Viajar
Olhando para os últimos dez anos é incrível verificar a quantidade de mudanças que a formação sofreu. A idade dos escalões mudou no mínimo cinco vezes, as competições, outras tantas, de provas fixas para não-fixas e vice-versa, aumento de zonas, diminuição de zonas, etc..
Discutir os prós e os contras de cada uma destas mudanças seria improdutivo nesta altura. O importante aqui resume-se em perceber á luz de que estratégias se procederam a todas estas alterações. Que resultados se obtiveram, se a maior parte das alterações não teve tempo de maturar? A resposta fica para cada um.
A ehfTV, para além de proporcionar jogos de andebol ao mais alto nível, mostra-nos indirectamente como alguns países com algumas similitudes com Portugal tem preservado ou mesmo desenvolvido o nível do seu andebol.
Penso que está na hora de estudarmos o que se faz por esses países, de percebermos como formam eles os seus atletas, como organizam as competições nas diferentes idades, confrontar isso com as nossas especificidades culturais, demográficas, geográficas e económicas e criar um projecto baseado em conhecimento concreto, com uma data de implementação e uma data de avaliação.
Tal como referiu Manuel Laguna, no seu artigo Jugar y hacer jugar, que a Espanha nos anos setenta se dedicou a aprender com os países mais fortes desse período (Los grandes maetros Rumanos), está na hora de Portugal aprender com os comparsas europeus e servir-se dos exemplos da Sérvia e da Bósnia Herzegovina que em contextos políticos difíceis conseguem manter a sua competitividade.
Renato Miranda
5 comentários:
Cá temos nós, mais uma vez, uma meditação pouco silenciosa sobre o andebol, apoiada em padrões lineares e a dizer pouca coisa, para não ser mau, senão diria “coisa nenhuma”. Há um professor que escreve uns textos, que este blog inclusive já aqui publicou, críticos, mas com alguma substancia, o que não é o caso dos seus textos. Claro que infelizmente esse Professor vai escrevendo umas coisas giras e a “matar”, mas não dá o exemplo, ou o que dá é mau, como é o caso do clube onde ele foi o suporte ideológico do projecto ao longo dos últimos anos, onde ganhou uns bons tostões, mas o clube agora faliu! Pelos vistos foi mal conduzido. Será que vai devolver ao seu clube as muitas centenas de euros que ganhava e dizer: -peço desculpa mas ao longo destes anos todos enganei-me! Mas já o meu avô dizia: olha para o que eu digo e não para o que eu faço!
Sr. Renato vamos ao seu texto e a algo palpável que escreveu: deu a Sérvia e Bósnia como exemplo e eu vou-lhe dizer que é um mau exemplo. Porquê? É um povo que por carências de vária ordem, foi ficando “guerreiro”, consolidando um estatuto na vertente emocional, onde o nacionalismo é fonte de inspiração, coragem e trabalho. Nós aqui, é mais praia e outras coisas assim…
Foram exactamente os contextos políticos difíceis, que fizeram deles o que são hoje.
Mas se o factor emocional conta para estes povos alcançarem o sucesso, esta não é a única condição: ainda hoje as diversas modalidades usufruem de um suporte educativo nacional com a qual nós nunca sonharemos (no que diz respeito ao desporto claro). Estes países promovem a triagem dos atletas quando estes ingressam no ensino, encaminhando-os e apoiando, repito, apoiando, o seu enquadramento desportivo (tipo projecto de Resende, mas em muitas escolas e apoiado pelo Estado). Se no nosso querido país o desporto escolar e as AECs estão em vias de acabar, como podemos comparar o que quer que seja?
O escreveu ainda: “…Penso que está na hora de estudarmos o que se faz por esses países, de percebermos como formam eles os seus atletas, como organizam as competições nas diferentes idades, confrontar isso com as nossas especificidades culturais, demográficas, geográficas e económicas e criar um projecto baseado em conhecimento concreto, com uma data de implementação e uma data de avaliação…” Está bem escrito Sr. Renato, mas não diz nada! Não será mais fácil o Sr. Dar exemplos do que pensa objectivamente como deveriam ser as diversas competições, deixando as filosofias para os filósofos?
Diz ainda o Sr Renato: “…Olhando para os últimos dez anos é incrível verificar a quantidade de mudanças que a formação sofreu. A idade dos escalões mudou no mínimo cinco vezes, as competições, outras tantas…” continuando: “... Discutir os prós e os contras de cada uma destas mudanças seria improdutivo nesta altura..,” É exactamente ao contrário Sr. Renato: é mesmo por aí que devemos pegar! Devemos ter a coragem de dizer o que queremos, o que pensamos, apresentando soluções e alternativas. Não devemos temer que estas possam estar erradas, pois o simples facto de as colocar no ar e estas gerarem discussão, por si só já é positivo.
Nota: Luís Santos é um dos três finalistas nomeados para os Laurel Awards de 2011, um galardão que distingue personalidades que se notabilizaram ao serviço do desporto no seu país. O facto da Administração deste blog ignorar este momento alto para o Luís Santos, mas também para a modalidade, põe a nu uma filosofia muito própria da Administração, mas é um mau serviço à nossa modalidade. Assim, por muito que tentemos ser sérios, estamos sempre a chicotear a nossa credibilidade.
Anónimo 8 de Outubro de 2011 11:57, desde a fundação deste blogue que os seus autores mantêm um texto simples na parte direita do blogue, e que reza assim: "Aceitam-se Colaborações
Contacto : banhadasandebol@gmail.com"
Eu e penso que a maioria dos habituais leitores deste blogue ficamos à espera dos seus textos.
Foi nomeado?ainda lhe vão dar um prémio pelo que fez?ha!ha!demais mesmo o desporto!não tenho palavras!ha!ha! quase tão cómico como as equipas b por aí a jogar e o clube de resende, aliás ressende!que trafulhas!
Respondendo ao comentário das 22.40: até gostava de poder colaborar, só que tenho o mau (ou bom) hábito de acrescentar o meu nome a projectos identificados, o que não é o caso, (aqui somos todos piratas), pelo que, não posso emprestar uma colaboração regular, sem saber exactamente a quem. Já imaginou que este Blog pode ser propriedade do Bin Laden e neste caso estamos oficialmente (assumindo vinculo) a cooperar com o terrorismo? Por outro lado eu entendo que devo respeitar a filosofia da administração deste Blog, pois se este mantém o anonimato, nós devemos seguir esse princípio, essa filosofia, mantendo também o anonimato, respeitando assim os mentores deste projecto, não acha?
Direitos de formação para quando?????
Enquanto não se tiver coragem para resolver esta questão andaremos a brincar aos andebóis...
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