Arbitragem – 2017/2018 - V

O CAOS INSTALADO II

(Quadros de Arbitragem)

Depois das acções de Formação que decorreram em Viseu nos passados dias 18 a 20 de Agosto, conforme várias publicações em “Pompa e Circunstância” no Portal da FAP, e algumas até mereceram algum destaque da nossa parte, foi divulgada através da Circular N.º 7 do CA de 04-10-17, as duplas definitivas para a época que já está a decorrer à pelo menos um mês, sendo a mesma plenamente justificativa do titulo que damos a este texto, curiosamente ou não (nunca se sabe) a circular n.º 6 desapareceu de circulação, porquê? Será que o seu conteúdo, e apesar dos comentários já recebidos, continuamos à espera do total cumprimento da lei em especial do Artigo 8.º do Dec. Lei 93/2014, que rectifica o Dec. Lei 248/B de 2008 (Regime Jurídico das Federações), e da Lei 101/2017 que introduz novas alterações. Pelo que constata desta circular onde são divulgadas as duplas definitivas, verifica-se a total destruição da arbitragem Nacional, mais parecendo que apenas interessa os lugares na EHF, e a satisfação de alguns egos instalados. Continua-se sem esclarecer quais são os critérios de nomeação. Voltamos a repetir mais uma vez referimos, para bem da verdade que o CA é um órgão da FAP, e não um organismo independente, assim encontra-se sujeita, às normas constantes, na legislação e que foram vertidas para os estatutos da FAP.

Depois de lermos o conteúdo desta circular, começa a compreender-se o escândalo, em se converteu o CO N.º 26 de 07-09-17 (Arbitragens na 1.ª Fase, da PO06, prova Fixa do Calendário Nacional), e que já mereceu forte repúdio da nossa parte, e aqui voltamos a referir, e com o acabar com os Oficiais de Mesa, conforme texto também já por emitido em tempo, transformasse o CA num mero sem nexo de causa.

“NOMEAÇÕES DE QUADROS DE ARBITRAGEM

(UMA VERGONHA)

Numa Prova fixa, que não sofreu alterações na sua forma de disputa, e com os escalões etários estabilizados, com estabilidade competitiva. O CA, certamente com a anuência da Direcção da Federação emite o CO N.º 26 de 07-09-17, cujo conteúdo é na nossa opinião mais uma vergonha do que não se faz e da inépcia do própria CA.

O CA, que faz Regulamentos de arbitragem de 136 artigos, que não divulga as suas circulares, que faz acções de formação para quadros de Nível 1 e 2 a que chama pomposamente da “ formação á elite”, face ao número de jogos da modalidade, e ao seu desenvolvimento, mas contando cada vez com menos quadros de arbitragem, demonstra toda a sua incapacidade ao delegar nas associações (1 por zona, da Prova), a competência de nomeação dos quadros de arbitragem, para uma prova Nacional Fixa (PO06 – Campeonato Nacional da 1.ª Divisão Juvenis Masculinos). Porquê?

Depois de acabar com os Oficiais de Mesa, depois de constituir Comissões atrás de Comissões, depois de não fazer formação Regional, depois de não criar incentivos aos quadros de arbitragem, depois de deixar de nomear para os Encontros Nacionais. Só poderemos concluir que se destruiu, todo o que de bom existia na arbitragem, mas por vezes os interesses pessoais de alguns sobrepõem-se aos interesses da modalidade. Lamentável.

Assim informamos que conforme CO N.º 26, (mas os clubes pagaram á Federação a sua inscrição e as respectivas arbitragens ver CO N.º 1 desta época) “

Apesar de estarmos perante uma nova situação, pois o CA, conseguiu retirar do novo Regulamento de Arbitragem, qualquer obrigatoriedade, da existência ou publicação de CO ou Circulares ficando tudo ao livre arbítrio de quem dirige, mas esqueceram-se de “limpar a alínea l) do Artigo 11.º do novo Regulamento”.

Agora vamos comparar sumariamente as circulares N.º 001, (duplas provisórias) e a N.º 003 (Duplas Definitivas). E as diferenças provam tudo o que dissemos.

Mais, esta circular, vêm mais uma vez provar o desnorte que campeia, para os lados do CA, por exemplo o número de duplas diminui de ano para ano, onde está o tão apregoado desenvolvimento? Ou será que apenas existe desenvolvimento quando se aumenta o número de lugares na EHF e na IHF?

As duplas de Nível 4 passa de 15 (máximo Previsto), para apenas 10, Porquê?

Licenciamentos

Falta a testes para evitar licenciamentos

Abandonos de colegas, e ficam sem dupla

Falta de recebimentos, certamente, etc…

E o que faz o CA? Nada.

As duplas de Nível 3, passam de 18 para 15, Porquê?

AS causas são certamente as mesmas indicadas anteriormente e só assim se compreende o motivo de duplas deste novel andarem a dirigir jogos da PO01, e não são poucos.

As duplas de Nível 2, então é vergonhoso, passam de 19, para 7, Porquê?

Além das causas já enunciadas, temos certamente a falta de trabalho junto das mesmas e junto das próprias Associações, na maior parte dos casos entregues a si próprias.

Duplas de Nível 1, a base da pirâmide, apenas se indicam 4 duplas e dois árbitros isolados, o nível que deveria ser o mais alargado possível, pois é deste nível que se faz a progressão e a evolução que deveria ser acompanhada, restam somente estes quadros, Lamentável. E ainda aguardam por testes práticos.

Tendo sido reenviados para as associações para integrarem os seus quadros regionais, será que o integraram, 18 árbitros, mas já vimos alguns nomeados em provas Nacionais, no final em ficamos?

Depois temos os quadros que aguardam pelo segundo momento de avaliação, incluindo duplas completas, onde certamente muitas, não irão comparecer, mas curiosamente até ao momento não existe qualquer indicação acerca da execução dos chamados 2.º momento de avaliação.

Depois temos uma descrição dos quadros que pediram o licenciamento, o que é uma forma de descontentamento da forma como se está a viver o ambiente na arbitragem Nacional.

Continuamos a achar estranho o silêncio da Associação de classe, que dá pelo nome de APAOMA, sobre este e outros temas, pois limita-se na sua página do Facebook, a divulgar nomeações internacionais, muito mal vai a Arbitragem Nacional.

Este texto embora um pouco maior do que esperávamos, não pode deixar de exprimir, no entanto os desejos de que todos tenham uma excelente época desportiva, onde a arbitragem possa contribuir para a melhoria do jogo e a sua competitividade, e para a sua própria qualidade. 

O Regras