Planeamento Desportivo 2020 /2021 - IV

CAMPEONATO PLACARD ANDEBOL 1

PREVISÍVEL A UMA FASE - 2 VOLTAS TODOS CONTRA TODOS

Segundo alguns OCS, a FAP organizou uma reunião com os clubes da PO.01 (Andebol 1), onde divulgou a forma de disputa da prova no futuro, interessante saber que a mesma mais uma vez se disputará com um aumento do número de clubes, o que na nossa opinião em nada beneficia o Andebol Nacional, bem pelo contrário, recordamos que o aumento com a alteração de formato que anteriormente se registou, foi porque alguns clubes estavam interessados em ter mais jogos, para justificar receitas, e a possibilidade de mais jogos com os chamados grandes, existindo até alguns cujos dirigentes, afirmavam publicamente que “olhavam para o seu umbigo”, e depois desse aumento e da alteração do formado da prova o que se verificou foi o desaparecimento de alguns clubes e a diminuição do número de atletas, e que esta época, já começa com pelo menos dois clubes a anunciarem a sua não participação nas provas Nacionais de Seniores e que segundo consta poderão não ser os únicos (desejamos que não existam mais)

Através do seu CO N.º 73 de 12-05-20, a FAP anunciou os participantes com direito desportivo e a inscreverem-se, e portanto qualificados, para a disputa da Prova na Época 2020 /2021. No entanto teremos de referir que, apenas após a data de 31-05-20, se deveria saber em definitivo, quais as equipas que participarão na prova (com excepção dos apurados na PO.01-A). É estranho que neste momento se desconheça não só quem respondeu dentro do prazo, e qual o regulamento desportivo da prova e dos seus pressupostos desportivos, embora também tenhamos a noção de que as datas limites ainda estão distantes (31-07-20), e apenas na presença do Comunicado Oficial N.º 1 e dos seus Anexos, seja previsível formar ideias com alguma previsão da forma como vai ser o Regulamento Desportivo, nos seus pontos essências.

Neste “post” abordaremos apenas a principal prova de Seniores Masculinos, que em relação à época anterior vai sofrer algumas alterações, conforme já escrevemos.

Mais um novo formato competitivo, que na nossa opinião não serve a modalidade, e provavelmente, diminuição de jornadas previstas, não é por motivos financeiros, mas camufladamente por outros motivos com as 16 equipas, previstas, a disputar a prova numa única fase no sistema de TxT, o que irá dar 30 jornadas.

Dizem as notícias, que desta forma se irão disputar menos 6 jogo no anterior grupo A (6 equipas), e 10 jogos no anterior grupo B (8 equipas). Na nossa opinião estes dados estão errados, pois no chamado Grupo A, a ser disputado com 6 equipas, disputam-se isso sim menos 10 jogos, (os correspondentes ás 10 jornadas a realizar), e no chamado grupo B, que era disputado por 8 equipas, disputam-se isso sim menos 14 jogos, (os correspondentes ás 14 jornadas a realizar). Para chegar a esta conclusão basta ver o regulamento da actual prova.

Parece-nos que como já disse um conceituado treinador da modalidade, que se perde mais uma oportunidade de organizar um verdadeiro Campeonato Nacional. Agora vejamos o seguinte. As Selecções Nacionais de Seniores Masculinos, de Júnior e dos Jovens, terão Europeus e Mundiais a disputar, ainda em 2020, e certamente em 2021, o ano apenas têm 52 semanas, se retirarmos as 8 de normal paragem (Julho e Agosto), apenas restam 44 semanas, se tivermos em linha de conta que a Selecção A, disputa durante o mês de Janeiro o Mundial no Egipto, teremos menos 4 semanas, o que passará a 40 semanas, se tivermos em linha de conta, as jornadas para os jogos de apuramento para o Euro de 2022, teremos no mínimo mais 3 semanas, resta-nos apenas 37 semanas, se tivermos em linha conta ainda os jogos de qualificação olímpica, perdemos no mínimo mais um fim-de-semana, restando somente 36 semanas, se entramos em linha de conta com as eliminatórias da Taça de Portugal Partindo principio que estas equipas, apenas participam a partir dos 1/16 final), teremos mais 4 semana, pelo já só ficam 33 semanas, e entrarmos em linha de conta com a Super Taça, teremos somente 32 semanas disponíveis, e agora ainda falta encaixar as paragens para os estágios, e para as restantes provas dos escalões de Júnior (em Portugal são todos seniores), e cabe-nos questionar será este modelo para os clubes pouparem dinheiro, ou é o modelo que mais interessa, para encaixar toda a actividade, responda quem souber!!!

Mesmo com este sistema de disputa, pergunta-se e como serão as descidas de divisão?

Através dessas notícias, é anunciado que a FAP, vai reduzir as taxas de inscrição das equipas Seniores, e isentar todos os escalões de formação, uma boa forma de ajudar os clubes, mas pergunta-se e os seguros, e as taxas de inscrições dos agentes da modalidade incluindo os atletas, e as arbitragens…

Por falar em arbitragens, já estão liquidadas as verbas em divida…

Estas medidas serão de aplicação “cega”, beneficiando todos, incluindo os não cumpridores, que a FAP, como à alguns tempos atrás divulgava nos seus relatórios e contas como devedores, e agora deixou de o fazer, ver imagem das contas de 2008 (pág 45 do respectivo relatório e contas, como exemplo), omitimos o nome da Associação e dos clubes, para salvaguarda das respectivas entidades, pois não pretendemos prejudicar ninguém esse não é o nosso objectivo

O Analista