Acção Técnica de Santa Maria da Feira 2008 - 1

Decorreu em Santa Maria da Feira, a reunião anual com técnicos, árbitros e dirigentes, para esclarecimento e directrizes técnicas para a época 2008/2009, no entanto mesma verificou um aproveitamento, de autentica campanha, pois voltou-se a referir os objectivos 2012, já apresentados em Assembleia Geral , onde foram aprovados. Verificaram-se várias intervenções, no entanto pelo seu conteúdo vamos apenas, nos referir a três delas, as que interessam verdadeiramente ao mundo do Andebol, e que são do Vice-Presidente da FAP Henrique Torrinha, do Seleccionador Nacional Mats Olsson, e do Prof. Pedro Sequeira da Formand. Como os comentários das três intervenções criariam um “post” demasiado longo, hoje vamos apenas referirmo-nos á intervenção do Prof. Pedro Sequeira, que refere essencialmente questões de orientação técnica para os quadros de arbitragem, mas que no nosso entender devem ser conhecidas de todos, para evitar surpresas nos jogos das diversas provas Nacionais.

As principais Orientações Técnicas , incidem essencialmente sobre o Jogo Passivo, Falta do Atacante e Sanção Progressiva, sendo referido com ênfase , de que se mantinham todas as orientações fornecidas na acção levada a efeito em 2007.

Jogo Passivo

Maior rigor na execução do Lançamento de Saída – Com esta chamada de atenção pretende-se que o jogo tenha menos períodos mortos e que o respectivo lançamento seja executado sem demoras ( no nosso entender é uma boa chamada de atenção e cá estaremos para verificar como os quadros de arbitragem vão proceder )

Demora na execução de todos os outros Lançamentos – Englobando-se aqui os próprios Livres de 7 Metros conforme foi referido . ( Desta forma as demoras na execução, podem levar á marcação de jogo Passivo )

Defesas que se superiorizam aos ataques - Basicamente o que se pretende é premiar as defesas que sejam mais eficazes, e que não permitem aos ataques criar opções de remate para golo . ( Na nossa opinião é uma orientação que vai criar polémicas nos jogos a ser cumprida com rigor )

Equipas que atacam jogando com o cronometro – Ou seja punir as equipas que provocam demoras excessivas na execução dos seus ataques, jogando com o tempo, e que na pratica o que pretendem é não atacar.

Substituições Defesa / Ataque – Mais uma vez este assunto é focado, exigindo maior rigor aos quadros de arbitragem, ou seja a decisão de substituição defesa ataque compete aos treinadores e são eles que devem decidir , aos árbitros apenas compete verificar se esse tipo de actuação vai ou não prejudicar o desenvolvimento do jogo e não marcar Jogo Passivo de cada vez que se verificar esta situação. Não se pode dizer que não irá haver tolerância, pois quem vê jogos do Campeonato da Europa ou do Mundo, constata que tais situações nem se colocam na maior parte das vezes.

Falta do Atacante

Prisão do Braço pelo atacante do defesa – Uma chamada de atenção para estas situações não passarem tantas vezes sem sanção.

Atacante fez falta sem bola – Uma referência especial, para o sancionamento da falta do atacante que após libertar a bola, se projecta sobre o defesa e que raramente é sancionada no nosso entender.

Simulações de Falta do Atacante – Eis uma situação que se verifica assiduamente e que normalmente não é punida . Estamos a falar dos defesas que ao menor contacto com os atacantes simulam que os mesmos cometem falta, foi indicado aos quadros que devem punir não só tecnicamente mas disciplinarmente estas situações.

Sanção Progressiva

As regras são claras em relação à sua aplicação isto , portanto é apenas aplicar o que está escrito, e ser mais rigoroso. No entanto surge uma nova orientação para os quadros de arbitragem que no nosso entender irá criar muita polémica, ou seja foi transmitido de que apenas se deve proceder à amostragem de cartões amarelos entre os 0 e os 10 minutos de jogo. E que a partir deste tempo só aplicar as exclusões , pois a partir desta altura não deverá haver cartões amarelos , principalmente na 2.ª Parte. O Conteúdo das regras da modalidade não refere nada disto, e poder-se-á criar situações de verdadeira injustiça com esta orientação. No entanto os clubes e os atletas tem de estar prevenidos para estas orientações, principalmente nos primeiros jogos da próxima época.

O Formador