Há muito tempo que não víamos uma disparidade de critérios tão grande entre as várias duplas de arbitragem do andebol português. Tal deve-se à forma como têm sido interpretadas as novas normas orientadoras para esta época.
Os árbitros mais qualificados têm tido uma postura muito parecida com a época passada, com um pouco mais de rigor disciplinar e uma ou outra atacante marcada a mais aos pivots. Já os árbitros menos qualificados apitam como se o jogo tivesse mudado, com inúmeras exclusões e marcando atacantes quase sempre que os pivots efectuam um bloqueio.
Dizia um treinador em conversa connosco, na semana passada, que para ver se um jogo tinha sido arbitrado por uma das 8 melhores duplas nacionais ou pelas outras bastava-lhe ver o boletim de jogo. Os jogos que têm muitas exclusões e poucos golos dos pivots são arbitrados por árbitros de menor qualidade e os jogos com menos exclusões e com mais golos dos pivots são arbitrados pelas melhores duplas nacionais. Infelizmente, somos obrigados a concordar com estas afirmações.
Por que é que os critérios são tão díspares entre os melhores e os piores árbitros? Na nossa opinião, por duas razões. Por um lado, a maior parte dos árbitros tiveram apenas 1 ou 2 dias de reciclagem onde lhes foram explicadas as novas orientações. Por outro lado, às melhores duplas continua a ser dado um “feedback” constante sobre o que está a ser bem ou mal feito, enquanto muitas das duplas mais fracas ou mais jovens, não têm tido esse tipo de acompanhamento.
Talvez seja tempo que haja uma grande reciclagem para se uniformizar critérios. Sobretudo para que se explique aos árbitros de menor qualidade e aos mais joivens, como as regras não mudadas e como se pode apitar com as novas recomendações, sem desvirtuar o jogo. Pode ser-se agressivo e os pivots continuam a poder fazer bloqueios. Se os melhores árbitros actuam desta forma porque não podem todos os árbitros fazê-lo?
É verdade que os responsáveis pela arbitragem têm culpa de não estarem a fazer o devido acompanhamento a todos os árbitros e a tentar uniformizar critérios. Mas também não é menos verdade que os árbitros com menos qualidade e mais jovens, também deviam ver as arbitragens de topo, até algumas a nivel internacional (embora algumas arbitragens realizadas pelos árbitros de topo, não sejam bons exemplos) e perceber por que razão nesses jogos há menos exclusões e quase não há atacantes dos pivots. O nosso andebol agradece e a arbitragem sairá mais dignificada.
O andebol não mudou.
O Regras
10 comentários:
Vai lavar a loiça
Deixa ver se percebi bem.
O banhadas acha estranho haver uma grande disparidade entre os melhores e piores árbitros. Sempre foi assim qual a novidade?
Mas tal não acontece apenas com os árbitros mas sim com todos os agentes da modalidade.
Já viu a diferença entre os jogadores do Porto, Sporting e Benfica em relação aos demais? E se fizer a mesma comparação com os jogadores das equipas dos escalões secundários a diferença ainda é mais abismal!
Também podemos falar nos treinadores. Comparar os melhores com os piores é o mesmo que comparar o dia com a noite!
De todos os agentes a arbitragem é seguramente aquela que mais sofre com o recrutamento e retenção de pessoas. As associações regionais têm muita dificuldade em recrutar novos árbitros e os estímulos que a FAP dá aos árbitros são nulos.
Quando o Presidente da Direção da FAP vem para os jornais vangloriar-se de ir dar equipamentos aos árbitros na próxima época está tudo dito! Tornar público que a Direção da FAP andou anos sem sequer dar uns míseros equipamentos aos árbitros, o que é vergonhoso! Não há clube que não equipe condignamente os seus atletas e a Direção da FAP ignora os seus árbitros é só vergonhoso!
Percebe-se ainda na entrevista de Miguel Laranjeiro que muito fazem os árbitros, principalmente aqueles que o Banhadas qualifica de piores. Os prémios dos jogos dos escalões de formação são risíveis. Deixar a família e os amigos aos fins de semana para ir arbitrar, ser insultado pelos pais dos atletas e no final receber 10 ou 20 euros pagos tardiamente é extremamente meritório, deve ser louvado e não criticado.
Se percebo, o melhor é os jogos serem todos arbitrados apenas por essas 8 duplas.
Quanto a esse treinador que diz que para ver bom jogos só vê dessas oito duplas, significa que também a qualidade deve ser má para não estar nas melhores equipas.
O que é que são árbitros menos qualificados?
Vir aqui atacar os árbitros jovens e que serão o futuro quer se queira quer não parece me um óptimo serviço em prol do andebol.
Os pivots podem jogar de braços abertos?
Os pivots podem fazer bloqueios ilegais?
O que é aqui entendido por agressivo?
Ao recadeiro de 3 de março de 2023 às 13:36...
Então agora já é a FAP e a Direção que têm de tratar bem os árbitros? Então e o CA que nada faz? Quando haviam quase 2 anos de atraso andavam caladinhos e negociavam pagamentos com o Buda e agora que já t~em os pagamentos quase em dia andam ai a chorar? São uns ingratos. Já agora gostava de ver os equipamentos que o CA lhes oferece todos os anos. Não oferece? Ahhhhh
Também para lhe lembrar que em 90% dos clubes como no meu os jogadores não recebem nada. Tomara eles receberem 10 ou 20 euros por jogo. Há clubes que pagam e outros pagam bem? Sim. E os árbitros nacionais e internacionais e os que apitam 1ª divisão também não ganham nada mal por mês. Peçam ao Buda que divulgue quanto recebem os árbitros do top 15. Alguns ultrapassam os 10 mil por ano, o que dá uns 800 euros por mês. Quantos jogadores recebem isso?
Não valoriza nada os árbitros classificá-los como coitadinhos, assim como aos jogadores e treinadores que não ganham nada, pois eles não o são. São voluntários como o são a maioria dos agentes desportivos em Portugal...
PE
Oh .. Banhadas foste tocar no vespeiro.
No passado era a APAOMA que era responsável pelo equipamento dos árbitros, mas agora é a FAP porque será.
O Alentejano arranjou pontas de lança para ver se passava pelo intervalo da Chuva, já saiu do CA quem muito fez pela formação dos Árbitros em Portugal agora só lá estão comerciantes ou tipo mulas de transporte.
Cada vez vamos caminhado para uma nulidade na arbitragem basta olhar para a realidade.
As “parelhas Internacionais” são um poço de vaidades se não vejamos os Irmão cada jogo internacional que fazem, para que vão fazer a Final do campeonato do mundo da carica.
As senhoras nem para consumo interno servem, o resto é um deserto a parelha mais conceituada assopra 2 divisão é o que temos.
Assim vai a arbitragem no reino do alentejano que não abdica da avença e vai acabando com o resto.
Ao anónimo 4 de março de 2023 às 00:14
Pareces ser a esposa .... A defende-los com unhas e dentes.
Assim é que deve ser... porque para mim só existe uma dupla com competência para o campeonato Português....os outros estão a mais...e isso vê se nas nomeações internacionais... Quantos mais jogos tiverem melhor menos tempo passam cá dentro...
A questão da diferença de qualidade na arbitragem advém de vários fatores, entre eles: Falta de conhecimentos básicos do jogo; falta de formação adequada na maioria das vezes pela necessidade de lançar árbitros rapidamente; enquadramento e acompanhamento; ausência de perspetiva de carreira e reduzida remuneração que sustente a necessidade de atualização; poucos dirigentes com qualidade; demasiada arrogância de alguns árbitros ; desrespeito pelos intervenientes nalguns jogos e escalões etários; falta de personalidade de grande parte dos árbitros; utilização do corporativismo no mau sentido; Delegados e Observadores com muito pouca qualidade. Enfim uma serie muito grande de problemas sem solução neste momento.
Enfim ... Com comentários destes, dá vontade de dizer "compra um apito e se tiveres coragem vai para árbitro". Está tudo mal??? Árbitros, delegados, observadores ...
Então ninguém explica porque razão uma árbitra não atingiu o objetivo mínimo nas provas físicas, foi considerada apta e está a ser nomeada???
Ou será que o seu estatuto/ relacionamento é a explicação…
Sempre foi assim a situação da Joana, é um belo casamento que ela tem. A parceira dela também se está a juntar muito bem.
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