. Mas ainda não percebi o problema dos atletas estrangeiros.... Será que há assim tanto mal? Falam de cubanos, mas há cabo verdianos, e ate de outras nacionalidades...

    Preocupam-se com coisas que não têm cabimento, em vez de se preocuparem a formar atletas... ah pois é, dá trabalho e leva o seu tempo, o melhor é ir buscar atletas já formados a outros clubes.

    Deviam preocupar-se em haver um limite de atletas por equipas, isso sim.

    Olhem para "as vossas casas" e deixem-se destas coisas que isto em nada ajuda o andebol!

    ResponderEliminar
  11. Ao anónimo de 5 de Janeiro de 2017 às 10:23:

    Como podem clubes não profissionais jogar em competições europeias??
    Quem ajuda com as despesas de deslocações (se for o caso) pois se não forem fazer jogo fora, têm que suportar os custos da equipa que vem cá jogar?
    Andebol feminino em Portugal é só rir... há clubes que se vão mantendo no topo (se é que podemos chamar topo) à conta de ofertas de estadias e propinas a atletas que queiram representar o clube, outros ainda aproveitam alguma coisa da formação, outros fazem contratos que depois ao fim de uns meses não servem de nada.

    O Andebol feminino sobrevive à custa de atletas que estudam e trabalham e no tempo livre que têm treinam e fazem jogos... é assim o Andebol feminino em Portugal.

    ResponderEliminar
  12. Se queremos o nosso andebol na alta roda temos de avançar para o profissionalismo! Se queremos outras velocidades de crescimento, já a música é outra. Creio haver uma juventude sedenta de evolução e colocação do nosso and em palcos Europeus e Mundiais. O problema é que em vez de evoluirmos, penso que é o quererão jogadores e treinadores, temos dirigentes cabeça de galinha. Mesquinhez e todo o tipo de golpes palacianos, fazem parte do vastissímo reportório dum andebol de trazer por casa. È triste o que se está a passar a nível das nossas selecções, com verdaddeiras vergonhas de convocatórias, onde se nota defesa de interesses. Pergunto se haverá mesmo interesse em termos uma selecção forte, quando são anunciados estrangeiros de países estranhos a Portugal na formação?

    ResponderEliminar
  13. O incrivel neste pobre país é o caso de Cubanos que já andam pelos juniores! Tenham dó! Então e os países de lingua Portuguesa? Se pertencemos á União Europeia, lógicamente poderia haver jogadores daí! Falo de condições especiais. O que se passa deixa-me triste com tanto atropelo. Depois o pagamento desses atletas, varia consoante o país, não é? Então façam-se leis!

    ResponderEliminar
  14. Dás vontade de rir. Então mas é dificil resolver este caso? Se os clubes da Andebol 1 o quizerem, nem é preciso reuniões. Basta contactos e haver vontade em melhorar. isto é uma anarquia, onde todos tentam enganar todos.

    ResponderEliminar
  15. Acordos especiais com PALOP´s, assim como com países da União Europeia. Quanto aos Cubanos será que antes de morrer Fidel pediu a Martelo que, deixasse entrar todos Cubanos? Que relação especial temos com Cuba? È triste que todos sabemos, mas nada se faz neste caso em que, há evidente corrupção moral. O grande benefeciado foi o Porto, rei do desporto sujo. Soube fazer um acordo ás escuras, através de alguém estrategicamente colocado na Federação. Depois dos árbitros que sendo dum rival, adoram apitar no seu pavilhão, o Porto vai jogando na sombra onde tudo vence...

    ResponderEliminar
  16. Não esquecer que nos asnos 90 o forte ABC foi campeão varias vezes com 3 estrangeiros e só eram permitidos 2 conforme regulamento do LS.
    E foram e o FCP protestou e nada arquivado...
    Histórias de irregularidades nas inscrições são o pai nosso de cada dia !

    ResponderEliminar
  17. 7 de janeiro de 2017 às 11:22
    Confirmo esta situação dos 3 estrangeiros eu jogava no ABC mas o Presidente da FPA era amigo o tal artigo único!
    Serviu para tanta coisa!

    ResponderEliminar
  18. Aqui se nota a má vontade especial porque assim se vence!

    ResponderEliminar