O Blog “só andebol” publicou um texto relacionado O Seleccionador Nacional, e as suas funções com as GR da Noruega, e as últimas acções de formação, da autoria do Prof. Miguel Ribeiro. Hoje, embora com algum atraso e depois de solicitar-mos a devida autorização, respeitando as boas normas que devem presidir, entre os blog’s , publicamos o mesmo.
Imagem só andebol
“O Paradoxo
Numa fotografia de grupo, uma cabeça branca masculina destaca-se de entre uma constelação de camisolas vermelhas e cabeças louras femininas, apertadas num podium dourado.
Elas são a Selecção Nacional Norueguesa, que acaba de vencer o Campeonato Europeu.
Ele é Matts Olsson, treinador da Selecção Nacional "A" masculina e coordenador de todas as selecções nacionais (masculinas e femininas).
O que faz ali Matts Olsson?
Recebe a recompensa pelo seu trabalho com as guarda-redes norueguesas.
Surpreendente?
Não, em Portugal já nada nos surpreende. A sua situação já era conhecida, agora apenas adquiriu uma visibilidade mais mediática. Mas, não sendo surpreendente é, no mínimo, paradoxal, isto para não falarmos em questões de ética.
E paradoxal porquê?
- Porque Matts Olsson elaborou um plano de preparação para as guarda-redes norueguesas (nossos potenciais adversários), mas não tem nada para oferecer às nossas (suas) guarda-redes, na qualidade de coordenador de todas as selecções nacionais!
- Porque Matts Olsson pode, a qualquer momento, fornecer indicações acerca das nossas rematadoras às guarda-redes norueguesas, embora seja coordenador de todas as selecções nacionais!
Dizem-nos contudo, alguns crentes na FAP e, simultaneamente, resignados da vida, que esta situação não é assim tão chocante, pois foi estabelecido um protocolo de colaboração com a Federação Norueguesa, que vai beneficiar não só as jogadoras portugueses como os respectivos treinadores. Resumidamente, aquele acordo prevê a realização de alguns estágios das selecções norueguesas em solo português, que seriam abertos àquelas pessoas.
No entanto, e como é do conhecimento público, o primeiro estágio realizado em Portugal, no Verão passado, não teve a presença de nenhuma jogadora ou treinador portugueses, uma vez que a FAP agendou outro evento para aquela data! A FAP demonstrou assim, uma vez mais, o seu completo desinteresse pelo Andebol Feminino. Por outro lado, revelou uma grande falta de sabedoria em gerir aquela situação, que em nada tem beneficiado o Andebol português e acaba por desprestigiar o Seleccionador Nacional.
A Formação
Outra pérola vinda dos lados da Calçada da Ajuda é o Comunicado Oficial nº 52 da FAP- que tergiversa sobre a Formação de Treinadores.
Da sua leitura apenas se nos apraz um comentário: a FAP, devido à falta de recursos humanos qualificados, mata três coelhos com uma única cajadada (1º Curso de Grau 4 Pro-Master Coach - 1º Bloco; 3º Curso de Grau 3 - 3º Bloco e 4º Curso de Grau 3 - 1º Bloco) e arrecada uns largos milhares de euros!
O que é oferecido aos treinadores dos três cursos?
Uma mão cheia de nada:
- 2 h de recepções/acrediatações e apresentações;
- 9 h de observações de jogos (?);
- 4 h de Andebol em Cadeira de Rodas (?);
- 9 h de "Teórica" e de "Prática";
Ou seja, uma grande fatia dos três cursos é preenchida com a observação de jogos - o que é uma manifesta venda de gato por lebre! Ainda por cima com os preços exorbitantes exigidos aos formandos.
Pese embora este cenário deprimente, o que mais nos preocupa é não haver, relativamente à matéria-Andebol, um programa definido. Na verdade, não há nenhuma sequência na transmissão dos conteúdos dos diferentes cursos, que são dados perfeitamente avulso. Simplesmente inquietante.
A FAP no seu melhor!
Miguel Ribeiro”
O Administrador
12 comentários:
MENTIRA!!! As 4 horas de andebol de cadeira de rodas é para os outros... Para os senhores doutores da modalidade sao só 2!
Se são só 2 então esta tudo bem
Parece que já estou a ver o ABC ou SCP a treinar em cadeira de rodas...
AdC
O Prefessor Miguel Ribeiro tem toda razao: no tempo em que ele "mandava" nesta area de formaçao, os cursos eram uma porcaria pegada, hoje continuam iguais, ou seja,copiaram do Professor toda a inercia que ele la deixou! Quando o Professor estava na FAP, o que queria era os seus euritos, na altura escudos e trabalho, zero!Agora udo esta igual. Sao todos iguais!Ja agora Sr.Miguel Ribeiro o que propoe em alternativa? Falam, falam...
Totalmente de acordo: falta começar agorta a comentar a noticias que saiu hoje sobre o aguas santas
Se o Miguel Ribeiro fez coisas boas ou más na federação, o que sei é que dantes havia regulamento pedagógico nos escalões, os jogadores da equipa B podiam jogar na A dentro de um determinado conjunto de regras e as inscrições eram mais baratas
E do Xico que agora vai ser Vitória...
Miguel Ribeiro
Mais um artista que deixou de mamar e agora andar a cuspir no prato onde comeu !!!
As razões da queda do andebol português não é um único motivo ou acto, são vários e diferentes e em momentos diferentes razão principal nunca será a contratação de Mats Olson e ficamos por aqui, teríamos de ir mais longe e sim ai estaríamos a verificar os péssimos resultados desportivos da política de contratação de treinadores?. Para as selecções Nacionais Masculinas, recordo Costache Mercea, Manuel Laguna, Garcia Cuesta, Mats Olson(tem feito um trabalho brilhante em acabar com regulamentos técnico pedagógicos, apresentados e aplicados pelo grupo de treinadores a trabalhar na FAP entre eles o Miguel Ribeiro) mas todos não conseguiram um resultado evidente nas Selecções Nacionais mas foram lhe dados excelentes condições materiais e organização. Foram Dezenas de anos a que os melhores atletas do nosso andebol foram muito mal dirigidos e orientados.
Mas o elo mais fraco no andebol, Dirigentes, Treinadores, Atletas e adeptos, o elo mais fraco foram na maioria dos casos os dirigentes que serviram e de forma extensiva a Federação.
Não é difícil resolver este assunto, mas também não seria difícil organizar a FAP com gente jovem e ex jogadores da modalidade que atingiram socialmente e culturalmente níveis elevados na nossa sociedade.
ABC
Quem é Miguel Ribeiro?
RIDICULO;
conteudo da actividade,
2 h de recepções/acrediatações e apresentações;
9 h de observações de jogos (?);
4 h de Andebol em Cadeira de Rodas (?);
9 h de "Teórica" e de "Prática"
Qual o papel do IDP em fiscalizar estas actividades formativas.Somos mesmo deficientes.
Vou ficar a espera das conclusões do Sr. Professor Miguel Ribeiro, em artigo de opinião, sobre a forma como o departamento técnico da FAP, na altura em que ele era um dos Quadros da FAP, não soube preservar o bom momento que o andebol vivia, justamente por regulamentos inadequados a um bom desenvolvimento, pelo menos a compara com actualidade. E bom que o Professor Miguel Ribeiro se lembre que nem toda a gente tem memoria curta como ele: bem pelo contrario, há gente com boa memoria e com apego efectivo ao andebol no plano emocional, que estou certo nunca foi o caso do Professor Miguel Ribeiro, que viveu sempre o andebol pelo apego material, recusando sempre a voluntariedade a serviço da modalidade. Ficará muito bem ao Professor, numa das suas crónicas, um exercício de auto-critica, porque efectivamente se há pessoas que tem contas a prestar sobre a decadência do andebol Português, o Professor e uma delas.
DECADÊNCIA, CORRUPÇÃO EIS O CASAL DE PALAVRAS QUE "REPRESENTAM" O ANDEBOL PORTUGA! NEM SE VISLUMBRA UM MAU SEMI-PROFISSIONALISMO. CLARO QUE EM PORTUGAL NÃO SE JOGA APENAS SE REPRESENTA!!! ENQUANTO ATÉ NAS SELEÇÕES JOVENS, A INDISCIPLINA PREMIAR A IDA A ESCALÕES SUPERIORES, NÃO SE PERCA TEMPO. ENQUANTO AS CONVOCATÓRIAS PREMIAREM FILHOS DE DIRIGENTES E TREINADORES PARA ALÉM DE NÃO CONVOCATÓRIA DE OUTROS COM PROVAS DADAS...
Enviar um comentário