Realizou-se ontem, 21 Outubro, mais um plenário do CND. Do que se passou naquela reunião, ressalva-se a intervenção de fundo do Presidente da LPA, conforme noticia o Jornal Record e que a seguir transcrevemos com devida vénia. Anda-se a discutir Clubes e Competições Profissionais em vez de se discutir o Profissionalismo, entre muitas questões subjacentes a que não se dá qualquer relevo, muito por falta de interesse, na maior parte das vezes, por parte das Federações.
Imagem do artigo no Jornal Record.
O Noticias
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10 comentários:
Só um dirigente lúcido como o Presidente da liga poderia defender os clubes como ele o fez, deveria servir de exemplo para alguns que conhecemos. Mas alguns só olham para o próprio umbigo.
Ao anónimo das 16:06 , deve ser muito amigo do Salvador da Pátria, se ele é assim tão bom porque não se candidata à FAP ou será que tem medo. Porque o que lá está , é para ficar. Ou será que apenas está a preparar o regresso do LS.
Comentário das 16.06: “…Só um dirigente lúcido como o Presidente da liga poderia defender os clubes como ele o fez…”
Eu diria antes: defender alguns clubes como ele o fez! Veio a terreno denunciar os três meses de salários em atraso do ISAVE empurrando estes para fora da carroça, mas ignorou, como foi transcrito esta semana nos jornais desportivos, os nove meses de salário em atraso do Belenenses da época passada, mais os sete meses de atraso do Madeira Sad. Dois pesos duas medidas! Nós sabemos que o Sr. Presidente da Liga defende bem alguns clubes, mas quem defende os atletas desta coisa que o Sr. Presidente lidera? Que exemplo pode o Sr. Presidente apresentar de objectivo no que diz respeito a uma organização profissional? É a organização que lidera? O exemplo chama-se LPA? Estamos conversados! Viagens de borla às ilhas? Mas os contribuintes são quem tem que pagar as viagens de atletas profissionais às ilhas? Às tantas sou eu que sou mesmo muito burro para não entender nada disto!
Parece-me que as observações são perfeitamente válidas, porém não podemos permitir que dos dinheiros "públicos" saia qualquer verba para sustentar o dito profissionalismo. Para isso servirão decerto os seus dirigentes. Outra coisa é o profissionalismo encaputado de outras equipas, noutras provas. Neste caso e perante a analise financeira que se fazem aos clubes, deverá igualmente ser avaliado o apoio estatal nestas deslocações. A FAP tem meios para avaliar esses dados e não pode fingir que não sabe. Tem responsabilidades para com todos os clubes e regiões.
Agora permitam-me uma observação, chamar a esta liga profissional é de facto muito presunçoso. Esta liga é uma mentira completa que envolve gente muito boa e outra que desde a 1ª hora se envolveu apenas para tirar dividendos. Tenho imensa pena do senhor seu presidente, porque o tenho como uma pessoa séria e empreendedora, mas que está completamente impotente perante a ratoeira para onde o empurraram.
Falam que apoia alguns clubes. Andam distraídos, então e o sr Presidente da FAP que sempre protegeu os seus clubes de Braga e o seu clube do coração de Lisboa. Descaradamente protege alguns clubes em funçao de amizades e ligações anteriores. Dá apoio de toda a ordem, estabelece protocolos mais do que duvidosos, permite o escândalo das selecções onde alguns técnicos e clubes indicam a seu belo prazer atletas aos srs selecionadores, etc, etc.
Abram os olhos e acompanhem os factos. Gostem ou não grande, grande e sério foi o sr. LUIS SANTOS
A história será contada um dia.
Atenção, segundo aquilo que sei o presidente da LPA, não defendeu que o estado pague as deslocações as ilhas , defendeu sim um principio de igualdade numa mesma prova , a Taça de Portugal, defendeu o problema das selecções nacionais em que os clubes pagam a Segurança Social e depois a FAP , utiliza os atletas não sei quantos dias ano , sem ressarcir os clubes um tostão, pois estes continuam a pagar a SS. Sendo o doping uma praga Nacional , porque será que nas provas ditas amadoras e com falsos amadores ou encapotados , o controle não é pago, mas se for nas provas ditas profissionais o mesmo é pago. Porque será que o Andebol dito profissional , tem de pagar mais SS do paga o Futebol e pagava o Basquet. São estes os princípios defendidos , não confundir , com o pretender que o erário público pague alguma coisa. Um bem haja a todos os adeptos da modalidade.
Para beneficiarem do estatuto das provas ditas "amadoras com falsos amadores" basta os clubes que estão na Liga dita profissional com falsos profissionais, descerem à terra e transformarem-se naquilo que realmente são, que é amadoras, com atletas amadores na sua maioria, certo? Tão simples, basta deixarem de andar a enganar e a enganarem-se que ainda é pior!
Há comentários encomendados, não tenho duvidas , desde os falsos amadores aos profissionais encapotados, isto é giro, só olham para o seu umbigo
Já vi tudo o que se quer é receber sem pagar impostos, nem segurança social e assim já estava tudo bem. Pois é assim que antigamente faziam, desde que seja assim pode haver liga pode haver tudo é preciso é que os atletas recebam e não declarem como é naqueles que não estão na Liga, deixem de ser ingénuos.
Meus caros se fartam de falar em ordenados em atraso , então nas outras que equipas que não estão na liga ninguém recebe nada, dá vontade de rir, mas mais estou em condicções de dizer que se não fosse a liga e associação de jogadores os elementos do Isave , não tinham recebido o dinheiro que receberam. È ridículo falar em atrasos, nos clubes quando a preocupação deveria ser o que passa a nível Nacional , por exemplo no Vale do Ave e em Barcelos, isso sim é uma vergonha Nacional
Porque já tive oportunidade de discutir esta questão com o António Salvador e, em múltiplas oportunidades a LPA, divulgou documentos suficientes e capazes de esclarecer a questão e, para evitar equívocos, deixem-me manifestar a seguinte opinião:
Podemos especular muito à volta deste tema, mas tudo se resume ao seguinte - Quem deve ter o estatuto de profissional são os atletas e não as provas.
Há atletas profissionais em todas as modalidades, cuja única actividade profissional é a desportiva, no entanto, como a prova em que participam não tem estatuto profissional não têm, por exemplo, que pagar segurança social.
Alguém duvida que a vice-campeã olímpica Vanessa Fernandes e o campeão olímpica Nelson Évora sejam profissionais?
Mas não. Não são, porque o atletismo é uma modalidade amadora.
Fará isto algum sentido?
Uma competição, seja em que desporto for, terá sempre vários tipos de atletas - os profissionais, os de formação, os estudantes/profissionais, etc
O que se passa actualmente é que o andebol, basquetebol e o futebol têm o estatuto profissional, pelo que todos têm obrigações/direitos de profissionais.
Senão vejamos, o basquetebol deixou de ter a prova profissional organizada pela LCB, e agora que acontece aos atletas? Deixam de ser profissionais, mesmo que os contratos de trabalho, situação profissional, empenho, dedicação, etc se mantenham iguais !!
Fará também isto algum sentido?
A questão do profissionalismo transcende as questões financeiras de capacidade ou não de organização de provas profissionais, ou da viabilidade ou não das ligas profissionais. É uma questão de sensatez, de justiça entre todos os atletas e entre todas as modalidades.
Por outro lado, tudo passa por se definir um estatuto do praticante desportivo, que recebe dinheiro, enquanto tal.
Assim, se evitariam vários equívocos.
Comecemos com as contribuições para a Segurança Social. É justo que um atleta profissional, seja sujeito às contribuições de 11% (individualmente) e de 17% (entidade patronal)? Porquê? Ele não utiliza o sistema; não tem baixas e não vai ao médico de família. E quanto à reforma? Não se esqueçam de que, quando o Estado, quis que o Futebol “abrisse as portas” e fosse “mais transparente”, deu a “benesse” de que essas contribuições incidissem apenas sobre os 20% do vencimento do profissional. Por outro lado, a definição do valor da reforma era então obtida, com fórmula mais favorável do que a actual. De facto, considerando toda a carreira contributiva, que benefícios teve o atleta do exercício de uma profissão muito especial, que apenas lhe permitiu o exercício da actividade durante um número reduzido de anos?
Mas claro, o andebol vive uma situação particular, ainda mais grave.
E isto porque, não existe qualquer motivo, de facto ou de direito, para que os atletas profissionais de andebol não sejam abrangidos pelo regime de Segurança Social dos jogadores profissionais de futebol e de basquetebol, a não ser o facto de, por ausência de actuação governamental quanto a esta matéria, ainda não ter sido emitida a respectiva portaria conjunta, dos Ministros da Presidência do Conselho de Ministros e do trabalho e da Segurança Social.
E esta situação, arrasta-se há mais de 5 anos e para além de ser altamente injusta e ilegal por violação do princípio da igualdade, é muito prejudicial e penalizante para os clubes e, fundamentalmente, para os jogadores profissionais de andebol.
Mas, a gravidade da situação e do prejuízo para o andebol não finda aqui.
A partir de Janeiro de 2007 as contribuições passaram a incidir sobre a totalidade e não apenas sobre os 20% do vencimento. Ou seja, a partir de então, as contribuições quintuplicaram. A ser assim, estaríamos perante uma “hecatombe”. Algo teria de ser feito e então, o Andebol teria a oportunidade de alcançar a paridade com o Futebol e o Basquetebol.
Mas qual é a prática que se verifica? Os Clubes e SAD’s daquelas modalidades continuam a descontar sobre 20% e, pasme-se, a administração pública, emite certificados de situação regularizada. O quê? Há uma situação de “cumplicidade” entre o Estado e aquelas modalidades? E, então, o Andebol?
E, é assim, que se vive no desporto em Portugal.
E o que o António Salvador diz, é que se vive no desporto, em Portugal, de forma falsa, ou seja, em falso amadorismo ou em falso profissionalismo. E assim sendo, é bem mais fácil remunerar atletas em espécie (até no futebol acontece) e em dinheiro contra a entrega de recibos verdes (ilicitamente, porque falamos, inequivocamente, de profissionais por conta de outrem).
Portanto, viva o falso amadorismo.
A isto acresce-se ainda que a promoção de uma modalidade é feita pelas Selecções Nacionais e pela Competição de topo dessa prova. Mas, quem tem de pagar os ordenados e até as contribuições para a Segurança Social, durante 60 dias, ou seja, 27% do tempo de um trabalhador normal, são os Clubes, entidades privadas, para que a causa pública seja promovida?
Já agora, a Taça de Portugal de Andebol da época passada, foi disputada em condições de falta de equidade entre as equipas participantes.
O ABC, o Águas Santas e o S. Bernardo não foram ainda ressarcidos das suas deslocações às Regiões Autónomas. Gravíssimo.
Já em Julho de 2007, antes do início de época, o Presidente da LPA se referiu ao assunto no Jornal Record. Terá até saído uma portaria que esclarecia que na mesma prova, não pode haver condições de participação diferentes. O que é verdade é que aqueles Clubes ainda não receberam.
E já agora, perante a tão falada grave situação do Belenenses, também apetece perguntar: quanto paga a SAD do CFB, ao Belenenses Clube, pela utilização das magníficas infra-estruturas? E ainda, com que premissas foi licenciado o bingo do CFB? E para onde vão as suas receitas?
Pois é, Srs. Conselheiros do CND, têm muito trabalho pela frente, se o quiserem fazer, com a honestidade intelectual que vos é exigível.
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