ANDEBOL DE LEIRIA EM RISCO DE
SER GERIDO A PARTIR DE LISBOA
Este foi o título de um artigo
num semanário da Região de Leiria, que nos deixa preocupados, e que até já
mereceu alguns comentários, por ainda não termos feito nenhum post sobre o
tema. No entanto é um tema melindroso e que deve ser ponderado, e que repetimos nos preocupa, como adeptos da modalidade e conhecendo
razoavelmente o desenvolvimento que a modalidade têm vivido em diversos
momentos naquela Região.
Este titulo poderá induzir em “erro”
algumas pessoas, pois certamente que o Andebol Leiriense em nenhuma circunstância,
seria gerido a partir de Lisboa, pois daquilo que conhecemos ou julgamos conhecer,
da politica desportiva desta Federação, em caso de um “vazio directivo”,
ela actuaria de duas formas:
- Ou juntava a Associação de Leiria
a outra, e constituía mais uma “mega” Associação, que é um desiderato
perfeitamente admissível, pois já se verificou em outras situações, como Beja,
ou Évora por exemplo.
- Ou nomeava uma Comissão
Administrativa, nos termos da Subsecção I (Normas das Comissões Administrativa)
do Capitulo III do Titulo I do Regulamento Geral da FAP, nomeadamente com aplicação
do Artigo 33.º (Duração do Mandato), que
este época sofreu uma alteração, passando os mandatos de um ano para dois anos,
e demais artigos relativos a uma Comissão Administrativa.
Estas
são as possibilidades reais (na nossa opinião), em termos de vazio directivo,
que esperamos para bem da modalidade em geral e em especial da Região, não
venha a acontecer.
Quanto ao Presidente em exercício,
não se recandidatar, porque se registou uma alteração na sua vida pessoal, não
temos sequer que comentar, pois é uma opção, mas uma questão colocamos, onde
estão os restantes elementos da Direcção? Ou só havia Presidente?
E já agora, também abandona, a responsabilidade
do Andebol de Praia, em termos Federativos, demite-se igualmente do cargo que
eventualmente tenha na comissão do Andebol de Praia na EHF? Pois
da função de delegado aos jogos, não se demitiu certamente, pois foi um dos
aptos, na última acção de formação que decorreu e, Viseu.
Quanto a indicação de que não era
remunerado, “existem muitas formas de matarem moscas”, e esta frase será
certamente uma delas, e ficamos por aqui (esta é a nossa opinião), pois não conhecemos dirigentes desportivos, obrigatórios,
são todos voluntários.
Poderemos ainda colocar a questão
da legal, se o mesmo se pode ou não candidatar, isto porquê:
Diz o
Dec. Lei 248-B/2008 (Regime Jurídico das Federações), com as alterações,
entretanto, já sofridas, no seu artigo 50.º, ponto 2, o seguinte:
“Ninguém pode exercer mais do que três mandatos seguidos num mesmo órgão
de uma federação desportiva, salvo se na entrada em vigor do presente
decreto-lei, tiveram cumprido ou estiverem a cumprir, pelo menos o terceiro
mandato consecutivo, circunstância em que podem ser eleitos para mais um
mandato consecutivo.”
Em
complemento diz o Artigo 20.º (Deveres dos membros ordinários), na sua alínea f)
dos Estatutos da Federação, o seguinte:
“Harmonizar os seus estatutos e regulamentos com os estatutos e
Regulamentos da Federação de Andebol de Portugal e nos termos da legislação em
vigor;”
Aqui podem ainda levantar-se duas
questões, ou a Associação procedeu à harmonização dos estatutos, e está legal, e
provavelmente nestes termos a candidatura do actual presidente, não é
permitida, ou se não harmonizou os seus regulamentos e Estatutos, nem está
legal, e nem sequer deveria estar filiada na FAP (na nossa opinião).
Quanto a história das contas
passarem só com abstenções, parece-nos, um expediente mal explicado, no entanto
os juristas, podem dizer de sua razão se tal é possível.
Quanto às declarações de clubes
de Leiria, sobre, marasmo nos últimos anos, que os clubes são o motor da Região
(são-no em qualquer modalidade e em qualquer Região), de que a Associação não
contribui para o crescimento da modalidade, que existiu laxismo, etc…
Podem todos ter razão, mas não
existiam Assembleias Gerais na Associação, as mesmas não são compostas pelos
clubes da Região, ou que faziam nas mesmas, porque não procuram em tempo
soluções alternativas, então se são os verdadeiros motores, o que fizeram para
alterar a situação, estas nossas afirmações poderão parecer que estamos a
culpabilizar os clubes, gostaríamos é que nada disto se estivesse a passar, mas
a verdade é que pelo nos foi dado a conhecer, estavam bem, não protestavam, as
Assembleias corriam conforme os seus interesses (provavelmente de cada um).
Pedimos desculpa o texto já vai
longo, e provavelmente haveria muito mais a escrever, que nos perdoem os
clubes, mas por vezes, temos de ser mais pro activos. Bem hajam por existir e
contribuir para o desenvolvimento e implementação da modalidade.
Esperamos
e desejamos que para bem da modalidade, o assunto seja resolvido “entre portas”,
pois em Leiria, existe pessoas com qualidade, capacidade e em quantidade, para
resolver o mesmo sem intervenção de quem quer que seja. Pode até acontecer que
este nosso texto, esteja a ser publicado com tudo já resolvido, e esperamos que
sim.
O Banhadas Andebol