PORTUGAL VENCE AZERBAIJÃO NO SEIXAL
Portugal disputou o seu terceiro jogo no torneio de qualificação, depois de uma vitória e uma derrota, regressou às vitórias vencendo o Azerbaijão e ficando completamente dependente do resultado a obter na Turquia, e deste modo podermos ter acesso ao 1.º lugar do grupo e ao consequente apuramento para o Play Off.
Portugal 31 – 26 Azerbaijão
Num pavilhão onde apesar de entusiasmado esperávamos que o público esgotasse a lotação. Portugal venceu e bem a equipa do Azerbaijão, obtendo um resultado que talvez peque por escasso, pois apesar de o diferencial favorável às cores Nacionais ser apenas de 5 golos (Portugal tinha sido derrotado por 4 no Azerbaijão), registaram-se momentos do jogo onde a vantagem chegou a ser de 8 golos (29-21 cerca dos 52 minutos). Foi um encontro equilibrado até cerca dos 15 minutos, quando se verificava uma um diferencial favorável ao Azerbaijão de 8-7, a partir daqui e por força de uma excelente actuação da jovem guarda redes Isabel Góis, e da forma em que se encontra Vera Lopes, Portugal faz um parcial de 7-0, e cerca dos 25 minutos coloca o marcador em 14-8 a seu favor, nunca mais perdendo o comando do jogo, atingindo-se o intervalo nuns confortáveis 15-11. Portugal jogou apresentou-se com uma defesa agressiva e avançada, o que associado a actuação de Isabel Góis, lhe proporcionou concretizar inúmeras acções de contra ataque e ataque rápido, no entanto nunca encontrou soluções para o jogo interior da equipa do Azerbaijão a jogar sistematicamente para os 6 metros, e com Tankaskaya a sua melhor jogadora (na nossa opinião) a marcar 6 golos. O Azerbaijão também aproveitou e bem, as fragilidades defensivas de Portugal no seu lado direito. Portugal teve um ataque bem sistematizado e paciente em muitas ocasiões, efectuando concretizações para todos os “gostos”. A rotação das atletas efectuada pelo Seleccionador Nacional, permitiu que a equipa mantivesse alguma frescura física, apesar dos frequentes contactos com as atletas do Azerbaijão com um alto índice corporal. Na Selecção Nacional, além de Isabel Góis, e de Vera Lopes (5 golos), de destacar a excelente exibição de Ana Seabra (7 golos), toda ela feita de garra e de querer, e do trabalho da jovem Patrícia Rodrigues (3 golos) com promissor futuro na modalidade, que em diversos momentos jogo parecia uma veterana nestas andanças. No entanto o maior destaque na nossa opinião vai para o colectivo apresentado. A arbitragem da jovem dupla espanhola, constituída por Carlos L. Cabrejas e Ignacio P. Sanchez esteve na nossa opinião desequilibrado em termos disciplinares (Portugal foi o mais prejudicado) e transformou contactos que se davam fora da área de baliza em livres de 7 metros por violação.
Resultados
1.ª Jornada
Turquia 35 – 19 Azerbaijão
2.º Jornada
Portugal 38 – 36 Turquia
3.ª Jornada
Azerbaijão 27 – 23 Portugal
4º Jornada
Azerbaijão 26 – 30 Turquia
5.º Jornada
Dia 28-11-12
Portugal 31 – 26 Azerbaijão
Calendário
6.ªJornada
Dia 01-12-12
Turquia – Portugal
Apura-se para a disputa do Play Off, apenas o vencedor de cada Grupo.
Play Off a ser disputado em 01/02-06-13 e 08/08-06-13 (Não são permitidos os dois jogos no mesmo País).
O Noticias
12 comentários:
Portugal 31 Azerbaijão 26
Portugal disputou ontem o penúltimo jogo desta fase de apuramento para o play-off do Campeonato da europa a realizar na Sérvia em 2013. Perante um Pavilhão com uma assistência em número aquém do desejável mas que procurou sempre apoiar a equipa, mesmo quando esta não estava na liderança do marcador.
Apresentando uma equipa mais baixa e mais leve do que o adversário, Portugal surpreendeu, pela negativa, ao apresentar um sistema defensivo 5:1 com pouca profundidade. Com Ana Seabra como defesa avançada, procurou perturbar a ação da central adversária mas deixou espaço para a Lateral Esquerda, Ekaterina Peche, poder aplicar a sua meia distância. Entrando a perder, 1-4 nos cinco minutos iniciais Portugal soube não perder a cabeça e reagir bem aos acontecimentos do jogo.
Primeiro por ação de Vera Lopes e Ana Seabra que souberam manter o marcador sempre perto e depois pela intervenção do treinador João Florêncio através do pedido de Time Out perto dos quinze minutos, onde alterou o sistema defensivo, passando para um 4:2 com Vera e Seabra como defesas avançados. A experiencia e a capacidade destas duas jogadoras levou o Azerbaijão a passar por dificuldades na organização do ataque e também na finalização, onde surgiu Isabel Góis com um conjunto de intervenções que permitiram empatar a sete golos e depois passar para a frente chegando ao intervalo com 4 golos de vantagem, 15-11.
O início da segunda parte correspondeu a um bom período da defesa de Portugal. Conseguiram criar pressão sobre a primeira linha adversária, melhoraram nas relações de marcação ao Pivot e Isabel Góis voltou a dizer presente com intervenções de qualidade, principalmente sobre a Ponta Direita do Azerbaijão.
A meio da segunda parte Portugal vencia por 5 golos (23-18) e a treinadora adversária altera o seu 6:0 para um 5+1 com marcação à nossa central, Ana Seabra.
Portugal demora algumas posses de bola a acertar perante o novo cenário e João Florêncio volta a mostrar capacidade para ler o jogo e mexer. Faz entrar Cláudia Correia para explorar a sua capacidade de jogo 1x1, colocando Vera Lopes na Ponta Esquerda e fazendo reentrar Dulce Pina para Lateral Direito. Foi a vez de aparecer no jogo Cláudia Correia com dois golos e uma assistência colocando o resultado em 7 golos de vantagem (27-21). Daí até ao final Portugal conseguiu gerir o resultado, permitindo algumas aproximação quando em inferioridade numérica mas reagindo sempre bem a essas aproximações.
O melhor elogio que se pode fazer à equipa é a dificuldade em eleger a MVP do jogo. Portugal apresentou um colectivo muito forte, com uma grande rotatividade das jogadoras, o que permitiu manter sempre uma grande profundidade defensiva e a realização de contra ataques venenosos.
Isabel Góis esteve muito bem na baliza. Ana Seabra foi sempre uma voz de comando bem secundada por Vera Lopes e Renata Tavares. Dulce Pina mostrou que pode ajudar e muito no lugar de Lateral Direito. O banco português contribuiu com 7 golos e permitiu o descanso necessário ao sete inicial. Maria Pereira e Cláudia Correia mostraram que podemos contar com elas para acrescentar algo de diferente ao jogo português. Para o final deixo uma única referência à “criança” que jogou na Ponta direita. Patrícia Rodrigues foi sempre uma “adulta” no jogo. É impressionante ver o seu rosto de confiança quando marca e mais impressionante é ver esse mesmo rosto de confiança quando falha.
Resta-nos ir à Turquia, jogar o jogo como uma final, e como se diz tantas vezes, as finais não se fizeram para perder mas sim para ganhar.
Esperamos poder contar com todas as jogadoras disponíveis para esta deslocação, para que a equipa técnica possa alargar o seu leque de opções e explorar ao máximo as capacidades da nossa seleção.
AdC
Portugal apresentou uma defesa vergonhosa.
A jogar assim, a derrota na Turquia será pesada.
Parabens meninas! Parabens sr. Florencio!
Bem, alguém neste blog gosta MESMO MUITO da Isabel Góis! Teve bem, mas mantenham a calma!E discordo completamente com o comentário sobre a Patrícia. Dada a idade, até se safou bem, mas não comecem a pôr as "pitas" todas num altar...não vá o santo cair! Acho que, no geral, todas estiveram mais ou menos bem. Mas é preciso mais e melhor para ganhar na Turquia. E estes ainda não são adversários dificeis!!! Quando for mesmo a doer, aí é que se vai ver!!!
Parabens ao clube de Alcanena pondo duas meninas na seleção. Numa região onde se prefere torturar e matar animais em publico, é um exemplo. Uma delas tem idade de adolescente. Se ,e permitem vão ter que dar um geito a defender, pois ouve erros graves.
Ninguém está a colocar as "pitas" num altar. Se joga bem merece elogios, se joga mal, devem surgir crticas, mas criticas construtivas, para que ela perceba onde errou. A Patricia, não é perfeita, erra como todas as colegas de equipa, por vezes pode errar onde não devia, fruto da sua "falta de experiência", mas já se viu que a miuda apesar dos 15 anos, podia ser e é útil para a Selecção.
É bom que jogue ao mais alto nível, porque além de ter valor para isso, só assim é que pode aprender com os erros e poder evoluir ainda mais.
Tem um bom mentor na Selecção e as suas colegas são as mais indicadas para que possa trabalhar e evoluir e já todos dentro daquela Selecção sabem: a Patrícia nunca desiste e podem sempre contar com ela.
Vamos lá marias de potugal a defender fora da área que os árbitros podem não ser espanhóis. A Vera evoluiu e porquê? Porque foi pra España.
Achei curioso que, das visitas que o blogue "Andebol na TV" teve durante o jogo, 25% vieram do Azerbaijão, donde nunca tinha havido nenhuma visita. É que, lá, são mais 4 horas que cá, o que quer dizer que o jogo começou às 00:45 locais.
Não sei o factor "fuso horário" não terá tido influência, quer na prestação das nossas lá, quer das azeris aqui.
A Isabel esteve bem e já se nota o trabalho que é feito com as GR da Madeira Sad! E ela merece elogios, tal como toda a equipa, porque estiveram muito bem.
Li o Sr. AdC, que escreve: "João Florêncio volta a mostrar capacidade de ler o jogo e mexer". Foi uma pena que o Sr, João Florêncio não tenha estado presente no jogo de Azerbaijão, com essa capacidade de ler o jogo e mexer. Se ele pudesse ter ido (não foi pois não?) talvez Portugal tivesse ganho o jogo lá, perante uma seleção que estava cotada como a pior do grupo e é efetivamente. Ganhar os dois jogos era a nossa obrigação, perdemos um que não era de perder, por isso não venham com tretas de elevar ao alto alguém, que ganhou um jogo, porque perder era quase impossível. Vamos à Turquia, que também é terceiro mundo do andebol, onde deveríamos ir com uma vantagem confortável, que não foi possível porque o treinador (quem era?) não soube ler e mexer no jogo para segurar essa vantagem. Não é por virem os "lumieiros" à frente da caravana após o sorteio, dizer que a Turquia é a favorita que isso passa a ser verdade. Favoritos somos nós (como se provou cá), só que atribuindo este favoritismo a outros fica mais fácil justificar o insucesso.
Se nao passarmos este grupo, que é fácil, como podemos aspirar a mais? Nao se esqueçam que após este grupo ainda há o play-off e só depois se joga a sério. Se nós ficarmos pelo caminho bem podemos dizer que estamos na cauda, mas na parte do fundo desta!
A culpa é do Sr. Joao Florêncio? Nao. Mas nao endeusem quem ainda nada fez, nada provou na seleção!
Ao Anónimo de
29 de Novembro de 2012 20:00
Agradeço o tempo que dispensou em ler o que escrevi.
Eu limitei-me a constatar um facto que julgo o senhor também não contestou.
Não posso fazer juízos de valor sobre o que aconteceu no jogo no Azerbaijão pois não vi o jogo.
Estamos de acordo quando diz que deveríamos ganhar os dois jogos ao Azerbaijão, mas não concordamos quando diz que Portugal é favorito nos jogos com a Turquia, e neste próximo jogo ainda menos favoritos, pois jogamos lá.
A minha posição no Andebol nacional permite-me comentar sem ter que "endeusar" ninguém, contudo julgo que o Sr. João Florêncio já fez algumas coisas, foi por exemplo Campeão Nacional da 1ª Divisão Feminina. Isso não faz dele um Deus, mas julgo que merece algum respeito.
Conhecendo a realidade internacional e a nacional, aspirar a participar no Play-off é um objectivo que devemos procurar com afinco, jogar uma fase final é um desejo que podemos ter.
Envio-lhe um especial cumprimento a si e voto de um bom jogo para a selecção nacional na Turquia.
AdC
Eurico Nicolau e Ivan Caçador no Campeonato do Mundo em Espanha 2013
Parebéns a mais uma grande nomeação sem dúvida a melhor dupla em de Leiria de Portugal e arredores ...
O Zeca
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