Crónica de Fim-de-semana – 63 – 2018 / 2019 – I

Crónica de fim-de-semana da PO01, dedicada aos Grupos A e B.

PO01 – Campeonato Nacional da 1.ª Divisão Seniores Masculinos.

Fase Final Nacional – Grupo “A”

1.ª Jornada

Dia 08-05-19

Águas Santas – Madeira SAD (18H45)

4.ª Jornada

Dia 08-05-19

FC Porto - Sporting (20H30)

5.ª Jornada

Dia 01-05-19

Sporting 31 – 28 Madeira SAD

Belenenses 27 – 25 Águas Santas

Benfica 23 – 28 FC Porto

Grupo, onde existem dois jogos em atraso, devido a participações em competições Europeias, teve neste fim-de-semana, a realização de uma jornada completa, e que englobava, dois encontros de grande importância, em termos de definição dos primeiros classificados, como o Sporting / Madeira SAD, e em especial o clássico Benfica / FC Porto, continua-se sem se entender qual o critério definido para existirem jogos com dois delegados e jogos com apenas um delegado, incompressível. Encontros sem o registo de casos disciplinares. Mas infelizmente uma das transmissões via Andebol TV, foi um autêntico Fracasso (Belenenses / Águas Santas).

Benfica 23 – 28 FC Porto

Jogo disputado no pavilhão da Luz, com menos público do que era naturalmente esperado, e que começou, a ser disputado com grande equilíbrio, mas que durou apenas até aos 21 minutos de jogo, quando se verificava uma igualdade a 9 golos, a partir desse momento, o FC Porto assume o comando do jogo e do marcador, para não mais o perder até final do tempo regulamentar. A forte defesa do FC Porto, suportada por um Alfredo Quintana (37% de eficácia), que esteve em bom plano, e onde o seu autêntico “muro” constituído por Iturriza, Alexis Borges e Salina, que vão variando consoante as circunstâncias do jogo, são quase intransponíveis. No Benfica, com Borko Ristovski em bom plano na nossa opinião (25% de eficácia), mas com a defesa a falhar sistematicamente os ressaltos de bola, que eram recuperados pelo ataque do FC Porto, teve em nossa opinião alguns elementos em bom rendimento como Ales Silva (3 golos, 75% de eficácia), e Nuno Grilo (6 golos, 67% de eficácia), e no segundo tempo Kevynn Nyokas (5 golos, 63% de eficácia), mas também teve elementos em sub-rendimento, pois foram raras as ocasiões em que atacou pelas pontas, e na nossa opinião falhar rotundamente aos 33 minutos quando decidiu jogar com 7 jogadores de campo, e ai o FC Porto, que passou praticamente a usar o mesmo sistema até final do encontro foi bastante mais eficaz, com 11 jogadores a marcarem golos, o que diz bem da forma como o plantel foi utilizado, com António Areias (7 golos, 78% de eficácia, 3 em 3 de 7 metros), e com Rui Silva em grande plano no comando do ataque da sua equipa (4 golos, 67% de eficácia). O Intervalo chega com o FC Porto, já no comando do jogo e do marcador 13-11, e no recomeço do encontro, faz um parcial de 3-0, o que coloca a equipa a vencer por 16-11, aos 32 minutos de jogo, obrigando o Benfica a andar sempre atrás do marcador, uma referencia para dois momentos cruciais na nossa opinião aos 46 minutos com o resultado em 20-18 a favor do FC Porto, Fábio Vidrago falha na marcação de um livre de 7 metros, atirando para fora (neste momento é o segundo 7 metros que não concretiza), e a partir daqui a equipa ainda volta aos 7 jogadores de campo, que teve de abandonar, pois não estava a resultar, e Belone Moreira longe dos seus dias, ainda falha novo livre de 7 metros (57 minutos de jogo), para de seguida o FC Porto voltar aos 5 golos de vantagem 27-22), vantagem com termina o encontro. Encontro dirigido pela dupla aveirense, constituída por Ramiro Silva e Mário Coutinho, que na nossa opinião não foi uniforme no critério disciplinar (não existiu), não esteve coerente na falta do atacante, mal no jogo passivo, e mal igualmente na lei da vantagem, já lhes assistimos a realizar arbitragens bem melhores.

No Pavilhão João Rocha, em simultâneo com o Benfica / FC Porto, disputou-se o Sporting / Madeira SAD, com um pavilhão um pouco mais composto, mas mesmo assim longe do ideal, e foi um encontro onde poderia ter existido a grande surpresa da jornada, pois a equipa do Madeira SAD comando o jogo e o marcador durante cerca de 42 minutos, chegando ainda nos primeiros 30 minutos a ter uma vantagem de 6 golos, quando vencia por 12-6, aos 15 minutos de jogo, para chegar ao intervalo a vencer por 16-14, perante uma equipa que parecia que as camisolas é que estavam em campo. Nos segundos 30 minutos, o Sporting, pareceu outra equipa, e foi diminuído a vantagem e equilibrando o jogo e o marcador, registando uma igualdade a 22 golos, aos 42 minutos de jogo, mas apenas a partir dos 46 minutos de jogo e após nova igualdade, agora a 24 golos, a equipa do Sporting, passou em definitivo para o comando do jogo e do marcador, chegando aos cinco (5) golos de vantagem cerca dos 58 minutos de jogo, para sofrer um parcial de 2-0, nos momentos finais do encontro. Destaque no Sporting, Manuel Gaspar com 33% de eficácia, contra os 19% de Cudic, e Pedro Valdez com 9 golos (69% de eficácia), e Valentin Ghinea com 5 golos (71% de eficácia, 4 em 4 de livres de 7 metros). No Madeira SAD, o seu principal factor foi o seu colectivismo, onde Gustavo Capdeville, na baliza foi um dos seus principais elementos com 33% de eficácia, Bem acompanhado por Elias António com 9 golos (82% de eficácia), por Hugo Lima (71% de eficácia), e Francisco Pereira (63% de eficácia), ambos com 5 golos, cada, que foram os seus melhores marcadores.

Belenenses 27 – 25 Águas Santas

Jogo disputado no Pavilhão Acácio Rosa, que merecia mais assistência, pois independentemente da qualidade da transmissão realizada pela Andebol TV, e que falhou em grande parte do tempo de jogo, ainda nos permitiu, ver e concluir, que tivemos um encontro de boa qualidade, com dois oponentes equilibrados, e que usaram todas as suas armas. O Belenenses comandou o jogo e o marcador durante quase todo o tempo de jogo, conseguindo obter algumas vantagens de 3 golos, vantagem máxima, que se verificou durante os 60 minutos de jogo, mas com a equipa maiata, a reagir sempre a preceito, com dois atletas em grande destaque (na nossa opinião), António Campos na baliza com 26% de eficácia, e Pedro Cruz que como é normal, foi o melhor marcador da equipa com 12 golos (57% de eficácia, 4 em 4 de 7 metros), que nunca permitiram que a equipa do Belenenses, se afastasse muito no marcador, aproveita-se a ocasião para dizer que a defesa aberta do Belenenses, resultou em pleno, sobressaindo o seu guarda-redes Roney Franzini, com 34% de eficácia, mas foi o seu ponta Tiago Ferro o seu elemento mais decisivo, quer a marcar de ponta, quer na conversão dos 7 metros (9 golos, 75% de eficácia, 5 em 6 de 7 metros), sendo bem acompanha pelo polivalente Nelson Pina (5 golos, 63% de eficácia), e pelo regressado João Ferreira (6 golos, 75% de eficácia). Depois de aos 20 minutos de jogo se registar uma igualdade a 8 golos, o Belenenses, passou para o comando do jogo, chegando ao intervalo a vencer por 13-11. No segundo tempo, a equipa visitante, aos 36 minutos chega aos 3 golos de diferença aos 36 minutos (18-15), para o Águas Santas, igualar o marcador a 23 golos, aos 54 minutos, quando o Belenenses utiliza um dos time-OUT, que resulta em pleno pois a equipa regressa á frente do marcador aos 56 minutos (25-23), controlando o jogo e o marcador nos últimos minutos de jogo. Jogo dirigido pela dupla internacional de Leiria, constituída por Daniel Martins e Roberto Martins, que nas partes que podemos observar em especial nos primeiros 30 minutos, realizou, uma arbitragem bastante positiva, no entanto chamam-mos a tença para a marcação de livres de 9 metros, com jogadores da equipa que beneficia do livre situado na linha dos 6 metros, situação ocorrida aos 2 minutos e 30 segundos de jogo.

Classificação da Fase Final Grupo “A” - 1.º FC Porto (-1 jogo), e Sporting (-1 jogo), (49 pontos), 3.º Benfica (47 pontos), 4.º Belenenses (37 pontos), 5.º Águas Santas (-1 jogo), e Madeira SAD (-1 jogo) (34 pontos).

Fase Final Nacional – Grupo “B”

5.ª Jornada

Dia 22-05-19

SC Horta - Arsenal (21H00)

6.ª Jornada

Dia 01-05-19

AA Avanca 25 – 24 AC Fafe

ABC 33 – 33 CCR Fermentões

Arsenal 26 – 32 Boa Hora

Ismai 29 – 25 SC Horta

Jornada disputada de forma completa, felizmente com estatística em todos, mas voltamos a ter, infelizmente um encontro disputado com ocorrências disciplinares, e mais um encontro com inversão de pavilhão (Ismai / SC Horta)

No Pavilhão Flávio Sá Leite, realizou-se um dérbi minhoto, o ABC / Fermentões (jogo com ocorrências disciplinares), jogo que foi equilibrado até cerca dos 8 minutos, quando se verificava uma igualdade a 8 golos, para de seguida o ABC assumir o comando do jogo e do marcador e após um parcial de 3-0, que colocou o marcador 7-4 a favor do ABC aos 16 minutos de jogo, o ABC passou a comandar o jogo e o marcador, para chegar ao intervalo a vencer pela diferença máxima registada até então, 14-7. No segundo tempo o ABC ainda chegou aos 8 golos de diferença (16-8), aos 33 minutos, para de imediato o CCR Fermentões, fazer um parcial de 5-0, e colocar o marcador em 16-13 aos 38 minutos de jogo, e partir deste momento e com alguma surpresa a equipa de Fermentões, equilibrou o jogo, e chega, com todo o mérito à igualdade a 22 golos, aos 56 minutos, terminando o encontro com menos um jogador mas obtendo uma surpreendente igualdade. No ABC, Hugo Rocha com 6 golos (55% de eficácia, 1 em 2 de 7 metros), e Rafael Peixoto (5 golos, 83% de eficácia), foram os melhores marcadores do ABC, onde o experiente Humberto Gomes na baliza chegou aos 32% de eficácia. José Pinto com 7 golos (100% de eficácia, 1 em 1 de 7 metros), foi o melhor marcador do CCR Fermentões, com Raul Nunes na baliza a chegar aos 38% de eficácia. Com esta igualdade, o ABC, apesar de continuar sem derrotas nesta Fase da Prova, perdeu os seus primeiros pontos. Com o CCR Fermentões a afastar-se cada vez mais dos lugares de despromoção.

No Pavilhão Adelino Costa, disputou-se o AA Avanca / AC Fafe, que surpreendentemente, foi um encontro totalmente comandado pelo AC Fafe, embora nunca tivesse vantagens no marcador que lhe dessem algum descanso, sendo a maior vantagem de 3 golos, aos 15 minutos quando vencia por 8-5, para a AA Avanca, recuperar, e por diversas vezes igualar o mercador como por exemplo a 9 golos aos 22 minutos, mas sem nunca chegar ao comando do marcador, e o intervalo chega coma equipa do AC Fafe a vencer por 15-13. No segundo tempo, a equipa visitante volta a ter 3 golos de vantagem (18-15), aos 37 minutos, para voltar a permitir que a AA Avanca, voltasse a igualar agora a 18 golos, aos 42 minutos, para a equipa minhota voltar ao comando do marcador situação que se mantêm até cerca dos 58 minutos, quando vencia por 24-23. Para nos últimos segundos do jogo, sofre a desqualificação de Gualther Furtado (3 exclusões), permitir a igualdade, e ainda que a AA Avanca, concretizasse o golo da vitória a cerca de 37 segundos de terminar o tempo regulamentar, no único momento em que esteve, na frente do marcador. Referir que foi um jogo, com demasiadas faltas técnicas, e por vezes, digamos mesmo mal jogado, pois existia muita pressão. Na AA Avanca, onde 11 jogadores marcaram golos, os seus melhores marcadores não passaram dos 4 golos (Nuno Carvalho, 80% de eficácia, 1 em 2 de 7 metros, Diogo Coelho, 100% de eficácia), tendo em Luís Silva na baliza um dos seus melhores jogadores neste encontro com 40% de eficácia. No AC Fafe o experiente Cláudio Mota, com 7 golos (58% de eficácia, 2 em 3 de 7 metros), Gualther Furtado (63% de eficácia), e Luís Pereira (83% de eficácia), ambos com 5 golos cada, foram os melhores marcadores do AC Fafe. Nuno Silva, que defendeu a baliza do AC Fafe, teve 23% de eficácia). Com esta derrota o AC Fafe, fica numa posição pouco confortável na classificação, do Grupo.

No Pavilhão Flávio Sá Leite, tivemos o segundo jogo do dia a ser ali disputado o Arsenal / Boa Hora, defrontando-se duas equipas que praticamente têm as suas posições definidas. Foi um encontro onde nos primeiros 30 minutos a equipa do Boa Hora, constrói um resultado que lhe permitiu encara o segundo tempo, com mais descanso, embora o mesmo não muito claro, pois ao intervalo vencia por 21-15, maior diferença registada neste período, onde a equipa do Arsenal, tinha equilibrado o encontro até cerca dos 16 minutos quando se registava uma igualdade a 10 golos. No segundo tempo a réplica da equipa do Arsenal foi de tal forma que aos 40 minutos de jogo, o marcador era favorável ao Boa Hora, por apenas 24-19, mas aos 50 minutos de jogo, o Arsenal tinha diminuindo a diferença para apenas 4 golos (27-23), quando usou pleno de oportunidade um Time-OUT, que resultou em pleno pois de imediato reduziu para apenas 3 golos de diferença (27-24), mas aos 55 minutos o Boa Hora voltava, a ter 5 golos de vantagem (31-26), o que dava um certo conforte para os 5 minutos finais do Jogo. Terminando por vencer por uma diferença de 6 golos. No Arsenal, João Cunha com 7 golos (58% de eficácia), e Pedro Pando com 6 golos (67% de eficácia, 2 em 3 de 7 metros, foram os seus melhores marcadores, com Bruno Silva na baliza a chegar aos 35% de eficácia, no Boa Hora, onde apenas não marcaram golos, os guarda-redes, Francisco Tavares com 7 golos (88% de eficácia) foi o seu principal marcador, com os seus guarda-redes a terem prestações bem positivas, Diogo Valério com 34% de eficácia, e Denis Tiselita com 45% de eficácia. Com eta nova derrota o Arsenal, continua, a não registar uma vitória esta época, até ao momento.

Na Horta, por inversão do pavilhão tivemos o Ismai / SC Horta, que foi um encontro de forte equilíbrio, embora a equipa local tenha estado mais vezes na frente do marcador primeiros 30 minutos, registando uma igualdade a 9 golos aos 19 minutos de jogo, como SC Horta, a passar para o comando no marcador nesse momento, e aos 24 minutos de jogo, vencia por 11-10, com um golo, obtido através da conversão de um livre de 7 metros, mas intervalo chegaria com uma igualdade a 13 golos. Nos segundos 30 minutos, apesar de continuar a existir equilíbrio até aos 39 minutos (igualdade a 17 golos), o Ismai, faz um parcial de 3-0, e aos 43 minutos encontra-se na frente do marcador por 20-17, situação que não mais deixou, e aos 55 minutos vencia por 27-23, chegando aos 29-24, aos 58 minutos, uma das maiores diferenças registadas, durante o encontro. Délcio Pina (50% de eficácia), António Almeida (100% de eficácia, 1 em 1 de 7 metros), e Manuel Lima (71% de eficácia) todos com 5 golos, foram os melhores marcadores do Ismai, enquanto José Silva com 8 golos (73% de eficácia), e André Lima com 5 golos (71% de eficácia, 2 em 3 de 7 metros), foram os melhores marcadores do SC Horta, que com esta derrota, continua numa posição difícil em termos classificativos. Os guarda-redes do Ismai, estiveram bem com Manuel Borges (32% de eficácia), e Ricardo Castro (29% de eficácia, exactamente a mesma eficácia que Rui Pereira na baliza do SC Horta.

  

Classificação da Fase Final Grupo “B” - 1.º ABC (45 pontos), 2.º Ismai, e Boa Hora (+1 jogo, 41 pontos), 4.º AA Avanca (36 pontos), 5.º CCR Fermentões (30 pontos), 6.º AC Fafe (27 pontos), 7.º SC Horta (- 1 jogo, 25 pontos), 8.º Arsenal (14 pontos).

O Banhadas Andebol