Crónica exclusivamente dedicada
ao Feminino.
Reforçamos
o nosso pedido nas últimas crónicas e deste modo continuamos a aguardar que
algum dos nossos habituais leitores se disponibilize para dar uma continuidade às
crónicas sobre o andebol em especial no feminino, estamos abertos á mesma.
E felizmente esta semana já começamos a receber
colaborações, o que agradecemos.
PO09 – Campeonato Nacional da 1.ª Divisão
Seniores Femininos.
1.ª Fase – Resultados
5.ª
JornadaPassos Manuel 25 – 27 Madeira SAD (antecipado)
JAC-Alcanena 39 – 25 CS Madeira (antecipado)
Juventude Mar 25 - 25 Alpendorada
Alavarium 28 - 22 Colégio Gaia
Juventude Lis 20 - 27 João Barros
Maiastars 16 - 17 CA Leça
7.ª Jornada
João Barros 28 – 27 JAC-Alcanena
Jornada
com a realização de apenas 4 jogos, face á realização de jornadas duplas na
sema anterior, e ainda foi disputado um encontro relativo á 7.ª Jornada, por motivo
da participação das nossas equipas nas diversas provas Europeias de Clubes, não
podemos deixar de fazer um reparo á Andebol TV, pois este seria certamente um
jogo a merecer transmissão.
Foi uma
jornada onde se registaram algumas curiosidades dignas de registo da nossa
parte, primeira derrota do Colégio de Gaia, assim como o primeiro ponto
positivo obtido pelo ARC Alpendorada, bem como o CA Leça que apenas contabiliza
duas vitórias, ambas conseguidas “fora de portas” (Alpendorada e Maia).
Num
dos jogos que despertava maior interesse na jornada defrontavam-se o Alavarium
e o Colégio de Gaia, com a equipa da região de Aveiro a vencer e desta forma a provocar
a primeira derrota do Colégio de Gaia. Foi um encontro de algum equilíbrio até
cerca dos 28 minutos quando se registava uma igualdade a 12 golos, no entanto o
Alavarium soube reagir e atingir o intervalo a vencer por uma margem de 2 golos
(14-12). Até cerca dos 40 minutos de jogo o Colégio de Gaia, ainda conseguiu
manter um grande equilíbrio não só no jogo, como no marcador, não permitindo
que o Alavarium “fugiu-se” , mas acabou aqui o equilíbrio existente, primeiro
porque na balizado da equipa casa estava uma das grandes figuras do encontro
que dá pelo nome de Isabel Góis, que produziu trabalho de grande qualidade, depois
porque do outro lado houve uma atleta que é uma excelente executante que pecou
por ser pouco expedita no remate, estamos certamente a referir-nos a Sandra
Santiago, que mesmo assim acabou por ser a melhor marcadora da sua equipa com 7
golos, depois porque a atleta do Colégio Fernanda Carvalho, está completamente
fora de forma e não se entende o porquê de tanto tempo em jogo, quando se manteve
no banco Vanessa Silva, pois a sua entrada aos 55 minutos de jogo, não era
certamente para resolver alguma coisa, seriamos injustos senão fosse feita uma
referência ao bom desempenho de Irina na baliza do Colégio de Gaia. O Alavarium
que demonstrou o bom plantel que possuiu, chegou neste segundo período de jogo
a ter 7 golos de vantagem aos 56 minutos (27-20), com as adversárias já sem
qualquer reação, ao bom jogo atacante tanto de Mónica Soares (8 golos), como de
Mariana Lopes (7 golos).
A
grande surpresa da jornada, deu-se na Maia onde o CA Leça, que não pode contar
com a sua melhor jogadora por lesão (Cristiana Morgado), obteve uma vitória pela
diferença mínima. E que era esperada por poucos, pois o Maiastars que vinha efetuando
uma boa prova, destacando-se por exemplo a sua vitória em Alcanena, perdeu com
uma equipa que fez “das tripas coração”, e apesar de estar a perder no final
dos primeiros 30 minutos por 11-7, nunca se deu por vencida, e com uma forte melhoria
do seu sistema defensivo, apenas consentiu 5 golos neste período de jogo, com a
equipa maiata sem reação e sem procurar soluções adequadas. Acabou por vencer a
equipa que melhor se adaptou às características do encontro. Onde se poderá
dizer que a guarda-redes do CA Leça, Sara Amorim foi a melhor jogadora em
campo. Este encontro teve uma característica muito especial, poi verificaram-se
15 exclusões no total do jogo, o que achamos um número completamente inadequado
para o andebol feminino, na nossa opinião.
Em
Leiria, disputou-se um dérbi regional, pois estiveram frente a frente a
Juventude Lis e o João Barros. A juventude Lis, que na jornada anterior tinha
sido derrotada pela equipa de Esposende, e o João Barros que se mais uma vez de
poderá considerar como um dos fortes candidatos ao titulo Nacional. A equipa da
Juve apenas resistiu nos 30 minutos iniciais do encontro, quando foi para o
intervalo a perder apenas pela diferença mínima 12-11. Mas a diferença existente
entre as duas equipas veio ao de cima como se costuma dizer no segundo período de
jogo, ampliando a sua vantagem para números confortáveis e que permitiram
alguma confiança às meirinhas. Destaque para Maria Pereira do João de Barros
com 9 golos e para Ana Silva da Juventude Lis com igual número de golos.
No pavilhão
da Juventude Mar, verificou-se mais uma das agradáveis surpresas da jornada
(dizemos agradáveis, porque desejamos uma prova cheia de competitividade, e
estes resultados provocam isso mesmo), com a equipa da casa a ceder uma
igualdade ao ARC Alpendorada, que por sinal obteve deste modo o seu primeiro
ponto positivo. Num jogo disputado sempre com grande equilíbrio, mas com a
Juventude do Mar a chegar ao intervalo na frente do marcador por 13-10. Mas com
a equipa visitante a reagir com muito acerto e a conseguir chegar á igualdade
final, apesar de aos 50 minutos de jogo a equipa visitada, ainda estar na
frente do marcador com uma vantagem de 3 golos, mas com a emoção ao rubro e a
ansiedade a apoderar-se da equipa da Juventude de Mar, permitiram a recuperação
da equipa adversária, e segundo as informações que nos chegaram até desperdiçaram
nos últimos momentos de jogo da oportunidade de poderem vencer. Destacaram
Teresa Santos da Juventude Mar com 11 golos, e Sílvia Silva do Alpendorada com
7 golos. Apenas uma referência como mera curiosidade estatística o equipa da
casa converteu 7 em 8 oportunidades de livres de 7 metros, contra apenas 1 em 1
da equipa visitante.
Este domingo nas Meirinhas, Colégio João de
Barros e JAC Alcanena defrontavam-se em antecipação da 7ª jornada da prova.
A equipa da casa vinha de uma
vitória sobre a vizinha Juve Lis no dia anterior mas pela frente iria encontrar
uma equipa que no fim-de-semana anterior tinha recebido e vencido as duas
equipas da Madeira. Esperava-se portanto um jogo bastante equilibrado, o que
acabou por acontecer. O jogo começou bastante equilibrado com mais ascendente
para a equipa do JAC que aos 10 minutos vencia por 3-6. O treinador do CJB foi
forçado inclusive a pedir o Time-Out bastante cedo já que a equipa perdia por 4
golos de diferença (4-8). Após o Time-Out a equipa da casa voltou a equilibrar
o jogo, muito por culpa do JAC que insistia em ataques curtos e a fazer muitos
erros, o que permitiu ao CJB marcar 3 golos sem resposta e foi a vez de Marco
Santos também pedir o Time-Out (16 minutos), para corrigir os mesmos. O jogo
chegou mesmo a ficar empatado aos 22 minutos (11-11), mas o JAC voltaria a
entrar no ritmo do jogo e saiu mesmo a vencer 13-15 ao intervalo muito por
culpa de Rita Alves e Neuza Valente, bem acompanhadas por Adriana Lage. Por
parte do Colégio, nota de destaque para Maria Pereira que praticamente sozinha
ia mantendo o CJB no jogo. Previa-se uma 2ª parte equilibrada o que veio a
acontecer. O CJB tinha que correr atras do resultado mas o JAC ia conseguindo
manter a vantagem de 2/3 golos. A 5 minutos do fim o JAC encontrava-se a vencer
por 2 golos de diferença até que as forças começaram a faltar à equipa que
praticamente foi a mesma durante os 60 minutos e quem aproveitou foi o colégio
que a 2 minutos do fim aproveita um erro do ataque do JAC para reduzir para 1
golo de diferença. A equipa de Alcanena volta a falhar no ataque e o jogo fica
empatado a 1 minuto do fim. Mais uma perca de bola do JAC nos últimos 30
segundos do jogo e o CJB a aproveitar para marcar o golo que lhe permitiu
vencer a partida.
Bom jogo do JAC que esteve na
frente do marcador durante 58 minutos e que demonstra que é uma equipa que,
apesar de Patrícia Rodrigues neste jogo estar bastante apagada, pode jogar de
igual para igual com qualquer equipa. Do lado do CJB, só Maria Pereira
conseguia de uma forma ou de outra encontrar o caminho para a baliza. Carolina
Costa na baliza, nos últimos 10 minutos de jogo conseguiu evitar males maiores.
O jogo foi bem disputado mas
talvez o empate fosse o mais justo. Resultado inglório para o JAC. Mérito para
o CJB por não ter desistido do jogo.
Um facto
que é agradável sempre registar, não se verificaram relatórios disciplinares em
nenhum dos jogos disputados.
O Noticias
15 comentários:
O Alavarium ganhou ao Colégio porque tem na baliza a Isabel Góis. Porque não estão a jogar nem metade do ano passado mas a Isabel Góis defende muito! Por isso, aqueles que diziam que a Isabel não fazia a diferença, metam a violinha no saco ou então não viram como eu a transmissão da Andeboltv.
Isabel Góis faz TODA A DIFERENÇA.
A Rita Alves a jogar assim ainda vai parar a uma madeira sad ou a um alavarium, ups ela já foi corrida desses 2... A descer assim tanto na "carreira" qualquer dia está a jogar na segunda divisão
Tenho pena que o Banhadas agora só analise o jogo pelas fichas do jogo. Ou, no caso do jogo da Faptv que se guie pelos comentários dos comentadores e não pelo que aconteceu.
Vão-me desculpar, mas tenho que expressar a minha revolta e não só , com o que as duplas de arbitragem teem feito nos jogos ao Arca- Alpendorada. É uma vergonha. Em todos os jogos efectuados, sempre com critérios diferentes. Com o Liz, valeu tudo, até porem a equipa a ganhar nos 3 minutos finais... com o Cale idem vergonha com oúltimo golo marcado dentro da linha dos 6 mts, isto só visto... com o João de Barros, valia tudo... paços, atacantes, 7 metros ... é claro que perdiamos, mas não com a difernça que foi. Por último a Juvemar... a maior vergonha das vergonhas... vejam apenas os livres de 7 metros que marcaram e mais não digo.
Sejam sérios senhores árbitros porque não está haver verdade desportiva e é pena.
Há aqui alguém com um sério problema/ inveja com a Rita Alves. A miúda pode não estar num clube de "topo" como a sad ou o Alavarium, mas está num clube onde joga com frequência e onde é bastante útil. Eu não sei quais os motivos pelo qual ela saiu/ foi obrigada a sair dos clubes de "topo" onde estava mas o JAC não é um clube onde se "terminam carreiras" como foi aqui dito e é um clube com alguns títulos de campeão nacional na formação. E em Gaia é que se queimam jogadoras. Força Rita continua a trabalhar e a causar mau estar a esses invejosos todos.
Banhadas devia fazer também referência a Ana Gante que foi uma das melhores jogadoras em campo por parte do colégio de Gaia, marcou 6 e ainda "arrancou" alguns 7 metros. Sendo sem dúvida a mais decisiva
Quanto ao resto espero que a professora Paula Castro pense muito bem na estratégia que quer seguir no resto do campeonato porque acho que já todos vimos que há coisas muita mal pensadas, Fernanda Carvalho não pode jogar nem de longe nem de perto o jogo todo, pode fazer sim algumas partes, na defesa há jogadoras que não podem defender e tem algumas boas defensoras no banco que não entendo o porque de não defenderem. No caso de Sandra Santiago e Vanessa Silva tem que ser criadas condições para o remate das mesmas porque embaladas ninguém as para. Patrícia Lima pode e deve jogar mais minutos, da mais intensidade ao jogo e é uma boa defensora.
Dois jogos, duas pessimas arbitragens, na Maia e em Esposende, mesmos arbitros... de Braga!!!
A dor de cotovelo é uma coisa lixada...e o nosso andebol é mesmo de Portugal dos Pequeninos! A única jogadora neste momento num clube de top, mudou de nacionalidade! É espanhola! Não existem clubes de top em Portugal, como não existem na Grécia, na Itália, No Chipre, na Turquia...porque infelizmente, é a esse nível que estamos.
Parem de apontar o dedo e deitar abaixo, e no sentido inverso, parem de "fazer" das jogadoras aquilo que não são!
Neste campeonato da treta que nós temos, só 2 atletas alcançaram algo de relevo a nível internacional: Fernanda Carvalho e Renata Tavares! De resto, ainda são todas projetos mal amanhados de (um dia serem) Boas jogadoras. Parem de nivelar tãoooo por baixo o, já de si, fraco andebol que nós temos! SEJAM EXIGENTES E TRABALHEM PARA O MELHOR!!
Tendo apenas visto a transmissão do jogo, parecem-me claros alguns pontos:
- o Alavarium até pode estar mais fraco em termos individuais mas apresenta-se como uma equipa bastante mais forte e solidária em termos colectivos. Roma e Pavia não se fizeram num dia e a alteração de jogadores e treinador levam à necessidade de tempo. Ainda assim, a chegada da Góis e a liderança cada vez mais segura da Mariana auguram coisas boas.
A equipa pode até ter precalços mas esses são inerentes ao crescimento e à construção de uma diferente forma de estar. Na minha opinião até estão mais fortes do que na época passada. Mais equilibradas, sem grandes estrelas e com jogadoras que acabam por se destacar mas sem nunca esquecer que o colectivo e a equipa são o mais importante. A Mariana Lopes está cada vez mais a atingir patamares de excelência a todos os níveis: técnicos, tácticos e de forma de estar dentro de campo. A Mónica Soares está também mais próxima daquilo que já mostrou e, não tenho dúvidas, será também um elemento importantíssimo para o Alavarium. A dulpa de pivots dá garantias. São jogadoras completamente diferentes, o que acaba por ser uma vantagem, e que trazem soluções capazes de complicar e muito qualquer defesa.
- o Colégio de Gaia tem muitas individualidades mas colectivo 0. Não se entende. Várias jogadoras de selecção e mesmo assim é uma equipa que não evolui e que joga de forma medíocre. Ganha a equipas teoricamente muito mais fáceis de forma apertada e nestes jogos de maior exigência falha categoricamente. O Colégio de Gaia, na minha opinião, terá de fazer uma análise bem profunda do que quer ser no andebol feminino português. Lamentavam-se, há uns anos, que as melhores jogadoras iam saindo assim que amadureciam. Hoje têm, provavelmente, o melhor plantel do andebol português e se assim continuarem vão ganhar aquilo que têm ganho nos últimos anos: nada.
Na primeira parte podiam ter conseguido uma vantagem significativa e nos momentos essenciais falharam sempre. Faltou também uma Paula Marisa de outro nível. Os descontos de tempo são para se usar e foram bem necessários. A gestão das atletas é também, na minha opinião, estranho. Não estou nos treinos, naturalmente, mas pelo que se vai vendo a Fernanda já deu o que tinha a dar. Pode até ser importante em alguns momentos para dar mais experiência mas nunca será, nesta fase, uma jogadora para ter tanto tempo de jogo. Por outro lado, a Sandra Santiago e a Vanessa Silva foram, claramente, mal utilizadas. Pouco e mal. Principalmente a Vanessa, com o remate forte e de braço esquerdo que tem perante uma equipa do Alavarium sem grande altura e a defender bem nos 6 metros era por demais evidente onde é que o Colégio tinha de atacar.
O ponto positivo é o aparecimento de uma Sara Andrade há muito perdida. Com maior motivação é uma jogadora para estar na selecção.
Por fim, uma pequena nota que pode ser mais do que isso. Jogaram duas equipas candidatas a candidatas. Suponho que ambas as equipas queriam ganhar. Face a uma derrota destas, não percebo como é que algumas jogadoras do Colégio conseguem sair do campo a sorrir e até posarem para fotos.
Os grandes campeões são os que são avessos ao sabor da derrota. Para algumas parece ser indiferente.
28 de Outubro de 2014 às 17:18
Invejosos?? lool O JAC foi o único clube que lhe pegou senão ela a esta hora podia estar a dedicar-se a um desporto que tivesse realmente jeito e que percebesse. Fica a sensação com essa contratação que o JAC contrata tudo o que mexe tudo o que tenha duas pernas e dois braços e ai sim tão a fazer concorrência ao Colégio de Gaia. Força Rita continua a fazer aquilo que não sabes e que não percebes nada
29 outubro 14.36
A Rita Alves já é o 2o ano que esta no JAC e se ela nao estivesse feliz ou se fosse conflitosa já tinha saído. Felizmente o JAC não tem necessidade de atacar tudo o que mexe: trabalha na formação para as atletas vingarem nas seniores. Coisa que muitos clubes não fazem e depois teem necessidade de ir aos vizinhos. Não falo em nomes porque não é preciso ser um gênio para saber quem são. Infelizmente o JAC não tem clubes vizinhos para ir buscar "tudo o que mexe", nem tem condições para pagar a atletas para jogarem. Mas ainda há atletas que felizmente reconhecem o clube e para elas é um orgulho lá jogar.
No Modicus Clube formador, era boa atleta
O Alavarium está mais fraco individualmente e melhor coletivamente? Você vive em que mundo?
O Alavarium adquiriu só a melhor guarda-redes portuguesa que resolve jogos e duas jovens muito promissoras. Perdeu a Ana Seabra que o ano passado só enterrava, Ana Marques já só jogou meia época e Diana Roque que é muito inferior a Isabel Góis.
Mas coletivamente aquilo é zerinho. Vi a supertaça e a transmissao deste jogo e a Isabel Góis segurou os jogos. Fio de jogo nada.
Anónimo das 19h59
Descobriu a palavra certa: ERA...
A Sara Andrade na seleçao!!!!!!! Só no dia 1 de Abril
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