Crónica exclusivamente dedicada ao Feminino. Englobando esta Semana, além da PO09, também a PO24 Super Taça Feminina.
PO09 – Campeonato Nacional da 1.ª Divisão Seniores Femininos.
Resultados
Zona Sul
13.ª Jornada
Passos Manuel 30 - 32 Juventude Lis
AC. Coimbra 17 - 42 Assomada
Zona Norte
19.ª Jornada
São Bernardo 24 - 19 Santa Isabel
Santa Joana 32 - 38 Académico FC
Alavarium 31 - 25 Juventude Mar
Maiastars - Colégio Gaia ( Adiado )
Almeida Garrett 28 - 27 Alpendorada
CD Palmilheira 30 - 37 CA Leça
20.ª Jornada
Santa Isabel 23 – 23 Salgueiros 08
Académico FC 29 – 23 São Bernardo
CA Leça 27 – 32 Santa Joana
Colégio Gaia – Alavarium ( Adiado )
Alpendorada 19 – 32 Maiastars
Juventude Mar 40 – 29 CD Palmilheira
PO24 – Super Taça Feminina
Santa Isabel 23 – 23 Salgueiros 08
Académico FC 29 – 23 São Bernardo
CA Leça 27 – 32 Santa Joana
Colégio Gaia – Alavarium ( Adiado )
Alpendorada 19 – 32 Maiastars
Juventude Mar 40 – 29 CD Palmilheira
PO24 – Super Taça Feminina
Resultados
1/2 Final
João Barros 20 - 26 Madeira SAD
Colégio Gaia 25 - 32 Gil Eanes
3 / 4 Lugar
João Barros 32 - 21 Colégio Gaia
Final
Madeira SAD 31 - 23 Gil Eanes
Está de regresso o andebol feminino, depois da época festiva. Vamos deixar a grande competição deste fim-de-semana (Supertaça) para o fim e começar por falar rapidamente da jornada do Campeonato, incidindo apenas pelos jogos mais importantes.
O grande jogo do fim-de-semana opunha o Alavarium à Juve Mar. Foi um excelente jogo de andebol, com a Juve Mar a parecer recomposta das duas derrotas mais recentes e apresentando um bom andebol, com destaque para Andreia Escrivães e Sandra Peixoto. Contudo, depois de teres estado a vencer na segunda parte não resistiram a um Alavarium que está a fazer uma temporada extraordinária e vai já em 11 jogos sem perder. É claramente a segunda melhor equipa da Zona Norte e, neste jogo, contou com a esquerdina Ana Almeida a fazer uma grande exibição muito bem acompanhada por uma Filipa Fontes que parece regressada à sua melhor forma. Com esta vitória, o Alavarium parece estar de pedra e cal na fase final e a Juve Mar começa a estar em situação aflitiva. Uma nota final para o clube aveirense que continua a ser o único clube que apresenta, no seu site, um flash interview com treinadores e jogadoras a darem a sua opinião sobre o encontro. Uma boa forma de dar mais notoriedade ao andebol feminino.
O Santa Joana – Académico serviu para confirmar duas coisas: O Académico está a um passo da fase final e o Santa Joana está uma sombra do que fez o ano passado e parece não ter pedalada para atingir a fase final. Foi uma primeira parte esmagadora para o Académico que, ofensivamente, realizou uma das melhores exibições do ano e Ana Sampaio aproveitou o facto da equipa do Santa Joana não recuperar defensivamente para ser a melhor marcadora do encontro, mas toda a equipa academista esteve em grande nível. No Santa Joana, salvaram-se as suspeitas do costume: Viviana Rebelo e Mariana Regadas e nem a estreia de um novo treinador, José Carlos Carvalho, lhes valeu. A este respeito, já há muito tínhamos anunciado a saída iminente de Daniela Monteiro e o tempo veio dar-nos razão. Veremos se o novo treinador consegue incutir mais garra numa equipa que bem dela precisa.
No Domingo, o jogo mais importante opunha o Cale ao Santa Joana e a equipa da Maia limpou a má imagem da véspera e conseguiu uma suada vitória que a mantém na luta pela fase final, embora a equipa tenha que subir de produção, senão não conseguirá lá chegar. O Cale já viveu melhores momentos de forma e há algumas jogadoras em sub-rendimento e a sua boa defesa não chegou para anular o ataque do Santa Joana cujo bom aproveitamento nas transições defesa-ataque se revelou decisivo para o desfecho final. A diferença no desempenho das guarda-redes também contribui para esta importante vitória em Leça.
Na Zona Sul, apenas se realizaram dois jogos. No jogo mais interessante quase que ia havendo uma surpresa com a vitória muito suada da Juve Lis no reduto do Passos Manuel. A Juve Lis apresentou-se demasiado sobranceira e podia ter-lhe custado muito caro. Apenas Gizelle Carvalho apresentou a mesma postura que a equipa costuma apresentar e o Passos Manuel aproveitou com um excelente jogo de Maria Suaré que estava em tarde de grande inspiração e Cátia Santos também muito feliz nos seus remates. Contudo, na hora da verdade, a maior qualidade das leirienses veio ao de cima.
Passemos então ao grande assunto do fim-de-semana: A Supertaça! Antes de falarmos dos jogos, uma referência para o pouco público presente em Coimbra durante os dois dias de competição. A Supertaça teve menos assistência que alguns jogos do fim-de-semana do campeonato. Por isso, quando alguns criticam o modelo competitivo e vemos que os pavilhões têm gente no campeonato e estão vazios na Supertaça, se calhar o que está errado é a data e o local da Supertaça, embora valorizemos o esforço de recolocar Coimbra de novo no mapa do andebol português. Infelizmente, a cidade não parece grande fã de andebol.
Mas vamos ao andebol. O melhor de todos os jogos foi a meia final entre o Colégio de Gaia e o Gil Eanes. Um jogo de grande equilíbrio, até 10 minutos do final, altura em que as campeãs nacionais cavaram um fosso no marcador. O Colégio de Gaia mostrou que se pode bater de igual para igual com as campeãs nacionais, num jogo em que Sara Torres, Fernanda Carvalho e Andreia Ramos estiveram em destaque. No Gil Eanes, o destaque vai para Ana Seabra, Vera Lopes e Tânia Silva que, no final da partida, efectuou algumas defesas que decidiram o jogo.
Na outra meia final, uma vez mais o Colégio João de Barros mostrou que é o eterno terceiro. Até a meio da primeira parte, a formação de Paulo Félix equilibrou o jogo mas aos poucos o Madeira SAD foi impondo a sua lei, sobretudo por acção de uma Virgínia Ganau que quanto mais velha mais parece jogar e que fechou a baliza, muito bem acompanhada por Juliana Sousa que, apesar de não ter a mobilidade de outrora consegue ser de uma eficácia impressionante. Na equipa de Pombal, apenas Maria Pereira esteve ao nível do costume, numa equipa que já pareceu mais perto das de cima.
O jogo para os terceiros e quartos lugares foi desinteressante como é habitual nestes jogos. A primeira parte ainda foi equilibrada, mas a segunda parte foi esmagadora, com o Colégio João de Barros a correr e seu homónimo de Gaia a ver jogar. Ficou a ideia de alguma desmotivação das nortenhas, mas sobretudo uma falta de frescura física que foi fatal. Além disso, pareceram nunca encontrar soluções para parar as atiradoras de Pombal.
Por último, esperava-se muito da final. Infelizmente, as expectativas foram goradas, dada a superioridade em todo o jogo das madeirenses. As algarvias nunca encontraram soluções ofensivas para ultrapassar a melhor defesa da competição e, sobretudo, uma Virgínia Ganau que voltou a ser uma das figuras do encontro. No ataque, a jovem Rita Alves fez um grande jogo, bem acompanhada por uma Juliana que parece rejuvenescida e uma Andreia Andrade num excelente momento de forma. No Gil, Vera Lopes bem tentou remar contra a maré, mas nem mesmo Ana Seabra pareceu nos seus melhores dias.
Em resumo, o Madeira SAD foi o justo vencedor e parece estar uns furos acima de todas as equipas. O Gil Eanes parece mais fraco do que na época passada, o Colégio João de Barros a tentar morder os calcanhares aos 2 candidatos mas sem mostrar grande evolução e o Colégio de Gaia, caso melhore a sua condição física, pode entrar na luta pelo lugar de 3ª melhor equipa portuguesa.
Críticos Femininos
12 comentários:
Boa crónica. Quanto a isso de mudar o modelo... Para quê mudá-lo se antes os jogos com o modelo antigo eram desequilibrados com os grandes e agora continuam a ser como se viu na Super taça? Ao menos assim vamos tendo público. Estive esta semana em 2 pavilhões da Po9 e confirmo que tinham mais gente do que em Coimbra...
Florêncio já estás a estragar o trabalho do Donner! Ok o Madeira Sad tem melhores jogadoras e tem obrigação de ganhar mas este ano está mais fraco no treinador.
Super Taça Feminina
Não houve competição face ao desnível das equipas, refiro-me á equipa da Madeira vencedora por mérito desportivo e composição do seu plantel.
1-Conclusões planeamento? Desta competição em simultâneo com a jornada do campeonato nacional.
2-Local escolhido sem historia na modalidade e portanto publico ausente da magnifica instalação desportiva, eram masi os funcionários e organização que assistentes.
3-Duplas de arbitragem sem grande futuro, mas também não complicaram os jogos
4-Ausência politica de pessoas afectas ao andebol o que demonstra o desnorte da actual Direcção da Federação.
5-Observaçãodos árbitros com grande aparato, mas sem significado para uma recolha de “amostra” significativa e justificada que mereça estudo, ou isto não passa de Show Off.. e vaidades de xicas espertas.
A rapaziada da arbitragem farta-se de fazer comentarios sobre estas milongas.
o arbitro
jogo há anos contra a sad e vos digo que a SAD com este treinador joga 10 vezes mais e corre 20 vezes mais com o anterior
Andebol em Coimbra? É como râguebi em Penedono e Xadrez em Cãmara de Lobos. Valha-nos Deus e a Santissima Trindade.
Eu ainda fui lá ver um jogo porque a minha filha joga num dos clubes mas ... o espectáculo foi desolador.
E que dizer das arbitragens ... mas uma vez a grande altura, ainda que de estatura pequenina.
Este Gil Eanes está a perder qualidades que tinha o ano passado, o Florêncio tem que adaptar o seu conhecimento ao feminino.
Em relação ao Madeira julgo que tem boa jogadoras mas falha no campo do treinador. Tal como já se viu na selecção é muito limitado tacticamente. Por isso estou surpreendido pelo Florêncio não conseguir dominar no feminino.
Anónimo 10 de Janeiro de 2011 13:34
disse:"Duplas de arbitragem sem grande futuro, mas também não complicaram os jogos"
JÁ NÃO ENTENDO NADA...SE FAZEM ASNEIRAS NÃO TÊM FUTURO....SE NÃO COMPLICAM JOGOS DA TRETA,NÃO TÊM FUTURO.
QUE MISÉRIA ESTE "COMENTADORES"
coitaaaaaaaaaaaaaaados, falaindes falaindes, mas naõ dizendes nada,kakakakakakakaak
Andebol so pode ser no norte...ou na Madeira? tudo o resto deverá ser paisagem...
O triste do treinador quer fazer desta conquista uma vitoria histórica..:):)...deve ser tão fácil ganhar uma supertaça pelo Madeira SAD, como encontrar droga no casal ventoso. Então esta foi a 12º consecutiva e o Treinador considera Fabuloso, Incrível, Fantástico... Rapazinho fantástico era se fosses apurado nas competições europeias para as meias-finais, fantástico era se fizesses alguma coisa que o teu antecessor não tinha feito 11 Vezes. GANHAR QUANDO TENS 4 Vezes mais o Orçamento do Gil Eanes, isso é fácil Sr Duarte. Tu ganhas quando tens os maiores orçamentos , foi assim no Marítimo e é assim no Madeira SAD. Tens pouco valor. Conquista algo difícil e depois eu dou-te valor.
4 Equipas na disputada Super Taça, acontece que as diferenças orçamentais entre as equipas não se prespectiva uma competição equilibrada mas a falta dela.
RESUMINDO:
SAD-Madeira a anos luz dos objectivos desportivos das restantes equipas, cimentados uma politica desportiva da Região Autonoma da Madeira, dá condições financeiras á equipa para treinar e jogar(pro-profisionais), 2 equipas com caracteristicas e integrados no movimento do Desporto Escolar e representam os Colegios de que fazem parte, Gaia e João de Barros-Leiria, Gil Eanes um misto de clube Escola com apoio de varias autarquias que suportam e enquadram as atletas e treinadores nas suas actividades profissionais.
Face a esta realidade e com estas assimetrias entre as 4 equipas o que se espera, pelo fim da competição e entregar a Taça á SAD-Madeira.
A federação poderia criar mecanismos de regulação do potencial das equipas do andebol feminino, mas para isso teriamos de ter gente Talentosa a nivel de dirigentes, que não é o caso.
boa noite
11 de Janeiro de 2011 22:35
Om comentario simples objectivo e tocando nos prinicipais problemas das assimetrias do andebol feminino.
Nem é dificil corrigir para melhor, para isso quem sabe sobre planeamento e as realidades do andebol feminino se disponibize a colaborar e dar as nossas jovens a melhor competição possivel.
ABC
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