Dando continuidade a analise publicada na semana anterior, hoje efectua-se nova publicação. Será de todo o interesse referir, que estes textos reflectem a opinião dos autores, e pretendem ser efectuadas com um princípio de equidade, sem pretender de qualquer forma defender, atacar ou promover qualquer clube ou atleta.
A.A. ÁGUAS SANTAS
Num ano em que aumentou o investimento dando sinais de ambição que vão rareando no actual contexto nacional, o Águas Santas terá alcançado todos os objectivos a que se propôs (melhor só se conseguisse a presença na Final Four da Taça de Portugal, mas numa competição deste género a sorte dos sorteios dita muitas vezes eliminações precoces de equipas que poderiam chegar longe). A presença na Supertaça – reservada para os 6 primeiros classificados ao final da primeira volta – bem como o acesso à Fase Final do campeonato terão preenchido as expectativas. Foi uma excelente resposta da equipa e do técnico à aposta de algum risco da direcção, deixando a ideia de que com coerência e critério poderão reforçar o plantel e repensar objectivos. Para já, o apuramento para uma competição europeia – Taça Challenge – competição onde as pequenas equipas portuguesas podem conseguir feitos interessantes (recorde-se a presença do Xico na meia final em 2009-10) apesar de também ser um teste aos limites da equipa tanto a nível de jogo como de capacidade orçamental.
Voltando ao desempenho na presente temporada, o Águas Santas conseguiu construir uma equipa que, não tendo muitas soluções, se apresentava munida de atletas de valor e com bastante experiencia. Joel Rodrigues e Pedro Cruz contam com passagens pelo Sporting, Eduardo Salgado e Jorge Sousa fazem parte das opções da Selecção, António Campos, Marco Sousa, Eduardo Ferreira, Jorge Carvalho, Juan Couto ou Nuno Pimenta são atletas com muitos anos de 1ª Divisão a níveis bastante razoáveis pelo que o Águas Santas ancorava as suas expectativas numa sólida base.
Faltaria saber se Jorge Borges, sem grande passado nos principais palcos, conseguiria tirar partido da matéria colocada à disposição. Entrado a meio da época passada com a saída de Paulo Queirós Faria, foi mostrando desde logo um trabalho no sentido de tornar a equipa mais coesa e organizada – um pouco à imagem do ABC, clube de proveniência do técnico. Para este ano, com a chegada de Jorge Sousa, Marco Sousa e António Campos a equipa reforçou pontos-chave que se encontravam “descobertos”, e desde cedo mostrou ser um competidor a ter em conta. Sem grandes oscilações de forma, o Águas Santas foi ainda conseguindo algumas surpresas (venceu o Benfica por 2 vezes e ainda na Fase Regular bateu o Sporting). O apuramento para a Fase Final, discutido com Belenenses e SC Horta sorriu aos maiatos que conseguiram ser mais consistentes e perder menos pontos em jogos com as equipas “do seu campeonato” e ainda roubou alguns aos grandes.
A Fase Final terá sido encarada com pouca ambição. Lá chegados, os atletas saberiam que dificilmente conseguiriam outra classificação que não 6º e apesar de terem começado relativamente bem (empate com Madeira SAD e vitória com Benfica) os restantes 8 jogos contaram-se por derrotas, sinal de algum conformismo.
Cremos que para a próxima temporada o Águas Santas terá de procurar equilibrar o plantel com novas soluções, principalmente na 1ª linha e, caso haja capacidade, encontrar um pivot de melhor rendimento ofensivo. Para já sabe-se que com as saídas de Alexandre Teixeira e Jorge Carvalho o clube terá de procurar um guarda-redes que possa substituir competentemente António Campos em caso de necessidade e de um lateral direito que possa ser visto como solução de futuro. Aliás, julgamos que a tendência deve ser mesmo para que as entradas sejam preferencialmente jovens dado que um dos aspectos negativos do actual plantel será a falta de juventude com capacidade para crescer e constituir alternativas viáveis aos titulares.
Balanço: Época claramente positiva de um clube que cumpriu praticamente todos os objectivos, que passavam principalmente por chegar ao Grupo A no campeonato, marcar presença na Supertaça e chegar à Final Four da Taça de Portugal. Falhou este último, mas sabe-se ser sempre um feito difícil atingir uma fase tão avançada desta competição ainda mais agora que o sorteio “protege” os clubes da 1ª Divisão.
C. F. "Os BELENENSES"
A época começou a ser preparada tarde e de forma vacilante dada a instabilidade directiva vivida no seio do clube, só a disponibilidade de um grupo de adeptos (já responsáveis pela formação), sem intervenção directa da direcção permitiu a participação da equipa sénior no campeonato. Sem milhões juntaram-se os tostões numa casa que se vinha habituando a viver com poucos recursos mas a manter um nível exibicional elevadíssimo, sendo nas épocas anteriores, sob o comando de João Florêncio, um dos principais rivais do tri-campeão FC Porto.
Luís Monteiro, técnico com passado recente ao serviço de Setúbal e Selecções Nacionais jovens, é reconhecidamente um homem de trabalho de campo e mais uma vez mostrou que consegue fazer crescer uma equipa mesmo começando tarde, com um plantel que mistura veteranos como Bacalhau ou Matias, com bastante juventude. A equipa é semelhante à do época anterior mas duas únicas baixas desvirtuaram completamente o valor do plantel: António Campos e Nélson Pina eram dois dos esteios do Belenenses do passado recente e ainda que a saída de Pina Possa ter sido minimizada, António Campos fazia a diferença e os jovens André Vilhena e José Lopes não conseguiram regularmente exibições de monta.
Fica como sinal positivo o crescimento que a equipa mostrou ao longo da época, vindo a terminar a Fase Regular ainda na discussão com Águas Santas por uma vaga no Grupo A. A manutenção da base da equipa com alguns acréscimos à medida da bolsa poderão trazer um Belenenses com aspirações renovadas na próxima época.
Balanço: Sem se poder considerar de forma alguma um sucesso, a presente época terá sido um período de transição e habituação dos novos responsáveis à realidade de um plantel sénior na 1ª Divisão. No campeonato disputou com o SC Horta o 7º lugar ainda que se tenha ficado pelo 8º posto, após ter falhado o grande objectivo que seria a presença na Fase Final. O não apuramento para a Supertaça explica-se em virtude das dificuldades iniciais pelas quais o clube passou e que condicionaram a 1ª volta. A presença na Final Four da Taça de Portugal foi a coroa de glória, ainda para mais quando implicou o afastamento do Sporting nos quartos-de-final.
Grupo de Analistas
13 comentários:
O treinador Jorge Borges substituiu na época passada o prof. Paulo Queoróz e não Paulo Faria como faz referência na notícia.
Missão cumprida: Não percebem nada de Andebol
Missão cumprida: Não percebem nada de Andebol
Oração comprida: não pescam uma!
E espero que o Jorge Borges (Joca) se mantenha ... e comece a olhar para baixo. Há que por a formaçºao na ordem!
As equipas em análise Agusas Sants e Belenenses fizeram o primeiro(AAAS) ida a Fase Final Grupo A, e o beleenenses falhou a fase final(num modelo mais racional, a fase final seria de 8 equipas em 2 grupos de 4 e por fim cruzamento dos 2 primeiros de cada brupo para atribuição do titulo, neste modelo de competição ficaria mais defendido clubes com tradições na modalidade e justificar mais investimento na próxima época.
Contas de outro rosário...
O que ressalta destes 2 Clubes a qualidade de treino e liderância dos Treinadores José Borges e Luis Monteiro, a dedicação e competência da retaguarda administrativa que garante a época com regularidade.
Analise dos responsaveis equilibrada e acertiva.
ADC
uma boa época do Águas Santas, mas com bastantes contrariedades.
Nos jornais quando Jorge Borges renova pelo Águas Santas, vem a dizer que é um treinador que aposta na formação do clube... onde esteve essa aposta?
Fora isso, uma enorme época para o Águas Santas, que com um orçamento bastante inferior às outras equipas, conseguiu montar uma equipa ambiciosa e que deu bastante trabalho aos ditos grandes.
ja vira as gafes que o Sr Tinoco fez na noticia que está no Portal da FAP sobre o Next 21.
Vejam la as gafes numa mesma noticia.
ABC de Brag pardeu
depois de ao intervlao
em~Mangualde, o Sportin g goleou
agrado da sâmara a que preside.
Sr. Tinoco deve beber menos quando está em serviço. que banhada
O A. Santas, a exemplo do ABC praticou o pior andebol do nacional. Quer uma quer outra equipa afastam espectadores dos recintos desportivos!
Tecnicos destes deviam ser enviados para reciclagem!
Existem varios treinadores que tem como referência a Escola Soviética de Alex.Donner e deste modo o jogo das suas equipas saiem treinado e repetido até exaustão e pouco criatividade a não ser aquela que os jogadores assumem em determinados momentos do jogo.
Treinadores nacionais:
Jorge Rito ABC
José Borges AAAS
Ricardo Tavares S.Bernardo
Sr. João Aguas Santas quando diz que " ha que por a formação na ordem" tem toda a razão.
Ao que julgo saber o Aguas tem um cordenador geral da formação, Juan Couto, mas só se for para receber algum complemento de ordenado porque ninguém lhe pôe a vista em cima, nem nos treinos das equipas jovens e muito menos nos jogos.
Esta época não assistiu a nenhum jogo da equipa de Juvenis, nem os disputados em casa. Então qual é a função do senhor?
A função do Sr.Juan Couto não tem nada que ser discutida aqui muito menos por pessoas que usam o anonimato permitido pelos blogues para criticar tudo e todos e sendo elas pessoas que nunca fizeram nada pelos clubes ou pela modalidade por isso deixo aqui um sincero pedido comentem andebol não coisas sobre as quais não tem informação nenhuma.
No comentário em causa não leio qualquer crítica, apenas uma constatação, que não foi desmentida.
Parece-me de fácil compreensão, alias no comentário das 14:19 apenas existe um exercicio de adivinhação.
Já agora o administrador do blogue também permitiu o seu comentário igualmente na qualidade de anónimo.
Treinar e coordenar todo andebol exige tempo e dedicação. Eu conheci um sr. chamado João Florêncio que praticava isto no Belenenses há uns anos não muitos.
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