Crónica sobre a jornada que corresponde
a 8.ª jornada da 2.ª volta da 1.ª Fase da Prova (19.ª Jornada).
PO01 – Campeonato Nacional da 1.ª Divisão
Seniores Masculinos.
Resultados
19.ª
JornadaFC Porto 37 – 22 GC Santo Tirso
SC Horta 26 – 22 Belenenses
Águas Santas 37 – 32 Passos Manuel
Ismai 21 – 29 Sporting
Madeira SAD 29 – 24 Xico Andebol
ABC 29 – 24
Benfica
Jornada toda disputada no meso dia, o que por
vezes se torna uma boa novidade, para a modalidade. No Funchal, realizou-se a
abertura da jornada com um Madeira SAD / Xico Andebol, que terminou com a
vitória dos madeirenses, que desta forma retificaram o resultado verificado na
1.ª volta e que tinha sido uma igualdade a 24 golos, diga-se ainda que com este
resultado a equipa vimaranense continua a ser a única equipa da 1.ª Divisão que
ainda não venceu qualquer jogo. Foi um jogo que até cerca dos 17 minutos de
jogo, quando se verificava uma igualdade a 7 golos, ninguém previa que viesse a
ter o desfecho que teve, com uma total superioridade da equipa insular que
depois de ter chegado ao intervalo a vencer por 16-12, e após um início do
segundo tempo bem conseguido onde chegou aos oito (8) golos de vantagem aos 34
minutos, teve uma “branca”, devido a uma forte melhoria defensiva da equipa
vimaranense, e esteve 7 minutos sem marcar e sofrendo um parcial de 3-0, para
depois os insulares regressarem ao seu ritmo normal e recolocarem o marcador em
nove (9) golos de diferença cercados 50 minutos de jogo quando venciam por
25-17, para depois o técnico madeirense entrar em gestão do plantel, e o
encontro terminar uma diferença que na nossa opinião se justa muito mais ao que
se passou em campo. Não pode o Xico Andebol, ter uma eficácia extremamente
baixa na execução de livres de 7 metros 3 em 7, pois esta eficácia pode ainda
vir a ser-lhe fatal em outros encontros. No Madeira SAD Sérgio Rola com 7
golos, foi o melhor marcador da equipa e do jogo, seguido de perto por Nuno Silva
e Hugo Lima com 5 golos cada, nesta equipa continua a verificar-se a ausência
de Gonçalo Vieira. Nos vimaranenses, o seu reforço de inverno Pavic marcou 5
golos apesar das duas (2) exclusões, e foi juntamente com o seu colega Pedro
Correia com o mesmo número de golos, um dos melhores marcadores da equipa. No
Dragão Caixa disputou-se o FC Porto / GC Santo Tirso, com uma moldura humana,
condizente com a qualidade que o jogo poderia ter, e que foi uma total confirmação
do resultado obtido na 1.ª volta. A equipa portista comandou o jogo e o
marcador durante praticamente os 60 minutos, e com mais esta esperada vitória,
continua a comandar isolada esta Fase da Prova. O domínio da equipa do FC
Porto, foi de tal ordem que aos 14 minutos já vencia por um diferencial de 7
golos (11-4), para ainda no primeiro período chegar aos 8 golos de diferença
quando estavam decorridos 27 minutos (17-9), e terminar a primeira parte com o
resultado em 18-12. O Segundo tempo foi praticamente uma “cópia” do primeiro
tempo, embora com alguma reação dos tirsenses que durou até aos 41 minutos (com
o marcador em 23-19 a favor do FC Porto), mas um Time OUT, solicitado a preceito
pelo técnico da equipa azul, voltou a colocar a equipa nos “eixos”, com a
equipa do GC Santo Tirso a estar cerca de 11 minutos sem concretizar qualquer golo,
sofrendo neste período um parcial de 9-0 com o resultado a passar de 26-20 para
35-20, até final do encontro pura gestão do plantel e total controlo do
marcador pela equipa do FC Porto. Ricardo Moreira com 8 golos (eficácia de 89%)
foi o melhor marcador do FC Porto, seguido de muito perto por João Ferraz 7
golos, mas apenas com uma eficácia de 54%, uma chamada de atenção especial para
a eficácia dos guarda-redes do FC Porto, Alfredo Quintana (47%) e David Sousa no
pouco tempo que esteve em jogo, atingiu os 67%, no entanto o número de falhas
técnicas efetuadas pelo FC Porto atinge números demasiados elevados para a
qualidade que a equipa globalmente apresenta (22). No GC Santo Tirso, as
referencias positivas apresentam-se todas na prestação dos guarda-redes
utilizados, pois a eficácia da equipa em termos atacantes foi apenas de 43%. Na
cidade da Maia disputaram-se dois jogos o Águas Santas / Passos Manuel, que terminou com a vitória
da equipa maiata, que desta forma retificou o resultado verificado na 1.ª
volta. No entanto este encontro foi de um equilíbrio que o resultado final não demonstra,
basta para tal verificar-se que durante os 30 minutos iniciais, a equipa dos
liceais de Lisboa chegaram a estar por diversas vezes na frente do marcador, e
o intervalo chegou com o Passos Manuel a vencer por 20-19. No segundo tempo o equilíbrio
manteve-se, e cerca dos 48 minutos o marcador registava uma igualdade a 28
golos, mas um período de cerca de 7 minutos sem marcar em que sofreu um parcial
de 5-0, permitiu que o Águas Santas obtivesse uma vantagem de 5 golos que
depois soube gerir como Passos Manuel a não saber aproveitar os momentos de
superioridade numérica. No Águas Santas, Pedro Cruz (62% de eficácia), Juan
Couto (89% de eficácia) e Mario Oliveira (89% de eficácia), todos com 8 golos,
foram as principais referências da equipa maiata, a que se poderá juntar o
jovem guarda-redes João Moniz (30% de eficácia, pois Telmo Ferreira não está a
atravessar um bom momento de forma. No Passos Manuel o jovem João Ferreira com
8 golos (80% de eficácia), foi o seu principal marcador, enquanto Belone
Moreira 6 golos e 86% de eficácia e Hugo Fernandes igualmente com 6 golos e com
75% de eficácia, se lhe seguiram. Os seus guarda-redes estiveram co um
rendimento abaixo do que costumam produzir. No outro jogo realizado na Maia o Ismai
/ Sporting, verificou-se uma vitória da equipa de Lisboa, que embora se apresenta-se
desfalcada do pivot Bruno Moreira e do ponta Pedro Solha, soube apresentar-se
em campo, de forma a retificar o resultado da 1.ª volta, onde na altura a
vitória do Ismai em casa da equipa do Sporting, constituiu a grande surpresa da
prova. O jogo foi comandado pela equipa lisboeta durante os 60 minutos, embora
no primeiro período de jogo nunca chega-se a criar uma diferença que lhe permitisse
descansar, e desta forma se atingiu o intervalo com o resultado em 13-11 a
favor do Sporting. De referir que neste período os 3 primeiros golos do Ismai
foram através de livres de 7 metros, e foram marcador até os 5 minutos de jogo.
No segundo tempo a equipa do Sporting continuou a comandar o jogo e o marcador,
chegando á vantagem de 8 golos pela 1.ª vez cerca dos 50 minutos (25-17),
depois fez uma total gestão do resultado e dos jogadores, dando tempo de jogo a
jovens como Nuno Pinto e Francisco Tavares, já que Sérgio Barros e Diogo Domingos,
provaram que já são mais do que simples promessas na equipa. Na equipa do
Ismai, servida por guarda-redes de origem cubana Yusnier Giron que foi decisivo
em muitos momentos do jogo e atingiu uma eficácia de 30%., enquanto o angolano
Elias António com 8 golos foi o melhor marcador da equipa mas com uma eficácia de
50%, e 6 em 7 livres de 7 metros, dizer ainda que a equipa do Ismai, apenas
concretizou 8 em 12 livres de 7 metros, e Sérgio Caniço com 5 golos (63% de eficácia),
mas foi ele que fez jogar toda a equipa e que assistiu por diversas vezes os
colegas. No Sporting, mais uma vez Pedro Portela com 7 golos foi o seu melhor
marcador mas com uma eficácia longe do esperado (58%), Pedro Spínola (63% de eficácia)
e Rui Silva (71% de eficácia), ambos com 5 golos foram os marcadores que se
seguiram, nunca esquecendo o trabalho desenvolvido pelo jovem Rui Silva a
jogar, fazer jogar e a assistir. Uma referência especial para Ricardo Candeias
que apenas jogou nos segundos 30 minutos e obteve a eficácia de 38%.
Disputou-se igualmente o ABC / Benfica, que terminou com a
vitória da equipa minhota. A jornada terminou com a disputa do SC Horta
/ Belenenses, com a equipa do Belenenses a apresentar os seus dois reforços os jovens
Ivo Santos e Miguel Ferreira, cedidos pelo Benfica, e foi mais u jogo em que
foi retificado o resultado verificado na 1.ª volta. O resultado final, não é o
reflexo do equilíbrio verificado no jogo. Foi um jogo de total equilíbrio durante
os primeiros 30 minutos, onde se verificaram diversas alternâncias no marcador,
onde apenas por uma única vez uma das equipas teve uma vantagem superior á diferença
mínima, foi aos 27 minutos de jogo, quando a equipa continental vencia por
13-11, tendo o Intervalo sido atingido com uma igualdade a 13 golos. Nos
segundos 30 minutos voltou-se a assistir a total equilíbrio, com as defesas a sobreporem-se
aos ataques, de tal forma que o primeiro golo apenas surge cerca dos 35
minutos, através de Carlos Siqueira, e o equilíbrio foi-se mantendo com a
equipa continental a estar na frente do marcador várias vezes, mas normalmente
pela diferença mínima, até que cerca dos 54 minutos o SC Horta passa para a
frente do marcador (21-20), para não mais largar essa posição até aos 60
minutos, dilatando progressivamente o resultado nos minutos finais, verificando-se
4 golos praticamente no último minutos. O “Veteraníssimo” Yuriy Kostetkyy com 7 golos foi o melhor marcador
da sua equipa e do jogo, por sua vez João Pinto do Belenenses com 6 golos foi o
melhor marcador da sua equipa, logo seguido por Carlos Siqueira e Jorge Pinto,
ambos com 5 golos. De assinalar, com verdadeiro agrado o facto de nesta jornada
não se terem verificado ocorrências disciplinares em nenhum dos jogos.
ABC
29 – 24 Benfica
O principal jogo da jornada foi disputado no
pavilhão Flávio Sá Leite, que apresentou uma moldura humana a fazer pensar que
se está de regresso aos grandes momentos que se viveram na quele pavilhão. Este
encontro que é um clássico do andebol português, foi dos poucos em que foi confirmado
o resultado verificado na 1.ª volta, quando o ABC foi vencer á Luz por 33-27.
Este encontro foi disputado com grande velocidade por ambas as equipas e os
espectadores presentes, bem como todos aqueles que assistiram pela internet via
Andebol TV, deram o seu tempo por bem entregue, pois na realidade assistiu-se a
um grande jogo de andebol, com emoção “quanto baste”, e com grande qualidade
(esta é a nossa opinião). O equilíbrio foi a dominante durante os primeiros 20
minutos de jogo, onde o Benfica chegou a comandar algumas vezes o marcador, alternando
com o ABC, mas após se atingir este tempo de jogo com uma igualdade a 12 golos,
o ABC passou para o comando do jogo, chegando a obter ainda neste período 4
golos de vantagem (16-12 cerca dos 27 minutos), para atingir o intervalo a
vencer por 17-14. Foram 30 minutos de “alta rotação” com os técnicos das duas
equipas a rodarem constantemente o seus jogadores, para o ritmo de jogo se
mantivesse equilibrado, e sempre na procura de soluções, Pedro Seabra Marques
(4 golos e 80% d eficácia), que não se compara em nada estrutura física que o Benfica
apresenta quando defende, foi um autêntico “quebra-cabeças” para a equipa
encarnada. De estacar neste período como no resto do encontro a eficácia de
David Tavares na marcação dos livres de 7 metros, embora na baliza do ABC,
estivesse um guarda-redes chamado Humberto Gomes e que na nossa opinião foi a grande
figura do encontro com 39% de eficácia. No Benfica Carlos Carneiro não esteve
bem e mais uma vez tenta arranjar “conflitos” onde nada existe. Nos segundos 30
minutos nada se alterou, e apesar de todas as tentativas do técnico encarnado,
que solicita um Time OUT, cerca dos 38 minutos, quando resultado registava um diferencial
de 5 golos a favor do ABC (21-16), nada se alterou, com o ABC a atingir a
diferença máxima de 6 golos aos 41 e aos 55 minutos. Dario Andrade que foi a
grande figura do Benfica com 7 golos marcados (88% de eficácia) a sua maior
parte do seu posto especifica de ponta, enquanto do lado contrário Humberto
Gomes, “secava” Davide Carvalho, mas depois já sentiu mais dificuldades diante
António Areia, que terminou com 5 golos (71% de eficácia), e foi o segundo
marcador da equipa. Na Baliza na primeira parte esteve Hugo Figueira, com
apenas 19% de eficácia e nos segundos 30 minutos, esteve Vicente Alamo com 33%
de eficácia, mas que em determinados momentos demonstrou (pelo menos
pareceu-nos), que não se encontrava nas melhores condições físicas. No ABC. Além
dos elementos que já referimos, não se deve omitir a prestação de Nuno Grilo
com 7 golos (58% de eficácia), mas com uma grande atitude durante todo o tempo
que esteve em campo. Uma última referência para João Paulo Pinto que marcou 4
golos com uma eficácia de 80%. Mas não gostaríamos de terminar sem voltar a
referir o grande jogo de Pedro Seabra Marques, que continua a entrar sempre que
a sua equipa sofre uma exclusão como guarda-redes avançado. Com este resultado
o ABC mantêm-se na discussão do 2.º lugar desta fase a 1 ponto do Sporting e afasta-se
do seu adversário de hoje. Dirigiu o encontro a dupla bracarense Daniel Freitas / Cesar
Carvalho, que estiveram muito bem na nossa opinião em especial no critério disciplinar,
e nos livres de 7 metros, inclusive nas vezes em utilizaram a exclusão simultânea,
e no cartão amarelo ao banco do ABC aos 28 minutos e posteriormente na exclusão
aplicado por atitudes do mesmo elemento.
A classificação, ficou
assim Ordenada: 1.º FC Porto (55 Pontos), 2.º Sporting (51 pontos), 3.º ABC (50
pontos), 4.º Benfica (48 pontos), 5.º Madeira SAD (39 pontos), 6.º Águas Santas
(37 pontos), 7.º SC Horta (36 pontos), 8.º Belenenses (34 pontos), 9.º Passos Manuel
(32 pontos), 10.º Ismai (31 pontos), 11.º Santo Tirso (23 pontos), 12.º Xico
Andebol (20 pontos).
O
Banhadas Andebol