Crónica de Fim de Semana – 24 – 2012 / 2013 – I

A crónica deste fim de semana sobre a PO01, incide sobre os vários jogos que se realizaram para acerto de calendário, ficando em atraso apenas o jogo relativo à 17.ª Jornada entre o Xico Andebol e SC Horta. 

PO01 – Campeonato Nacional da 1.ª Divisão Seniores Masculinos.

 

1.ª Fase
14.ª Jornada
Sporting 38 - 25 Madeira SAD
18.ª Jornada
Avanca 24 - 24 Camões
Belenenses 17 - 32 FC Porto
SC Horta 21 - 32 Benfica

 

A grande surpresa dos jogos realizados este fim de semana esteve em Avanca, no AA Avanca / CDE Camões, onde a equipa local cedeu um empate com os liceais do Camões, que desta forma conquistaram os seus primeiros pontos positivos, na prova. A equipa lisboeta comandou o marcador praticamente durante todo o primeiro período de jogo, aproveitando-se da “ausência” de jogo da equipa da Artística, que foi uma verdadeira surpresa pela negativa durante este período, permitindo que o Camões chegasse a 6 golos de vantagem aos 34 minutos (16-10). A Fase decisiva do encontro situa-se entre os 48 e os 49 minutos. Momento em que a equipa do Camões é penalizada com 3 exclusões, sendo a partida igualada aos 50 minutos (20-20). A equipa do AA Avanca passa para a frente do marcador e 2 minutos do fim do encontro está com 2 golos de vantagem, que não soube manter, com várias precipitações no ataque, sofrendo um livre de 7 metros acompanhado de uma exclusão a 35 segundos do fim que permitiu à equipa de Lisboa estabelecer a igualdade. Marco Silva e João Oliveira com 7 golos foram os marcadores de serviço no Camões, enquanto na AA Avanca João Vilar com igualmente 7 golos, Diogo Taboada com 6 golos e o guarda redes João Santos foram os destaques pela positiva. Em Odivelas disputou um Sporting / Madeira SAD, que não teve grande história tal a superioridade da equipa continental sobre os insulares, que apenas marcaram o seu primeiro golo cerca dos 8 minutos (6-1) e terminaram o primeiro período a perder por uns dilatados 23-8. Margem que permitiu ao Sporting fazer 30 minutos descontraídos e com total gestão do plantel. Os madeirenses que se apresentaram apenas com 11 jogadores, não ofereceram qualquer resistência, e com os seus atletas a apresentarem evidentes sinais de fadiga. No Sporting que utilizou os três guarda redes inscritos, destaque para o jovem Luís Oliveira (35% de eficácia), e para a eficácia do seu contra ataque com 14 golos e uma eficácia de 93%. Pedro Solha foi o marcador de serviço com 15 golos dos quais 7 em contra ataque. No Madeira SAD destaque para os 10 golos de João Mendes, e para a boa prestação de Luís Carvalho na baliza com 40% de eficácia. Na Horta realizou-se o SC Horta / Benfica, que á partida poderia supor dificuldades para a equipa lisboeta, no entanto o equilíbrio apenas durou até cerca dos 20 minutos, quando o resultado se encontrava em 9-7 a favor dos encarnados, atingindo-se o intervalo já com o Benfica a ter uma vantagem de 5 golos (13-8). Os segundos 30 minutos foram de total e completo domínio dos encarnados, que com Vicente Alamo a realizar mais uma excelente exibição e com a Carlos Carneiro em dia sim, a jogar, fazer jogar e a marcar (7 golos). Na equipa insular o veterano Yuriy Kostetskyy com 6 golos foi o seu melhor marcador, com 3 a serem concretizados em livres de 7 metros. No restelo no FC Porto / Belenenses a equipa do Porto venceu sem dificuldade. A praticamente duas jornadas do fim desta fase do campeonato, na nossa opinião, a luta está praticamente reduzida á discussão do 6.º lugar entre o SC Horta e o Madeira SAD, embora matematicamente o ABC também possa estar inserido. A classificação ficou assim ordenada: 1.º FC Porto (58 pontos), 2.º Benfica (57 pontos), 3.º Sporting (49 pontos), 4.º Águas Santas (45 pontos), 5.º ABC (44 pontos), e 6.º Madeira SAD (41 pontos), 7.º SC Horta (38 pontos – 1 jogo), continua em último lugar o CDE Camões (21 pontos) sem vitórias. 

 

Belenenses 17 – 32 FC Porto

 

Num dos míticos pavilhões do Andebol Português, disputou-se o Belenenses / FC Porto, que já classificado como “clássico” da modalidade, que provocava enchentes e fazia vibrar quem assistia aos mesmos. No entanto este encontro, marcado para uma hora que na nossa opinião, não lembra ao “diabo”, foi realizado quase sem público, pois á mesma hora e ao “lado” realiza-se um encontro de futebol, entre as mesmas equipas, não é certamente com este tipo de actuações que se dignifica uma das mais carismáticas modalidades do clube do Restelo. A equipa lisboeta que se apresentou diante os Campeões Nacionais, sem as contratações de Janeiro (não se encontravam inscritos na data inicialmente marcada), e com algumas limitações físicas no seu plantel, apenas proporcionou equilíbrio nos 5 minutos iniciais, quando o resultado assinalava 4-3 a seu favor, depois parou, e apenas voltou a concretizar aos 11 minutos sofrendo um parcial de 5-0, ainda ficou mais diminuído quando ficou sem o seu central (Tiago Miranda), por lesão, quando estavam decorridos cerca de 17 minutos de jogo. O FC Porto que realizou uma exibição demasiado desinibida e sem pressão, aproveitando totalmente os deslizes do seu adversário, foi dilatando o resultado, através essencialmente de acções de contra ataque em que é exímio. Para o diferencial final foi determinante os 10 minutos iniciais do segundo período, quando o FC Porto passa o resultado de 15-12 ao intervalo, e o coloca em 24-13, aos 42 minutos, permitindo ao seu técnico fazer uma total gestão do seu plantel. A equipa do Restelo, que começou bem com ataques demorados, raramente procurou as pontas, e sem 1.ª linha raramente conseguiu ultrapassar a “barreira” defensiva do FC Porto, Rui Silva (6 golos), foi na nossa opinião um dos seus melhores elementos, com o jovem guarda redes João Moniz, (apesar de sua eficácia ser bastante inferior á dos guarda redes do FC Porto) a grande figura da equipa. No FC Porto, salenta.se a produtividade de Pedro Spínola e de Tiago Rocha, ambos com 6 golos, mas deve-se destacar essencialmente sua capacidade de alteração dos seus sistemas defensivos, e do seu contra ataque. Dirigiu o jogo, a dupla aveirense Ramiro Silva / Mário Coutinho, não complicaram, apesar de terem um critério duvidoso no julgamento das violações da área por parte dos defensores.

 

O Banhadas Andebol