Crónica de Fim de Semana – 01 – 2011 / 2012 - I

Com o inicio da principal prova do calendário Nacional (PO01), regressam as nossas habituais crónicas de fim de semana, continuando a usar o modelo com terminamos á época transacta, separando as provas, sempre que se justificar. Apenas haverá análise às arbitragens nos jogos em que estiveram presentes colaboradores.

Notas

Não entendemos o critério da indicação de delegados. A presença de delegados tinha sido instituída pela FAP na última época, mas parece que esta época não será para manter… Ou o critério de nomeação passou a ser subjectivo, pois na jornada inicial da prova apenas existiram delegados em 3 jogos, (Benfica / FC Porto, ABC / Sporting e Ismai / Belenenses). Será por questões económicas! No nosso entender deve haver um total esclarecimento do que se irá passar.

No entanto será necessário esclarecer quais são as verdadeira funções destes elementos, para não acontecerem as situações insólitas, deste fim de semana. Por exemplo como é possível um jogador desqualificado directamente, estar no final do encontro, no terreno de jogo a festejar. Por outro lado, lendo as notícias do jornal A Bola de 11-09-11, questiona-se, como é possível existir um elemento no banco de suplentes de uma equipa, sem camisola?

Entendemos como positivo a Transmissão de um jogo pela FAP TV, esperando que o critério seja para manter, desde que não prejudique outras provas, e/ou não seja coincidente com o horário dos outros jogos da jornada.

PO01 – Campeonato Nacional da 1.ª Divisão Seniores Masculinos.

1.ª Jornada – Resultados

SC Horta 22 – 27 Madeira SAD

Ismai 26 – 26 Belenenses

São Bernardo 26 – 26 Xico Andebol
AC Fafe 26 – 32 Águas Santas

ABC 24 – 18 Sporting

Benfica 23 – 22 FC Porto

Primeira jornada concluída, com alguns resultados inesperados, como por exemplo o diferencial registado no Flávio Sá Leite. Os primo divisionários tiveram sortes diferentes, o Ismai empata com o Belenenses num jogo sempre equilibrado, e com várias situações de empate ao longo dos 60 minutos, registando-se ao intervalo, uma igualdade a 14 golos. Mas que terminou de forma dramática, com a Belenenses a vencer por 26-25 a 32 segundos do fim através de um livre de 7 metros, e com a equipa da Maia a empatar, a dois segundos do fim. No Ismai a grande figura foi o guarda-redes Rui Pereira (45 % Eficácia), e no Belenenses Elledy Semedo com 10 golos (5 de 7 metros) foi o marcador de serviço. O AC Fafe, outro dos primo divisionários, perdeu em casa com o Águas Santas, que comandou sempre o marcador, embora o diferencial até cerca dos 40 minutos nunca fosse superiora 3 golos, quando se deu a desqualificação directa de Luís Nunes, e com o Águas Santas a aproveitar para a disparar para um diferencial que chegou aos 7 golos cerca dos 52 minutos. No Águas Santas, Pedro Cruz, foi mais uma vez o marcador de serviço com 9 golos, enquanto Luís Nunes com apenas 40 minutos de jogo foi o marcador de serviço da sua equipa, com 10 golos (5 de 7 metros). As duas equipas, consideradas, por alguns como as mais fracas da prova, proporcionaram um jogo disputado, que terminou com uma igualdade no marcador, estamos a referir-nos ao São Bernardo / Xico Andebol, com uma primeira parte disputada com equilíbrio total, atingindo-se ao intervalo uma igualdade a 13 golos. No início do segundo período, a equipa de Aveiro, distanciou-se no marcador, chegando a estar a vencer por 5 golos (23-18) quando faltavam cerca de 10 minutos para o fim. O Xico Andebol a efectuou uma excelente recuperação e terminou com a obtenção do empate a 26 segundos do fim. Pedro Maia no São Bernardo e Pedro Correia no Xico Andebol a serem as grandes figuras do encontro não só pelo que marcaram (9 golos), como pela eficácia. Na Horta disputou-se um encontro entre as equipas Insulares, que terminou com a esperada vitória da equipa Madeirense.

ABC 24 – 18 Sporting

Jogo disputado, com menos publico do que o esperado, e mal jogado nos primeiro 10 minutos, basta dizer que o resultado aos 10 minutos de jogo era uma igualdade a 3 golos. O Sporting ainda conseguiu equilibrar durante os primeiros 30 minutos, embora as falhas técnicas continuem a ser um dos grandes problemas desta equipa, juntamente com a falta de querer, a que junta as duvidas nas opões que o técnico toma, e parece-nos que esta será mais uma época para esquecer, mas os segundos 30 minutos foram ma verdadeira “brincadeira” com o ABC, a mostrar os efeitos da mudança técnica, a praticar um andebol rápido e com o técnico a fazer uma completa rotação dos jogadores, pese a limitação verifica na 1.ª linha, pela ausência devido a lesão de Luís Bogas, mostrou uma extraordinária eficácia na 2.ª linha, onde Fábio Vidrago (5 golos) foi figura de proa, a que se junta dois guarda-redes (Humberto Gomes e Bruno Dias), com uma excelente eficácia. O Sporting é uma equipa descaracterizada sem rumo e com os dois estrangeiros que não justificaram a sua contratação (pelo menos neste encontro). Encontro dirigido pela dupla Internacional Roberto Martins / Daniel Martins, que tal como as equipas, demonstra ainda estar no início de época com algumas dificuldades no Jogo Passivo, e com um critério Disciplinar por vezes desequilibrado, e com a curiosidade de contrariamente ao que é normal, o elemento da dupla, que mais deu nas vistas e pela negativa foi Daniel Martins, que apitava a tudo.

Benfica 23 – 22 FC Porto

Clássico do Andebol Português, que merecia mais público no pavilhão, talvez o horário do jogo seja um dos motivos. As ausências não eram só de público, pois as equipas apresentaram-se bastante desfalcadas, o Benfica com as ausências de João Ferreirinho por lesão e de Georgy Zaikin por castigo, enquanto o FC Porto, estavam ausentes, Tiago Rocha por cumprimento de sanção disciplinar e Wilson Davyes por lesão. O FC Porto iniciou o encontro com uma excelente organização ofensiva, onde o poder de remate de Gilberto Duarte foi a sua principal arma, a que se juntaram os contra ataques realizados principalmente por Dario Andrade. Quando estavam disputados cerca de 11 minutos de jogo o FC Porto vencia por 8-4, o que levou e bem no nosso entender a que o técnico do Benfica pedisse time out, pois era demasiadas as falhas verificadas no sistema atacante da equipa dando origem, a que equipa Azul e Branca estivesse cerca de 9 minutos sem concretizar, permitindo a aproximação no marcador da equipa lisboeta, para um diferencial de apenas 2 golos, que foi o mesmo com que se atingiu o intervalo (13-11 a favor do FC Porto), a equipa portista sofreria ainda um grande revés ao ver Filipe Mota ser desqualificado directamente cerca dos 21 minutos de jogo. No segundo período de jogo, excelente entrada do Benfica, bem no sistema defensivo e com o ataque a responder melhor, rapidamente assume o comando marcador, registando um parcial de 6 / 0, e aos 39 minutos vencia por 17-13, o maior diferencial registado a seu favor. Com Carlos Carneiro a ser desqualificado directamente cerca dos 40 minutos. O FC Porto nunca se deu por vencido e os 50 minutos perdia pela diferença mínima (20-19). Terminou o encontro em jogo passivo com a dificílima vitória do Benfica pela diferença mínima. No Benfica nota-se uma nítida alteração de processos de jogo, com uma maior rotatividade dos jogadores e onde não existem insubstituíveis, com Nuno Roque a ser figura de destaque pela positiva, bem como Ricardo Candeias que ao defender um livre de 7 metros a cerca de um minuto do fim, se tornou uma das figuras do jogo. O FC Porto, que continua a ser um a equipa consistente e com processos completamente definidos, deu-nos a sensação de se ressentiu fisicamente dos jogos da Liga dos Campões, mas sem grande margem para duvidas que a sua grande figura foi Hugo Laurentino, com Gilberto Duarte e Dario Andrade a mereceram igualmente destaque pela positiva. Pela negativa teremos de mencionar Ricardo Costa, com comportamentos disciplinares que não se coadunam com a sua experiencia, bem como o excessivo “teatro” de Ricardo Moreira. De referir neste encontro o número de 7 metros falhados, o FC Porto em 3 ocasiões não concretizou nenhuma e o Benfica em 4 apenas concretizou uma. Não se compreendendo como boletim de jogo, está completamente diferente, inclusive das estatísticas. O que faz tanta gente na mesa. O Jogo foi dirigido pela dupla Internacional Madeirense Duarte Santos / Ricardo Vieira, em que no nosso entender, realizo trabalho positivo, anotando nós algumas falhas ao nível do jogo passivo, pois os cartões vermelhos, são bem aplicados.

O Banhadas Andebol