gal vence

- ESPERAMOS O AUMENTO DA PRESENÇA DE PÚBLICO NOS PAVILHÕES, MAS COM A DIGNIDADE QUE A MODALIDADE MERECE.
- Resultados em Post da Referida Prova -

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Europeu 2016 Masculino – VII – Qualificação 2

Portugal iniciou hoje a sua longa e difícil caminhada, na tentativa de chegar á Fase Final do Euro 2016 que se disputará na Polónia de 15 a 31 de Janeiro de 2016, com a disputa do 1.º jogo do seu grupo (Grupo 5).E logo com uma das equipas favoritas do Grupo a Hungria, em jogo disputado precisamente na Hungria.

Antes de falarmos no jogo propriamente dito, importa referir, que a nossa equipa jogará com a Rússia na dia 02-11-14, em condições completamente diferentes das que estavam inicialmente previstas, face á situação que se vive (e lamenta-se) na Ucrânia, com a EHF a não manter a mesma paridade diferencial no tempo, e beneficiar nitidamente a equipa Russa.
 
PORTUGAL PERDE NA HUNGRIA
(Injustamente) 
Portugal demonstrou neste encontro que não será certamente “o coitadinho” do Grupo. Pois perder com a mais que favorita Hungria, pela diferença mínima, quando se comando o marcador com inteligência passando de um diferencial negativo que chegou a ser de 5 golos aos 27 minutos quando a equipa húngara vencia por 18-13, para uma vantagem de 3 golos aos 47 minutos, e apenas permite a igualdade no marcador aos 54 minutos (29-29), e nova igualdade aos 57 minutos a 30 golos, perdendo o encontro através de livre de 7 metros aos 59 minutos (diga-se de passagem das poucas vezes que a dupla de arbitragem acertou, na nossa opinião), e a 30 segundos do fim aí sim “infantilmente” perdemos a bola num ataque que nos poderia dar a igualdade, dissemos quase tudo. Quando em subtítulo dizemos “injustamente”, temos as nossas razões, pois os magiares nunca nos foram superiores, demonstraram, isso sim maior experiência em momentos decisivos. Portugal teve momentos em que chegou a ser brilhante, mas teve outros em que atacou com infantilidade e foi bastante permeável em termos defensivos, por vezes por nítida falha de concentração. Apesar de se ter atingido o intervalo a perder por um diferencial de quatro (4) golos (19-15), a calma apresentado no segundo período de jogo diz que o jogo foi bem preparado, de tal forma que os húngaros só marcam o seu primeiro golo neste período aos 37 minutos, depois de Portugal ter chegado á igualdade a 19 golos, e nos 12 minutos iniciais do segundo período apenas conseguiram obter 2 golos. Portugal alterou e bem o seu sistema defensivo entre o 6x0 e o 5x1, sempre que foi aconselhável, e mesmo quando ficou com apenas 4 jogadores de campo, nunca se sentiu uma equipa perdida, mas com um rumo bem traçado e definido. Nos húngaros foi constante a troca de guarda-redes porque o mundialmente conhecido Roland Mikler, não se estava a entender com o ataque português nomeadamente com os remates de Gilberto Duarte (6 golos) e de Pedro Spínola (4 golos), do lado português tanto Hugo Figueira que jogou o primeiros 20 minutos de jogo e defendeu dois (2) livres de 7 metros como Alfredo Quintana, que jogou o resto do tempo, estiveram sempre muito bem, mas o homem do jogo foi sem dúvida nenhuma Tiago Rocha (9 golos), esteve soberbo a defender e a atacar, foi na nossa opinião o melhor jogador em campo. Uma referência para Pedro Solha que esteve implacável na execução dos livres de 7 metros 3 em 3 e concluiu o jogo com 7 golos marcados. Mas não nos vamos referir a mais nenhum jogador, mas sim ao seu conjunto, que demonstrou uma enorme qualidade que esperamos se mantenha no próximo encontro em Gaia. Uma referência para o número de 7 metros que sofremos (8), que na nossa opinião mais de 50% dos mesmos, derivam da não marcação de faltas do atacante. 
 
Dizer que jogamos num pavilhão repleto (2000 espectadores), e que no dia 2 em Vila Nova de Gaia, temos a obrigação de restabelecer a ordem desportiva, retirando quaisquer hipóteses á equipa russa.
 
Dizer que este encontro foi dirigido por uma dupla da Eslováquia (que segundo parece reside a 30 KM do local onde o jogo se realizou) constituída por Michal Badura e Jaroslav Ondogrecula, que realizaram um péssimo trabalho, demonstrando uma agressividade para os atletas portugueses que não se compadece com a sua classificação de Internacionais, estiverem mal no critério disciplinar que não existiu (aqui, Bosko foi altamente beneficiado), Sem critério na falta do atacante, onde na maior parte dos casos foram transformadas em livres de 7 metros, e para não escrevermos mais, apenas diremos que na contagem dos apoios, estiveram francamente mal, e sem critério na aplicação das orientações definidas para a conduta para com o adversário.
 
Resultados do Grupo 5
1.ª Jornada
Hungria 31 – 30 Portugal

Calendário do Grupo 5

1.ª Jornada
Dia 28-04-15
Rússia - Ucrânia (*)
(*) – Alteração efetuada pela EHF, face á situação que se vive na Ucrânia, espera-se vivamente que o critério se mantenha, para os restantes jogos do grupo.
2.ª Jornada
Dia 02.11.14
Portugal – Rússia (16H00) SportTV2
Ucrânia – Hungria (18H00)
 
Horas Locais
 
Notas:
 
A Qualificação 2, é constituída por 7 Grupos de 4 equipas, sendo apurados para a Fase Final os 2 (dois) primeiros classificados de cada grupo, e o melhor 3.º Classificado de todos os Grupos, que se juntarão á Polonia como País organizador. 
 
Uma especial congratulação pela existência de transmissões via SportTV, em virtude de as mesmas não serem uma ação esporádica. Veremos como será em termos futuros. 
 
O Banhadas Andebol

10 comentários:

Anónimo disse...

Grande jogo de Portugal!
Tiago Rocha (soberbo!), Solha, Quintana, Gilberto, Spínola - muito, muito bem. Wilson não é central, já no Porto isso se via (o Seabra seria uma boa opção, embora o Rui Silva não tenha estado mal). O Moreira está acabado, não se percebe porque foi substituído o Portela. Sarmento e Areias são boas opções. Grande jogo, julgo que sem interferência da arbitragem.

Anónimo disse...

É bem feito! Na proxima vez que se queixarem da arbitragem portuguesa pensem nestas arbitragens!

Anónimo disse...

Alguem consegue arranjar um link para ver o jogo? se existir

Jorge Almeida disse...

Bem, a crónica para os jogos de ontem no eurohandball.com tem como título "Golo de Császar no último minuto impede falhanço na estreia de Dushebajev". Significativo ...

Eis o link para essa crónica (em Inglês):

http://www.eurohandball.com/article/20492

Começa assim: "Tropeçaram, mas não caíram".

Também podia ter começado: "Estiveram quase, mas não deu". Acho que esta é a frase mais justa face ao que aconteceu no 40x20 ontem.

A crónica está centrada nos húngaros, referindo que poderiam e deveriam ter feito melhor, o que é injusto porque o jogo é feito por 2 equipas, e não só por uma.

Parece-me que a ausência de Lászlót Nagy não justifica este resultado apertado, pois o substituto dele, o Ancsin, foi o principal perigo do ataque húngaro na 1ª parte junto com o outro Nagy.

A crónica do sítio na net da Federação Húngara é mais comedida e descritiva do jogo (em Inglês, tradução do tradutor do Google): https://translate.google.pt/translate?sl=hu&tl=en&js=y&prev=_t&hl=pt-PT&ie=UTF-8&u=http%3A%2F%2Fwww.keziszovetseg.hu%2Fferfi-valogatott%2Fferfi-valogatott-hirek%2Fgyoztes-bemutatkozas--egygolos-sikerrel%2F%3Fcikk%3D11139&edit-text=

Não ponho o link da crónica do jogo no sítio da FAP porque presumo que todos os que estão a ler esta mensagem já lá foram ler aquele texto.

Não tenho acesso à Sport TV, pelo que vi o jogo através do link do canal húngaro M1, que se encontra descrito no andeboltv.blogspot.pt. Não percebo nada de húngaro (língua muito complicada para mim), e achei engraçado, nos Time-Out, Dujshebaev falava em castelhano para o tradutor traduzir para húngaro (aí, talvez se notasse a falta de Lászlót Nagy). Era ver a cara do Császár a não perceber nada do castelhano do treinador. No final do jogo, foi pena ninguém ter avisado Rolando Freitas daquele 2x2 com o pivot combinado no último Time-Out.

Acabado o jogo, não sei se isto passou na Sport TV, mas a TV húngara perguntou a Dujshebaev a reacção ao jogo. Respondeu que "eu bem tinha avisado antes do jogo que Portugal era bem melhor que muitos pintavam", "Portugal surpreendeu no inicío da 2ª parte, onde tivemos 3 ou 4 situações que falhamos perante o Guarda-Redes", e que "vamos ter de trabalhar muito para conseguirmos o apuramento".

Não dou os parabéns porque não há vitórias morais. Se olharmos para a tabela classificativa, os nossos pontos continuam a zero. E são os pontos que fazem a diferença no apuramento. Mas que foi uma mostra do que a equipa pode fazer, lá isso foi. Mas, se não ganharmos aos russos no Domingo em Gaia, esta exibição de ontem não servirá de nada. Os russos devem ter visto o jogo, e devem ter ficado a coçar a cabeça ...

Jorge Campos disse...

Portugal não perdeu injustamente, como escrevem. Afinal a Hungria não falhou nos momentos decisivos, ao contrário dos portugueses. Pode dizer-se é que perdeu ingloriamente. Podia, com um pouco mais de concentração e talento ter mantido a vantagem que teve. Não o conseguiu e isso foi mérito dos húngaros.

Outra falácia é a influência dos árbitros. Essa treta de viverem a 30 km é isso mesmo: treta. O comentador da SportTV a tentar justificar a diferença para os húngaros, quando Portugal perdia por 4 ou 5, é que afirmou isso, logo se contradizendo quando disse que o que ficavaa 30 km dali era a fronteira com o país dos árbitros. Duvido muito que morem na fronteira...
Contradição também é a do texto quando diz que fomos prejudicados pelo árbitros e logo a seguir diz que o Bosko foi altamente beneficiado. Em que ficamos?
Na minha opinião os árbitros estiveram mal, mas erraram para os dois lados. Já chega essa coisa de justificar os insucessos com os árbitros.

Isto tudo não invalida que Portugal tenha feito um bom jogo e que pudesse aspirar a um resultado positivo. Está-me a cheirar que este(s) ponto(s) vai fazer falta...

Anónimo disse...

Quantos mais precisam de ir para o estrangeiro para sermos competitivos?

A nossa federação devia pagar para meter jogadores a jogar e a treinar com outra exigencia.

Por muito bem que Portugal jogue será sempre complicado ganhar na Hungria. Problema de peso na Ehf.

Parabéns ao Rolando e sua equipa. Afinal não somos tão maus como alguns desejavam.

Anónimo disse...

Quantos mais precisam de ir para o estrangeiro para sermos competitivos?

A nossa federação devia pagar para meter jogadores a jogar e a treinar com outra exigencia.

Por muito bem que Portugal jogue será sempre complicado ganhar na Hungria. Problema de peso na Ehf.

Parabéns ao Rolando e sua equipa. Afinal não somos tão maus como alguns desejavam.

Jorge Almeida disse...

Jorge Campos e Anónimo 30 de Outubro de 2014 às 13:58, permitam-me comentar os vossos comentários.

Anónimo 30 de Outubro de 2014 às 13:58, para além de mais atletas a jogar em equipas e em ligas competitivas no estrangeiro, também precisamos de mais equipas Portuguesas a irem mais longe nas competições europeias (especialmente de mais apuramentos para a Liga dos Campeões), e de limitar o nº de estrangeiros na PO01 a 2 por equipa. Assim, teremos cada vez mais praticantes nacionais, e cada vez mais competitivos.

Jorge Campos, em relação às distâncias, basta ir 200 km a norte do pavilhão onde Portugal jogou ontem que já está na Polónia, atravessando assim a Eslováquia de sul para norte, sendo que passa por Presov, a cidade eslovaca mais conhecida dos andebolistas. E 200 km é a distância de Coimbra a Lisboa.

Quanto à arbitragem, não foi por eles que Portugal perdeu, mas foram fraquinhos e com caseirimos que se viram nos habituais pormenores no critério do jogo passivo (sempre menos "tolerantes" no ataque Português face ao ataque Húngaro) e nas situações com o pivot no ataque Húngaro. Penso que foi a isso que o Banhadas se referia quando escreveram que Bosko foi beneficiado, pois este fez uma série de faltas sem levar a mesma punição disciplinar que levaram os seus colegas na mesma situação. A culpa não é do Bosko, mas dos árbitros que não souberam manter o critério. Tirando Bosko, bastava tocar com um dedo no pivot Húngaro que era assinalada falta. Um exemplo disso deu-se na 1ª parte, quando Tiago Rocha intercepta um pase do Császár para o pivot, a bola sobrou para o defesa avançado que já ia isolado no Contra-ataque quando a dupla assinalou uma falta da defesa Portuguesa. Coisas ...

Repito: não foi pelos àrbitros que Portugal perdeu, mas escusava de ter havido uma série de situações em que deu para perceber que havia uma equipa favorita dos árbitros. E que equipava de branco naquele jogo ...

Parece-me que a EHF não estava à espera dum encontro tão discutido e dum resultado tão apertado, daí terem nomeado uma dupla dum país vizinho a um dos adversários. Se eles estivessem à espera de encontro complicado, provavelmente chamariam uma dupla nórdica ou francesa.

Para mim, Portugal perdeu porque não soube ou não teve capacidade para abordar os 5 minutos finais, para além duma série de erros defensivos que deixaram o LD Ancsin e o Nagy restante à solta a fazer o que quisessem.

Anónimo disse...

Caro Sr. Jorge Almeida concordo com quase tudo o que escreve, mas, se me permite gostaria de lhe fazer um reparo.
Só há uma equipa portuguesa que não tem limite de jogadores estrangeiros, o FC Porto, que até se dá ao luxo de emprestar a outros.
Pelos vistos é o único clube onde há dinheiro para "destrocar", todos os outros Clubes, combatem com o que podem

Anónimo disse...

Na generalidade concordo com os últimos comentários:

Portugal fez um bom jogo, sempre a discutir o resultado. Neste nível competitivo os pormenores podem fazer a diferença. É inútil ficar à espera que o D. Sebastião regresse ou a culpa será dos árbitros.


Nos grande jogos na Hungria o pavilhões estão repletos, há mais dinheiro, há tradição e cultura andebolística. Portugal está a mais de 2000 Km do centro da Europa do Andebol. Faz-se o que se sabe e pode, importam-se jogadores de outros continentes.

A mudar algo, também a começar pela política de formação e alguns que circulam à décadas pela Federação e clubes.