Crónica de Fim-de-semana – 34 – 2012 / 2013 – I

FC Porto Campeão Nacional

2.º Clube Português a ser Penta Campeão na Modalidade

Crónica de fim-de-semana relativa à PO01 e dedicada à Fase Final Grupo “A” e Grupo “B”, quando o título Nacional foi definido na jornada e o resto também poderá ficar quase tudo, as competições Europeias, e até às descidas de divisão

PO01 – Campeonato Nacional da 1.ª Divisão Seniores Masculinos.

Fase Final

Grupo “A”

9.ª Jornada
ABC 35 - 27 SC Horta
FC Porto 26 – 23 Benfica
Sporting 32 - 18 Águas Santas

Provas Europeias
Liga dos Campeões – FC Porto

Jornada que se incisou com um ABC / SC Horta, e onde se registou a primeira vitória da equipa bracarense nesta fase, que desta forma o ultrapassa em termos classificativos. O ABC que comandou o marcador desde o minuto 1 ao 60, não deu quaisquer hipóteses ao seu adversário, chegando ao final dos primeiros 30 minutos já na posição de vencedor por 17-12. O ABC a partir do momento que atingiu uma vantagem confortável (10 golos) aos 39 minutos, passou a fazer gestão do resultado, de salientar neste encontro a exibição de Humberto Gomes com 41% de eficácia, bem como o acerto de Miguel Sarmento no ABC com 11 golos ( 6 em 6 de 7 metros), no entanto para nós o jovem Nuno Rebelo com 7 golos foi o atleta com melhor rendimento na equipa minhota, o “veterano” Yuriy Kostetsky no SC Horta com 7 golos (5 em 5 de 7 metros), foi não só o mais produtivo em termos de quantidade de golos, mas o mais eficaz em numero de assistências para golo. A jornada prosseguiu com um clássico e dos grandes o FC Porto / Benfica, que terminou com a vitória do FC Porto. No regresso ao Casal Vistoso, disputou-se o Sporting / Águas Santas, que foi um jogo que seguiu um rumo impensável para muitos ainda á pouco tempo atrás. O Sporting que durante os 7 minutos iniciais apenas tinha concretizado um golo e perdia por 3-1, iniciou uma recuperação de tal ordem que assim que assumiu o comando do marcador cerca dos 11 minutos (4-3), foi construindo um resultado de tal forma dilatado que aos 24 minutos já vencia por 15-7, e terminou o primeiro tempo com o resultado a seu favor por 17-8. Resultado que seria impensável para muita gente, não só devido a produção da equipa da Maia, como até á própria produção da equipa lisboeta. No Águas Santas foi notória a falta do guarda-redes António Campos, enquanto no Sporting, por estranho que pareça, os estrageiros foram utilizados e marcaram (Muresan 4 golos e Rudovic 3 golos), sendo Nuno Silva o único atleta de campo a ficar em branco. A baixa produção de Pedro Cruz nos Maiatos apenas 4 golos com apenas 29% de eficácia, foi mais das razões para este autêntico “descalabro” da equipa maiata. No Sporting o grande destaque para o guarda-redes Ricardo Correia com 56% de eficácia. Mas a maior referência vai para o Sporting se ter apresentado como equipa, e para a utilização de Rui Silva, que na véspera tinha contribuído para a vitória sobre o FC Porto em Juniores. A definição dos restantes lugares Europeus, estão completamente dependentes da Final Four da Taça de Portugal. A Classificação ficou assim ordenada, 1.º FC Porto (55 pontos), 2.º Benfica (53 pontos) 3.º Sporting (52 pontos), 4.º Águas Santas (42 pontos), 5.º ABC (36 pontos), 6.º SC Horta (34 pontos).

FC Porto 26 - Benfica 23

Num pavilhão completamente esgotado, e com um pulico completamente vibrante a confirmar-se como “8.º jogador” da equipa da casa, jogou-se um dos maiores clássicos do Andebol Português do momento o FC Porto / Benfica, que era nem mais nem menos decisivo para a atribuição do Titulo de Campeão Nacional. Venceu o FC Porto e precisamente pela diferença de que necessitava, para se sagrar de imediato Campeão Nacional, igualando o Sporting ao atingir o Penta Campeonato, numero que ficara para sempre na história do clube e da modalidade. Foi um jogo de grande equilíbrio, com os jogadores a tentarem nos minutos iniciais da partida a teatralizarem qualquer contacto, prevendo-se desde logo que não ia ser um encontro fácil de dirigir, valeu a ação da dupla nesta fase, e felizmente que tudo voltou ao seu normal. O equilíbrio foi de tal ordem que nos primeiros 30 minutos, o encontro foi praticamente comandado quase sempre pelo Benfica, que chegou ao intervalo a vencer pela margem mínima (13-12), dizer ainda que durante este período o FC Porto apenas por uma vez esteve na frente do marcador cercados 15 minutos (8-7), durante este período valeu ao FC Porto a excelente forma de Hugo Laurentino, com defesas quase impossíveis, mas que não eram suficientemente aproveitadas pelo resto da equipa, enquanto do outro lado, praticamente não existia vicente Alamo. Segundos 30 minutos completamente diferentes, uma entrada com uma atitude completamente diferente, e com o treinador azul e branco apesar de ter um plantel mais fraco (no nosso entender) a fazer uma completa gestão do mesmo enquanto do lado contrário assistia a conservadorismos puro e que julgamos deverá ter enervado não só os jogadores como os seus adeptos. Apesar da toada de equilíbrio o FC Porto chegou por várias vezes a ter 2 golos de vantagem, aproveitando as diversas falhas técnicas cometidas pelos seus adversários como por exemplo quando chega aos 18-16, após uma “infantilidade” de Tiago Pereira, ainda se verificou mais uma igualdade, agora a 20 golos estavam decorridos cerca de 45 minutos, a partir daqui os azuis e brancos assumiram o comando do marcador, apenas variando a diferença, e com Alfredo Quintana, também lele em grande na baliza e o regressado Alamo à balizado Benfica, a equipa nortenha chega aos 57,30 minutos a vencer por 3 golos de diferença (25-22), precisamente a diferença mínima de que necessitava, quando David Tavares falha um livre de 7 metros (parecia que estava em Guimarães a jogar contra a Macedónia), que daria certamente grande tranquilidade á equipa lisboeta. No Benfica de destacar a excelência do jogo produzido por Davor Cutura com 6 golos, tantos como David Tavares, de destacar ainda o jogo de Inácio do Camo, que não se limitou só a defender, e do regressado Ricardo Candeias (44% d eficácia). No FC Porto alem dos dois GR´s, de destacar o segundo período de Wilson Davyes /7 golos), e a exibição do regressado Ricardo Moreira com 10 golos (5 em 5 de 7 metros), mas no todo deve se destacar o seu conjunto. Dirigiu o encontro a dupla Internacional de Leiria Eurico Nicolau / Ivan Caçador, que produziu um trabalho bastante positivo, atendendo o grau de dificuldade do encontro, embora tenhamos alguma dúvida no seu critério de julgamento das falta cometidas pelos pivot’s nos 6 metros. Ao sote para a Liga dos Campões. Pois em resumo estiveram á altura daquilo que se exigia para este encontro.

Grupo “B”

9.ª Jornada
Camões 26 – 29 Belenenses
Xico Andebol 27 – 26 Madeira SAD
AC Fafe 33 – 30 AA Avanca

Clubes que já desceram de Divisão – Xico Andebol e Camões

Mais um dos atos lamentáveis e que não se compreendem, como é possível, não existir estatísticas, para os jogos deste grupo, ou serão que são “filhos de um Deus Menor”?

A uma jornada do fim desta fase, face ao conjunto de resultados, que se verificaram, ficou a conhecer-se quem a acompanhará o CDE Camões na descida de divisão. Em Guimarães, realizou-se o Xico Andebol / Madeira SAD, onde apesar da difícil vitória da equipa da casa sobre a equipa madeirense, não foi suficiente para evitar a descida de divisão, face ao resultado que se verificou em Fafe no AC Fafe / AA Avanca, onde a equipa da casa venceu e desta forma evitou que a descida de divisão fosse decidida apenas na última jornada, também num jogo equilibrado, onde Pedro Peneda (10 golos), foi a grande figura do encontro. No pavilhão Moniz Pereira, no CDE Camões / Belenenses, vitória esperada da equipa azul de lisboa, mas com dificuldades certamente não esperadas, mesmo com João Paulo Pinto a concretizar por 10 ocasiões.Classificação está assim ordenada, 1.º Belenenses (41 pontos), 2.º Madeira SAD (39 pontos), 3.º AC Fafe e AA Avanca (37 Pontos), 5.º Xico Andebol (34 pontos) e 6.º Camões (22 pontos).

O Banhadas Andebol