segunda-feira, 10 de julho de 2017

Planeamento Desportivo – Época 2017/2018 - II

Conforme já referimos a Federação, com uma antecedência razoável (o que nos apraz) á data de inicio da época divulgou os Regulamentos Específicos de todas as provas, feita em simultâneo com o CO o N.º 1 (04-07-17), e o CO n.º 2, na mesma data, procedeu à divulgação das equipas com direito desportivo a participar nas diversas provas Nacionais fixas, segundo o conceito estabelecido na época transacta, e que em especial nas provas designadas por PO01 (Campeonato Nacional da 1.ª Divisão Masculina) e PO02 (Campeonato Nacional da 2.ª Divisão Masculina), que foram as provas que sofreram mais alterações, na última época, e se fizermos uma leitura atenta dos mesmo, poderemos concluir sem grande margem de erro, que as alterações não produziram qualquer efeito positivo na modalidade, e como referimos em tempo, foram realizadas a “pedido” em especial na PO01, e com uma certa realidade na PO02, Para esta época em termos de formato competitivo e apesar das diversas sugestões que foram sendo “lançadas” ao longo da época, o mesmo foi mantido, mas os problemas de calendarização vão certamente manter-se, e continuar a ser uma autêntica dor de cabeça quer para os clubes quer para a própria Federação.

Felizmente imperou algum bom sendo e desta vez não se verificou qualquer aumento de participantes nas provas, e pelo que nos foi dado observar no CO N.º 2, manteve-se tudo o estava definido em termos competitivos.

Mas o impacto desportivo, que na nossa opinião (mas não repudiámos outras) existiu com as alterações verificadas na época finda foi bastante negativo, pois conforme afirmamos na altura “…a criação das chamadas provas de apuramento (PO01A, e PO02A), foram provas que se realizaram, para ultrapassar a lei e os regulamentos, e fazer-se um alargamento da Divisão Máxima do Andebol Português, que apenas beneficiou os interesse de alguns, e prejudicou a modalidade no seu todo”. Num futuro com a conjugação dos vários CO que deverão estar a ser emitidos, poder-se-á ficar com uma ideia mais abrangente do que será o futuro calendário de provas, que a cumprir-se através das datas previstas no anexo V ao CO N.º 1, irá causar grandes problemas mais uma vez aos clubes que participam nas provas Europeias, em especial. Mas, haverá sempre um mas, teremos de esperar pelas datas limite das inscrições e da sua confirmação, para então termos uma verdadeira e consistente ideia de quem participa, e de quem abandona (esperamos que ninguém,) nas chamadas Provas Fixas.

Hoje apenas iremos abordar a PO01.

A PO01 (Principal prova do Calendário Nacional) o modelo competitivo é exactamente o mesmo sem tirar nem pôr, existem no entanto algumas alterações significativas no Regulamento Especifico da prova, que merecem uma autêntica reflexão. Em termos competitivos continua a obrigar á realização de 26 jornadas na 1.ª Fase, e á realização de 10 Jornadas no chamado Grupo A, e de 14 jornadas no chamado Grupo B, ou seja haverá clubes que disputarão um total de 40 jogos (para aquelas equipas que se dizem não profissionais, como será a utilização dos dias de semana para disputa de jornadas, com o aumento de custos que se verificaram e estão descritos no CO N.º 1, e no próprio regulamento especifico da prova), encaixar no calendário deverá ser um autêntico “bico-de-obra”. Estes dados são fáceis de obter pois a prova será disputada numa 1.ª Fase, no sistema de TxT a 2 voltas, e a 2.ª Fase será constituída pelo Grupo A que reúne os 6 primeiros classificados da Fase anterior, que transitam com 50% dos pontos acumuladas, e será disputada igualmente no sistema de TxT a 2 voltas. O Chamado Grupo B, reunirá as restantes 8 equipas, que transitam igualmente com 50% dos pontos acumulados, e será disputada igualmente no sistema de TxT a 2 voltas.

Reafirmamos, apesar de esta época, ter sido de excepção (Na nossa Opinião), este sistema de prova poderá permitir que a segunda Fase no chamado Grupo A, seja apenas para cumprir calendário, pois poderá dar origem a fortes desequilíbrios com o Campeão praticamente definido na primeira Fase, continuando ainda e mais vez na nossa opinião a verificar-se a perca de publico, e de visibilidade da modalidade, e será uma boa altura para se compararem com os dados desta época que agora termina e de se verificar a nulidade de algumas destas opções em especial o aumento do número de clubes.

No Grupo B, os custos financeiros de uma participação com 40 jornadas para disputar, e cujo interesse reside em encontrar quem irá descer de divisão, será certamente relevante, e não saberemos quantos praticantes irão desaparecer, em especial das camadas mais jovens e quantos clubes se tornarão verdadeiros “satélites” de outros de forma camuflada.

Algumas Alterações no Regulamento Especifico que merecem alguma reflexão.

O Ponto 4 do Artigo 1.º, sofreu um ajustamento na redacção que passou a ser “A designação dos diferentes representantes para as competições europeias de Clubes terá de ser ratificada pela Direcção da FAP, tendo em consideração as condições económicas, desportivas, de infra estruturas desportivas e de Marketing de cada um dos Clubes, podendo ser efectuadas substituições quando os clubes não cumpram objectivamente com tais requisitos.

A Inclusão desta alteração de texto, confere em nossa opinião poder discricionário à Direcção da FAP, na indicação dos Clubes às provas Europeias com o direito desportivo adquirido, podendo até o Campeão Nacional, não ser indicado para a Liga dos Campeões, Texto a ter em atenção.

No Artigo 2.º (Participantes), a alínea c) do ponto 2, a multa aí prevista passa de 150€ para 250€, ou seja por cada atleta a menos dos 12 inscritos e presentes no Boletim de Jogo, aqui era (na nossa opinião) uma medida que se impunha, pois estamos a disputar a principal prova do Calendário Nacional.

No artigo 4.º (Horário dos jogos), na alínea b) do ponto 1, ao permitir casos de excepção na última jornada, pode por exemplo permitir que jogos relativos a Torneios Particulares, interfiram com a Principal Prova Nacional.

São agravadas e não é pouco todas as multas previstas na prova, bem como algumas novas que surgiram, incluindo as multas por indisciplina durante o jogo.

É alterada a distribuição dos Bilhetes, pois verifica-se que o prazo passa de 5 dias contínuos para 3 (alteração, que talvez possa ter resultados positivos), agora alterar a distribuição dos bilhetes, é que era impensável, qual a justificação? Pois passamos de 85% para o Clube Visitado, e 15% para o Visitante, para 90% para o visitado e 10% para o visitante. Quanto à multa aplicada pelo não cumprimento desta obrigação, embora, na nossa opinião devesse ser agravada, não pode ter é limites tão grandes, pois vai de 500 a 15000€, o que pode dar hipóteses de grandes interptações, e favorecimentos.

Chamamos a atenção para este Regulamento Especifico que nos seus ajustamentos não competitivos, deve ser lido com bastante atenção.

Daremos continuidade a estes textos 

O Banhadas Andebol

3 comentários:

  1. A tristeza do Andebol Nacional, o Velho

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  2. P001
    Modelo ultrapassado e sem interesse competitivo quer na 1ª fase quer na 2ª fase e no final salvou-se a conquista do titulo Nacional pelo Sporting após o o "FLOP" do F.c.do Porto na Fase final-A,, clube que tudo fez para abandonar-se o Modelo de PLAY-OFF porque tinha perdido o titulo para o ABC e voltou a perder!Houve dirigentes de vários clubes que apoiaram a ideia e só se prejudicaram! para alem do apoio de dirigentes FPA frequentadores da tribuna do Dragão Caixa e ficaram mal na fotografia!.
    O principal campeonato P001 deveria ser ou PLAY-OFF ou 2 fases 8 Clubes GA e GB mas a partida com ZERO Pontos. e não com divisão na secretaria de 50% dos pontos! Ridículo!
    O campeonato da PRÓXIMA ÉPOCA TEM UM PROBLEMA A FUGA DE MUITOS ATLETAS PARA AS LIGAS EUROPEIAS E VAI FICAR MAIS FRACO E OS PRINCIPAIS SE COMPÕEM MAS OS RESTANTES VÃO ANDAR A JOGAR AO "BERLINDE".
    Senão sabem fazer melhor não insistam no "ERRO" mas perguntem a quem sabe ou sociedades desportivas que estão prontas a ajudar!

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  3. PORQUE SAEM TANTOS JOGADORES\AS DESTE ANTRO DE DIRIGENTES CORRUPTOS E INCOMPETENTES? È UMA VERGONHA QUE AGORA JÁ SAEM JOVENS QUE EM PORTUGAL NEM SE AFIRMARAM! TENHAM VERGONHA E DEMITAM-SE!!! UMA VEZ NA VIDA SEJAM NOBRES!!!

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