COMITÉ OLÍMPICO,
PARALÍMPICO E CONFEDERAÇÃO DO DESPORTO DE PORTUGAL DIVULGAM CARTA ABERTA AO
PRIMEIRO-MINISTRO
Depois de diversas entidades incluindo e bem da FAP, divulgarem este extraordinário documento, que já corre “Mundo” através do Facebook, entendemos ser nossa obrigação e para defesa em especial do Andebol, e em geral do Desporto, divulgar igualmente o seu conteúdo, recorrendo ao documento publicado pela FAP.
“Excelentíssimo Senhor Primeiro-Ministro,
O Movimento
Associativo Desportivo tem sido um dos setores mais vulneráveis ao impacto
económico, social e sanitário da COVID-19, por força das restrições impostas
que inibem ou impossibilitam a prática de atividade física e desportiva,
traduzidas em relevantes prejuízos para a sua sustentabilidade. Pese embora a
resiliência na adaptação a um novo contexto, por forma a suster as
consequências de uma crise sem precedentes, o Movimento Associativo Desportivo
teve ocasião, e em tempo oportuno, de aprovar e apresentar ao Governo e à
Assembleia da República uma Moção Estratégica contendo um conjunto de propostas
para o setor do Desporto.
Esse
documento continha um pacote de medidas urgentes sobre a retoma das atividades
desportivas em segurança, das quais se realça o apoio extraordinário à
viabilidade das organizações desportivas, em especial as de base, como os
clubes, mas também a alteração de regimes jurídicos diversos relacionados com o
Desporto, como o fiscal ou o do dirigente associativo.
Nesse
documento alertava-se que as práticas desportivas têm vindo a ser parcial e
deficitariamente retomadas num quadro de limitações severas, correndo o risco
de extinção e colapso das suas estruturas de base. Refere-se também que o
Desporto nacional permanece continuamente arredado de qualquer tipo de medidas
específicas de combate aos prejuízos de grande monta que se fazem sentir em
toda a sua extensão, sobretudo no tecido associativo de base que alimenta toda
a cadeia de valor e desenvolvimento desportivo.
A crise
pandémica requeria para o Desporto uma resposta sanitária. E essa tem sido
definida e está a ser cumprida. As organizações desportivas têm dado o seu
contributo apresentando soluções para uma retoma desportiva em condições de
segurança, mas definidas que sejam essas orientações não fragilizamos a
autoridade do Estado e cumprimo-las.
Esse
cumprimento não ignora que se verifica por parte de diversas autoridades
sanitárias locais uma aplicação divergente, muitas vezes contraditória e
incoerente das orientações de saúde pública para a realização de competições
desportivas, apesar dos exigentes protocolos sanitários implementados pelas
organizações desportivas previamente validados junto do Governo, agudizando
assim a imprevisibilidade e falta de confiança para uma retoma em segurança.
A questão
que motiva esta iniciativa é de outro âmbito. A situação pandémica deu origem a
uma crise desportiva. E esta requer uma resposta política através de
iniciativas públicas robustecidas pela excecionalidade da situação. O que se
constata é a ausência de medidas adequadas ao que a situação exige. Tal cenário
permite-nos considerar que, para o Governo de Portugal, não está a ser tomado
em devida conta o impacto social, económico, cultural e político que o Desporto
representa.
Ao contrário
de outros países europeus, e de outros setores nacionais igualmente expostos ao
impacto da crise, por força do cancelamento das suas atividades, constata-se
que não foram até hoje implementadas ou acolhidas quaisquer medidas propostas
com impacto direto no Desporto. A Proposta de Lei do Orçamento de Estado para
2021 é o exemplo mais recente dessa desconsideração.
A falta de
reconhecimento do papel social do Desporto, dos agentes e organizações que o
representam acentua as vulnerabilidades que têm afetado o setor, expondo de
forma evidente a fragilidade no campo político, numa omissão que desafia os
limites da sobrevivência e o futuro desportivo do País aos seus mais diversos
níveis.
Portugal
tem ignorado os exemplos de outros países europeus que convergem no sentido de
apoio público urgente ao Desporto, levando mesmo, no âmbito da União Europeia,
o Conselho Europeu, a Comissão Europeia e o Parlamento Europeu a tomaram
posições exortando os Governos dos Estados membros a dedicarem-lhe uma parte
dos apoios comunitários, propondo a integração do setor no pacote de medidas
extraordinárias e incentivos para mitigar o impacto da crise.
Face ao
exposto, os abaixo assinados, em nome do Movimento Associativo Desportivo e
perante a evidente desconsideração pelas propostas de um setor com uma
imprescindível função educativa, de saúde pública e desenvolvimento
socioeconómico – nomeadamente num contexto de crise sanitária –, apelam a V.
Exª para que, no âmbito da ação governativa, se equacionem medidas e construam
políticas que ajudem o Desporto nacional a enfrentar a grave situação que temos
perante nós.
Lisboa, 2
de novembro de 2020
Comité Olímpico de Portugal
Comité Paralímpico de Portugal
Confederação do Desporto de Portugal”
Desporto os parentes pobres da Economia
Nacional.
O Noticias
1 comentário:
Falta de cultura!!! Vamos a uma escola e sabem que o Basket é quele desporto da NBA. O que é Andebol? Nicles! Mas sabem o que é Futsal! È só pontapé na bola tanto em campo grande como na sala! Os politicos ao investirem com o dinheiro dos parvos, projectam-se! E assim vamos não andando...
È uma novidade a seleção agora jogar com Israel e dar na tv...
Se não fossem dois canais não públicos, nem víamos a liga Champions na tv...
Os clubes podiam fazer campanhas com convites para as crianças irem a jogos de Andebol!...
Se na escola para além da ed. fisica há só futebol ou basket...tudo dito!
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