Crónica de fim-de-semana da PO01,
dedicada apenas aos jogos da Fase Final do Grupo B, em virtude de os jogos
respeitantes ao Grupo A, já terem sido disputados e comentados, face aos
compromissos Europeus das nossas equipas.
PO01 – Campeonato Nacional da 1.ª Divisão
Seniores Masculinos.
Fase Final Nacional – Grupo “B”
1.ª Jornada
Dia 25-03-17
Arsenal 26 – 34 SC Horta
AC Fafe 27 – 23 Ismai
AA Avanca 30 – 26 Belenenses
São Mamede 19 – 20 Boa Hora
Os jogos deste Grupo, cujo principal interesse está em saber quem desce
ou não de divisão, pois para a maioria dos clubes serve apenas para manterem as
equipas em atividade, já que as assistências com raríssimas exceções serão
certamente uma completa desilusão. Deve-se ainda referir que estas equipas já
se defrontaram por duas vezes na 1.ª Fase da Prova. Fazendo uma importante
chamada de atenção aos participantes, “em caso de empate na classificação, neste Grupo apenas conta
para feitos de desempate os jogos disputados nesta Fase”,
conforme determina o Regulamento da Prova, no seu artigo 3.º. É um Grupo que
face as pontuações que transitaram da 1.ª Fase, deixa muitas das equipas em
situações de equilíbrio, pelo que será provavelmente bastante disputado, e
somos da opinião de que deveria merecer por do CA, uma especial atenção nas
nomeações, pois haverá jogos que serão determinantes. Jornada disputada sem ocorrências
disciplinares registadas.
Um dos jogos mais importantes da jornada, neste grupo disputou-se no
pavilhão Adelino Costa, onde se realizou o AA Avanca / Belenenses, que
foi um encontro disputado com diversas fases, e que terminou com a vitória da
equipa visitada, encontrou provavelmente mais dificuldades do que as que
esperava. Jogo equilibrado até cerca dos 7 minutos, quando se registava uma
igualdade a 4 golos, a partir deste momento a equipa do Belenenses tomou conta
do jogo, e passa para o comando do marcador chegando a ter 5 golos de vantagem
quando estavam decorridos cerca de 23 minutos (14-9), para depois a equipa
local ter uma boa reação em especial através de dois homens no ataque Pedro
Valdez (13 golos e 72% de eficácia) e Diogo Oliveira (7 golos e 78% de eficácia),
e chega-se ao intervalo com a equipa do Belenenses ainda na frente por 16-15.
No segundo tempo tivemos um jogo mais equilibrado, com alternâncias no marcador,
mas temos o momento decisivo do encontro, aos 45 minutos de jogo, quando se
registava uma igualdade a 21 golos, e a equipa do Belenenses sofre uma exclusão
bem aproveitada pela equipa da AA Avanca que nesse período assume o comando do
jogo e do marcador por 23-21, e daí até final do encontro não mais o perdeu
sendo agora a sua vez de chegar aos 5 golos de vantagem aos 59 minutos, com nítida
quebra anímica da equipa do Belenenses. Dizer ainda que uma das principais diferenças
no jogo esteve no rendimento dos guarda-redes, com Aejandro Carreras da equipa
da casa a chegar aos 47% de eficácia, enquanto qualquer dos guarda-redes do Belenenses
não passou dos 27% de eficácia (João Moniz), na equipa do Belenenses
salienta-se Diogo Domingos com 10 golos e 67% de eficácia e Fábio Semedo com 7
golos e 64% de eficácia).
No Municipal de Fafe realizou-se o AC Fafe / Ismai, que terminou
com a vitória da equipa do AC Fafe, num encontro de grande equilíbrio em
especial nos primeiros 30 minutos que chegaram ao fim numa igualdade a 13 golos.
Nos segundos 30 minutos o equilíbrio o jogo e no marcador apenas se mantiveram
até cerca dos 41 minutos quando a equipa local vencia por 17-16, a partir deste
momento a equipa do AC Fafe, aproveita da melhor maneira a quebra do Ismai e
vai progressivamente aumentando a sua vantagem, que aos 45 minutos já era de 4
golos, precisamente a mesma que se verificava no final do encontro, mas chegou
por algumas vezes a ter 5 golos de vantagem como por exemplo aos 52 minutos
quando vencia por 23-18. NO AC Fafe uma das suas figuras foi o guarda-redes Miguel
Marinho com 38% de eficácia, e teve em João Gonçalves (100% de eficácia), e
Belmiro Alves (50% de eficácia), ambos com 6 golos os seus melhores marcadores.
Por seu lado o Ismai teve na baliza Manuel Borges que foi o elemento mas eficaz
de posto com 33% de efiacia, e em Angel Zulueta com 6 golos e 865 de eficácia o
seu principal marcador entre os seus 10 jogadores que marcaram golos. Esta
vitória foi um enorme “balão de oxigénio” para a equipa minhota na sua fuga aos
últimos lugares.
No Pavilhão Flávio Sá Leite, tivemos um Arsenal / SC Horta, que
era um encontro onde se esperava algum equilíbrio entre as equipas face ao têm
produzido até ao momento, no entanto a equipa local teve uma primeira parte
para esquecer, e aos 5 minutos de jogo, já perdia por 5-1, proporcionando ao SC
Horta uma confiança no seu jogo ao encontrar facilidades com que certamente não
esperava, de tal forma que o intervalo chegou com os insulares na frente do
marcador por 15-8. NO segundo tempo continuou o domínio da equipa insular que
comandou o jogo e o marcador durante 60 minutos, chegando a ter vantagens de 10
golos como por exemplo aos 46 minutos quando vencia por 27-17, e aos 50 minutos
quando vencia por 30-20. Com esta vitória a equipa insular tal como dissemos
para o jogo anterior “ganhou mais balão de oxigénio”, na luta pela permanência
na 1.ª Divisão que vai ser muito intensa. A maior diferença registada neste
encontrou, verifica-se em especial ao nível dos guarda-redes, e do sistema
defensivo que não salvaguardaram a posição dos mesmos, pois enquanto no
Arsenal, Ricardo Castro (7% de eficácia) e David Cunha (10% de eficácia),
contrastam nitidamente com os 38% de eficácia de Nuno Silva na balia do SC
Horta. No Arsenal tivemos João Ferreira com 7 golos (100% de eficácia), como
melhor marcador, no SC Horta que apenas se apresentou com 12 atletas inscritos
no boletim de jogo, tivemos Hugo Freitas (70% de eficácia), e Noelvis Reve (78%
de eficácia), ambos com 7 golos cada, como melhores marcadores.
Por último, realizou.se no pavilhão Eduardo Sores o São Mamede / Boa
Hora, um dos jogos que despertava alguma curiosidade nesta jornada, e que
foi um dos encontro mais equilibrados da jornada, com diversas alternâncias no
marcador e com as situações de igualdade a sucederem-se uma atrás das outras,
de tal forma que o resultado ao intervalo era de 11-10 a favor da equipa do Boa
Hora, precisamente a mesma que se verificou no final que na nossa opinião teve
momentos “dramáticos”, senão vejamos quando o resultado se encontrava numa
igualdade a 19 golos e estávamos no minuto 58 do jogo, Rui Barreto do Boa Hora
falha a conversão de um livre de 7 metros, para quase de seguida o técnico
desta equipa solicitar Time-OUT, que teve resultados positivos pois de imediato
após o recomeço do jogo Ricardo Barrão (5 golos e 56% de eficácia) marca o 20
golo, que dá a vitória á equipa, apesar de o técnico do São Mamede numa
derradeira tentativa de preparar algo que pudesse proporcionar no mínimo uma
igualdade, também ter solicitado um Time-OUT a 6 segundos do fim, que não
resultou pois o seu melhor marcador falhou, estamos a referir-nos a Digo
Rodrigues (9 golos e 75% de eficácia - 7 de livres de 7 metros), o Boa Hora com
esta vitória poderá talvez respirar mais um pouco mas até final desta fase o equilíbrio
vai ser uma constante. Não poderemos deixar de referir pois não seriamos
correctos a prestação de Rui Pereira na baliza do São Mamede que chegou aos 43%
de eficácia, exactamente a mesma de Henrique Carlota na baliza do Boa Hora.
A
Classificação Fase Final Grupo “B” - 1.º AA Avanca (30 pontos), 2.º
Ismai (26 Pontos), 3.º Boa Hora (25 pontos), 4.º SC Horta, AC Fafe e Belenenses
(22 pontos), 7.º Arsenal (21 pontos), 8.º São Mamede (17 pontos).
O
Banhadas Andebol
9 comentários:
Não sou do AC Fafe mas como perdeu pontos na secretaria, por uma irregularidade que afinal de contas resume-se ao facto de estar a utilizar um elemento “menos competente” (grau3) do que deveria (grau4), gostaria que se safasse e conseguisse a manutenção.
Na atitude do ACF, não vi dolo mas sim amadorismo por pensarem que um telefonema (a palavra) bastava. Não meus senhores, a palavra basta, quando se é sério, mas não chega para estar dentro dos regulamentos.
O AC Fafe foi punido com cinco derrotas correspondendo a 7 pontos.
Em causa a utilização irregular do treinador Luís Silva, por possuir o nível 3 de treinador, abaixo do nível 4, mínimo exigido para a 1.ª Divisão.
Supostamente: Em Dezembro: O ACF procurou “telefonicamente”, junto da federação, autorização excecional para que Luís Silva assumisse funções “com o compromisso de se inscrever e frequentar o próximo curso de treinador de Grau 4, conforme estipula o regulamento”.
DEDUZO: que a partir deste momento toda a estrutura da FEDERAÇÃO ESTÁ INFORMADA.
FACTO1: Só ao sexto ou sétimo jogo é que o delegado ao jogo faz referência à situação “irregular” do treinador.
DÚVIDA: Será que os delegados que não participaram da conhecida “irregularidade” foram incompetentes ou estavam informados pela federação (provavelmente, via telefone) que o treinador L.S. estava “legal” por ter assumido o compromisso de se inscrever no próximo curso de treinador de grau4.
QUE RESPONDAM a este respeito os DELEGADOS: Eduardo Sousa, Carlos Capela, Joaquim Capela, José Lourenço, Jorge Oliveira, Fernando Ferrão*, Manuel Moreira e Carlos Paulo
*Delegado da FPA no Jogo nº 168 FAFE-AVANCA que participou no boletim a anomalia de inscrição do referido Treinador LS. CONSULTA AO SITE DA FPA.
Das respostas dos delegados à questão anterior poder-se-á verificar razões para atenuantes ao castigo do ACF ou/e talvez para um possível castigo aos ditos Delegados.
Um dia, tudo será esclarecido. Vou esperar…mas sentado.
Facto2: Este caso prejudica gravemente a ACF.
Facto3: O Arsenal e o Horta, saem beneficiados.
Facto4: Atos irregulares devem ser penalizados.
Facto5: A conduta da Federação e dos seus representantes não foi competente.
Facto6: A incompetência da Federação deveria ser uma atenuante.
Conclusão; Esta situação sofre de falta de clareza por parte de todos os intervenientes, quer seja pelo amadorismo, incompetência, timings ou outra razão qualquer.
Estas situações infelizmente são recorrentes no Andebol e quem hoje está a rir porque saiu beneficiado amanha estará a chorar (devido à tal recorrência).
Este caso, é um caso raro, pelo facto de ter tido consequências.
As faltas regulamentares são comuns como é comum todos saberem da sua existência (via telefone ou via banhadas), mas o que normalmente acontece é, um coletivo e corporativo assobio para o ar. Este caso e as assobiadelas fez-me lembrar o caso tão badalado do Ano passado (amplamente divulgado neste blog), onde uma equipa, alegadamente, combinou o resultado do seu jogo em Gaia.
Não sabia o Delegado F.F. (ver P.S.2) tão próximo de determinadas paragens. Espero que essa proximidade tenha proporcionado o conhecimento dos rumores das alegadas irregularidades cometidas na época passada e acreditando na competência e no zelo já evidenciado só posso ter a certeza que o delegado F.F. terá feito no tempo oportuno o reporte à Federação, das tais alegadas irregularidades, para que esta pudesse abrir um inquérito e esclarecer tudo, para bem de todos e acima de tudo do bom nome das instituições em causa
P.S. O reporte, se foi feito por telefone não conta… ficaria na mesma situação que o ACF.
P.S.2. Lendo a ficha de jogo do Arsenal verifiquei um atleta com o nome Ferrão. Não leio nesta coincidência de sobrenome nenhuma beliscadela à seriedade dos intervenientes mas Caso exista um grau de parentesco como penso existir, vejo claramente uma incompatibilidade nas funções do delegado na 1ª divisão.
Prevejo uma luta terrível neste campeonato e espero que fiquem na 1ª divisão as mais qualificadas (dentro das 4 linhas) e que uma delas seja a ACFafe.
Onde é que está o Florêncio?
Alguém com dois dedos de testa acredita que o Fafe desce se algo correr mal? Já são tantas as ofertas...
Já li várias vezes que houve um telefonema mas até hoje não vi o Fafe denunciar para quem fez o telefonema. Será que fez mesmo o telefonema ou será que achou que os seus amigos de Braga nunca denunciariam a ilegalidade cometida???
26 de março de 2017 às 20:22
anónimo.
Excelente resenha dos factos e como sempre há gente com responsabilidades federativas que deu de barato a informação, respondeu que "tudo bem" e depois um Delegado da FPA que é Pai de um jogador(Ferrão) do Arsenal (contra os regulamentos e as normas de bom senso)escreveu!
O Delegado F.F. é uma pessoa bem experiente no andebol e se aconteceu e se escreveu e os outros não escreveram NADA FOI POR ACASO NEM POR INGENUIDADE!
MAIS UM MOMENTO MUITO NEGATIVO DE IMAGEM DA MODALIDADE. mAS PASSA DEPRESSA E NÃO PASSOU NADA!
Ha gente que anda a muito tempo no Andebol Associações e Federação que já deviam ter saído receber um voto de louvor e deixar aos mais jovens e competentes continuar a projectar a Modalidade.
Mas há muito mais casos de inscrições irregulares, treinadores sem habilitação e nada acontece parta o lado de AVEIRO é mato!
Fica bem.
FP.
A grande verdade é que o Fafe já nem devia estar aqui no campeonato. Alhadas das habituais evitaram a queda. Tudo isto é teatro pois, há forças a moverem-se. Tal como acontece com o Sp. Horta porque, é das ilhas e não se pode tocar em intocáveis...
È uma vergonha que um alargamento fosse feito para safar um clube! E... tenha a protecção de alguém gigante no andebol Português!
Se me é permitido perguntar o que acontecerá aos delegados, coniventes ou incompetentes? Quando a cena tem um clube que, já o ano passado benefeciou e ficou na pr. divisão, o que pensa toda a gente? Quem acredita no andebol?
a sao mamede com uma pontinha de sorte andava mais acima, já foram muitas derrotas por 1 ou 2 e empates!
O "treinador" do Fafe tinha ou não as habilitações necessárias, face aos regulamentos em vigor, para ser treinador na primeira divisão?
Quem esteve mal: foram os diversos oficiais que "omitiram" a eventual violação dos regulamentos ou o que a reportou no relatório do jogo?
Que penalização vai ocorrer para os oficiais que não reportaram o que deviam ou para o oficial que reportou o que não devia?
Sarrabulhada à portuguesa...
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