Crónica de Fim-de-semana – 10 – 2014 / 2015 – I

Crónica sobre a PO01, que este fim-de-semana começou na 6.ª Feira. 

 

PO01 – Campeonato Nacional da 1.ª Divisão Seniores Masculinos. 

 

Resultados

 

9.ª Jornada
Dia 14-11-14
FC Porto 37 – 20 Xico Andebol
Dia 15-11-14
SC Horta 32 - 31 GC Santo Tirso
Madeira SAD 25 - 32 Sporting
ABC 37 - 29 Passos Manuel
Águas Santas 31 - 24 Belenenses
Ismai 24 - 33 Benfica 

Jornada cm um jogo antecipado, devida a participação das equipas portuguesas nas Competições Europeias, tentado desta forma manter uma plena normalidade competitiva. Assim o FC Porto / Xico Andebol disputou-se na sexta-feira, tendo terminado com a vitória do FC do Porto. Tivemos depois vários jogos mas sem surpresas. Na Maia disputaram-se dois encontros, e com a curiosidade de serem á mesma hora, em Águas Santas disputou o Águas Santas / Belenenses que terminou sem grandes sobressaltos com a vitória da equipa maiata. No outro jogo na Maia, defrontava-se a equipa sensação da última jornada o Ismai, com o Benfica, e diga-se em abono da verdade que durante 30 minutos os primeiros pairou no ar a sensação de que poderia haver nova sensação na jornada e com o mesmo protagonista o Ismai, pois o intervalo chegou com a equipa maiata a comandar o marcador por 14-12, depois de um forte equilíbrio verificado durante a primeira parte do encontro. O Benfica por sua vez apresentando bastante juventude no seu plantel e dando tempo de jogo a todos, registou substanciais melhorias no segundo período de jogo e partir do momento em que passou para o comando do marcador, cerca dos 35 minutos (17-16) marcou o ritmo do mesmo e foi progressivamente afastando-se do adversário que já não reagia, chegando-se ao resultado final com um diferencial de 9 golos, que não reflete as dificuldades que os encarnados sentiram, mas reflete mais o desnorte da equipa maiata a partir de determinado momento e com o avolumar do resultado. Na equipa do Ismai total destaque para o angolano Elias António com 8 golos e melhor marcador do encontro. Enquanto nos encarnados se deve destacar acima de tudo a equipa e a sua forma de estar e de praticar o andebol, com a curiosidade de apenas dois jogadores de campo não marcarem golos. Em Braga no Pavilhão Flávio Sá Leite, realizou-se o ABC / Passos Manuel, que foi um encontro onde apenas se registou equilíbrio até cerca dos oito (8) minutos de jogo, quando o resultado se encontrava numa igualdade a 5 golos, mas o Passos Manuel, parou no tempo e está cerca de 8 minutos sem marcar sofrendo um parcial de 4-0 (9-5), para depois estar novamente com uma “branca” no seu jogo atacante e esteve mais uma vez um longo período sem concretizar qualquer oportunidade (entre os 22 e os 29 minutos), permitindo que o resultado ao intervalo já fosse favorável aos minhotos por 18-11. Os Minhotos com uma defesa agressiva, mas sem ser violenta foi-se impondo naturalmente, levando a que o adversário cometesse demasiados erros em especial no seu ataque por vezes precipitado, e estivesse demasiado permissivo em termos defensivos. Depois com Humberto Gomes em dia sim (46% de eficácia) e Nuno Grilo 9 golos (90% d eficácia) a acertar com o remate, sendo bem acompanhado por João Paulo Pinto com 7 golos o ABC não sentiu qualquer dificuldade. No Passos Manuel nem os 13 golos de Belone Moreira (4 de 7 metros) e com uma eficácia de 76%, foram suficientes pois Pedro Sequeira (6 golos) esteve, com uma eficácia bem abaixo da sua normal produção (67% de eficácia), e até os seus guarda-redes estiveram bem abaixo do seu normal com uma eficácia, curiosamente igual mas baixa (16%), e referimo-nos a Miguel Espinha e Alexandre Moura. No Funchal disputou-se o Madeira SAD / Sporting, que era um jogo de alto risco para a equipa continental, e confirmou-se tudo ou quase tudo que se foi dizendo sobre as dificuldades que o Sporting iria sentir nesta sua deslocação, onde corria o sério risco de deixar os seus adversário mais diretos distanciarem ainda mais na classificação. O Sporting sabendo dos riscos que normalmente se corre quando se defrontam as equipas comandadas por Paulo Fidalgo, começou o jogo da melhor maneira possível, e aos 4 minutos já vencia por 4-0, obrigando o técnico da equipa madeirense a um Time-OUT, que estava certamente nas suas previsões para aquele momento do jogo, mesmo assim a equipa do Sporting comando o marcador e o jogo durante os 30 minutos iniciais, com diferenciais que foram variando entre os 3 golos (10-7) aos 15 minutos e os 6 (14-8) aos 23 minutos, atingindo o intervalo a vencer apenas por 3 golos de diferença (15-12). No segundo período de jogo o Madeira SAD, jogando com garra do costume e usando também as armas de que dispões e que não são muitas, chegou á igualdade aos 38 (17-17) e aos 41 (18-18), mas a partir daqui o Sporting com boa memória do que tinha feit0 na jornada anterior arrancou para uma exibição mais convincente, e foi estabelecendo diferenciais que lhe permitiam estar a coberto de qualquer surpresa, e assim aos 53 minutos já vencia por 25-21 e aos 58 minutos por 30-25, terminando por vencer talvez por diferencial exagerado para o andebol que jogou. No Sporting destaca-se as prestações dos seus guarda-redes ricardo Candeias (38% de eficácia) e Ricardo Correia (33% de eficácia) e Pedro Portela como melhor marcador da equipa com 7 golos (70% de eficácia) e Fábio Magalhães (5 golos) que esteve bem melhor no segundo período do que no primeiro. No madeira SAD total destaque para Nuno Silva (6 golos, 86% de eficácia) a jogar e a fazer jogar e ainda Sérgio Rola (86% de eficácia) com igual número de golos. A jornada terminou com um SC Horta / GC Santo Tirso, e a vitória dos insulares pela diferença mínima, num encontro onde os neo divisionários deram tudo o que tinham e o que não tinham, perdendo um jogo que esteve perfeitamente ao seu alcance, pois atingiram o intervalo a vencer por 16-14, viram no seu adversário Rui Barreto ser desqualificado cerca dos 45 minutos, chegaram nos primeiros 30 minuto a terem vantagens de 5 golos (9-4) aos 14 minutos, e apenas permitiram que os insulares assumissem pela primeira vez o comando do marcador aos 37 minutos (21-20), para a partir desse momento o o SC Horta o máximo que permitiu foram sempre igualdades no marcador a última das quais aos 50 minutos (26-26), para num dos momentos cruciais do jogo Mário Lourenço que foi um dos melhores elementos da sua equipa em campo falhar a execução de um livre de 7 metros que daria uma nova igualdade a 27 golos e aí na nossa opinião o SC Horta venceu o jogo, pois partir deste momento chegou ater vantagens de 4 golos (32-28) aos 57 minutos quando sofreu a exclusão de Tiago Rodrigues, o que permitiu á equipa tirsense um aproximar do marcador com o 31 golo a ser marcado sobre a hora. No SC Horta de destacar O “veterano” Inácio do Carmo com os seus 6 golos, e os reforços Raifer Noa igualmente com 6 golos e Juan Ruesga com 5 golos. Nos homens de Santo Tirso total destaque para os 8 golos obtidos por Mário Lourenço e Daniel Santos, que além de marcar, jogou fez jogar e assistiu, apesar de provavelmente em termos estatísticos ter uma eficácia não muito elevado porque rematou imensas vezes e com falhas. A classificação depois de disputada esta jornada ficou assim Ordenada: 1.º FC Porto (27 Pontos), 2.º Sporting (24 pontos), 3.º Benfica (23 pontos), 4.º ABC (22 pontos), 5.º SC Horta (18 pontos), 6.º Madeira SAD e Belenenses (17 pontos), 8.º Ismai e Águas Santas (16 pontos), 10.º Passos Manuel (15 pontos), 11.º Santo Tirso (11 pontos), 12.º Xico Andebol (10 pontos).

 

FC Porto 37 – 20 Xico Andebol 

 

Encontro disputado no Dragão Caixa, que se encontrava com um baixo número de espectadores para o que normalmente se verifica quando o FC Porto joga. Foi um encontro de sentido único com o FC Porto a dominar o encontro e o marcador durante os 60 minutos, de tal forma foi exercido este domínio que a equipa vimaranense apenas obteve o seu primeiro golo cerca dos 10 minutos de jogo, depois de ter sofrido um parcial de 8-0. O domínio portista nos 30 minutos iniciais foi de tal forma que se atingiu o intervalo com o resultado de 19-6, que é um fiel tradutor daquilo que se passou em campo. Um FC Porto com uma excelente defesa, que proporcionou um sem número de ataques rápidos e de contra ataques, e uma total ineficácia do Xico Andebol quer a defender quer a atacar perante a autêntica “muralha” defensiva que constitui o FC Porto, face aos dados antropométricos da maioria dos seus atletas, agora reforçados com mais um Internacional Brasileiro (Francisco Silva), que passa a constituir uma mais-valia não só defensiva como atacante na equipa do FC Porto. O Xico Andebol, com uma equipa muito mais jovem e onde o mais experiente é o pivot Gustavo Castro, que têm de jogar a Central, possuindo no entanto alguns jovens de real valia como o são o jovem João Santos (4 golos) e o também jovem guarda-redes Pedro Carvalho, que atuou no segundo período no lugar de Humberto Ferreira e que na nossa opinião esteve bastante bem, nesta equipa não nos devemos esquecer ainda da prestação de André Caldas (5 golos) em especial no segundo período do Jogo. No FC Porto de saudar o regresso á competição de João Ferraz, e a utilização dos mais jovens, hoje apenas três (Nuno Gonçalves, Hugo Santos e Miguel Martins), de referir que o jogo deu para tudo, completa gestão do plantel, falhas incríveis por precipitação no remate, e por vezes displicência, face ao avolumar do resultado. Na equipa portista apenas Hugo Santos, não concretizou qualquer oportunidade de golo, e Hugo Laurentino esteve fabuloso no primeiro tempo (na nossa opinião). Gilberto Duarte enquanto jogou (5 golos) e Daymaro Salina (5 golos) em especial no contra-ataque estiveram a nível superior, sendo muito bem acompanhados pelo ponta brasileiro Wesley Freitas (4 golos). Após este encontro a equipa do FC Porto, conta por vitórias todos os jogos disputados, e em sentido contrário o Xico Andebol, apenas te como resultado positivo uma igualdade, ainda não tendo averbada qualquer vitória. Dirigiu o encontro a dupla aveirense constituída por Rui Almeida e António Oliveira, que tiveram um jogo com todas as condições para terem uma arbitragem extremamente positiva, mas não estiveram nada bem em especial na Lei da Vantagem onde estiveram precipitados, na Falta do Atacante não fazendo uma distinção acertado do momento próprio do contacto, e foram demasiado protagonistas nas exclusões que fizeram, na nossa opinião sem critério. E, um conselho, devem ver o jogo para verificarem quando se deve sancionar o excesso de apoios dos atletas. 

Águas Santas 31 – 24 Belenenses 

Jogo totalmente dominado pela equipa maiata do Águas Santas, perante uma equipa do Belenenses que nos primeiros 30 minutos, demonstrou demasiado individualismo, sem soluções defensivas, nem atacantes cometendo erros e falhas técnicos em momento cruciais do encontro, permitindo ao Águas Santas, que se apresentou com alguns dos seus jovens jogadores construir um resultado, que ao intervalo já se cifrava num diferencial de 10 golos a favor da equipa visitada (18-8). O Belenenses sofre um parcial de 4-0 nos minutos iniciais e nunca mais se encontrou no jogo, e cerca dos 10 minutos de jogo já o marcador estava em 8-3 a favor dos maiatos, e apesar da desqualificação de Telmo Ferreira aos 18 minutos, João Moniz (30% de eficácia) esteve francamente bem na baliza maiata, contribuído pra o avolumar das falhas e das precipitações de remate que eram evidentes na equipa de Belém, que demonstrava uma completa ausência de “agressividade” nos seus processos defensivos. Perante tudo isto a equipa do Águas Santas foi construindo o resultado, que depois nos segundos 30 minutos e perante uma boa reação da equipa de Belém que apenas conseguiu que o resultado não se avoluma-se e com o “veterano” Vasco Ribeiro” a efetuar mais uma excelente partida (28% eficácia). Neste período surgiu um Rome Hebo (7 golos), mais eficaz e menos precipitado acabando por ser o melhor marcador da sua equipa, neste período a equipa lisboeta ainda chegou a reduzir até aos 6 golos de diferença (23-17) cerca dos 42 minutos, mas foi o máximo que conseguiu, perante um Águas Santas, onde os seus atletas face ao resultado que se iam verificando, pareceu-nos que se tornaram um pouco displicentes, abrandando nitidamente o ritmo de jogo. Como de costume Pedro Cruz com 11 golos foi não só o melhor marcador do encontro, como na nossa opinião o “motor” da sua equipa, sendo muito bem acompanhado por Juan Couto com 7 golos. O Jogo foi dirigido pela dupla IHF de Leiria, constituída por Ivan Caçador e Eurico Nicolau, que dirigiram o encontro, na nossa opinião de uma forma impecável, pena que não seja sempre assim em todos os jogos das nossas provas nacionais. 

O Banhadas Andebol