Crónica de Fim-de-semana – 08 – 2015 / 2016 – I – Actualizada

Iniciamos a nossa habitual crónica de fim-de-semana, com um dos jogos que se encontrava em atraso.

PO01 – Campeonato Nacional da 1.ª Divisão Seniores Masculinos.

Resultados

1.ª Jornada

Dia 31-10-15

AA Avanca - SC Horta (18H00)

3.ª Jornada

Dia 30-09-15

Águas Santas 27 – 25 SC Horta

4.ª Jornada

Dia 19-10-15

SC Horta - FC Porto (21H00)

6.ª Jornada

Dia 03-10-15

Ismai 21 – 25 SC Horta

Belenenses 18 – 22 AA Avanca

AC Fafe 29 – 29 Passos Manuel

ABC 35 – 27 Madeira SAD

Benfica 33 – 27 Águas Santas

Dia 04-10-15

Sporting 26 - 27 FC Porto

 

Fim-de-semana, que se iniciou com a disputa de um dos jogos em atraso o Águas Santas / SC Horta, referente á 3.ª Jornada, disputada num pavilhão com uma razoável assistência face á hora a que foi disputado, quando outros eventos desportivos eram disputados á mesma hora, conforme já prevíamos na prática a equipa insular, faz jornada dupla na sua deslocação ao continente. O Jogo em assim foi quase sempre disputado sobre grande equilíbrio, embora a equipa maiata, comandasse praticamente durante os 60 minutos. Pois apenas por 3 vezes o resultado esteve numa igualdade, cerca dos 7 minutos (3-3), dos 11 minutos (4-4), e cerca dos 37 minutos quando o marcador se situava numa igualdade a 16 golos, com a equipa insular a nunca conseguir estar na frente do marcador por uma única vez. Um dos momentos mais decisivos do encontro, deu cerca dos 21 minutos, com o marcador em 10-8 a favor dos maiatos e o “veterano” Yuriy Koestetkyy (80% de eficácia, apenas marcou de 7 metros) , falha a marcação de um livre de 7 metros, permitindo uma excelente defesa de Telmo Ferreira (48% de eficácia), com a equipa do Águas Santas logo de seguida a fazer um parcial de 4-0 em cerca de 5 minutos e a colocar o resultado na maior diferença verificada em todo o jogo (5 golos) colocando o resultado em 13-8, o intervalo chega com a equipa maiata a vencer por 15-12 (cabe uma informação de que o resultado do boletim de jogo, raramente coincidiu com o resultado das estatísticas). Nos segundos 30 minutos o cariz do encontro não se modificou muito e cerca dos 52 minutos, a equipa da Maia vencia pela diferença mínima, 22-21, mais uma vez o SC Horta permitiu que que a equipa visitada se distanciasse no marcador e colocasse ponto final na incerteza do resultado final. Na nossa opinião e mais uma vez o homem do jogo foi Pedro Cruz (10 golos e 57% de eficácia, mas com 7 assistências), jogando, marcando e fazendo jogar. Na equipa insular destaque para exibição do seu guarda-redes Nuno Silva (37% de eficácia), e para Juanjo Passarin com 5 golos (56% de eficácia) mas foi o elemento da equipa que mais procurou jogar para a equipa, com as suas oportunas assistências. Terminamos, afirmando mais uma vez que na nossa opinião se está e excluir por tudo e por nada e assim um jogo sem problemas disciplinares teve 13 exclusões. A Jornada iniciou-se com a disputa de jogo, ABC / Madeira SAD, mas que foi disputado no pavilhão do Funchal (mais uma alteração da ordem dos jogos),com uma excelente moldura humana, e que despertava, alguma curiosidade, pois uma das equipas encontra-se desfalcada de alguns dos seus principais elementos por motivos de lesão e a outra, a equipa da Madeira, foi das que mais se reforçou, e é ainda (na nossa opinião) uma equipa em construção. O diferencial final, traduz apenas aquilo que efectivamente se verificou a partir dos 26 minutos de jogo (11-10, a favor do ABC), diga-se no entanto que a equipa bracarense comando o marcador e jogo durante os 60 minutos. Nos 30 minutos iniciais a máxima diferença foi de apenas 4 golos, aos 9 minutos (6-2), ao intervalo (14-10), pois durante cerca de 18 minutos dos 9 aos 26, o resultado foi sempre equilibrado, embora com o ABC a comandar sempre o jogo a diferença foi quase sempre a mínima, apenas descolando mos 4 minutos finais do 1.º tempo com um parcial de 3-0. Um bom início do 2.º tempo rapidamente colocou a equipa bracarense com 6 golos de vantagem (31 minutos), e a partir daqui, ficaram a descoberto as diversas fragilidades que a equipa madeirense ainda possuiu, e também se revelou que a juventude do ABC, começa a dar melhor conta de si, de tal forma, o jogo adquiriu um ritmo “frenético” que o resultado final, é um puro reflexo do que se passou em campo em especial nos 30 minutos do segundo tempo, onde o ABC, chegou a ter uma vantagem de 9 golos, aos 59 minutos (53-26). NO ABC Diogo Banquinho com 7 golos (88% de eficácia) e Nuno Grilo com igual número de golos (64% de eficácia foram os melhores marcadores da equipa. Não nos devendo esquecer de Carlos Martins com 5 golos e 100% de eficácia, e do trabalho de Tomaz Albuquerque (3 golos, 75% de eficácia). No Madeira SAD Total destaque para o 7 golos de Cláudio Pedroso (54% de eficácia), mas que nos parece outro atleta, e para Daniel Santos com a sus entrega do costume com 4 golos (80% de eficácia). No Acácio Rosa em Lisboa a surpresa da jornada, onde antigamente existia uma equipa que era temida por quem se deslocava a este pavilhão, existe agora uma equipa, que todos querem ganhar e que não demonstra com uma ou outra excepção a qualidade que todos desejavam ver, disputou-se o Belenenses / AA Avanca. Por seu lado a equipa neo divisionária da AA Avanca, a quem se prognosticava, uma subia e descida imediata, veio a Lisboa provar, que embora possuindo um jovem conjunto, mas que tem princípios da modalidade e está na prova para discutir a sua permanência na divisão maior do andebol português. Primeiros 30 minutos de grande equilíbrio embora com os aveirenses a demonstrarem ao que vieram e a chegar ao intervalo já na frente do marcador por 11-9, comando o mesmo desde o minuto 27. Nos segundos 30 minutos “desapareceu”, a equipa do Restelo, e os homens de Avanca com um parcial de 3-0 em 5 minutos resolveram a questão (14-9) aos 35 minutos, chegando em alguns momentos do encontro a ter vantagens, para muitos impensáveis de 7 golos (42 e 49 minutos), quando o resultado se encontrava, em 18-11 e 20-13 a favor da equipa visitante, que até final se limitou a gerir e bem o jogo o marcador e o plantel. Miguel Espinha na baliza do Belenenses, acabou por ser uma das figuras do encontro com 38% de eficácia. Enquanto Carlos Siqueira com 5 golos (83% de eficácia), foi o marcador de serviço. Na AA Avanca, Luís Silva na baliza foi uma das grandes figuras da equipa com 44% de eficácia), com 3 livres de 7 metros defendidos, o jovem Diogo Oliveira foi mais uma vez um dos pilares desta equipa com os seus 5 golos e 71% de eficácia. Em Fafe disputou-se o AC Fafe / Passos Manuel, num pavilhão bem composto de público e foi jogo disputado entre duas equipas cujos objectivos finais passam pela manutenção na divisão maior do andebol nacional. Foi um jogo onde predominou o equilíbrio, e onde as vantagens das equipas nunca foram superiores a três golos (3), predominando as situações de igualdade durante os 60 minutos, e onde foi visível sagacidade dos seus técnicos. E se no final dos primeiros 30 minutos os locais se encontravam na frente do marcador por 17-15, rapidamente os liceais passaram para a frente o marcador ao fazerem um parcial de 4-0, e a colocarem o resultado em 19-17 a seu favor, mas as variações as recuperações de um e de outro lado foram constantes, com os locais a vencerem por dois (2) golos de diferença a cerca de 4 minutos do fim, sofrendo uma exclusão de Nuno Pinheiro, e com o Passos Manuel a recuperarem no último minuto de jogo marcando o golo da igualdade a terminar o encontro. Na equipa do AC Fafe os experientes Nuno Pimenta com 5 golos (71% de eficácia), Cláudio Mota ( golos e 57% de eficácia) e Dario Andrade (5 golos e 83% de eficácia), muito bem acompanhados por João Fernandes com 6 golos (50% de eficácia), foram os seus elementos mais preponderantes, No Passos Manuel e mais uma vez Pedro Sequeira com os seus 8 golos (73% de eficácia), foi o seu melhor marcador, muito bem acompanhado pelo jovem João Ferreira com 6 golos (67% de eficácia), e pelo “regresso” de Ricardo Barrão com os seus 6 golos (60% de eficácia). Jogo com demasiadas exclusões na nossa opinião (16 no total). Na Maia disputou-se o Ismai / SC Horta, que foi um jogo equilibrado até ao intervalo com o próprio resultado o demonstra (13-13), mas boa verdade esperava-se mais desta equipa maiata, e talvez menos da equipa Insular, que tinha disputado um jogo a meio da semana, e que provocou certamente forte desgaste físico na equipa. Mas equipa insular onde a experiência do “veterano” Yuriy Koestetkyy (6 golos , 86% de eficácia), tem peso pois é um autêntico treinador em campo. O SC Horta apenas passou em definitivo para a frente do marcador cerca dos 44 minutos, para cercados 57 minutos ter uma vantagem de 5 golos, que não permitiu qualquer recuperação á equipa maiata. No SC Horta, Nuno Silva na baliza com 38% de eficácia, foi preponderante, juntamente com os 7 golos de Juanju Passarin e (70% de eficácia), na equipa do Ismai, mais uma vez Miguel Alves com 6 golos (67% de eficácia)e de Sérgio Martins com 5 golos (63% de eficácia), juntamente com o seu guarda-redes Manuel Borges com 38% de eficácia, foram os seus elementos em maior destaque.

 

Benfica 33 – 27 Águas Santas

 

No Pavilhão da Luz, que se apresentava, com diminuta assistência, disputou-se um dos jogamos que se pensava poderia ser um dos mais equilibrados jornada, mas a equipa do Benfica defrontou um incaracterístico Águas Santas, que demonstrou, falta de frescura física e por vezes “falta de ideias”, perante um Benfica que durante os primeiros cerca de 25 minutos, se apresentou, a defender com acerto, e coesão, onde o seu guarda-redes Hugo Figueira (40% de eficácia), e o seu ataque, dava mostra de acerto onde eram evidentes a cada vez maior integração do seu reforço brasileiro Uelington da Silva (6 golos e 67% de eficácia), chegando a usufruir de uma vantagem de 8 golos quando estavam decorridos cerca de 22 minutos de jogo e vencia por 15-7., para posteriormente entrar num período de menos acerto enquanto por seu lado a equipa maiata tinha uma nítida subida de rendimento, muito por culpa do bom jogo de António Ventura (5 golos e 50% de eficácia), mas sem grandes erros iam levando paulatinamente a sua equipa para um resultado mais de acordo com o seu valor actual, quando o Águas Santas faz um parcial de 5-0 e leva o resultado para uma diferença de 3 golos (15-12), chegando posteriormente a 2 golos (16-14), para o intervalo chegar com o Benfica na frente do marcador por 17-14, a desconcentração e as falhas quer atacantes quer defensivas, estavam a criar “desespero”, no técnico benfiquista, onde as substituições se sucediam sem eficácia. Em boa verdade deve-se dizer que os maiatos, desta vez não contaram os seus guarda-redes em dia sim, pois Telmo Ferreira, teve 0% de eficácia e João Moniz esse sim mostrou alguma melhoria (33%). Nos segundos 30minutos,a equipa visitada voltou a uma toada de acerto, tanto defensivamente como no ataque organizado e rapidamente colocou a diferença entre os 6 e os 7 golos. Neste período jogou na baliza dos encarnados o seu reforço Nikola Mitrevski (38% de eficácia), que de contiguidade ao bom trabalho de Hugo Figueira, a 1. Linha do Benfica com o brasileiro que já referimos, bem acompanhado por Elledy Semedo (6 golos e 75% de eficácia) e por Javier Borragan (3 golos e 50% de eficácia), faz a diferença, quando se possuiu um jogador como Belone Moreira (5 golos e 83% de eficácia) e que resolve tudo quando as dificuldades começam a surgir. No Águas Santas como de costume Pedro Cruz foi o seu melhor marcador com 7 golos, mas apenas 44% de eficácia, e onde mais uma vez o jovem Luís Frade (3 golos e 100% de eficácia), mostrou os motivos porque apesar da sua juventude é tantas vezes solicitado. Dirigiu o encontro a dupla bracarense composta por Alberto Alves e Jorge Fernandes, que num jogo relativamente fácil de dirigir, não complicaram, estando bem em especial nos 7 metros e na sanção progressiva, bem ainda na falta do atacante, o factor menos positivo foi a lei da vantagem, e uma outra falha na aplicação das regras na conduta para com o adversário, mas que não “belisca”, o bom trabalho final.

Sporting 26 – 27 FC Porto

Disputou-se no pavilhão da Torre da Marinha, que não apresentava a moldura humana minimamente desejável, o mais importante jogo da jornada. O Clássico do Andebol Português Sporting / FC Porto, que foi um jogo disputado com duas partes completamente distintas. Nos primeiros 30 minutos a equipa do Sporting, que rapidamente chegou aos 5-0, apes sofrendo um golo cerca dos 9 minutos de jogo, e onde chegou a possuir vantagens de 7 golos como por exemplo cerca dos 21 minutos quando vencia por 14-7, cerca dos 24 minutos quando vencia por 16-9, chegando ao intervalo a vencer por 19-14. Nestes 30 minutos de destacar o bom trabalho defensivo da equipa com concentração e a aproveitar bem todas as situações de ataque rápido e de contra-ataque, e no ataque planeado, também esteve bem até no aproveitamento das superioridades numéricas. De destacar o seu guarda-redes Alijosa Cudic, que esteve sempre muito bem em todo o jogo e até Carlos Carneiro que neste período de jogo parecia ter regressado aos seus bons tempos. O FC Porto por seu lado não defendia como de costume, e o seu técnico teve proceder diversas vezes á troca de guarda-redes, acabando por ficar Alfredo Quintana, que foi decisivo na vitória da sua equipa. No segundo tempo surgiu um FC Porto ao seu melhor a que não é alheio o índice de produtividade do jovem Miguel Martins (3 golos), e a fiabilidade de Hugo Santos nos livres de 7 metros (4 em 4, num total de 5 golos), e que termina correctamente desqualificado, devendo ainda salientar-se a qualidade do jovem Michael Kasal (2 golos) mas todos decisivos. O Sporting por sua vez perdeu toda a concentração defensiva, a precipitação e a falta de discernimento no ataque aumentou, sendo os expoentes máximo deste completo desacerto, na nossa opinião Carlos Carneiro (2 golos) e Frankis Carol (6 golos), com Pedro Portela (8 golos) a ser o mais eficaz, mas a ser dele a grande oportunidade de igualar o resultado a 3 segundos do fim, ao permitir, mais uma vez a intervenção de Alfredo Quintana.   O Sporting esteve sem marcar qualquer golo cerca dos 45 minutos (25-19), até cerca dos 58 minutos quando Pedro Portela iguala a 26 golos, e esteve no comando do marcador durante cerca de 55 minutos. Até Fábio Magalhães (5 golos) que parecia ter acordado, voltou á sua normal letargia. O FC Porto, acaba por vencer demonstrando a razão por que está na Liga dos Campeões, com a marcação dos golos a ser muito distribuída (10 jogadores a marcar), o que demonstra a rotação do plantel feita pelo seu técnico. Dirigiu este encontro a “polémica” dupla” internacional da Madeira, constituída por Duarte Santos e Ricardo Vieira, que tiveram bem nos imensos livres de7 metros assinalados, bem na lei da vantagem e até na sanção progressiva, e até poderemos dizer que bem na falta do atacante, e poderia ser uma excelente arbitragem, senão cometessem um erro que na nossa opinião poderá ter influência no resultado a 15 segundos do fim do jogo, depois do atleta do FC Porto, ter escorregado e contactado novamente com a bola no chão dribles) a mesma é novamente entregue ao FC Porto, erro crasso e de má avaliação (na nossa opinião).

Classificação após os jogos disputados até ao momento: - 1.º Benfica (18 pontos), 2.º Sporting (16 pontos), 3.º FC Porto (- 1 jogo, 15 pontos), 4.º ABC (14 pontos), 5.º Madeira SAD (13 pontos), 6.º Águas Santas (10 pontos), 7.ºAC Fafe, AA Avanca (-1 jogo), Passos Manuel e Ismai (9 pontos), 11.º Belenenses (8 pontos), 12.º SC Horta (-2 jogos) (6 pontos). 

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