Crónica de Fim-de-semana – 32 – 2015 / 2016 – I

Crónica de fim-de-semana relativa à PO01 e dedicada desta vez apenas aos jogos do Play OFF (Grupo “A”), devido ao facto de os jogos do chamado Grupo “B”, apenas se iniciarem no próximo dia 27-02-16. 

PO01 – Campeonato Nacional da 1.ª Divisão Seniores Masculinos. 

Grupo “A” - Play OFF – 1/4 Final

1ª Jogo

19-02-16
AA Avanca 24 – 30 FC Porto
Dia 20-02-16
Passos Manuel 28 – 36 ABC
Madeira SAD 25 – 26 Benfica
Dia 21-02-16
Águas Santas 24 – 27 Sporting

Aproveitamos esta crónica, para salientar a decisão da Federação em estabelecer um (1) minuto de silencia, mais do que justo e merecido em memória de Mircea Costache, recentemente falecido.

Prova com a sua Fase Final Grupo “A” (discussão para o titulo e definição de participações nas diversas provas da EHF), disputada em sistema de Play OFF, que na nossa opinião é o mais favorável a uma implementação da modalidade e a um acréscimo no entusiasmo, devido á sua forma competitiva. Mas que deverá merecer por parte do quem de direito, uma atenção redobrada nas nomeações das duplas de arbitragem para os diversos jogos, (evitando que aconteçam factos como os da última época). Em relação a este 1.º jogo, e igualmente na nossa opinião, segundo o que nos é dado a constatar, não foram seguidos alguns critérios de segurança, pois por exemplo é incompreensível, uma dupla fazer dois jogos, na mesma jornada. Um facto positivo se deve salientar, nestes 1.º’s jogos dos 1/4 Final, foi o facto de não existir uma única ocorrência disciplinar registada.
 
Esta época a jornada começou com o jogo antecipado AA Avanca / FC Porto, que terminou com a vitória do FC Porto

Atualização II

 

Águas Santas 24 – 27 Sporting

Jogo disputado no Pavilhão do Águas Santas, que se encontrava bem emoldurado de público entusiasta, e era considerado um dos mais importantes da jornada, começou melhor a equipa visitada, que chegou ao 2-0, para depois permitir, que a equipa do Sporting, estivesse mais assertiva no ataque, e rapidamente passou para a frente do marcador, para aos 21 minutos, vencer com o maior diferencial registado durante os 60 minutos, seis (6) golos, quando vencia por 11-5, mas uma profunda alteração na forma de defender da equipa maiata, provocou alguma confusão no ataque da quipá do Sporting, que permitiu, que o Águas Santas, recuperasse e chegasse ao intervalo a perder apenas por um diferencial de dois (2) golos 12-10. Este escasso resultado era fruto da supremacia das defesas sobre os ataques, e da excelência que os dois guarda-redes tiveram, Telmo Ferreira (35% de eficácia), do Águas Santas, e de Aljosa Cudic (48% de eficácia). No segundo tempo a equipa maiata, que começa bem, iguala o marcador a 12 e a 13 cercados 33 e dos 35 minutos de jogo, aproveitando bem as superioridades numéricas de que beneficiou, aproveita-se a ocasião, para dizer que o Sporting, esteve, pelo menos duas (2) vezes a jogar com apenas 4 jogadores de campo, aos 22 minutos, e aos 38 minutos. Durante o resto do tempo no segundo período uma atuação das melhores que lhe vimos fazer esta época Carlos Carneiro (7 golos e 70% de eficácia), foi resolvendo os problemas, colocando a sua inteligência ao serviço do coletivo, e após se verificar a última igualdade aos 40 minutos a 15 golos, o Sporting, assumiu o comando do marcador, até ao apito final, variando a sua superioridade entre os 2 e os 5 golos de vantagem. No Águas Santas, apesar do forcing final, com uma marcação em todo o campo, que lhe rendeu alguns golos por interceção ou falta técnica dos adversários, e onde Pedro Cruz (9 golos, e 53% de eficácia) se assumiu, como o líder da equipa, mas juntamente com Hugo Rosário (2 golos e 25% de eficácia), estiveram mais preocupados em provocar a exclusão dos adversários do que em jogarem para a equipa, onde o jovem Luis Frade (3 golos, e 75% de eficácia), foi em nossa opinião dos melhores elementos. No Sporting, Fábio Magalhães (3 golos, e 43% de eficácia), esteve como de costume, ausente do jogo, enquanto Pedro Solha (7 golos e 88% de eficácia) e Frankis Caros (6 golos, e 60% de eficácia), estiveram bem acima dos restantes elementos da equipa. Dirigiu o encontro a inexperiente dupla bracarense constituída por Diogo Teixeira e Fernando Costa, que foram uma pura demonstração da falta de critério nas nomeações para estes encontros, o grau de dificuldade do jogo, não permitia, que se fizesse uma nomeação de uma dupla que demonstrou, falta de experiência, sem critério disciplinar, sem critério no jogo passivo, sem critério, na lei da vantagem, e na falta do atacante, estando apenas bem, nos livre de 7 metros, o que é muito pouco, para um jogo desta natureza.

Atualização I

No Pavilhão do Funchal, disputou-se um dos jogos mais esperado dessa série de jogos dos 1/4 Final do Play OFF, com uma excelente assistência. Convém aqui informarmos de que a estatística deste encontro, não nos merece qualquer confiança, pois por duas vezes ficou parada, aos 23 minutos de jogo e aos 45, sendo posteriormente preenchida de forma aleatória e não coincidente com o Boletim de jogo, por exemplo. Este foi um encontro de algum equilíbrio em especial no primeiro tempo, onde o Madeira SAD, chegou a estar na frente do marcador por 10-8, aos 20 minutos de jogo, mas ao sofrer um parcial de 5-0, permitiu que o Benfica, assumisse o comando do marcador, por 13-10, para se registar uma nova reação dos madeirenses, que terminaram á primeira parte a perder pela diferença mínima 14-13. (a estatística dava uma igualdade a 13 golos). No segundo tempo, uma boa entrada do Benfica, leva a que esta equipa. Rapidamente estabeleça uma diferença de quatro (4) golos, quando fica a vencer pro 18-14, aos 36 minutos, diferença que manteve até aos 40 minutos (20-16), para depois permitir a recuperação dos madeirenses, que igualam o marcador aos 50 e aos 54 minutos, respetivamente a 22 golos e a 23, a partir deste momento o Benfica assume o comando do jogo e do marcador, até ao final. Cláudio Pedroso com 7 golos foi o melhor marcador da equipa do Madeira SAD, enquanto Javier Borragan com 8 golos, e João Pais, com 7 golos, foram os melhores marcadores do Benfica. Como nota final os quatro (4) livres de sete metros não concretizados pelos madeirenses. 

Passos Manuel 28 – 36 ABC 

No Pavilhão da Quinta Marrocos, com uma excelente moldura humana, e cheio de juventude, disputou-se o Passos Manuel / ABC, e foi um jogo, onde apenas existiu equilíbrio nos primeiros 10 minutos de jogo, já com o ABC na frente do marcador por 7-6, para a partir daqui, e com duas equipas a fazerem da rapidez de execução a sua principal arma, assistimos a um bom jogo de andebol, sem quezílias, e cheio de respeito pela integridade física dos atletas. As equipas a usarem defesa abertas, que são mais exigentes em termos físicos, mas que proporcionam grande espetacularidade, e com o ABC, recheado de bons executantes dos quais se destaque Pedro Seabra Marques (9 golos e 82% de eficácia), a jogar, fazer jogar e a marcar, bem acompanhado por Hugo Rocha (5 golos, e 100% de eficácia), que não é só defensor como muita boa gente queria fazer crer que era, a jogar muito bem, quer na defesa quer no ataque, não se notando a ausência de Pesqueira (lesionado), rapidamente começou a construir o resultado e a estabelecer a diferença que ao intervalo já se situava em cinco (5) golos (20-15, a favor do ABC). O Passos Manuel, que começou bem o jogo, aceitando a toada de resposta imediata, que o adversário proporcionou, foi perdendo “gás”, e não tinha na baliza um Humberto Gomes (44% de eficácia), que lançava contra ataques, atrás de contra ataques, mas tinha um Ricardo Barrão (5 golos, e 83% de eficácia) a atuar ao seu melhor nível, a jogar e a fazer jogar, já que Pedro Sequeira (4 golos, e 33% de eficácia), não estava nos seus dias, mostrando grande precipitação no momento de decisão, ao contrário de Gonçalo Ribeiro que com 9 golos (59% de eficácia), se estava a mostrar bem mais capaz. O resultado que chegou a registar uma diferença de 10 golos a favor dos bracarenses aos 54 minutos, mesmo com a equipa do ABC, já em gestão do plantel, e com o Passos Manuel a dar mostras de quebra física, a partir dos 50 minutos. Dirigiu o encontro, que se não apresentou qualquer dificuldade, face como já dissemos ao excelente comportamento disciplinar de ambas as equipas, a dupla lisboeta, composta por Tiago Monteiro e António Trinca, que tiveram uma prestação coerente e bastante positiva.

AA Avanca 24 – 30 FC Porto

Jogo disputado no Pavilhão Comendador Adelino Costa, com uma excelente assistência e que deu certamente o seu tempo por bem entregue, pois foi um jogo de andebol, recheado de bons momentos, praticado por alguns excelentes executantes., dos quais destacamos de imediato o guarda-redes Hugo Laurentino (22% de eficácia), no FC Porto, e que foi decisivo em alguns momentos do encontro e de Luís Silva (33% de eficácia), que defendeu a baliza da AA Avanca nos segundos 30 minutos. O Resultado final, não reflete as dificuldades sentidas pela equipa do FC Porto, apesar do seu técnico, ter feita uma completa gestão do plantel, mas apenas nos minutos finais. AA Avanca, que teve uma “branca”, entre os 16 e os 22 minutos, quando sofreu um parcial de 5-0, passando do 8-7 a seu favor, para 12-8, a favor do FC Porto, e na nossa opinião o encontro ficou decidido neste momento, onde a AA Avanca, se mostrou displicente e desconcentrada no ataque, com remates precipitados e ataques extremamente curtos, que perante um “muro” defensivo como é o do FC Porto, produzem sempre maus resultados, e desta forma o intervalo chegou com o FC Porto a vencer por 16-11. Nos segundos 30 minutos, o jogo continuo bastante equilibrado, para surpresa de muita gente, embora o FC Porto, com uma defesa mais agressiva, e mais avançada, tenha chegado aos 7 golos de diferença cercados 39 minutos (22-15), com a AA Avanca, sempre a reagir muito positivamente em especial o Pedro Valdez (4 golos, e 50% de eficácia)), e Victor Alvarez (3 golos, e 75% de eficácia), e o jovem Miguel Batista (4 golos, e 50% de eficácia)), que esteve muito bem em remates da 1.ª linha. No FC Porto, vimos um Rui Silva (6 golos, 75% de eficácia), a jogar como á muito não se via, bem acompanhado por Yoel Morales (6 golos, e 86% de eficácia)), e por Daymaro Salina (4 golos, e 80% de eficácia), sem esquecermos o motor da equipa Gilberto Duarte (4 golos, e 50% de eficácia). Apenas como curiosidade diga-se que nos primeiros 30 minutos se verificaram 8 exclusões no total, 4, para cada equipa, para no segundo tempo apenas se terem registado exclusões para a equipa da AA Avanca, a equipa visitada teve o mérito de obrigar o FC Porto, grande favorito do jogo e da prova, a ter que utilizar os eus principais atletas durante o máximo de tempo, até garantir que o resultado estava definitivamente construído. Dirigiu o encontro a dupla de Lisboa constituída por Tiago Monteiro e António Trinca, que estiveram bem melhor do que se esperava, e produziram, uma atuação bastante positiva.

O Banhadas Andebol