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- ESPERAMOS O AUMENTO DA PRESENÇA DE PÚBLICO NOS PAVILHÕES, MAS COM A DIGNIDADE QUE A MODALIDADE MERECE.
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quarta-feira, 1 de setembro de 2010

CAUSAS DA DECADÊNCIA DO ANDEBOL PORTUGUÊS – II

O Blog “só andebol” publicou a segunda parte da sua analise sobre o momento actual do Andebol Português, da autoria do Prof. Miguel Ribeiro. Hoje, depois de solicitar-mos a devida autorização, respeitando as boas normas que devem presidir, entre os blog’s , publicamos o mesmo.

“O Sistema-Andebol (SA) português atravessa, neste momento, uma grave crise que, em nossa opinião, radica em dois aspectos:

  1. A incapacidade, muito portuguesa, das pessoas/instituições não aceitarem a crítica, como um direito fundamental de uma sociedade democrática, entendendo-a, redutoramente, como um ataque pessoal ou como um ataque às suas prerrogativas; 
  2.  A dificuldade das pessoas/instituições aceitarem que, sobre um determinado assunto, haja diferentes perspectivas, considerando uma opinião diferente, uma ingerência ou mesmo uma afronta.
Estas questões têm a ver com a insegurança e o poder, fazendo com que as pessoas/instituições se tornem autistas, desenquadrando-se assim da realidade envolvente.

Este comportamento constrange e resigna todos os outros protagonistas do SA, que deixam de intervir, de se manifestar, de se interessar - o que é lastimável.

O SA não é apenas a FAP e as Associações Regionais (AR), são os clubes, os jogadores, os treinadores, os árbitros, os dirigentes, os médicos e os fisioterapeutas. Se o SA não os incorporar a todos, fica fortemente empobrecido.

É esta forma de estar que explica, em grande parte, a estratégia de "controlo" sobre duas entidades da Assembleia Geral da FAP (AG) - Associações Regionais e ANCANP, que representam 70% dos votos naquele órgão. Esta atitude - legítima aliás, mas imoral - para além de perverter o espírito da lei, impede que a AG seja um fórum onde se debatam ideias e se tomem decisões de interesse geral.

E como se realiza na prática aquele controlo?

Relativamente às AR é um controlo "natural" - basta pensar que entre elas e a FAP se estabelece um vínculo contratual "patrão-empregado", que obviamente as silencia. No que diz respeito à ANCANP - uma entidade criada à imagem e semelhança da FAP - basta perceber que nasceu da "vontade" de 3 clubes, num universo de centenas, que não lhe reconhecem qualquer legitimidade nem competência para os representar.

Estamos assim, perante um verdadeiro paradoxo: os clubes estão representados na AG, mas não têm ninguém que os represente! É imoral. É escandaloso.

Mas a FAP procede assim, para prejudicar o SA deliberadamente? É evidente que não. A questão fulcral situa-se no no tipo e modo de gestão utilizados - unipessoal e centralista, incompatível com a sua dimensão e importância social.

Do ponto de vista estratégico/político a FAP venceu, mas o SA perdeu!
Miguel Ribeiro”

O Administrador

17 comentários:

Anónimo disse...

Quem poderia tornar publico quantos clubes existem e quantos são associados verdadeiramente a ANCANP?
Qual é a representatividade para ter 35% de votos? Porque as Associações Regionais que legitimamente representam os Clubes foram passadas para trás por essa ANCANP?
Grande treta esta hemmmmm??????

Anónimo disse...

Caro Mifuel ribeiro
Brilhante comentário critico ao estado da nação do andebol, bem fundamentada e objectiva, ficamos todos a ganhar, os responsaveis da FAP que leiam reflitam, discutam e assumam as necessarias mudanças urgentes a fazer.
ADC

Anónimo disse...

O resultado da selecção JUN A veio ofuscar o pântano organizativo em que vive a FAP.
Hoje a dois dias das acções de formação nacionais ainda não foram disponibilizados programas das mesmas.
Tanto falam em planeamento, pois os diversos agentes também têm q se organizar nas suas vidas privadas.
A accão do Sul ainda não foi divulgado o local onde decorrerá.
Mas depois no que te toca a exigirem dos clubes, financeiramente, organizativamente, aí sim não têm pudor.
É lei do Frei Tomás... Faz o que eu digo mas não faças o que eu faço!
Cada vez que se liga para a FAP normalmente somos maltratados, nas acções como a de Domingo sentimos do outro lado um clima de crispação incrivel....
Quando estamos bem seguros do caminho que queremos normalmente transparecemos outra tranquilidade.... Não é isso que se vislumbra nos diversos entes da FAP.

Jorge Almeida disse...

A selecção nacional feminina de Cabo Verde apurou-se para a Fase Continental da Women's Challenge Trophy.

Mais pormenores em:

http://www.ihf.info//MediaCenter/News/NewsDetails/tabid/130/Default.aspx?ID=453

Parabéns às Cabo-Verdianas!

Anónimo disse...

Qualquer clube que esteja interessado, e penso haver interesse de todos, poderão filiar-se nessa Associação. Juntem-se e trabalhem para que os V. objectivos sejam alcançados. Em vez de criticarem, actuem.

Anónimo disse...

Organização da treta, isso sim, saibam que estamos a três dias das ações de reciclagem e os arbitros só receberam até esta data as deslocações, refeições e taxas de arbitragem relativas ao mês de Março, ou seja, quase seis meses de atraso. Isto nunca aconteçeu antes, só com esta administração da treta. Por essas e outras é uma administração que não aceita conversa é tudo na base nos arranjos e nas tretas. Pena é que as equipas de arbitragem, por não serem profissionais e sim porque gostam da modalidade, aceitam senão não arbitam mais jogos, essa é a ameaça. É pena que isto aconteça num Pais democrático. Fora as maças podres.

Anónimo disse...

Olhem, teve um passarinho que contou por aí que aquela treta de alguns arbitros receberem mensalmente um valor da fap é pura das verdades, e mais, para esta época o lote vai de arbitros a receber vai aumentar. Olha só não digo mais porque foi um passarinho que contou...

Anónimo disse...

Texto medioce, de alguém que tem a responsabilidade de ter ocupado a cadeira da FAP durante 10 anos, sem que deixasse um "ai" digno de visibilidade! Acabou o tacho não foi?

Anónimo disse...

( ) …Este comportamento constrange e resigna todos os outros protagonistas do SA, que deixam de intervir, de se manifestar, de se interessar – o que é lastimável …( )
Tentado interpretar o que o Miguel Ribeiro escreve, pergunto: o facto do Miguel não ter feito nada até hoje em prol do andebol no desporto escolar; em prol da Associação de treinadores; em prol da nossa Associação de Lisboa (tão má, tão má…) e em prol de tudo o resto, a não ser mandar umas “postas” de vez em quando, tem a ver com o facto de se ter resignado? Eu também não gosto muito da Federação, mas tenho uma vantagem em relação ao Miguel: nunca mamei em nenhuma das tetas da FAP! Mas não é por isso que deixo de trabalhar para o andebol. A única motivação que o Miguel conhece é o dinheiro? Ó Homem deixe-se de teorias e apareça no terreno a trabalhar, que eu junto-me a si, até lá é só teorias e eu desses estou cheio!

Anónimo disse...

Seis meses em atraso! Mas os clubes sao obrigados a pagar a tempo e a horas ou entao sao lançados para fora das competiçoes.Este ano ate temos que pagar logo á cabeça. Se pagarem a tempo(todo o final do mes)se calhar tinhamos mais e melhores arbitragens,porque de certeza haveria muito mais arbitros , mais concorrencia e qualidade,os clubes só tinham a ganhar.

Anónimo disse...

A reflexão do Prof é excelente. O problema nos clubes é gente sem preparação para dirigir organizações desportivas misturada com muita incompetencia e qb de vaidade.

Anónimo disse...

Confirmo que os arbitos estão a receber com seis meses de atraso.
Enquanto isso os cartões de créditos(ilimitado) dos senhores membros dirigentes da FPA são pagos a tempo e horas.
Para quando um comentário da FPA sobre os graves acontecimentos com a seleção de sub 18 no Europeu??
Actos de indisciplina, jogadores bébados e jogadores explusos antes de terminar o torneiro parecem ser coisas menores para os senhores dirigentes.
È preciso que todos os participantes neste blog não deixem morrer este assunto

Anónimo disse...

Arbitros Internacionais e Jovens assinaram contrato com a FAP e irão receber 500,00 € mensais.

O que dirão e farão os restantes árbitros (a grande maioria), aqueles que têm de pagar de financiar o andebol e só recebem passados larguissimos meses? Será que vão continuar a arbitrar? Irão ser coniventes com estas desigualdades?

Qual o papel da APAOMA nesta questão? Não estará na hora de responsabilizar os amigos do Conselho de Arbitragem por aquilo que andam a fazer?

E o Sr. Ferrão que tanto apreguou na altura das eleições da APAOMA, que dizia que ia tratar todos os árbitros por igual; que a APAOMA só defendia alguns e renegava outros; Agora que chegou a vice da direcção que tem a faca e o queijo na mão, ou seja, tem o poder de decidir, o que faz?

Tenho nojo de verificar que esta discriminação por parte da FAP tenha partido de uma Direcção na qual se inclui um ex-arbitro, o Sr. Fernando Ferrão.

Tenho vergonha que outros ex-árbitros que fazem parte do CA (Goulão, João Costa, Manuel da Conceição, José Ribeiro, Armando Pinho) sejam coniventes com tal situação.

O que interessa a esta gente é o tacho. Eles não estão preocupados com os árbitros, querem é andar a pavonear-se e de preferencia no estrangeiro.

Para mim chega de sacrificios! Os membros do CA e o Ferrão que arbitrem os jogos com os árbitros privilegiados.

Para a FAP na arbitragem há os filhos e os filhos da .... Eu estou cansado de ser o filho da ....

Trinca está na hora de juntar os "árbitros" e dar um murro na mesa.

Anónimo disse...

Esta descriminação dos árbitros é uma justificação técnica ou administrativa, mas entendo agora porque alguém convidado para entrar neste golpe estrutural não aceitou, avisou os responsáveis do acto que ia tomar levianamente e, ficou mais uma vez no local de trabalho de consciência tranquila, mas no meio de tudo isto há uns ou umas oportunistas que o que querem é estar no barco, mesmo que estraguem a imagem da modalidade ou se prostituam…. Esperando que ninguém manje!!!!
FS

Pedro Cacho disse...

Como a única motivação do prof Miguel é o dinheiro, gostava de saber quem lhe terá pago o trabalho apresentado no seu blog, onde se inclui este artigo de opinião? Talvez o anónimo de 01 Set-20:50 me possa informar!? Prezo muito o facto do dito anónimo continuar a trabalhar no campo em prol do andebol sem precisar da dita "mama". É cá dos meus! No entanto eu li com atenção os textos do prof Miguel e concordei em partes porque conheço os factos aí mencionados e noutras partes, não estando a par dos assuntos, concordei com o raciocínio. Para mim seria igual, mesmo se o autor fosse o maior inimigo do andebol. O importante é o conteúdo do texto, sobretudo o da 1ª parte. Conhecendo pessoalmente o prof Miguel e parte da sua obra, não me revejo minimamente nas críticas que lhe fazem. Como a maioria dos bons profissionais, ele como eu, não me desculpo com os defeitos do patrão, para deixar de tentar fazer o melhor que estiver ao meu alcance. Nesse aspecto o prof Miguel produziu na FPA obra pioneira, que pelos vistos passou longe de muita gente do andebol, infelizmente. Definiu e publicou um modelo de jogo/formação nacional que tendo sido adoptado pela generalidade dos agentes da modalidade nos retiraria os amargos de boca que leio em vários lados (variação constante dos objectivos das selecções; selecção sénior a jogar como se fossemos suecos...). Elaborou ainda uma proposta detalhada de iniciação à modalidade, à luz das perspectivas mais modernas para os desportos colectivos. Claro que isto tudo pode não querer dizer nada, para quem pensa que a única coisa que interessa é o trabalho de campo. Os que pensam deste modo, acabam por ver o seu trabalho altamente prejudicado por aqueles que sendo os teóricos, são os que tomam as decisões. Eu tendo que escolher uma teoria para me dar bem, escolho a do prof Miguel. A teoria dele parece-me que me vai ajudar - a da FAP não!

Anónimo disse...

Então mas tu estás convencido que o Trinca quer ser filho da ....?
Ná não te metas nessa.
Mas tambem te digo, o gajo que aprendeu a viver à sombra do Eanes, primeiro que tudo deu-lhe a volta.
Quando havia LIGA comprou-o com uns joguitos à sombra do QUIM.
Depois montou a tramoia do Sindicato dos árbitros mais o advogado que vive às deixas do futebol.
E depois tirou o tapete a todos.
Mas anda aì mais gente enganada.
Isto só lá vai como o Janios Quadro ( à vassourada)
São tantas as compras e as vendas ( o preço já chegou à cotação de "Um abraço em publico") que o limiar da mentira e da verdade estão sobrepostos.
Agora só respondo a provocações quando a comissão de serviço na estranga acabar e a promoção vier.
Depois eu conto mais, mas não digam que já sabiam, se não eu digo uma asneira.
ADC

Anónimo disse...

caro anonimo de 1 de Setembro das 20:00 horas...de onde é que conhece o Prof. Miguel Ribeiro e o seu trabalho?
Anda nisto à pouco tempo aposto!tenro...ou outra coisa pior??
a 2ª hipotese é a mais credivel