Crónica de Fim-de-semana – 15 – 2013 / 2014 – I

Esta jornada marca o inicia da 2.ª Volta da 1.ª Fase 

 

PO01 – Campeonato Nacional da 1.ª Divisão Seniores Masculinos.

 

12.ª Jornada
Avanca - FC Porto (adido 18-12-13)
Ismai 20 - 30 ABC
Madeira 25 - 28 SC Horta
AC Fafe 23 - 30 Benfica
Belenenses 21 - 22 Sporting
Passos Manuel 26 - 32 Águas Santas

 

Jornada que marca o início da segunda volta da 1.ª Fase da prova, e cujos resultados até ao momento, tem todos duas características em comum, ou seja confirmam-se os verificados na 1.ª Jornada e foram totalmente conseguidos pelas equipas na condição de visitantes. A jornada teve com um jogo adiado, o AA Avanca / FC Porto, devido á participação da equipa portista na Liga dos Campeões. Um jogo se destacava nesta jornada o clássico Belenenses / Sporting, que terminou com a vitória da equipa do Sporting. Na Maia disputou-se o Ismai / ABC, que foi um encontro onde a equipa visitante construiu o resultado nos primeiros 30 minutos (19-10). Nem a excelente exibição de Manuel Borges (56% de eficácia) na baliza do Ismai, evitou uma pesada derrota para a equipa da Maia, apenas atenuou o desequilíbrio que se estava a verificar, apesar dos 7 golos de José pedro Coelho (5 de livres de 7 metros (100%), pois a superioridade dos minhotos nunca esteve em dúvida, na equipa do ABC, que se apresenta muito homogénea, teve desta vez em João Paulo Pinto o seu melhor marcador com 7 golos, numa equipa onde Nuno Grilo (4 golos) e Pedro Marques (3 golos) juntamente com Hugo Rocha (4 golos) estiveram em bom plano. No dérbi insular disputado na Madeira, o Madeira SAD / SC Horta, voltou a verificar-se a vitória dos açorianos, embora o diferencial tenha sido menor, foi um encontro onde cada equipa teve os seus 30 minutos embora o SC Horta já tenha chegado ao intervalo a vencer por um diferencial que em principio o ponha a coberto de qualquer surpresa (18-13). Uma curiosidade se registou neste encontro que foi a eficácia dos seus guarda-redes foi praticamente a mesma (Luís Carvalho no Madeira SAD 44% e Paulo Contente no SC Horta 43%), até se verificou um grande equilíbrio. Nos madeirenses com João Mendes a não a ser tão preponderante como costuma ser, refletiu-se no próprio rendimento da equipa. Gonçalo Vieira e Luís Marques ambos com 4 golos foram os mais produtivos em termos globais para a equipa, enquanto no SC Horta Afonso Almeida com 7 golos não foi o melhor marcador da equipa mas o mais eficaz, pois o seu melhor marcador voltou a ser mais uma vez o “veterano” Yuriy Kostetskyy com 9 golos, não nos devendo esquecer da ação de Rui Barreto a jogar a assistir e a fazer jogar. Em Fafe disputou-se o AC Fafe / Benfica, onde face aos últimos resultados efetuados por ambas as equipas, se espera-se que o favoritismo do Benfica fosse mais acentuado, mas a equipa minhota, parece que apreendeu a lição e apresentou-se com outra disposição defensiva, e o Benfica por sua vez com o resultado que construiu até ao intervalo (vencia por 16-9), ganhou excesso de confiança, e ao fazer a total gestão do seu plantel, permitiu um equilíbrio que não esperava certamente. Neste encontro estranha-se a composição do banco do AC Fafe, com apenas um Oficial ao jogo, onde foi notória falta do seu habitual técnico Nuno Santos, será que esta ausência tem algum significado? No Fafe com Pedro Peneda longe dos seus dias, o destaque cabe a Cláudio Mota com os seus 7 golos, logo seguido de Marco de Sousa (4 golos), mas com um bom jogo não só a fazer jogar como a assistir. Nos encarnados Cláudio Pedroso (8 golos) e José Costa (7 golos), continuam em grande forma sendo em acompanhados pelo experiente Vicente Alamo. O Águas Santas na sua deslocação ao sul, mais propriamente dito ao recinto da Quinta de Marrocos onde disputou o Passos Manuel / Águas Santas, aplicou aos liceais praticamente aa mesma receita da primeira volta. Foi um jogo sem grande história pois a equipa da Maia, comandou quase sempre o jogo, não tendo tido grandes dificuldades no mesmo, apesar das diversas vezes em esteve em inferioridade numérica. No entanto nesta crónica terá ser destacado o rendimento de Pedro Sequeira do Passos Manuel que atinge números incríveis, pois além dos seus 7 golos, ainda fez 11 assistências e 2 ações defensivas, sendo muito bem acompanhado por Belone Moreira (6 golos). No Águas Santas, tivemos em dia sim os suspeitos do costume Pedro Cruz com 13 golos e Telmo Ferreira com 49% de eficácia na baliza, não nos devendo esquecer da ação de Nuno Roque com 7 golos foi outro dos elementos preponderantes na equipa. Após a conclusão destes jogos a classificação: 1.º Sporting e Benfica (32 pontos), 3.º FC Porto (31 Pontos – 1 jogo), 4.º ABC e Águas Santas (30 pontos), 6.º SC Horta (24 pontos), 7.º Belenenses (20 pontos), 8.º Madeira SAD (19), 9.º Passos Manuel (18 pontos), 10.º AC Fafe (17 pontos), 11.º Ismai (16 pontos), 12.º Avanca (15 pontos – 1 jogo).

 

Belenenses 21 – 22 Sporting

 

No Restelo disputou-se um dos grandes clássicos do andebol português, mas o pavilhão não apresentava a moldura humana, de um grande clássico e a equipa azul de Lisboa bem o merecia. Não foi um bom jogo de andebol, mas foi um excelente jogo em termos de competitividade e emoção, com a completa indefinição do resultado até aos momentos finais. Foi um encontro mais emotivo do que bem jogado (isto na nossa opinião). O Sporting iniciou a partida muito bem e aos 10 minutos de jogo vencia por 6-1, que foi a maior diferença de golos registada ao longo de todo o encontro, dizer que nesta altura já o técnico do Belenenses tinha pedido um time out (4 minutos), e jogo começa a ter novas características com a equipa do Restelo a ser mais agressiva e eficaz na sua defesa, até que aos 15 minutos de jogo temos um dos momentos mais decisivos do encontro com o guarda-redes do Belenenses a defender excelentemente um livre de 7 metros, mas a ficar lesionado e a obrigar á entrada do “veterano” Vasco Ribeiro, que esteve em grande plano. O Jogo começou a partir deste livre de 7 metros a ser completamente equilibrado, com o Belenenses a diminuir progressivamente a vantagem do Sporting, muito por culpa de Luís Nunes, que esteve simplesmente “mortífero”, sendo no final o melhor marcador do jogo com os seus 10 golos, com a curiosidade de a maior parte deles serem marcados de 1.ª Linha e com a o Sporting a nunca acertar na sua marcação. O Intervalo foi atingido com o Sporting ainda na frente do marcador (12-11). O Belenenses, não conseguia atingir a igualdade apesar das diversas ocasiões que teve, apenas o conseguindo pela 1.ªvez aos 45 minutos (17-17), a partir daqui por várias vezes esteve no comando, embora sempre pela diferença mínima com o Sporting a “correr atrás do prejuízo”. Os momentos finais do encontro são de verdadeira incógnita, aos 56 minutos com o resultado em 21-20 a favor da equipa do Belenenses, Pedro Solha que apenas jogou os minutos finais falha um livre de 7 metros, a cerca de 1 minuto do fim do jogo Pedro Portela (6 golos e melhor marcador da equipa), consegue a igualdade no marcador (21-21) numa ação de puro contra ataque, para logo de seguida ser Ricardo Correia que entretanto tinha entrado para a baliza do Sporting, a evitar a derrota da sua equipa e a proporcionar o inicio da jogada que origem ao livre de 7 metros que deu a vitória á equipa de verde e branco. Frankis Marzo (4 golos), foi desaparecendo ao longo do encontro, bem como Fábio Magalhães (4 golos) mas muitas precipitações no ataque em especial no momento do remate. Uma nota de positivismo para o jogo de Rui Silva do Sporting pelo que jogou e pelo que tentou que a mesma jogasse. Não poderíamos terminar sem uma palavra de apreço para Rui Silva dos azuis de Lisboa que foi um “moiro” de trabalho tanto a defender como a atacar. Finalizamos registando com agrado a evolução que a equipa do Belenenses tem vindo a ter desde o início da época. O encontro foi dirigido pela dupla internacional de Leiria composta por Daniel Martins e Roberto Martins (registe-se a curiosidade de o delegado ao jogo acompanhar esta dupla em dois jogos seguidos), que efetuaram um trabalho bem mais positivo do que o produzido no último encontro que lhes vimos, usaram um critério demasiado largo em termos da Sanção Progressiva e isso foi-lhes fatal em algumas ocasiões, continuam problemas no sancionamento das Faltas dos Atacantes e na aplicação da Lei da Vantagem, quanto ao critério dos Livres de 7 metros, estiveram mais equilibrados, e o assinalado nos momentos finais existe, na nossa opinião.

 

O Banhadas Andebol