Crónica de Fim de Semana – 29 – 2011 / 2012 - I

Esta crónica relativa á PO01.

PO01 – Campeonato Nacional da 1.ª Divisão Seniores Masculinos.

Fase Final

Grupo “A”

5.ª Jornada

Benfica 38 – 25 Madeira SAD

Águas Santas 30 – 24 ABC

Sporting 21 – 33 FC Porto

Jornada com diversos aliciantes, e com mais um clássico da modalidade, o sempre esperado e desejado pelos adeptos Sporting / FC Porto, seja ele no Casal Vistoso, ou no Dragão Caixa, e que terminou com a vitória do FC Porto, depois tivemos um Benfica / Madeira SAD, que tinha como aliciante ver o comportamento da equipa encarnada diante os Madeirenses que esta época têm sido a “besta negra” da equipa do Benfica e que desta vez terminou com uma expressiva vitória da equipa do Benfica, por fim um Águas Santas / ABC, que tinha na nossa opinião o aliciante de ver o comportamento da equipa da Maia, que jogou sem o seu principal atleta (Pedro Cruz), suspenso com 2 jogos, foi um encontro disputado com equilíbrio até aos 21 minutos quando o marcador registava uma vantagem de 1 golos para o Águas Santas (9-8), o ABC sobre um bloqueio e está cerca de 8 minutos sem concretizar, sofrendo um parcial de 7-0, surgindo neste espaço de tempo a eficácia de António Campos na baliza da equipa da Maia, e as inúmeras falhas técnicas do ABC. Aos 32 e aos 34 minutos de jogo regista-se a maior diferença de golos com o Águas Santas a vencer respectivamente por 18-10 e 19-11, permitindo depois uma controlada recuperação dos bracarenses. Na equipa do Águas Santas destaca-se o “reaparecimento” de Eduardo Salgado (11 golos) e como de costume o seu guarda redes António Campos, no ABC cuja 1.ª linha praticamente não existiu, o jovem Nuno Rebelo (5 golos) foi a nota positiva. A Classificação após esta jornada ficou assim ordenada, 1.º FC Porto (45 pontos), 2.º Benfica (39 pontos), 3.º Madeira SAD (38 pontos), 4.º Sporting (37 pontos), 5.º Águas Santas (35 pontos), 6.º ABC (32 pontos).

Benfica 38 – 25 Madeira SAD

Era um jogo de características especiais, face ao histórico recente dos encontros entre as duas equipas, mas apenas até aos 12 minutos houve equilíbrio (7-7), com o Benfica a assumir o comando do marcador e do jogo, para não mais o largar até final, construindo um resultado verdadeiramente “esmagador”. O Madeira SAD, utilizou os seus variados sistemas e agressivos defensivos, que desta vez não resultaram, face ao bem urdido sistema atacante do Benfica com a utilização dos remates aos 6 metros, onde esteve um José Costa irrepreensível, com 8 golos marcados até aos 45 minutos de jogo, quando foi excluído pela 3 vez. O Madeira SAD, face a postura atacante do Benfica, nunca conseguiu defender a preceito, de tal forma que nos primeiros 30 minutos nunca utilizou os seus pontas em soluções de remate. O Benfica que teve na sua baliza dois guarda redes inspirados, pois João Ferreirinho no pouco tempo que esteve em jogo realizou 8 defesas em 9 remates com uma eficácia de 89%, de referir ainda Carlos Carneiro (7 golos) que realizou uma excelente partida, mas que por vezes se perde ao tentar teatralizar, as faltas sofridas, e isso não é benéfico nem para ele nem para a equipa. O Madeira SAD, que esteve longe do que sabe e pode produzir, não teve o Telmo Ferreira do costume e falharam redondamente em soluções de ataque, com a tentativa sistemática de utilização dos remates do duo de 1.a linha constituído por João Ferraz e Hugo Rosário. O Jogo foi arbitrado pela dupla Aveirense constituída por Mário Coutinho e Ramiro Silva, que estranhamente, durante os primeiros 30 minutos não usou o mesmo critério disciplinar que usou no segundo período de jogo, nem foi coerente com o utilizado na final da Taça de Portugal, o que se estranha, evidenciado uma notária falta de critério disciplinar, e voltou a estar mal na marcação de 7 metros onde transformou faltas de atacante em violações dos defesas. 

Sporting 21 – 33 FC Porto

No pavilhão do Casal Vistoso bem composto de publico, e com uma ruidosas claque da equipa da “casa”, estando reunidas todas as condições para um jogo de qualidade e equilibrado, eis que, sem grande surpresa se verifica que apenas existia uma equipa em campo e essa chamou-se FC Porto, que “cilindrou” é o termos mais apropriado que encontramos, um conjunto de jogadores que tinha o equipamento do Sporting, mas que de equipa nada tinha. Não sabemos se são os jogadores que estão “fartos” do treinador, ou se pelo contrário o treinador já não sabe o que fazer com o plantel que têm ao seu dispor, pois é completamente incompreensível que jogadores como Hugo Rocha, esteja praticamente todo o tempo no banco, que João Paulo Pinto entre a dois minutos do fim e para Pivot, e que o cubano Del Sol nem sequer dispa o fato de treino, muito mais haveria para dizer, mas pensamos que não é essa a nossa função. O Sporting não defendeu, nem atacou, pois todo o seu jogo de ataque planeado, passou por meter a bola nos 6 metros em Bruno Moreira, aproveita-se para dizer que foi dos poucos jogadores que foi de uma total entrega ao jogo, sofrendo a bom sofrer, metido naquela forte defensiva. Hugo Figueira apesar de não estar nos seus dias, ainda deu um ar sua “graça”, no início do segundo período foi substituído por Ricardo Correia, que saiu aos 40 minutos, sem ter defendido uma única bola. Outro jogador que demonstrou as suas qualidades que nem sempre são aproveitadas foi Rui Silva. O FC Porto apenas permitiu que se registasse equilíbrio no marcador até aos 19 minutos, com o marcador a ser favorável à equipa do Porto por 9-8, atingindo o intervalo na frente do marcador por um diferencial de 4 golos 15-11. Quando se esperava uma reacção do Sporting nos segundos 30 minutos, o FC Porto com uma excelente prestação defensiva assente num Hugo Laurentino que esteve mais vez bem (52% de eficácia) até sair lesionado, coloca o marcador em 23-12 a seu favor aos 41 minutos. A equipa do FC Porto chegou a ter uma vantagem de 15 golos aos 57 minutos quando vencia por 33-18. Dizer que o FC Porto é das equipas com melhor orientação técnica, não chega, há que dizer que jogadores como Gilberto Duarte (4 golos), Wilson Davyes (5 golos), Pedro Spínola (5 golos), terminando em Dario Andrade (que exibição) com 8 golos, e com um aproveitamento de 100%, foram simplesmente notáveis durante todo o encontro. Com este resultado quase que pudemos afirmar que está encontrado o novo (renovado) campeão Nacional. O encontro foi dirigido pela dupla IHF de Leiria Eurico Nicolau / Ivan Caçador, e depois de vermos a actuação desta dupla, no jogo de hoje, começamos a compreender das razões de a arbitragem Portuguesa estar tão poucas representado em Jogos Olímpicos ou Fase Finais de Europeus ou Mundiais, ou dos grandes jogos entre clubes disputados sob a égide da EHF ou da IHF, a sua prestação de hoje atingiu o “ridículo” nalgumas situações de aplicação da Sanção Progressiva, onde não existiu qualquer critério. Na Falta do Atacante pura e simplesmente foi adulterado seu conceito. Resumindo, devem rever e depressa a sua noção de Sanção Progressiva.

Grupo “B”

5.ª Jornada

Belenenses 28 – 30 SC Horta

AC Fafe 27 – 30 Xico Andebol

Ismai 30 – 27 São Bernardo

Um derby minhoto entre o AC Fafe e o Xico Andebol, que terminou com a vitória da equipa de Guimarães, num encontro, onde o resultado foi praticamente construído durante os 30 minutos iniciais, ao AC Fafe não chegaram os 11 golos de Luís Nunes, com esta vitória do Xico, é nossa opinião de que poderão já ter “escapado” da descida de divisão,  e um encontro entre as duas equipas que ocupavam os lugares cimeiros do grupo em igualdade pontual, o Belenenses / SC Horta, que terminou com a vitória dos homens da Horta num encontro em que comandaram quase sempre o marcador, e tiveram em dois ex jogadores do Belém as suas principais armas, pois Rui Barreto (9 golos) foi o marcador de serviço e Nelson Pina (6 golos), foi um verdadeiro quebra cabeças para a defesa azul, numa equipa que ainda teve um guarda redes Nuno Silva a atingir os 50% de eficácia e um veterano a marcar 8 golos (Yuriy Kostetsky), no Belenenses o ressurgimento de Elledy Semedo (9 golos) como goleador foi insuficiente. O encontro entre as duas equipas que se encontravam nos últimos lugares do grupo “B” o Ismai / São Bernardo, terminou com a vitória da equipa da Maia, que com esta vitória provoca cada vez mais o afundamento da equipa aveirense, num encontro onde apenas se registou equilíbrio até aos 15 minutos, quando se registava uma igualdade a 6 golos, partir daqui só deu Ismai, que comandou o marcador até final do encontro, No Ismai destacam-se dois atletas o guarda redes Rui Pereira (44% de eficácia) e João Domingues (10 golos), como o marcador de serviço. No São Bernardo apesar de Tiago Sousa ter marcado 9 golos foi por demais evidente a falta de Daan Garcia, e falta de eficácia na marcação de 7 metros 3 em 7. A Classificação ficou assim ordenada, 1.º SC Horta (34 pontos), 2.º Belenenses (32 pontos), 3.º Xico Andebol (28 pontos), 4.º Ismai (24 pontos), 5.º AC Fafe (23 pontos), 6.º São Bernardo (21 pontos).

O Banhadas Andebol