Uma nova Parceria se vai iniciar com a apresentação da 1.ª Crónica do Sete Metros... e Meio. Saudamos o seu regresso e apresentamos na integra a sua primeira crónica.
Dinastia Fricassé
Meus amigos,
Cá estou eu novamente! Como devem calcular não me falta o que escrever, este período de ausência agudizou a minha falta de lucidez de tal forma que a demência crónica que me ataca, levou a que reflectisse sobre...a gripe das aves. Ora ao contrário do que falam, meus amigos, é caso para estarmos alarmados…ela chegou, está a propagar-se e já anda entre nós. Consta inclusive que alguns galináceos de grande porte aparentam dificuldades de equilíbrio no poleiro, e com receio de serem esborrachados com a sua queda, alguns franganotes do aviário já buscam outras capoeiras. Um verdadeiro problema de saúde pública.
Ora como diz e muito bem o site da Calçada, Torresmo de Braga sucede a Deus da Ajuda no comando da Calçada. Meus amigos…trata-se efectivamente duma sucessão, de uma passagem do trono, ao jeito da mais conservadora casa real com costumes profundamente monárquicos no que respeita ao modelo de sucessão.
Para os menos entendidos nestas "coisas" da história dinástica portuguesa tudo começou com a Dinastia Afonsina em 1143, mais ou menos na mesma altura em que Deus assumiu o comando da Calçada (como ninguém vivo se recorda não é possível garantir que estou a faltar à verdade, mas aceito que possa ter sido antes), mas se em 1910 tudo teve um final feliz para a República, já no aviário da Calçada esse dia ainda não chegou. A dinastia Fricassé está para ficar, e já espalha a gripe pelos seus súbditos.
Eu sei…digamos que Dinastia Fricassé não será um cognome tão elegante como o que aos longos dos tempos se foi atribuindo, por exemplo, às nossas selecções de futebol, como foram os Magriços, Patrícios, Tugas e mais recentemente os conquistadores, nem sempre consensuais, mas meus amigos, aqui estaremos certamente de acordo, a dinastia Fricassé assenta que nem uma luva no trono da Calçada.
Ora no aviário da Calçada, podemos encontrar algumas galinhas poedeiras, uns quantos pintainhos mas o que mais abunda são os Galos Capões. Como escreve, e bem no meu entender, o Tratado Popular da Ciência Politica, "Dois galos na capoeira é asneira, a menos que um deles seja capado", nada mais acertado. Curioso foi ver, na Cerimónia de Tomada de Posse dos Órgãos Sociais do Galinheiro da Calçada, os pintainhos na plateia com o rabinho a dar a dar, uns afagavam o que ainda resta da crista, outros faziam um esforço hercúleo para caber dentro da fatiota de gala, e alguns, os Galos Capões (segredo da gastronomia que remonta ao tempo dos romanos que rapidamente descobriram que capar galos os tornava mais opulentos) exibiam o seu peitoral bem inchado embora desconfiados, sem saber bem o que estavam ali a fazer.
Meus amigos, só visto…uma sala cheia de Aves choronas, sensíveis, de coração enorme, comovidas com a partida do "Conquitador", mas o melhor estava para vir, o discurso de Torresmos, o Galo Mor, ressuscitou a plateia que de lágrimas de crocodilo passaram a lágrimas de riso ainda e só justificadas com a "comoção" do momento. O Secretário de Estado, alérgico a penas, nem sequer compareceu, limitando-se a enviar uma mensagem de despedida para o "amigo" Deus em que era notória a satisfação de o ver pelas costas. Esta ausência também evidencia que o Torresmos não tem o apoio de quem realmente interessa (apesar dele estar convencido que o único apoio importante é o da sua Associação). O "amigo" Moustafa também faltou à festa, demonstrando que não querer ser associado ao nosso andebol, apesar de Deus continuar convencido de que foi ele o grande obreiro da indicação do egípcio. Quem apareceu foi o Comandante do Olimpo que foi atrás do prometido jantar, o qual não parou de olhar enfadado para o relógio à espera do momento para abandonar a sala. Enfim, só visto.
Mas como se este belo elenco não chegasse para deliciar as hostes o que surpreendeu tudo e todos foi a apresentação de linhas orientadoras para um aviário cheio de galináceos desorientados, com o lema utilizado "Compromisso com a excelência". Lema gasto, totalmente vazio e profundamente incoerente com os galos que pontificam no poleiro da Calçada. Saberão aquelas aves raras o que é a excelência, ou o que implica o caminho da excelência? Será que conhecem os conceitos de qualidade, competência e formação? Será que se riram muito de nós quando escreveram "A valorização da cooperação, participação, mobilização de vontades e competências, como desígnio da Família do Andebol"? Meus amigos, todos tivemos oportunidade de ouvir os vários discursos, bem ao "mau" jeito da propaganda politica, pelo menos quando acordava-mos com a cabeça do companheiro do lado a bater-nos no ombro! Se alguém achava que pior seria impossível…ora então aí está, o impossível está a acontecer.
Se a maioria dos nomes que compõem os Órgãos Sociais do Galinheiro da Calçada se esperavam, o presidente dos homens do apito, o Major Paraquedista, foi a grande surpresa. O coitado foi alvo de mais uma cuidada politica de recrutamento da Calçada, que solidária com um dos ramos das forças armadas, havia acolhido um marinheiro Sargentão de água doce que agarrado a patinho-boia foi recebido pelo Galo Mor com a condição de dizer sempre que sim a tudo e mais alguma coisa. Com o pára-quedas descontrolado o Major Paraquedista, a caminho da cerimónia de homenagem aos combatentes do ultramar bem ao lado da Torre de Belém, caiu no Galinheiro da Calçada. Desorientado, convencido de que se tratava de uma universidade Sénior, o Major impressionou ao fazer a continência a Torresmos quando este num dos seus recorrentes devaneios lhe perguntou o que fazia ali. Como ao peito levava o apito de suporte à salvação em mar, foi imediatamente convidado a presidir o galinheiro da arbitragem do aviário da Calçada. Com medo de se encontrar num país inimigo, e que a recusa legitimasse um problema diplomático, o patriotismo do Major levou-o a aceitar incondicionalmente, honrando a bandeira, e "sem saber ler nem escrever" lá está enfiado na trincheira.
Ocupada a combater incêndios e sem meios para combater com aves não voadoras, a Força Aérea Portuguesa ainda não indicou qualquer representante para a Calçada, mas segundo informações veiculadas pela agência Lusa consta que os nossos militares já nem saem dos quartéis com receio de serem apanhados pelo Galo Mor.
Alvo de fogo amigo, conceito que nunca entendi, levar um balázio de alguém que está ao nosso lado é tudo menos amigo, o Major terá como missão desviar-se da artilharia dos Granizés que compõem o CA. Os perigosos obuses do Asterix do Restelo, qual miúdo só atira quando vê costas, e as bisnagadas do Zé da Ribeira, que com dificuldades para segurar a bazuca gamou a bisnaga ao puto do quarto 312, serão a maior preocupação do Major Paraquedista com o dia do seu abandono a ser alvo de apostas no mercado negro, que já agitam o negócio da Santa Casa da Misericórdia.
Portanto, novidades para os lados da Calçada da Ajuda só mesmo o Major Paraquedista que, segundo apuramos tem um perfil aposto ao do mano e por isso irá encaixar na perfeição no estilo predilecto do Torresmos, ou seja, será mais um "yes man". Por isso, desenganem-se aqueles que pensam que ser Major é sinónimo de se ser ideologicamente integro, pois jamais ele saberá impor seja o que for e ainda o iremos ver, como aconteceu com tantos outros, a carregar as malas do Torresmos e a ser o motorista do Zé da Ribeira. Nós apostamos claramente que o Major Paraquedista vai engolir sapos atrás de sapos e por isso se vai manter por muitos anos no poleiro para mal da arbitragem. Como uns bons pais, ficaremos atentos aos seus primeiros passos.
Sete Metros... e Meio
Dinastia Fricassé
Meus amigos,
Cá estou eu novamente! Como devem calcular não me falta o que escrever, este período de ausência agudizou a minha falta de lucidez de tal forma que a demência crónica que me ataca, levou a que reflectisse sobre...a gripe das aves. Ora ao contrário do que falam, meus amigos, é caso para estarmos alarmados…ela chegou, está a propagar-se e já anda entre nós. Consta inclusive que alguns galináceos de grande porte aparentam dificuldades de equilíbrio no poleiro, e com receio de serem esborrachados com a sua queda, alguns franganotes do aviário já buscam outras capoeiras. Um verdadeiro problema de saúde pública.
Ora como diz e muito bem o site da Calçada, Torresmo de Braga sucede a Deus da Ajuda no comando da Calçada. Meus amigos…trata-se efectivamente duma sucessão, de uma passagem do trono, ao jeito da mais conservadora casa real com costumes profundamente monárquicos no que respeita ao modelo de sucessão.
Para os menos entendidos nestas "coisas" da história dinástica portuguesa tudo começou com a Dinastia Afonsina em 1143, mais ou menos na mesma altura em que Deus assumiu o comando da Calçada (como ninguém vivo se recorda não é possível garantir que estou a faltar à verdade, mas aceito que possa ter sido antes), mas se em 1910 tudo teve um final feliz para a República, já no aviário da Calçada esse dia ainda não chegou. A dinastia Fricassé está para ficar, e já espalha a gripe pelos seus súbditos.
Eu sei…digamos que Dinastia Fricassé não será um cognome tão elegante como o que aos longos dos tempos se foi atribuindo, por exemplo, às nossas selecções de futebol, como foram os Magriços, Patrícios, Tugas e mais recentemente os conquistadores, nem sempre consensuais, mas meus amigos, aqui estaremos certamente de acordo, a dinastia Fricassé assenta que nem uma luva no trono da Calçada.
Ora no aviário da Calçada, podemos encontrar algumas galinhas poedeiras, uns quantos pintainhos mas o que mais abunda são os Galos Capões. Como escreve, e bem no meu entender, o Tratado Popular da Ciência Politica, "Dois galos na capoeira é asneira, a menos que um deles seja capado", nada mais acertado. Curioso foi ver, na Cerimónia de Tomada de Posse dos Órgãos Sociais do Galinheiro da Calçada, os pintainhos na plateia com o rabinho a dar a dar, uns afagavam o que ainda resta da crista, outros faziam um esforço hercúleo para caber dentro da fatiota de gala, e alguns, os Galos Capões (segredo da gastronomia que remonta ao tempo dos romanos que rapidamente descobriram que capar galos os tornava mais opulentos) exibiam o seu peitoral bem inchado embora desconfiados, sem saber bem o que estavam ali a fazer.
Meus amigos, só visto…uma sala cheia de Aves choronas, sensíveis, de coração enorme, comovidas com a partida do "Conquitador", mas o melhor estava para vir, o discurso de Torresmos, o Galo Mor, ressuscitou a plateia que de lágrimas de crocodilo passaram a lágrimas de riso ainda e só justificadas com a "comoção" do momento. O Secretário de Estado, alérgico a penas, nem sequer compareceu, limitando-se a enviar uma mensagem de despedida para o "amigo" Deus em que era notória a satisfação de o ver pelas costas. Esta ausência também evidencia que o Torresmos não tem o apoio de quem realmente interessa (apesar dele estar convencido que o único apoio importante é o da sua Associação). O "amigo" Moustafa também faltou à festa, demonstrando que não querer ser associado ao nosso andebol, apesar de Deus continuar convencido de que foi ele o grande obreiro da indicação do egípcio. Quem apareceu foi o Comandante do Olimpo que foi atrás do prometido jantar, o qual não parou de olhar enfadado para o relógio à espera do momento para abandonar a sala. Enfim, só visto.
Mas como se este belo elenco não chegasse para deliciar as hostes o que surpreendeu tudo e todos foi a apresentação de linhas orientadoras para um aviário cheio de galináceos desorientados, com o lema utilizado "Compromisso com a excelência". Lema gasto, totalmente vazio e profundamente incoerente com os galos que pontificam no poleiro da Calçada. Saberão aquelas aves raras o que é a excelência, ou o que implica o caminho da excelência? Será que conhecem os conceitos de qualidade, competência e formação? Será que se riram muito de nós quando escreveram "A valorização da cooperação, participação, mobilização de vontades e competências, como desígnio da Família do Andebol"? Meus amigos, todos tivemos oportunidade de ouvir os vários discursos, bem ao "mau" jeito da propaganda politica, pelo menos quando acordava-mos com a cabeça do companheiro do lado a bater-nos no ombro! Se alguém achava que pior seria impossível…ora então aí está, o impossível está a acontecer.
Se a maioria dos nomes que compõem os Órgãos Sociais do Galinheiro da Calçada se esperavam, o presidente dos homens do apito, o Major Paraquedista, foi a grande surpresa. O coitado foi alvo de mais uma cuidada politica de recrutamento da Calçada, que solidária com um dos ramos das forças armadas, havia acolhido um marinheiro Sargentão de água doce que agarrado a patinho-boia foi recebido pelo Galo Mor com a condição de dizer sempre que sim a tudo e mais alguma coisa. Com o pára-quedas descontrolado o Major Paraquedista, a caminho da cerimónia de homenagem aos combatentes do ultramar bem ao lado da Torre de Belém, caiu no Galinheiro da Calçada. Desorientado, convencido de que se tratava de uma universidade Sénior, o Major impressionou ao fazer a continência a Torresmos quando este num dos seus recorrentes devaneios lhe perguntou o que fazia ali. Como ao peito levava o apito de suporte à salvação em mar, foi imediatamente convidado a presidir o galinheiro da arbitragem do aviário da Calçada. Com medo de se encontrar num país inimigo, e que a recusa legitimasse um problema diplomático, o patriotismo do Major levou-o a aceitar incondicionalmente, honrando a bandeira, e "sem saber ler nem escrever" lá está enfiado na trincheira.
Ocupada a combater incêndios e sem meios para combater com aves não voadoras, a Força Aérea Portuguesa ainda não indicou qualquer representante para a Calçada, mas segundo informações veiculadas pela agência Lusa consta que os nossos militares já nem saem dos quartéis com receio de serem apanhados pelo Galo Mor.
Alvo de fogo amigo, conceito que nunca entendi, levar um balázio de alguém que está ao nosso lado é tudo menos amigo, o Major terá como missão desviar-se da artilharia dos Granizés que compõem o CA. Os perigosos obuses do Asterix do Restelo, qual miúdo só atira quando vê costas, e as bisnagadas do Zé da Ribeira, que com dificuldades para segurar a bazuca gamou a bisnaga ao puto do quarto 312, serão a maior preocupação do Major Paraquedista com o dia do seu abandono a ser alvo de apostas no mercado negro, que já agitam o negócio da Santa Casa da Misericórdia.
Portanto, novidades para os lados da Calçada da Ajuda só mesmo o Major Paraquedista que, segundo apuramos tem um perfil aposto ao do mano e por isso irá encaixar na perfeição no estilo predilecto do Torresmos, ou seja, será mais um "yes man". Por isso, desenganem-se aqueles que pensam que ser Major é sinónimo de se ser ideologicamente integro, pois jamais ele saberá impor seja o que for e ainda o iremos ver, como aconteceu com tantos outros, a carregar as malas do Torresmos e a ser o motorista do Zé da Ribeira. Nós apostamos claramente que o Major Paraquedista vai engolir sapos atrás de sapos e por isso se vai manter por muitos anos no poleiro para mal da arbitragem. Como uns bons pais, ficaremos atentos aos seus primeiros passos.
Sete Metros... e Meio
4 comentários:
Foi com este tipo de crónicas que o setemetros e meio atingiu o sucesso que se conhece. Naturalmente que se este é o objectivo do Banhadas, está no bom caminho!
Excelente crónica, que é um espelho absoluto da realidade actual , parabéns por este novo colaborador , ele também tem um profundo conhecimento do que se passa. Espero para ler as próximas crónicas.
Sentiamos a falta destas crónicas, boa banhadas
O lixo já chegou ao Banhadas.
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