gal vence

- ESPERAMOS O AUMENTO DA PRESENÇA DE PÚBLICO NOS PAVILHÕES, MAS COM A DIGNIDADE QUE A MODALIDADE MERECE.
- Resultados em Post da Referida Prova -

sábado, 15 de setembro de 2018

Crónica de Fim-de-semana – 05 – 2018 / 2019 – I


Crónica de fim-de-Semana, sobre a PO01, relativa aos jogos da 3.ª Jornada que se disputaram.

PO01 – Campeonato Andebol 1 Seniores Masculinos.

1.ª Fase
1.ª Jornada
Dia 26-09-18
AC Fafe - CCR Fermentões (21H00)
3.ª Jornada
Dia 12-09-18
Águas Santas 27 – 32 Sporting (Antecipado)
Dia 15-09-18
Ismai 20 – 24 Madeira SAD
Benfica 35 – 21 CCR Fermentões
FC Porto 42 – 15 Boa Hora
ABC 31 – 20 Arsenal
Belenenses 31 – 21 SC Horta
AC Fafe 25 – 30 AA Avanca

Realizaram, hoje, os restantes jogos em falta para completar a 3.ª jornada, que teve um jogo antecipado, e já devidamente comentado. Nos jogos disputados, não se verificaram quaisquer surpresas, e foram todos disputados sem ocorrências disciplinares.  

Belenenses 31 – 21 SC Horta  

Jogo disputado no Pavilhão Acácio Rosa, e que em nosso entender merecia uma melhor assistência. Foi um encontro com equilíbrio até cerca dos 21 minutos, quando se registava uma igualdade a 10 golos, onde o Belenenses entrou no jogo com pouca agressividade defensiva, e com ataques pouco planeados, e que apenas melhorou após um time OUT solicitado pelo seu técnico, uma referencia, para o parcial de 6-0, que ainda no primeiro tempo foi obtido pelo Belenenses, que passou de um resultado desfavorável de 10-8, para um resultado favorável de 14-10,chegando ao intervalo a vencer pro 15-12. Tivemos depois um segundo período de jogo completamente diferente, como Belenenses, mais assertivo em termos atacantes, e com uma maior agressividade em termos defensivos, e apesar da excelente prestação de Rui Ferreira (33% de eficácia) na baliza da equipa insular, esta com pouca rotação do seu plantel, foi decaindo de produção, com o número de falhas técnicas a subir exponencialmente, assim não foi de estranhar a dilatação do resultado, que cerca dos 36 minutos já vencia por 19-13, e com o SC Horta a realizar ataques, completamente sem nexo (na nossa opinião), e aos 53 minutos a equipa continental vencia por 27-19, e só a partir deste momento a equipa insular, com o resultado praticamente feito, começa a rodar o seu plantel, diga-se desde já que o número de faltas técnicas cometidas pelo SC Horta, não é normal para uma equipa da 1.ª Divisão, situação que o técnico do Belenenses, geriu durante os 60 minutos, e aos 55 minutos, chega-se à maior vantagem de todo o jogo 29-19, que acaba por ser a igual à vantagem final do encontro. No Belenenses, uma chamada de atenção para a prestação dos seus homens de baliza Miguel Moreira (43% de eficácia), e que apenas entrou já no decorrer do segundo tempo e o brasileiro Roney Ranzini (35% de eficácia), com Nuno Roque (8 golos, 80% de eficácia, 2 em 2 de 7 metros), e Pedro Sequeira (5 golos, apenas com 42% de eficácia, 3 em 3 de 7 metros), no SC Horta, além do seu guarda-redes, já referido um destaque apenas para Pedro Silva com 5 golos (83% de eficácia). Com este resultado o Belenenses, continua sem sofrer derrotas. Jogo dirigido pela dupla Internacional, madeirense, constituída por Duarte Santos e Ricardo Vieira, que teve uma actuação sem merecer qualquer reparo.

Ismai 20 – 24 Madeira SAD

No pavilhão Municipal da Maia, disputou-se este encontro, perante uma fraca assistência, entre duas equipas, com bons princípios andebolísticos, onde o Madeira SAD, como de costume se apresentou com uma defesa agressiva, como normalmente, e com um guarda-redes que enquanto jogou foi uma das suas principais figuras, estamos a referir-nos ao jovem Gustavo Capdeville (47% de eficácia), sendo posteriormente bem substituído (já no decorrer do 2.º tempo) por Luís Carvalho com 43% de eficácia. O Ismai, foi sempre uma equipa de transições rápidas da defesa para o ataque, e esteve bem em algumas situações de contra ataque, no entanto o Madeira SAD, assumiu o comando do jogo e do marcador cerca dos 9 minutos (5-4), para chegar ao intervalo a vencer por 13-9, no segundo tempo apesar das melhorias na defesa do Ismai, onde a entrada do guarda-redes Ricardo Castro (48% de eficácia), foi fundamental, no entanto o Madeira SAD, nunca se precipitou ao contrário do seu adversário, em especial no ataque onde um dos seus principais elementos esteve em dia não, referimo-nos a Carlos Santos (3 golos, apenas 43% de eficácia), teve várias falhas frente aos guarda-redes, que não ajudaram a equipa, que tentou sempre aproveitar as reposições rápidas em jogo, de que tanto gosta e pelo que viu são trabalhadas, durante os seus treinos, o Ismai teve pelo contrário um jogador que não foi dos seus melhores marcadores, nem dos que teve a melhor eficácia, (João Carvalho, 29% de eficácia), mas que foi o atleta mais em termos de entrega e abnegação ao jogo na sua equipa, que teve 11 atletas a marcarem golos. Por sua vez o Madeira SAD teve outro jogador em bom plano, Ulisses Ribeiro (7 golos, 64% de eficácia, 3 em 5 de 7 metros), e Elledy Semedo (6 golos, 60% de eficácia), com Paulo Fidalgo a gerir o plantel nos momentos finais, bem como os momentos de jogo, em que chegou a estar a vencer por 6 golos de diferença (22-16, por exemplo aos 49 minutos). Dirigiu o encontro a dupla Internacional de Leiria, constituída por Ivan Caçador e Eurico Nicolau, que esteve bem e com princípios de equidade nos parâmetros que normalmente são avaliados, em especial na sanção progressiva.  

Na Luz 2, disputou-se o Benfica / CCR Fermentões, que foi um jogo entre equipas de diferentes “campeonatos”, foi um encontro que na prática, só teve um sentido de jogo, com o Benfica a assumir o comando do jogo e do marcador a partir dos 3 minutos de jogo, e nos primeiros 30 minutos, o CCR Fermentões ainda foi proporcionando algum equilíbrio, mas o intervalo chegou com o Benfica já chegou a vencer por 19-14. No segundo tempo o Benfica meteu o pé no acelerador, e rapidamente chegou a uma diferença de 10 golos, aos 38 minutos (26-16), para terminar com a maior vantagem que teve durante todo o encontro. Os destaques do jogo são na nossa opinião, os guarda-redes do Benfica, Hugo Figueira (46% de eficácia), como Borko Ristovski (33% de eficácia), e dos 10 jogadores que marcaram golos, destacamos Nuno Grilo com 13 golos (81% de eficácia, 2 em 2 de 7 metros), e Belone Moreira (7 golos, 88% de eficácia, 2 em 2 de 7 metros). No CCR Fermentões, com Sérgio Ribeiro com 5 golos (56% de eficácia, 1 em 1 de 7 metros), e Raúl Nunes na baliza com 27% de eficácia.

No pavilhão Flávio Sá Leite, tivemos um dérbi minhoto, entre o ABC / Arsenal, que felizmente registou uma boa assistência, mas no entanto foi mais um jogo de um só sentido, como ABC a comandar o jogo durante os 60 minutos, chegando ao intervalo já na frente do marcador por 15-8, para terminar com 10 golos de vantagem, que foi a maior diferença registada em todo o encontro. O ABC, que fez uma total gestão do seu plantel, onde 10 jogadores marcaram golos, teve em Hugo Rocha (5 golos, 83% de eficácia, 3 em 4 de 7 metros), e Dario Andrade (5 golos, 71% de eficácia) foram os melhores marcadores da sua equipa, com o experiente Humberto Gomes na baliza a ter 45% de eficácia), e o jovem Cláudio Silva, que jogos ainda alguns minutos chegou a 60% de eficácia. No Arsenal, Miguel Gomes (6 golos, 67% de eficácia, 1 em 2 de 7 metros).

No Dragão Caixa, com boa presença de publico, tivemos o FC Porto / Boa Hora, que foi mais um jogo, entre equipas de “diferentes” campeonatos, com o FC Porto a demonstrar a sua superioridade, e o bom momento de forma que atravessa, chegou ao intervalo já a vencer por 22-7, o que diz tudo da forma como decorreu o jogo, lembrando por exemplo que nos últimos 15 minutos do jogo, o FC Porto concretizou 12 golos, conta 1 do Boa Hora e pensamos que esta tudo dito. Grande diferença nas prestações dos homens de baliza, pois enquanto Alfredo Quintana com 60% de eficácia, e Hugo Laurentino com 50% de eficácia, os homens no mesmo posto, no Boa Hora, tiveram somente os seguintes números, Manuel Gaspar (9%de eficácia), e Diogo Valério (13% de eficácia). Em termos de gestão do plantel o FC Porto, teve 14 jogadores a marcarem golos, com Alexis Borges (7 golos, 100% de eficácia), Miguel Martins (5 golos, 83% de eficácia, 2 em 3 de 7 metros), e Mbengue (5 golos, 100% de eficácia). No Boa Hora não existem mais referência, pois o seu melhor marcador não passou dos 3 golos (Uros Markovic, 100% de eficácia).

No Municipal de Fafe, realizou-se o AC Fafe / AA Avanca, com uma boa assistência, e como se previa apesar da superioridade da equipa da AA Avanca, mas que apenas assumiu o comando do marcador a partir dos 9 minutos de jogo (3-2), para chegar ao intervalo a vencer por 14-11, apenas começando a dilatar o marcador a partir dos 45 minutos, quando vencia por 22-17, chegando a ter 8 golos de vantagem, como por exemplo aos 50 minutos, quando a AA Avanca vencia por 27-19. Destaca-se nas equipas Nelson Reynel (36% de eficácia), na baliza do AC Fafe, e Luís Silva com 40% de eficácia, na baliza da AA Avanca, No AC Fafe, dos 10 atletas que marcaram golos, Gualter Furtado (5 golos, 56%de eficácia, 2 em 2 de 7 metros), foi o seu melhor marcador, por sua vez na AA Avanca, Jenilson Monteiro (9 golos, 69% de eficácia), e Diogo Silva (7 golos, 64% de eficácia), foram os seus melhores marcadores.

Classificação actual – FC Porto, Belenenses, Benfica, e Sporting (9 pontos), 5.º Águas Santas, e ABC (7 pontos), 7.º AA Avanca, Madeira SAD, SC Horta, e Boa Hora (5 pontos), 11.º Ismai, e Arsenal (3 pontos), AC Fafe (-1 jogo), e CCR Fermentões (-1 jogo) (2 pontos). 

O Banhadas Andebol

16 comentários:

Anónimo disse...

"Belenenses 31 – 21 SC Horta, equilíbrio até cerca dos 21 minutos, quando se registava uma igualdade a 21 golos."

"uma referencia, para o parcial de 6-0, que passou de um resultado desfavorável de 10-8, para um resultado favorável de 14-10".

Anónimo disse...

3ª Jornada:
Boa competição nas melhores Equipas e goleadas impressionantes acima dos 40 golos e no mesmo campeonato!. Reflexão por parte dos responsaveis pela calendarização desportiva.
Não adianta dividir os pontos da 1ª fase(valem 1,50 pontos) para a Fase Final(valem 3 pontos.), é preciso melhor estrategia e boas soluções!
Senão sabem perguntem a quem sabe ou empresas de Mercado!
Estudem outrso campeonatso cá e noutrso países e vejam as soluções encontradas!
ADC

Anónimo disse...

FICA A DICA, À 3 JORNADA MAIS DE 50% DOS JOGOS TEVE UM EQUIPA COM DIFERENÇA DE MAIS DE 10 GOLOS... AGORA PENSEM AS PESSOAS RESPONSÁVEIS O QUE QUEREM PARA NOSSO ANDEBOL..

Anónimo disse...

Triste campeonato onde só três equipas são assumidamente profissionais. Vi um resumo e é incrível como há jogadores a fazerem rir. Igualmente algumas duplas de árbitros. Técnica pobre e alguma barriga saliente. Só o sonho ou muita vontade não chega amigos! Goleadas em que dois dos grandes fizeram descansar jogadores dão que pensar!

Anónimo disse...

Mas se o andebol é fraco em Portugal o que querem que se faça? É fraco e não há dinheiro. Os 3 grandes têm dinheiro e investem para ganhar e tentar algumas surpresas lá fora. Dos clubes que sobram ou são aquele tipo de clube que dá algum sustento a determinados jogadores Ou são aqueles que existem para permitir que os atletas façam desporto. Há clubes em que os jogadores jogam por amor à causa e por uns trocos para as depesas de viagens e uns janteres no final dos jogos.

Um campeonato a 3 (Benfica, Porto e Sporting). + Um campeonato a 4 (Boa Hora, Fafe, Fermentões e Arsenal) + Um campeonato para todos os outros. É este o modelo competitivo?

Sinceramente, perguntem a empresas do mercado e a outras países? Para quê? A falha está encontrada é falta de dinheiro. Nunca foi preciso perguntar a ninguém como se fazia um campeonato quando se andava no tempo das vacas gordas. No tempo da LPA foi preciso perguntar a alguém como se fazia? Não...havendo dinheiro é fácil.

Não precisa de vir uma Troika especializada para descobrir a pólvora.

Anónimo disse...

curiosamente a LPA, não ficou a dever a ninguém e ainda deu lucro, porque seria

Anónimo disse...

O comentador de 17 de setembro de 2018 às 15:06 é claro um ator direto da FAP ou um seu apoiante encartado.
E, no que diz, sintetiza tudo o que é a ação da FAP atualmente.... falta de ideias e desistência perante as dificuldades. Basicamente dizem não há nada a fazer!
Mas então saiam, demitam-se e não impeçam outros de se candidatarem como fizeram nas ultimas eleições.
Acreditem que há quem sabe mais do que aquilo que esta Direção está a (não) fazer.
Todos os dias o andebol perde na comparação com as modalidades rivais.
Acordem e sejam honestos!



Anónimo disse...

A LPA não ficou a dever nada a ninguém é certo e até deu lucro e porquê? Porque havia bons jogos com equilíbrio e surpresas...e porquê? Porque havia dinheiro.

FC Gaia a ganhar ao Sporting; Ac Fafe a ganhar; Vitória de Setúbal também...onde foram parar esses clubes? Ao charco! A LPA deu dinheiro, mas os clubes quando as "vacas gordas" mirraram ficaram na penúria!

Anónimo disse...

Mas qual actor direto da FAP? Apenas e só quem anda na modalidade há muitos anos e sempre andou atento à mesma.
Já se jogou playoffs e campeonato regular. No estado a que a situação chegou não interessa o modelo competitivo porque o problema está na falta de qualidade das equipas e sobretudo na diferença gigantesca que existe entre os 3 grandes e os outros. Pelo meio, como anteriormente disse, existem aqueles que são muito muito fracos e lutam para não descer e aqueles que nem descem nem ficam no topo, ou seja, são grandes para os pequenos mas ainda muito pequenos para os 3 grandes.
Se fossem todos fraquinhos o campeonato era equilibrado, por baixo mas equilibrado, como existem os 3 grandes é normal que aconteça aquilo que está acontecer. Sinceramente, julgo que este ano o campeonato será decidido nos jogos entre os 3 grandes (e talvez mais ABC em casa) o resto será carimbado com vitórias e algumas delas mesmo retumbantes.
Basta uma vista de olhos pelos comentários e existe quem esteja surpreendido por vitórias por mais de 10? Por mais de 20? Vai chegar o jogo em que reunidas as condições favoráveis se calhar fica por 40 ou 50 de diferença.
Borko Ristovski, Quintana, Asanin, Ruesga, Nyokas, Chiuffa, Alexis Borges, Salina, Tiago Rocha, Nikcevic...enfim e quantos mais poderia aqui elencar de qualidade. Jogadores de tarimba, internacionais, campeões do mundo inclusive, que já tiveram, ou têm tudo, para anos e anos em campeonatos competitivos, em liga dos campeões, enfim...a jogar no mais alto patamar do andebol internacional!
E do outro lado o que temos? A maior parte das equipas têm é miúdos!
Miúdos emprestados pelos grandes em alguns casos ou que subiram da formação da casa e que são mesclados com os mais veteranos. Depois se algum se destacar salta para um grande (Rui Silva (DF Holanda), Miguel Martins(Ismai) são apenas dois exemplos dos mais evidentes nos últimos anos, mas mais haveriam) que agora com as equipas B's, mesmo vindo eles com experiência de primeira divisão, até têm onde os lapidar a gosto antes dos colocar na equipa principal. Portanto, mesmo quando surge algum melhor jogador que possa incrementar qualidade numa equipa extra "3 grandes" rapidamente é pescado.
Portugal teve uma geração de talento que foi vice-campeã europeia e os integrantes dessa geração foram absorvidos pelas equipas maiores, ou seja, a última grande geração nem está dispersa pelo campeonato, mas sim concentrada nos grandes (alguns lá fora Gilberto, Wilson, Ferraz...). Talvez a próxima grande geração seja aquela que recentemente ficou em 4º lugar numa grande competição para o escalão...mas, só daqui a uns anos se saberá.

Anónimo disse...

(Parte 2)
Repare-se, até o ABC o clube de formação por excelência e único capaz de ombrear nos últimos largos anos com os 3 grandes já teve Pesqueira, Seabra, Carlos Martins, Grilo (...) mas actualmente não tem mais poderio financeiro para os segurar. O acentuar de diferença dá-se pelas propostas irrecusáveis que os grandes podem fazer. Por exemplo, Seabra confessou que indo para o Benfica teria condições de suspender a carreira profissional (na medicina) para se dedicar apenas e só ao Andebol. A diferença é essa meus caros. O dinheiro.
Agora se o ABC não consegue imagine-se o Boa Hora (maioritariamente composto por miúdos), o Fermentões (que subiu e tem miúdos e os jogadores da casa que por lá já tinha) o Fafe (miúdos que apesar de jogos na Andebol 1 continuam a ser miúdos e alguns jogadores mais rodados e da casa), o Arsenal (que tem miúdos que muitos até tinham terminado a carreira pois no final do escalão de juniores não tinham nenhuma proposta)..querem o quê?! Andebol equilibrado quando de um lado temos a excelência e verdadeiros monstros para o panorama nacional e do outro jogadores jovens e com parca qualidade?
Claro, depois há equipas com jogadores de qualidade como o Águas Santas ou o Madeira SAD que vão ser demasiado fortes para quem joga para não descer, mas ainda assim estarão longe de conseguir chatear os grandes no que à conquista do campeonato diz respeito.
Não houve, não há, não vai haver modelo competitivo que dê volta a esta realidade. Pode ser a direcção que está, uma que já tenha estado, outra que venha a estar. Podem chamar empresas especializadas e dirigentes de outros países. Podem fazer consultas públicas, reunir painéis de treinadores, jogadores, especialistas de todas as áreas. Podem fazer trinta por uma linha que enquanto houver de um lado clubes com capacidade para trazer qualidade de lá de fora para juntar ao talento jovem que por cá vai despontando e que vão absorvendo para si Versus os outros remediados (e alguns nem remediados se podem considerar porque para o serem ainda tinham de ter mais alguns cobres no bolso!) o andebol em Portugal continuará a ser cada vez mais assim, ou seja, de diferenças e disparidades absurdas.

Anónimo disse...

TOTALMENTE DE ACORDO

Anónimo disse...

(Parte 1)
Mas qual actor direto da FAP? Apenas e só quem anda na modalidade há muitos anos e sempre andou atento à mesma.
Já se jogou playoffs e campeonato regular. No estado a que a situação chegou não interessa o modelo competitivo porque o problema está na falta de qualidade das equipas e sobretudo na diferença gigantesca que existe entre os 3 grandes e os outros. Pelo meio, como anteriormente disse, existem aqueles que são muito muito fracos e lutam para não descer e aqueles que nem descem nem ficam no topo, ou seja, são grandes para os pequenos mas ainda muito pequenos para os 3 grandes.
Se fossem todos fraquinhos o campeonato era equilibrado, por baixo mas equilibrado, como existem os 3 grandes é normal que aconteça aquilo que está acontecer. Sinceramente, julgo que este ano o campeonato será decidido nos jogos entre os 3 grandes (e talvez mais ABC em casa) o resto será carimbado com vitórias e algumas delas mesmo retumbantes.
Basta uma vista de olhos pelos comentários e existe quem esteja surpreendido por vitórias por mais de 10? Por mais de 20? Vai chegar o jogo em que reunidas as condições favoráveis se calhar fica por 40 ou 50 de diferença.
Borko Ristovski, Quintana, Asanin, Ruesga, Nyokas, Chiuffa, Alexis Borges, Salina, Tiago Rocha, Nikcevic...enfim e quantos mais poderia aqui elencar de qualidade. Jogadores de tarimba, internacionais, campeões do mundo inclusive, que já tiveram, ou têm tudo, para anos e anos em campeonatos competitivos, em liga dos campeões, enfim...a jogar no mais alto patamar do andebol internacional!
E do outro lado o que temos? A maior parte das equipas têm é miúdos!
Miúdos emprestados pelos grandes em alguns casos ou que subiram da formação da casa e que são mesclados com os mais veteranos. Depois se algum se destacar salta para um grande (Rui Silva (DF Holanda), Miguel Martins(Ismai) são apenas dois exemplos dos mais evidentes nos últimos anos, mas mais haveriam) que agora com as equipas B's, mesmo vindo eles com experiência de primeira divisão, até têm onde os lapidar a gosto antes dos colocar na equipa principal. Portanto, mesmo quando surge algum melhor jogador que possa incrementar qualidade numa equipa extra "3 grandes" rapidamente é pescado.
Portugal teve uma geração de talento que foi vice-campeã europeia e os integrantes dessa geração foram absorvidos pelas equipas maiores, ou seja, a última grande geração nem está dispersa pelo campeonato, mas sim concentrada nos grandes (alguns lá fora Gilberto, Wilson, Ferraz...). Talvez a próxima grande geração seja aquela que recentemente ficou em 4º lugar numa grande competição para o escalão...mas, só daqui a uns anos se saberá.


Anónimo disse...

Esclareço e se alguém tiver dúvidas que, consulte registos oficiais:
Grilo foi campeão junior no S. Bernardo, não é filho do ABC. Igualmente Edmilson não é filho do Sporting mas, sim do Assomada.
Deixando as brincadeiras ou estupidez de alguns relatadores de tv de clube, gostava de saber se é possível a uma equipa Portuguesa pagar 15 000 euros e prémios, a internacional veterano?
Com assistências de 3, 4, 5,6, 7 ou 8 mil talvez! Bilhetes a 5 euros não ajudam. Apanhem um avião e passem por França, Alemanha ou Espanha. Mais adentro da Europa sei que é muito caro e depois regressam se a embaixada apoiar. Isto não é de agora! Em tempos o Sporting teve uma equipa de juniores mais cara que algumas séniores. Vi com os meus olhos um jogo em Odivelas com cerca de duzentas personagens. Delas ainda havia que eu sei, convites e entradas a pato. Pensem!

Anónimo disse...

(Parte 3)

"(...) até o ABC o clube de formação por excelência e único capaz de ombrear nos últimos largos anos com os 3 grandes já teve Pesqueira, Seabra, Carlos Martins, Grilo (...)"

Precisamente! Grilo é do S. Bernardo, Seabra idem, Pesqueira do Águas e Carlos Martins do Moimenta da Beira, daí ter dito que o ABC clube de formação de excelência "já teve", repare "já teve", mas actualmente "não tem mais poderio financeiro para os segurar".

Sintetizando, até o ABC que é clube de formação por excelência já entrou na rota de absorver de alguns clubes para depois ser absorvido por outros. Actualmente, é quase um entreposto de patamar superior pois se estes que referi não saíram mais cedo foi apenas e só porque nenhum dos 3 grandes anteriormente lhes reconheceu mais-valias para integrar os seus plantéis.
Repare-se, Seabra esteve no Sporting e Grilo no Porto...chegaram ao ABC e quando um grande quis o poderio financeiro do ABC não serviu para o evitar.
No fundo, acontece-lhes o mesmo que no exemplo referido de Rui Silva e Miguel Martins; realisticamente podemos-lhe chamar a "cadeia alimentar" do andebol nacional.

E, apenas mais uma nota, nunca foi, não é e nem virá a ser com a receita de bilhética que um clube conseguirá pagar ordenados elevados a atletas de outra craveira.
Conseguiram-no fazer no passado e conseguem no presente com investimentos fortes de patrocinadores e captação de orçamento enormes para a modalidade no caso dos 3 clubes grandes, um clube mono-modalidade não o conseguirá fazer se não houver quem muito dinheiro lá ponha.

Em tempos idos, lá está por altura da LPA se Vitória de Setúbal, Gaia ou Fafe bateram o pé ao campeão nacional Sporting foi porque o dinheiro aportava qualidade (houve quem pagasse casa, comida, carro e 1000 contos para se jogar andebol), actualmente isso é impensável e utópico e não é com bilhetes a 2€ nem a 5€ que isso se resolve pois no fundo, e apesar de poder olhar para os países lá fora, as pessoas não vão ao Andebol porque os jogos são quase na sua totalidade paupérrimos e de espectáculo há muito pouco.

Anónimo disse...

E não há remédio?
Não há futuro para o Andebol em Portugal?
Mas há outras modalidades desportivas extra futebol que vão evoluindo e muito! E até já despertam o interesse dos futeboleiros... mas continuam a evoluir!
estará então o Andebol condenado a ser andebol?
Pensem bem...

Anónimo disse...

De acordo com o comentário sobre a tremenda desigualdade orçamental e de qualidade do plantel dos chamados três eucaliptos.
Têm obrigação de vencer todos os jogos com as restantes equipas por dez ou quinze golos de diferença.
Soluções para isso não sei se existe, mas se até as equipas que lutam pelos seis primeiros imploram por emprestados destes três, imaginem os clubes do fundo da tabela, que são forçados a fazerem planteis sem qualquer matéria-prima.
No entanto, tanto faz o campeonato ser disputado por 14 equipas, por 12, 10 ou 16 equipas, que essas desigualdades continuariam gritantes, ou pensam que algum jogador dessas equipas do fundo da tabela tem qualidade para reforçar de forma significativa alguma equipa do meio da tabela?