RAZÃO E / OU INCOMPETÊNCIA
Foram a maioria dos adeptos,
surpreendidos, com algumas notícias publicadas, na Comunicação Social,
relacionadas com uma inspecção realizada na Federação pela Inspecção Geral de
Finanças., e relacionadas com a gestão entre 2012 e 2014, cujo relatório final
foi agora conhecido. Entretanto a Federação emitiu uma nota de Imprensa, cujo link está aqui, para todos os interessados, mas cujo conteúdo na nossa opinião
é despiciente e inócuo, pois apenas foca um aspecto relevante ou seja a
devolução de uma verba de 2574,50 € ao IPDJ, relacionado com os contratos programa,
mas não refere uma única palavra sobre os outros assuntos relacionados, com o
relatório e que aqui transcrevemos, e que distribuído pela Lusa, e que seencontra aqui. Termos ainda, que alguns títulos da noticia, tal como por
exemplo “FEDERAÇÃO GANHA CAUSA NAS
FINANÇAS” , são completamente enganadores, pois quem resolveu o assunto foi
o IDPJ, onde uma possível devolução de cerca de 300.000 €, passou para o valor
já por nós indicado. Ou seja na realidade até ao momento não existe ou pelo
menos desconhecemos, qualquer processo das Finanças contra a Federação, mas sim
a apresentação de um relatório final. Por isso damos este título a esta notícia,
pois neste momento não sabemos se a razão assiste à Federação ou se pelo contrário
existem outras matérias, como as que são referidas no texto que a seguir
transcrevemos, e que não tiveram qualquer resposta, até ao momento.
Texto completo divulgado pela Lusa
“A Inspecção Geral das Finanças (IGF) divulgou um relatório
muito crítico para com a gestão da Federação de Andebol de Portugal (FAP) no
triénio 2012/14, nomeadamente na aplicação dos auxílios públicos e o controlo
financeiro interno. "As várias irregularidades detectadas reflectem um
controlo interno incipiente por parte da FAP, ressaltando também, a nível da
organização contabilística, a falta de transparência na evidenciação dos gastos
ligados ao objecto da entidade", acusa a IGF, falando da gestão do
economista Ulisses Pereira. O instituto recorda que no período em análise a FAP
movimentou recursos que variaram entre quatro e cinco milhões de euros anuais,
sendo que cerca de três milhões foram provenientes de apoios públicos
(transferências do Instituto Português do Desporto e Juventude - IPDJ -, cerca
de 2,4 milhões anuais), "o que traduz uma elevada dependência pública no financiamento
das suas actividades, cerca de dois/terços dos rendimentos". "No mesmo
triénio, foram identificadas situações de gastos da FAP - refeições,
combustível, deslocações, no valor global de 70.844 euros - não elegíveis como
despesa face aos contratos-programa celebrados com o IPDJ, que consubstanciam a
atribuição de rendimentos em sede de IRS e que traduzem vantagem financeira de cariz
remuneratório aos seus beneficiários, obviando as consequências fiscais que
adviriam da qualificação como contra-prestação pelas tarefas realizadas",
aponta. Rendimentos pagos a título de ajudas de custo e não declarados
fiscalmente (12.494 euros), documentos não aceites para efeitos fiscais
(220.540), a não liquidação do IVA relativos a donativos de 248.750 euros e a
não aplicação do Código de Contratos Públicos, como está obrigada a FAP, são outras
rubricas do relatório cáustico para a equipa de Ulisses Pereira. "Em
31/12/2014, a situação financeira da FAP apresentava-se debilitada, com
principal destaque para as dívidas avultadas a fornecedores (2,5 milhões de
euros), os indícios de dificuldades de cobrança a clientes/clubes (923.000
euros) e a escassez de fundos patrimoniais (137.000 euros), situações com risco
de agravamento", alerta. Como medidas correctivas, a Inspecção Geral das
Finanças indica o "assegurar de uma aplicação rigorosa e transparente dos
apoios públicos recebidos, promovendo a adequada monitorização e controlo das
suas actividades e dos gastos associados". Neste âmbito, prescreve a
devolução do montante de apoios financeiros a determinar pelo IPDJ, resultante
de despesas que não são elegíveis, nos termos dos contratos-programa celebrados.
Indica ainda a correcção das declarações fiscais relativas aos anos de 2012 a
2014 e a adoção de medidas por forma a inverter a actual situação financeira da
FAP, garantindo a sua sustentabilidade. Implementar medidas de reforço do
controlo dos gastos e da transparência na sua evidenciação, prevenindo, assim,
a ocorrência de pagamentos irregulares/não elegíveis também é apontado no
relatório. Finalmente, o IGF defende a aplicação de procedimentos que assegurem
o cumprimento das regras da contratação pública, nomeadamente na contratação
externa. Actualmente a federação é presidida por Luís Laranjeiro.”
O Banhadas Andebol
Isto é muito preocupante principalmente para nós árbitros, pois um dos problemas é que as finanças estão a exigir à federação impostos sobre transporte e refeições dos árbitros, pois consideram isso um ganho.
ResponderEliminarJá li aqui que fazem leis para o futebol e depois os outros tem que levar com elas. Para as finanças somos todos profissionais da arbitragem. Quando recebemos 100€ por uma deslocação às vezes ao cu do mundo, mais 10€ de prémio de jogo, para as finanças são 110€ de prémio!
Eu receber tarde e más horas e ainda ter que pagar impostos pelas refeições que faço entre e kilometros de deslocação seria hilariante!
Se assim já quase pago para arbitrar, como eles querem pagava mesmo para arbitrar. Pelo que leio as finanças estão a exigir à FAP impostos desde 2012 pelo que se a FAP tiver que pagar e nos exigir o dinheiro a nós, o melhor é emigrarmos.
A APAOMA tem que estar atenta porque isto pode ser uma bomba! Por mim parava já hoje!
Eu confesso que ao contrário do costume hoje estou completamente contra a metodologia do Banhadas: publicou e bem a noticia do AT e devia também publicar, ou colocar um link para a resposta do presidente da altura, Ulisses Pereira, que é economista.
ResponderEliminarEu sou delegado da AG da FAP e sé há coisa que me custe é ver este homem injuriado, porque seguramente para mim foi um homem corajoso, que colocou a FAP a navegar em águas limpas, depois de um período de nojo que todos conhecemos. Nunca enganou ninguém nas AGs da FAP e assumiu sempre que a FAP tinha este diferendo com a AT. A contabilidade era e penso que ainda é feita pelo Luís Santos. São dois corruptos?
Problemas com a AT já são velhos na FAP, segundo ouço nas AG ainda há processos pendentes e são vários, do tempo do Luís Santos, que foi várias vezes fiscalizado e a FAP várias vezes penalizada. São várias a sedes de associações que estão penhoradas pelas finanças desde o tempo do LUis Santos por questões como estas. Também era desonesto o Luís Santos? Nem pensar, ditador, casmurro, mas integralmente honesto. Conta que este homem tem um dos melhores gabinetes de contabilidade de Lisboa.
O Ulisses Pereira deu a cara no Record e assumiu que a AT perdeu. Deu a cara por isto desafiando um tubarão. Não vale de nada esta coragem?
Apenas um esclarecimento ao anónimo das 19:37, o link, que leva ao texto da Lusa, também está direccionado ao texto do Record, com as declarações de Ulisses Pereira.
ResponderEliminarRetiro o que escrevi no comentário das 19.37 e reponho que afinal o Banhadas MAIS UMA VEZ vez esteve bem. Colocou a noticia e colocou o contraditório. Isto é efectivamente prestar um bom serviço ao andebol, que, com maior ou menor pormenor o vai fazendo constantemente.
ResponderEliminarDepois de ler o comentário das 18.41 percebo também que isto é bem mais complicado do que aquilo que pode parecer, principalmente para os árbitros.
A AT por sistema é cega: culpabiliza e não se preocupa em provar o ónus da acusação, o acusado é que tem que provar que não é culpado. E o maior problema é que têm sempre razão, nunca assumem que estão errados.
Era inevitável: há um senhor que "meteu a mão no pote" enquanto foi presidente. Isto passou pelos tribunais e logicamente que perante denuncia do Ministério Publico as autoridades têm que fiscalizar.
ResponderEliminarA minha grande surpresa é não ter acontecido nada a esse senhor. E aí sim está o grande erro do Dr. Ulisses Pereira que em vez de fazer pagar, o responsabilizar, como boa pessoa que é limitou-se a não agir, não fornecendo provas ao tribunal, permitindo que esse senhor se safasse.
Fez mal, muito mal, porque a forma de mostrar gratidão desse senhor que meteu a mão no pote, é dizer mal do Dr. Ulisses em todo o lado. O Dr. Ulisses limpou a trampa dele e ele ainda é mal agradecido.
Em relação ao Luís Santos eu não ponho em causa a sua integridade, ponho em causa a sua competência! Ao longo da sua presidência esteve sempre em conflito com a as autoridades fiscais, foi penalizado muitas vezes, deixou ao futuro as Sedes e casa da FAP penhoradas, arrastando os conflitos para tribunal, onde perdeu sempre e esta direcção ainda o tem como contabilista? Uma coisa é ser cego, outra é não querer ver e se a direcção da FAP não quer ver, merece tudo o que lhe está a acontecer.
a fap paga o mesmo que o estado ao Km ou seja 0,36€ aquilo que é pago no futebol, voleibol e basquetebol. evidentemente que isso não são rendimentos e sim compensações de ajuda de custo. pagar impostos sobre isso não tem lógica nem é legal dado ficar dentro dos limites da própria lei.
ResponderEliminaragora se a AT vai ficar por aí ou exigir explicações e arrastar os processos é que já são outros quinhentos.
O comentário do anónimo de 20 de Outubro de 2017 às 10:40 suscita-me uma enorme azia em relação a um ex presidente da Federação.
ResponderEliminarImagino que esse ex presidente deverá ter tido contra si - ou o seu grupo - uma atitude que vos caíu mal.
Isto sou eu apenas a imaginar.
Posso fazer uma pergunta? Afinal estão ou não hipotecados os valores imobiliários da FAP? Se sim, quando aconteceu? Se sim, a responsabilidade deve recaír sobre quem?
Meu caro, aceito democraticamente uma resposta sua mas, por favor, não parta para a ofensa.
Meus senhores o mal provavelmente não está na tributação dos árbitros pois existe uma lei ou decreto que consagra toda essa matéria, o mal está naquilo que relatório diz e que é considerado como despesa e que são considerados em sede de IRS, e que como diz as finanças se traduzem como vantagens financeiras de cariz remuneratório aos seus beneficiários, aqui sim parece residir o grande problema. Pensem bem e meditem sobre este assunto, na minha opinião de leigo sobre matéria tributável.
ResponderEliminarUm dos Atentos.
Entre o presidente Luís Santos e o presidente Ulisses Pereira houve outro presidente que TODOS OS DO ANDEBOL sabem o que fez em termos financeiros à FAP e ao Andebol. É difícil de perceber???
ResponderEliminarÈ grave todo este panorama financeiro!!! Pergunto é se assim os árbitros não estarem vulneráveis e, não serem pressionados. Se no futebol sabemos de tudo, ou desconfiamos e aí ganha-se muito mais... enfim! Algo que se nota bem é o ambiente de chamamento a favor do Sporting! Como pode um clube que não era campeão á tantos anos, fazer gastos destes? E não é só no andebol! Volei, Hóquei e até futebol femenino gastam como nunca! Havia um plitico que até já esteve preso que, ajudava um sobrinho na Bélgica... aqui não será um sobrinho vindo de Angola? bes! Bes! Bes! Nunca vi nada assim!
ResponderEliminarMAS HÁ ALGUMA COISA EM PORTUGAL QUE FUNCIONE COM PROFISSIONALISMO?
ResponderEliminarPOR AMOR DE DEUS! É SÓ TOURADAS E ENGANAR O PRÓXIMO. DESENRRASCANSO E PROMESSAS VÃS. MAS NÃO FOI SEMPRE ASSIM? QUE ADMIRAÇÃO! UM DIA DADAS AS SITUAÇÕES DE VULNERABILIDADE NA ARBITRAGEM VAMOS TER A MAIOR DAS TOURADAS. MUNDO CÃO!
Um árbitro de futebola ganha mais de 2 500 euros fora, vário tipo de ajudas. se no futebol se apanharam tantos escandalos...logo no andebol a necessidade deve obrigar a mais!
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