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segunda-feira, 3 de junho de 2013

Crónica de Fim-de-semana no Feminino 20 – Os 10 Menos

Na semana passada, publicámos os 10 mais do campeonato. Esta semana publicamos os 10 menos. Recordamos que, desde que começámos a colaborar com o Banhadas, há 2 anos atrás, apenas escrevemos sobre o Campeonato, deixando as restantes competições e seleções para outras pessoas. Para o ano, cá estaremos para vos contar tudo sobre o Campeonato Nacional da 1ª Divisão feminina. Mas, aproveitamos a nossa despedida desta época, para desejarmos sorte às seleções nacionais que vão participar nos Campeonatos da Europa.
 
10 Menos:
 
1) O fim do ciclo do Madeira Sad - Com o final do Gil Eanes pensou-se que o Madeira Sad ia dominar, facilmente, a competição. Mas as madeirenses terminaram no pior lugar da sua história. As dificuldades financeiras que viveram ao longo do ano, decerto também contribuíram para este desfecho. Mas se as dificuldades já vinham do ano anterior, como é que continuaram a contratar novas jogadoras, sem saber se haveria dinheiro para as pagar? Pode estar em causa o fim do Madeira Sad. Fazemos votos para que tal não aconteça pois o Madeira Sad tem feito muito pelo andebol feminino em Portugal e a Madeira merece duas equipas pela qualidade da formação que por lá se vai fazendo. Mas há que repensar o projeto e os investimentos.

2) Planeamento - É impensável que o campeonato termine no dia 12 de Maio. Sobretudo se tivermos em linha de conta que os clubes tiveram que disputar várias jornadas duplas. Por que não eliminar essas jornadas duplas e terminar o campeonato em Junho? E qual o sentido dos oitavos e quartos-de-final da Taça de Portugal surgirem a meio das semanas decisivas dos jogos dos play-offs?

3) Ausência de esquerdinas - Que nos perdoem todas as outras, mas as esquerdinas de qualidade no nosso campeonato resumem-se a 5 (Patrícia Rodrigues, Vanessa Silva, Ana Silva, Francisca Marques e Catarina Ascensão). Esta é uma das graves lacunas do nosso andebol feminino e um dos temas que devem merecer preocupação na forma como se faz a captação no nosso andebol.

4) O declínio do Colégio de Gaia - Ano após ano, o Colégio de Gaia vem perdendo protagonismo. E não é por falta de valores individuais mas por uma falta de exigência que se nota até na forma como as atletas aquecem antes dos jogos. Há muitos anos que nenhuma jogadora que ingresse no Colégio de Gaia sai de lá valorizada, bem pelo contrário, o Colégio de Gaia tem parado a progressão de algumas jogadoras de muita qualidade. Enquanto no Colégio de Gaia não se treinar a sério, a equipa de Paula Castro continuará a cair, ano após ano. Mas para quem quer um clube onde os treinos são devagar, devagarinho e onde nunca ninguém lhes exige nada, o Colégio de Gaia é o clube ideal. É uma pena ver o estado a que chegou o Colégio de Gaia.

5) Ausência do campeão nas competições europeias - A não participação do campeão nacional no apuramento para a Liga dos Campeões é sempre um momento triste para o andebol português. Compreendemos a posição do Madeira Sad face às dificuldades financeiras mas não deixa de ser algo que entristece quem gosta de andebol feminino em Portugal.

6) Preparação física - A falta de condição física da maioria das equipas do campeonato é gritante. Umas equipas por falta de treinos, outras equipas por treinos com baixa intensidade. O que é inegável é que há um conjunto de equipas que até têm bons níveis técnicos mas que a sua má condição física deita por terra qualquer ambição. Colégio de Gaia, Santa Joana e Passos Manuel, são bons exemplos disso. E até o Colégio João de Barros, vice-campeão nacional se ressente disso. Assim é difícil evoluir o andebol feminino em Portugal.

7) Jogadoras em sub-rendimento - Todas as épocas são marcadas por desilusões ao nível do desempenho de algumas jogadoras e esta não foi exceção. Rita Alves, apesar de estar na equipa campeã, teve uma época muito abaixo do seu normal, embora tenha a atenuante de ter vindo de uma lesão grave. Mariana Regadas continua a não confirmar o estatuto de promessa do andebol português, Ana Rita Costa que tão bem tem estado nas últimas épocas, fez uma temporada muito abaixo do seu valor e Soraia Lopes, a jogar muitas vezes fora da sua posição, foi uma das grandes desilusões desta época, fazendo uma fraca época ao serviço do Madeira Sad.

8) A desilusão do Santa Joana - Maria Domingues, Mariana Regadas, Marlene Pinto, Rita Monteiro são nomes de qualidade no andebol português. O Santa Joana reforçou-se bastante e esperava-se uma equipa que chegasse aos play-offs. Mas o seu desempenho na primeira fase foi horrível, com apenas uma vitória em 22 jogos! Há que reconhecer que o seu comportamento na segunda fase foi bem melhor, mas a desvantagem pontual trazida de trás era demasiado grande para impedir a despromoção. O Santa Joana fica agora a rezar para que o Madeira Sad não participe e parece ser esta a sina deste projeto, à espera de mais uma subida administrativa. Miguel Solha foi a primeira cabeça a rolar mas não será o único culpado de tudo. Há que mudar mentalidades.

9) Falta de jogadoras experientes - Num campeonato da Primeira Divisão em qualquer país desenvolvido (ou até mesmo em Portugal no masculino), há um lote de jogadoras na casa dos 30 anos que marcam claramente a competição, em número significativo, pela sua experiência e qualidade. Quantas jogadoras na casa dos 30 anos temos em Portugal? Infelizmente, um número muito reduzido. Nada temos contra as jogadoras mais jovens (são elas o futuro deste país!) mas enquanto não conseguirmos ter um campeonato com muitas jogadoras na casa dos 30 anos que aportem toda a experiência de muitos anos na modalidade, faltará sempre uma parte muito importante de qualquer campeonato competitivo.

10) Critério de nomeações - No início da época, o Conselho de arbitragem teve o cuidado de nomear bons árbitros para os jogos da competição mas, a partir do meio da época, começou a desleixar-se nas nomeações, baixando muito o nível dos árbitros que apitam a maior competição de andebol feminino em Portugal. O nível melhorou em relação ao ano passado, não o podemos negar, mas é importante que o Conselho de Arbitragem mantenha a qualidade das nomeações que teve no início da época.

Críticos Femininos

32 comentários:

Anónimo disse...

E será que em Ansião vamos ter transmissão dos jogos das juniores como tivemos nos meninos ? Fico à espera para ver como se mexe a FAP nesta fase final, veremos as diferenças entre os meninos e as meninas..

Anónimo disse...

Se as equipas não podem treinar claro que a preparação física é deficiente. Mas acho mal criticar os clubes e as jogadoras porque algumas estudam longe de casa.

Anónimo disse...

Se as equipas não podem treinar claro que a preparação física é deficiente. Mas acho mal criticar os clubes e as jogadoras porque algumas estudam longe de casa.

Anónimo disse...

Aproveitando um dos escolhidos para os 10 menos (critério de nomeações), gostaria de saber porque é que na proxima FF de Juniores, os 3 jogos vão ser arbitrados por jovens?
É este o critério da FAP para as Fases Finais? Onde estão os internacionais e experientes? Tá tudo de férias já? vamos a ver se estão á altura.

Anónimo disse...

Podemos não treinar a 100% no Colégio, mas temos bom ambiente! E o andebol não é só para quem quer evoluir, é importante ir para os treinos relaxadas e descontrair.

Os treinos são para conviver e não apenas para querer evoluir. E no Colégio de Gaia temos a noção disso e como vêem, podemos não ganhar, mas não há stress entre nós que é o mais importante.

E mesmo a treinar sem grandes maluquieras ficámos em 6º! Ah pois é!

Prospector disse...

Como pode o CA nomear os melhores se não há árbitros em quantidade que permitam encarar melhor qualidade.
Uma realidade a ter em conta: NÃO HÁ ÁRBITROS. E o CA nada faz para alterar o estado de coisas.

Anónimo disse...

Não vi muitos jogos do Madeira Sad, mas ontem Soraia Lopes foi uma das melhores marcou 7 golos na Final da taça de portugal. Parábens Soraia!

Anónimo disse...

O treinador do Alavarium diz que estão interessados apenas em 2 jogadoras internacionais portuguesas. Aposto em Bebiana Sabino (já anunciou o abandono da Sad) e Mónica Soares.

O Colégio João de Barros vai ver sair Dulce Pina.

E o Colégio de Gaia anda atrás de tudo o que mexe

Anónimo disse...

Nair Pinho e Andreia Duarte no Colégio de Gaia. Nádia Lemos no Santa Joana e Marlene Pinto na Académica de Espinho.

Dos grandes ainda não se sabe nada...

Anónimo disse...

E depois desta excelente época do JAC será que vamos ver outras jogadores a entrar naquele elenco para tentarem algo mais avançado no campeonato ? Algumas jogadores mais experientes ? Aguardo para ver, ansiosamente..

Anónimo disse...

Com a filosofia de "a gente quer é divertir-se" não vai faltar gente a ir para o colégio.

Anónimo disse...

Cronica de fim-de-semana no feminino.....
Os meus parabens ao autor e os temas focados no artigo com os quais estou de acordo.
Agradeço o seu trabalho sobre e só e ainda bem, o Campeonato Nacional Feminino p09. Boas férais e criar novos temas para a proxima época.

Aso responsaveis pelas equipas e que são visados neste artigo, devem reflectir trocar opiniões com os elementos do STAFF técnico e administrativo de forma a ser possivel evitar a queda anunciada de algumas equipas que foram a referencia do nosso Andebol Feminino, refiro-me ao Colegio de Gaia e Madeira SAD.
ADC

Jorge Almeida disse...

Críticos Femininos, para mim, o vosso ponto 5 tem a mesma causa que os vossos pontos 6 e 9, a falta de reconhecimento do desporto feminino em Portugal.

A grande maioria das jogadoras abandona a prática federada da modalidade durante o ensino superior, e nunca mais volta (porque depois entra a carreira profissional, o casamento, os filhos, etc ...), daí serem raros os casos de praticantes com 30 ou mais anos ainda em actividade, e ainda mais raros os casos de não ter havido hiatos de inactividade "a meio do processo".

A mesma falta de reconhecimento leva a que não haja patrocínios, o que leva a ausência de andebolistas femininas profissionais, o que faz com que não haja disponibilidade para treinar uma vez por dia. Treina-se quando se pode, muitas vezes pedindo a colegas de trabalho que troquem de turno. Aí, claro está que a condição física das equipas se ressente, e a velocidade de jogo é incomparavelmente menor que nos jogos que vemos da Liga dos Campeões Femininos.
Também sem patrocínios não se vai a lado nenhum, muito menos a apuramentos da Liga dos Campeões em condições de passagem.

Penso que estes 3 pontos são mais culpa do Governo que dos clubes ou da FAP. E é um problema que se arrasta à décadas ...

Jorge Almeida disse...

Anónimo 3 de Junho de 2013 às 22:43,

não é com muitos 6ºs lugares que se tem feito a história do Colégio de Gaia.

Anónimo disse...

Muito gostam de criticar o Colégio de gaia...

No Colégio se os treinos são assim é porque é assim que nos sentimos bem. Não somos profissionais disto e o andebol é algo para nos divertirmos!

E se fôssemos assim tão más não tínhamos já contratado a Nair Pinho e a Patricia Lima. Já deram o sim ao Colégio! Estão a ver como há jogadoras a virem para o colégio?

Anónimo disse...

Está-se a culpar erradamente a Paula Marisa. Nós treinamos com pouca intensidade no Colégio? Treinamos, mas a culpa é nossa que, ao fim de um dia de trabalho, não queremos ir para umsítio onde exijam enormidades de nós? A prof é inteligente o suficiente para perceber o que nós queremos e nos aguentar ali.

E apesar dos treinos serem como são, o Colégio é um clube muito apetecível. Ou como é que justificam que já tenham dito que sim para a próxima época a Nair Pinho e a Patrícia Lima?

Roam-se de inveja agora os outros clubes que as queriam! Colégio é isto!

Anónimo disse...

Amigas do Colégio, uma coisa é o bem estar pessoal de cada uma de vós. E se essa é a vossa forma de estar na vida e no andebol, então têm todo o direito de não quererem ser exigentes com treinos e afins.

Mas outra coisa bem diferente, é o bem estar e a dignidade do vosso clube. Se vocês gostam de ver o Colégio arredado do topo do campeonato, da posição que ao longo dos anos passados lhe pertenceu, sem brio, mérito, e a perder reconhecimento e importância a nivel nacional, isso é com vocês.

Não se esqueçam que o Colégio, por este andar, daqui a uns tempos será totalmente ofuscado pelo Maiastars (na formação já ninguém sequer conhece o Colégio). Vocês foram um pilar enorme do andebol portuense, e neste momento, estão a perder e muito o estatuto. E a vossa atitude repercute-se nos escalões de formação, onde cada vez menos raparigas querem jogar, e as que começam a jogar, cedo saiem.

Aprendam a ser exemplos, e tenham mais amor ao vosso clube, e esforcem-se para o levar a um lugar brioso!

Um abraço de um atleta masculino

Anónimo disse...

E atenção, no seguimento do meu comentário anterior, o Santa Joana vai pelo mesmo caminho há muito tempo. Equipa de amigas, sem objectivos e brio pelo clube. Só querem relaxe...

Enfim. Só de me lembrar daquela mítica equipa do Santa Joana quase a ser campeã nacional na formação, até me faz suspirar...

Anónimo disse...

Enquanto o Colégio de Gaia continuar a servir de porta de entrada para as selecções nacionais, não vão faltar jogadoras de outros clubes a irem para lá.
Já a formação do cloégio... enfim...

Anónimo disse...

É pena não terem dedicado um ponto ao Cale. Claramente um dos pontos negativos do campeonato.
Vamos vêr se para o ano contratam o Harry Potter, já que precisam de varinhas mágicas para conseguirem fazer o que outros fazem, mas sem magia.
Ano após ano as desculpas repetem-se, culpando os outros (nomeadamente os árbitros) por aquilo que não sabem ou não querem fazer.
Já é tempo de perceberem que não sabem tudo, não fazem tudo bem e não têm sempre razão.

Anónimo disse...

A maioria dos Clubes de Andebol Feminino em Portugal funciona de forma muito parecida com as pequenas empresas familiares.
São geridos por um pequeno núcleo de pessoas, que não muda ao longo dos anos.
Esta é simultâneamente a sua maior força e a sua maior fraqueza.
Tem de ser dado mérito a pessoas que ao longo de muitos anos vão mantendo vivos os nossos Clubes, graças a muito trabalho, "carolice" e gosto pela modalidade. Há pequenos Clubes que dependem quase exclusivamente do esforço e do empenho de uma duas pessoas. São merecedores de toda a admiração e gratidão por parte dos amantes do Andebol.
No entanto, esta é por vezes a maior limitação dos Clubes, pois tudo está dependente de pessoas que por por limitações diversas (sejam elas financeiras, disponibilidade de tempo ou mesmo falta de conhecimento e capacidade para fazer mais) acabam por ser o maior impedimento para o crescimento dos Clubes, seja em número de atletas, seja na qualidade do trabalho efectuado.
É tempo de aprender com o passado e mudar, para evoluir no futuro.
Não falta por aí gente nova com ideias e capacidade para fazer mais.
Tal como acontece nas empresas familiares que crescem e alcançam sucesso internacional, é preciso abrir as portas e as mentalidades, incorporando novos conhecimentos e valências.
Este é um caso em que mais vale o bom que poderá vir, do que o seguro (mas ultrapassado) que cá está!

Anónimo disse...

"a gente quer é divertir-se" ... por isso é que a Nair vai para o Colegio lol
Ou ela vai ser a ovelha negra e enquanto umas se divertem ela anda a fazer piscinas?

andebol feminino no seu melhor!

Anónimo disse...

Hummm, enfia a carapuça, enfia ! ! !

Olha a cabeça, olha a cabeça, do... a inchar

LLLLLLLLLLLLLOOOOOOOOOOOLLLLLLLLLLLLL

Anónimo disse...

Em Gaia continua-se a "enganar" miudas.É impressionante a capacidade de ilusão que por lá existe.

Prometer Selecções Nacionais a jogadoras jovens,, para ingressarem no seu clube é grave.

Das duas uma, ou manda no Sel. Florêncio e nas restantes Selecionadoras e no responsável da Federação pelas Selecções, ou então não passa de um conjunto de falsidades, para ludibriar pais e atletas, ou então se manda mais grave é.

Mas como também já vi clubes prometerem que pagam e aliciam as jogadoras, estas assinam e não recebem um centimo...

Cada um joga com as falsidades que pretende, é pena é usarem este tipo de estratagemas sem que a Federação actue e ponha um ponto final nestas situações.

No caso das duas atletas que referenciam, a ser verdade, prevejo o fim da carreira das mesmas em pouco tempo, a não ser que volte a ser selecionadora (eh e já sei que estão nas selecões jovens)

Anónimo disse...

Já chega de dizer mal do Colégio. As pitas do Académico vêm para aqui e vão curtir. O ambiente é bom e é o que interessa. Se não treinamos muito bem, acaba por não ser o mais importante. é importante é que nos sintamos bem e que cheguemos ao jogo e aí é que precisamos de correr.

Anónimo disse...

O anonimo das 19.48 com a natural Azia do cale

Anónimo disse...

Col. Gaia Já era....

Anónimo disse...

E do Garrett? não falam??
Clube fantástico que está a crescer outra vez!!

Anónimo disse...

Modelos de Competiçoes esta epoca muito melhorados, mas e preciso investir na requalificaçao dos treinaodres do andebol Feminino, compete-se razoavelmente, mas treina-se com principios sem sentido e desfocados da competiçao.
Sem essa melhoria nao vale apena iludir e sacrificar as atletas e os objectivos dos clubes.
Juvenal

Anónimo disse...

Juvenal:
Concordo 200%. O Andebol Feminino está a precisar de se requalificar. Momentos de crise podem ser momentos de oportunidade, todos juntos com humildade, seriedade e profissionalismo.
Abraço a todos do Andebol Feminino.

Anónimo disse...

enquanto houver treinadores de formação que não percebem nada de andebol muitos clubes não andam para a frente.

Anónimo disse...

o Garrett a crescer? o Garrett enquanto tiver um presidente desses não sai da cepa torta .coitadas das miúdas que jogam nesse clube.