A DIFERENÇA
A FAP, através de um CO, o N.º 17
de 02-08-18, refere a uma mudança de escalões, onde apenas diz “…reuniões e
discussões havidas com os diversos agentes da modalidade irá vigorar, a partir
de 2019/2010, um novo mapa de escalões e idades….”
Nunca refere, quais foram as
entidades e os agentes envolvidos, nem sequer se existe algum estudo
científico, que tenha aconselhado a revisão dos escalões.
Diferente
foi o procedimento da FAP (as pessoas eram quase as mesmas), ver por exemplo o
CO N.º 89 da época 2012/2013 que deu origem ao seguinte texto da nossa parte, e
onde se podem verificar as enormes diferenças de tratamento do tema, sendo na
altura devidamente estudado e fundamentado, eis a grande diferença, pois o
documento de estudo foi divulgado pela FAP, no seu Portal, como
eram diferentes as épocas, mesmo com os actuais elementos que eram praticamente
iguais, embora existem-se pequenas diferenças.
Eis um Resumo do texto divulgado em Tempo
(27-11-13)
“A FAP, publicou em 21-11-13, uma notícia onde destacava um documento
elaborado pelo Instituto Superior da Maia, sobre o título "Proposta de etapas de formação
para o Andebol português do futuro: Formar com vista a treinar para vencer".
Na sua essência este documento é um estudo á
muito “prometido” conforme a própria notícia diz, acerca dos escalões etários.
Aqui estamos a nós a dar o nosso contributo, para o tema, conforme a
própria FAP, o diz e ainda antes de terminar o prazo indicado. Não iremos efectuar qualquer crítica ao documento, iremos sim aproveitar passagens do mesmo
para destacar as nossas ideias.
Diz o documento em determinado momento, o texto que a seguir publicamos
e que estamos inteiramente de acordo. (e agora existe documento, se existe o que diz)
“A procura dos objectivos inerentes ao andebol em idades jovens, como a vitória e o rendimento máximo,
muitas vezes acaba por especializar precocemente o atleta, proporcionando uma
mais rápida aprendizagem dos processos e possibilitando a obtenção de
resultados desportivos pretendidos rapidamente. Contudo, esta prática tem-se
revelado desadequada, pois pode provocar um abandono precoce da modalidade, em
função da perda de motivação e saturação emocional. No mesmo sentido, com o
acelerar de processos, são deixadas por trabalhar componentes decisivas para o
atleta no futuro, o que provoca a construção de atletas “desequilibrados “, com
lacunas para o que se pretende seja hoje um atleta de alto rendimento”
Como todos sabemos os escalões em Portugal possuem em alguns casos 3 anos,
o que provoca só por si a existência de grandes desequilíbrios quer
morfológicos quer emocionais. E criam alguns problemas nas etapas de formação
dos jovens atletas quer eles sejam masculinos quer sejam femininos. Assim a tendência
normal, será para que os escalões de formação tenham apenas 2 (dois) anos,
evitando-se assim os grandes desequilíbrios de que já falamos, e esta é também
a nossa opinião. Mas uma alteração imediata nos escalões, cria
grandes problemas, por isso somos adeptos de uma alteração regulamentar
progressiva. (O estudo apresenta a forma com em alguns Países os mesmos são
praticados).
Poderíamos
resolver a nossa apresentação resumindo dizendo que estamos perfeitamente de
acordo com a proposta que o Ismai apresenta, e que nos leva a que o objectivo final seja, atingir o Escalão de seniores com 19 anos em Masculinos e 18 anos
em Femininos.
Mas também temos a consciência que estas idades não podem ser de
imediato aplicadas, até porque estamos a meio de uma época, e não se deve, nem
se pode alterar regras a meio de uma prova, mas sem que exista um grande
desequilíbrio nos escalões, poderemos perfeitamente atingir estes desideratos
em mais duas épocas.
Devendo para isso a FAP, divulgar rapidamente as idades dos diversos
escalões para as próximas épocas, sem se perder a noção do equilíbrio das
situações, e com o objectivo final, não só das idades de seniores, mas que os
diversos escalões não tenham mais de dois anos de permanência. Com estas
alterações regulamentares, seguramente que não iremos perder tantos atletas e
iremos ter equipas mais e melhor apetrechadas nas divisões inferiores, e
especial sénior, e sinceramente acreditamos na possibilidade até do aumento do
número de praticantes.”
Mudam-se
os tempos, mudam-se as vontades, e muitas vezes, molda-se aos interesses,
instalados a cada momento.
Ainda teremos provavelmente ocasião de voltar a este tema.
O Analista
4 comentários:
O andebol português sem rei nem roque.
Entre os delegados que votam na assembleia geral não há ninguém com vergonha na cara?
Alguém escrevia, há dias, que a inexistência de um Diretor Técnico Nacional é uma vergonha numa modalidade com a dimensão do andebol. Eu, já nem espero tanto. Bastava-me saber quem é que na Calçada da Ajuda dirige a evolução técnica da modalidade. É o presidente? É o Augusto? É o Pedro Sequeira? São os árbitros que parecem ser os donos das regras? É o Pacheco? São todos ao mesmo tempo e conforme as ocasiões?
Lastimável! Mas, perante este panorama, pergunto e a tutela?
Que tem a dizer o IPDJ que é responsável pelo controlo e fiscalização do contrato-programa no âmbito da utilidade publica desportiva?
O andebol foi das primeiras modalidades a ter Diretor Técnico Nacional. Foi muitas vezes pioneiro e exemplo seguido por outras federações. Os 4 técnicos que foram DTN ( Rui Coelho, Carlos Lisboa, Fernando Pais e Carlos Cruz) independentemente da avaliação pessoal que cada um possa suscitar, assumiram a responsabilidade das decisões e orientações que marcaram períodos de grande evolução na modalidade.
Em conjunto com as equipas técnicas que criaram ( quer na Federação quer nas associações onde os diretores regionais eram o garante de aplicação local e próxima das diretivas técnicas) deram um sentido técnico nacional coerente e organizado que todos percebiam mesmo que não concordassem.
Hoje, na verdade, é até difícil estar ou não de acordo com o caminho do andebol. Pontualmente, decisão a decisão, cada um pode emitir opinião. Mas quanto cenário global? Quem é que se entende? Um acumulado de medidas avulsas e dispersas não constituem um projeto de desenvolvimento!
12 de dezembro de 2018 às 11:31
Não concordando contudo que afirmou, numa situação de acordo a necessiade do DTN(Director Tecnico Nacional) figura importante na organização da modalidade quer no plano Técnico opções de base quer na calendarização das Selecções e Campeonatos Nacionais, definições dos escalões de acordo com instancias internacionais. O Modelo aprovado de alguns campeonatos estão desactualizados como é caso da P001, P002,P003 estando certo o P009!.
Recordo que a Federação Portuguesa de Futebol a maior organização desportiva Federada em Portugal nomeou pela primeria vez o DTN e os efeitos já se estao a sentir pela positiva.
Mas entendo que gente ligada á Direcção da FPA gostam de ser mais do que representam na estrutra e não gostariam de ter um Director Tecnico no Andebol, Pedro Sequeira e outras figuras que se arrastam na FPA sem ideia e no ridiculo!
Continuar a batalhar por um andebol melhor e eficaz!
Joel Madeira
O andebol recomeçou novamente a trilhar caminhos de sucesso. Hoje, de forma clara, distanciou-se positivamente do Basket e do Volei e isto é muito incomodativo para quem apostava na desgraça! Afinal não veio o diabo e quem sonhava com a falência do andebol parece que vai ter que procurar desgraça noutras paragens!
Aguentem, pode ser que venham melhores dias!
Não tenho a certeza na afirmação que vou fazer, mas penso que se não é exactamente assim, anda lá perto:esta alteração é proposta pelo sindicato dos treinadores e foi apresentada em Gondomar, em 2017, no congresso que decorreu junto com o jogo de Portugal - Alemanha.
Nesses congresso estavam quase todos os treinadores de "elite" nacional e não me lembro de alguém se ter prenunciado contra a proposta, pois de uma forma geral teve a aceitação da generalidade dos presentes. A Diferença é que o sindicato propunha que os juniores deviam baixar não um ano, mas sim dois, o que diminuiria mais um ano do que esta proposta da FAP e seriam seniores ainda mais cedo.
Nao houve mais discussão depois disto? Isso já não sei, mas na minha associação, no Algarve este tema foi discutido com os clubes já há um, ou dois anos atrás.
Penso que vale a pena tentar porque a forma como está actualmente está completamente desactualizada.
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